A televisão brasileira é objetiva e clara. Seus mentores, dirigindo-se às classes sociais mais simples, não se preocupam com elucubrações elegantes. Vão direto ao ponto! É exatamente o que está ocorrendo na novela Babilônia. Nossos irmãos, os evangélicos, são nitidamente escrachados. A trama e as falas das personagens pretensamente evangélicas não deixam dúvida a respeito da intenção do autor da novela: mostrar uma dicotomia visceral entre o que os evangélicos pregam e o que eles fazem na vida diária. No enredo, o pai da família de evangélicos é um prefeito - quase pastor - que toda hora evoca o “Altíssimo”, mas, na política, é um corrupto de primeira linha e, na privacidade do lar, um adúltero, acobertado pela própria mãe, a qual também diz primar pelos valores cristãos e recorrentemente clama a Deus.
Por que denegrir a imagem dos evangélicos? Ora, o escopo de certa mídia é óbvio. São os deputados e senadores evangélicos, alguns deles pastores, que, com galhardia e independência, impedem o avanço de projetos contrários à família, como a ideologia de gênero, a lei da mordaça, o aborto, entre outras tantas depravações. Daí o ódio mefistofélico dos fautores de determinada “arte”, covardemente empenhados em profligar a reputação dos evangélicos.
Boa parte da mídia, já há algum tempo, envida todos os esforços por enxovalhar a família tradicional. Observe-se que na novela em exame não há sequer um único casamento nos moldes padrões, encontradiço majoritariamente na sociedade brasileira, com um genitor, uma genitora e filhos, todos se amando e se respeitando mutuamente, enfrentando juntos as agruras do dia a dia. Pergunta-se: essa pseudoarte imita a vida? É claro que não. O perigo é que telespectadores incautos passem a emular essa “arte” de quinta categoria.
A porfia travada garbosamente pelos políticos evangélicos no parlamento nacional, em defesa da moral cristã e dos bons costumes, é também tarefa a ser assumida pelos parlamentares católicos, porquanto igualmente ao catolicismo-cristianismo repugna toda sorte de malvadezas que uma minoria deseja instilar nas instituições jurídicas deste país.
Fonte: Zenit.
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