Jesus não era um grande comunicador porque usava palavras “que queriam persuadir a qualquer custo", mas porque transmitia a sabedoria de Deus, única maneira de chegar ao fundo dos corações. No encontro desta manhã, Pe. Donatis propôs ao Papa e seus colegas uma reflexão sobre a linguagem e suas armadilhas. O homem de hoje, constatou, ainda está procurando a linguagem justa, a de Cristo, que não é a linguagem da força e do poder, mas da fraqueza, que todos compreendem, sobretudo, aqueles que sofrem. A linguagem da caridade com a qual Jesus comunica ao homem a grandeza de Deus e que permite ao ser humano dar testemunho de Cristo.
O amor entendido como misericórdia foi a chave de leitura da meditação proposta por Parde Donatis ontem à tarde, inspirada na passagem do Evangelho de Marcos em que a hemorroíssa é curada, simplesmente por ter tocado o manto de Jesus, colocando todas as suas esperanças no gesto. Considerada impura por sua religião -disse o pregador- a mulher derrota o mal, porque acredita plenamente em Jesus. Ainda hoje isso acontece- afirmou Donatis- quando a religião não ajuda a salvar o homem que está morrendo por um pecado. Quem salva –recordou- é Cristo, sua misericórdia, e ter fé significa ter um contato vivo com Ele. Constroem-se andaimes enormes para se chegar a Cristo, mas não se consegue alcança-Lo -continuou Pe. Donatis- talvez porque se seguem as coisas mundanas e se pensa pouco sobre o significado do Batismo, ou seja, no momento em que a Igreja nos acolheu quando estávamos mortos e nos restituiu vivos, graças ao sangue de Jesus.
Nós - concluiu o pregador dos exercícios espirituais- não fazemos nada para nos salvar, Deus faz tudo. Por isso, devemos agradecê-Lo e nos lembrar de caminhar não na frente de Cristo, mas com Ele.
Fonte: Zenit.
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