quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Relatório sobre a liberdade religiosa do departamento de Estado Americano
Hillary Clinton apresentou à imprensa nesta semana, o volumoso relatório anual sobre a liberdade religiosa do Departamento de Estado Americano, que saiu com um atraso que tem causado alguma polémica.
Em nota o sociólogo torinese, Massimo Introvigne, coordenador do Observatório da Liberdade Religiosa promovido pelo Ministério de Assuntos Exteriores, indica "luzes e sombras" do documento americano, respondendo também a algumas críticas dirigidas à Itália no texto.
"Compartilhamos, apesar dos protestos de Pequim - nota Introvigne - as críticas à situação da liberdade religiosa na China, bem como as dos países que sairam das “primaveras árabes” começando pelo Egito. Esperemos que sigam passos consequentes nas relações diplomáticas entre os Estados Unidos e estes Países”.
«A denúncia do crescimento global do anti-semitismo - continua Introvigne – e a chamada a uma crescente vigilância devem ser aceitas. O fenômeno existe e preocupa". "Muito grande para muitos países, especialmente ocidentais – nota então Introvigne - é a discussão sobre casos reais ou presumidos de islamofobia. Certamente muito do que é relatado é verdadeiro.
A ênfase sobre o fenômeno da islamofobia, no entanto, às vezes parece desproporcional. As acusações dirigidas também à Itália, por exemplo acusada de deixar construir poucas mesquitas ou de não permitir que as mulheres muçulmanas usem a burca, não mostram certamente uma adequada compreensão do nosso quadro jurídico e às vezes sofrem de prejuízos políticos".
"Carente" finalmente, é definida por Introvigne, a análise das discriminações que os cristãos sofrem também no Ocidente "nas mãos de um laicismo agressivo", destacado por documentos como o relatório da intolerância e discriminação contra os cristãos de Viena, do qual o texto americano teve pouca consideração.
"Mas – conclui Introvigne – a mesma administração Obama é criticada pelos bispos católicos por violações da liberdade religiosa contra os cristãos em questões como a objeção de consciência ou o direito das Igrejas de gerenciarem as próprias instituições em conformidade com os princípios que acreditam em matéria de vida e família. Seria difícil hoje para os Estados Unidos criticar os Países europeus pelas mesmas práticas que o seu próprio governo é criticado em casa".
Fonte: Zenit.
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