O Papa presidiu hoje no Vaticano à audiência geral no Jubileu da Misericórdia, que se conclui este domingo, desafiando os católicos a dar continuidade à vivência deste Ano Santo extraordinário.
“Na iminência do fim do Jubileu extraordinário, que cada um se lembre de quão importante é ser misericordiosos como o Pai e que o amor com os irmãos nos torna mais humanos e mais cristãos”, disse, perante cerca de 25 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
Francisco falou de uma das obras de misericórdia espirituais, “suportar com paciência as fraquezas do próximo”.
“Com grande facilidade, sabemos reconhecer a presença de pessoas que podem incomodar-nos. Pensamos de imediato: durante quanto tempo deverei ouvir as lamentações, as fofocas, os pedidos ou os triunfos desta pessoa?”, questionou o Papa, recordando que na maioria das vezes são pessoas próximas a nós, como parentes e colegas de trabalho.
Francisco lamentou que se tenha perdido a tradição do “exame de consciência”, procurando evitar apenas falar dos defeitos dos outros.
A intervenção ligou a “paciência” com outras duas obras de misericórdia, ensinar os ignorantes e corrigir os que erram.
“Penso por exemplo nos catequistas – entre os quais as muitas mães e religiosas – que dedicam tempo para ensinar às crianças os elementos basilares da fé. Quanto esforço, sobretudo quando os jovens preferiram brincar ao invés de ouvir o catecismo”, sublinhou.
O Papa saudou depois os peregrinos e visitantes de várias línguas presentes no Vaticano, incluindo os lusófonos.
“Queridos amigos, nesta última semana do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, Jesus chama-nos a levar a alegria e a consolação do Evangelho a todos os homens, como suas autênticas testemunhas misericordiosas! Que Deus vos abençoe a todos!”, concluiu.
OC - Agência Ecclesia.