sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ajuda à Igreja que Sofre: exemplo concreto de ecumenismo

“Muito além das formalidades e dos cartões de bons desejos nas festividades”. “É verdade que não podemos celebrar a liturgia juntos, mas isso não impede as boas relações humanas”. Entre frases como estas, ao acolher uma delegação internacional da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o bispo ortodoxo Aristarco, de Kemerovo e Novokutznetsk, na Sibéria, chamou de "calorosas" as relações entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, unidas por desafios comuns. “Na época da legislação contra os crucifixos nas escolas, fomos os primeiros a dar apoio a Roma”, diz ele, “com quem compartilhamos muitos valores. Acima de tudo, o valor do respeito pela dignidade da vida. Se permanecermos juntos, será mais fácil continuar manifestando as nossas posições e resistindo firmemente aos desafios que enfrentamos hoje”. Desde o começo da década de 1990, a AIS apoia projetos em favor da Igreja Ortodoxa russa, à qual doou mais em 2011 mais de 700 mil euros. Na eparquia do sudoeste da Sibéria, criada em 1993, a fundação apoia os alunos do seminário de Novokuznetsk, inaugurado em 2004 e construído em parte com a subvenção da AIS. No ano passado, além de auxílios à formação dos 121 seminaristas, foi financiado o equipamento para a implantação de uma pequena padaria, que reduzirá significativamente os custos da estrutura. O bispo, que também é reitor do seminário, agradeceu não só pelo apoio financeiro, mas principalmente pela atenção que a fundação oferece à eparquia ortodoxa. "Graças a esta ajuda, os nossos alunos aprendem a natureza das relações entre as duas comunidades. Os ensinamentos sozinhos não são suficientes: precisamos de fatos. Como os progressos feitos na Polônia". Outra prova das excelentes relações é a troca mútua de relíquias, como a de São Nicolau, doada em 2008 a Aristarco pelo bispo de Novosibirsk, dom Joseph Werth, e pelo ex-núncio apostólico dom Antonio Mennini. Peter Humeniuk, responsável pela seção russa da AIS, durante conversa com o bispo, afirmou que “Kemerovo é um dos exemplos mais esplêndidos de amizade entre as duas Igrejas”. O metropolita conta à AIS-Itália que o crescimento extraordinário da sua diocese nos últimos anos viu dobrar, se não triplicar, o número de fiéis. "O mérito é da reforma" iniciada pelo patriarca Kirill no ano passado, criando novas eparquias. Várias dioceses da antiga subdivisão, que remontava à era soviética, se estendiam por milhares de quilômetros, o que tornava difícil o trabalho dos bispos nas próprias comunidades. "A nova estrutura permite que os sacerdotes fiquem mais perto do povo", diz Aristarco. A ação pastoral da eparquia é notável, especialmente no campo social e junto à juventude. Na área de Kemerovo, há trinta presídios. O apoio dos sacerdotes, muitas vezes, é o único que os detentos recebem. Esse trabalho é apoiado pela AIS inclusive mediante fornecimento de textos sagrados. A Igreja também está atenta às necessidades dos doentes e dos dependentes químicos: em breve, abrirá um novo centro de desintoxicação. A diocese siberiana também administra duas escolas ortodoxas de ensino médio, onde estudam mais de 300 alunos. "Em vários momentos da nossa história, fomos impedidos de educar os nossos filhos”, diz à AIS-Itália o padre Sergej Konstantin, reitor da igreja de Santa Tatiana de Kemerovo. “Agora podemos finalmente ver os frutos do nosso trabalho”. Estes progressos nos levam para a Itália, até a província de Bergamo, em Calcinate. Através da amizade com o movimento Comunhão e Libertação e a Fraternidade Sacerdotal dos Missionários de São Carlos Borromeu, nasceu a parceria entre a escola russa e o liceu La Traccia. "No mundo de hoje”, acrescenta o padre Sergei, “nós, ortodoxos, temos os mesmos problemas dos católicos. E temos que enfrentá-los juntos, aprendendo uns com os outros". Fonte: Zenit.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Dia do Catequista

Nesta última semana do mês vocacional o tema de nossa oração é pela vocação para os ministérios e serviços na comunidade. Neste último domingo de agosto se comemora também o Dia do Catequista. Nestes tempos o trabalho catequético sem se aprofundado ficando bem claro que, após o primeiro anúncio existe a necessidade do aprofundamento da fé. Temos necessidade da iniciação cristã para que a fé faça parte da vida de nosso povo. O chamado para vivenciarmos o “ano da fé” feito pelo Papa Bento XVI a partir do próximo mês de Outubro deve nos questionar sobre essa missão. Embora a grande missão cristão leigo seja a sua presença testemunhal de Cristo nos ambientes da sociedade secular, a presença dos vários ministérios e serviços dentro da Igreja têm sido de importância primordial. E nesse sentido, a vocação e missão do catequista. Quero me dirigir a vocês catequistas neste dia tão especial, em que se comemora o Dia Nacional do Catequista, para dizer-lhes da importância de seu trabalho na Igreja de Jesus Cristo, essa missão tão nobre de ajudar nossas crianças, adolescentes, jovens ou adultos, a crescerem e amadurecerem na fé. Ser catequista é colaborar com a graça de Deus e com a pessoa, para que ela assuma seu sim a Deus, e avance rumo à maturidade na fé, na esperança e no amor. Ser catequista é uma vocação, um chamado de Deus, é um dom recebido para anunciar uma pessoa, Jesus Cristo, Filho do Deus vivo. A catequese deve assumir as angústias e as esperanças de nosso tempo, para dar às pessoas a possibilidade de um crescimento pleno e maduro diante da salvação integral em Jesus Cristo. A pessoa é a primeira responsável pelo próprio crescimento interior, ou seja, por como deve responder ao chamado divino. A consciência desta responsabilidade deverá impulsionar o catequista a dar uma resposta ativa e criativa, comprometendo-se e assumindo todas as responsabilidades do processo da própria vida. O catequista opera em comunhão, a serviço e com a ajuda da comunidade eclesial. De maneira especial a nossa saudação para o primeiro catequista da Paróquia que é o Pároco que, com sua equipe catequética desempenha importante missão na formação do povo de Deus. Portanto, também a comunidade é chamada a colaborar na formação de seus catequistas, assegurando-lhes, especialmente, um ambiente positivo e fervoroso, acolhendo-os pelo que são e oferecendo-lhes a devida colaboração. “Cada tema catequético que se comunica deve instruir, em primeiro lugar, a fé do próprio catequista. Em verdade, alguém catequiza os outros catequizando antes a si mesmo” (DGC, 239). Agradeço-lhe imensamente a sua dedicação, seu amor a esta missão de conduzir a Jesus, “caminho verdade e vida” (Jo 14,6), os seus catequizandos. Que esta missão seja cumprida primeiramente pelo testemunho, e depois pelo anuncio explícito do Evangelho, pois a Fé cristã é, antes de tudo, adesão à pessoa de Jesus Cristo e ao seu Evangelho, acolhida do dom gratuito que vem de Deus. Essa experiência é comunicada pelo ser, saber e saber fazer em comunidade. O ser e o saber do catequista sustentam-se numa espiritualidade da gratuidade, da confiança, da entrega, da certeza de que o Senhor está sempre presente e é fiel. Queridos (as) catequistas, que a experiência do encontro com Jesus Cristo seja a força motivadora capaz de lhe trazer o encantamento por esse fascinante caminho de discipulado, cheio de desafios que os (as) fazem crescer e acabam gerando profundas alegrias. Queridos (as) Catequistas, nesse dia acolha o meu abraço de gratidão e de toda a Comunidade Arquidiocesana do Rio de Janeiro, pela sua atuação na educação da fé de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Em sua ação se traduz de uma forma única e original a vocação da Igreja, que é Mãe e que cuida maternalmente dos filhos que gerou na fé pela ação do Espírito, no Sacramento do Batismo. Parabéns! Que a força da Palavra de Deus, continue suscitando-lhe a fé e o compromisso missionário! Que dos Céus sejam derramadas as inúmeras bênçãos sobre vocês catequistas e suas famílias e que seus trabalhos sejam fecundos para o crescimento do Reino de Deus. † Orani João Tempesta, O. Cist. Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"Para que os políticos sempre ajam com honestidade"

A cada mês o Santo Padre propõe duas intenções de oração: uma geral e uma missionária. Aquelas confiadas ao Apostolado da Oração para o mês de setembro, que começa no próximo sábado, são as seguintes. A intenção geral diz: "Para que os políticos sempre ajam com honestidade, integridade e amor à verdade". "Para que aumente nas comunidades cristãs a disponibilidade para o dom de missionários, sacerdotes e leigos, e recursos concretos em favor das Igrejas mais pobres", diz a intenção missionária. Fonte: Zenit.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Papa no Líbano: garantia para a fé cristão no Oriente Médio

Há quem sugira ao papa Bento XVI que não viaje para o Líbano agora, enquanto outros suplicam que ele vá e assine a exortação pós-sinodal da Igreja do Oriente Médio, para que ela seja posta em prática o quanto antes. Um grupo precisa da viagem pontifícia para que Bento XVI os confirme na fé. O outro vê a viagem como um obstáculo contra a transformação do país árabe em mais uma teocracia. O Líbano é reconhecido pelo Oriente e pelo Ocidente como um modelo de convivência entre religiões, em plena democracia e equilíbrio de poderes. Talvez esta seja uma das chaves para o clima de paz interna, que predomina apesar de antigas rixas entre facções de base islâmica, cuja origem se perde no tempo. Nos últimos dias, surgiram notícias de novos -e sempre antigos- enfrentamentos em territórios de sunitas, xiitas e alauítas, com o estopim aceso pelo fogo que vem da fronteiriça Síria, envolvida há mais de um ano (e envolvendo os outros) em um conflito armado que os analistas já classificam como guerra civil. Apesar deste panorama, a Santa Sé reitera através do seu porta-voz oficial, o padre Federico Lombardi, que a visita do papa não sofrerá nenhuma modificação. A organização continua trabalhando sem pausas para receber o pontífice no país dos cedros, de14 a16 de setembro. “O papamóvel já está lá”, adianta Lombardi. O fato de o papa ir somente a Beirute atenua os riscos, já que a capital fica distante da fronteira com a Síria, onde foram registrados os incidentes as entre as facções mencionadas. Mesmo assim, qualquer medida de segurança extrema por parte do governo será bem recebida pelos encarregados da segurança do papa em suas visitas fora do Vaticano. O que de fato calará as vozes e os mísseis, porém, será a participação do povo, nas diversas denominações e ritos presentes no país, que vive e celebra no Líbano e em todo o Oriente Médio cristão. A organização trabalha dia e noite para criar um clima propício à visita, a fim de atrair a maior quantidade de pessoas para os encontros com o papa. Ainda é lembrada a festa ocorrida na visita do beato João Paulo II, em 1997. Bento XVI chega em um momento especial para apoiar o esforço dos patriarcados católicos no diálogo inter-religioso: a Igreja reitera sempre que a democracia nos países árabes não entra em conflito com a liberdade religiosa. O padre Charbel Mhanna, representante ecumênico da Ordem Maronita da Beata Virgem Maria e membro do comitê organizador da visita do papa ao Líbano, conversou com ZENIT sobre o evento. Como vai a preparação do povo libanês para a visita do papa Bento XVI? Padre Mhanna: Vai muito bem. As pessoas estão sempre dispostas a receber o papa porque elas amam o papa. Elas estão esperando de braços abertos, porque ver o papa é uma garantia para os cristãos no Oriente Médio. E porque todos aqueles que viveram a visita do beato João Paulo II em 1997 querem viver isso de novo com o papa Bento XVI. Ainda está bem viva a lembrança de 1997, não é? Padre Mhanna: Sim! O papa João Paulo II veio aqui porque amava o Líbano e porque os libaneses o amavam. Sempre dissemos que, naqueles três dias, com o papa no Líbano, nós nem dormimos. As pessoas que experimentaram tudo aquilo querem viver tudo de novo. Por que Bento XVI escolheu o Líbano para assinar esta exortação pós-sinodal? Padre Mhanna: Porque no Líbano estão representadas todas as igrejas do Oriente Médio. Temos mais de dezoito confissões, das quais doze são cristãs, entre católicas, ortodoxas e uma protestante, e mais seis muçulmanas, uma judaica... Ele pode entregar a mensagem para todas as igrejas do Oriente Médio através do Líbano. E nós temos o único presidente cristão em um país árabe, e é um maronita. Qual é a postura dos muçulmanos sobre a visita do papa? Padre Mhanna: Os muçulmanos libaneses são abertos ao diálogo. Eles querem receber o papa e muitos estão contentes com a visita dele à nossa terra. Qual é a mensagem que o povo libanês espera do santo padre? Padre Mhanna: Ele espera que a mensagem dele seja uma garantia para a nossa permanência no território libanês, assim como uma garantia para os cristãos do Oriente Médio no exercício da sua fé. E que nós possamos continuar testemunhando o cristianismo na Igreja do Oriente Médio até o fim, porque esta é a nossa missão, desde os apóstolos até hoje.

475 anos da primeira diocese sul-americana: papa manda enviado especial

O papa Bento XVI nomeou neste sábado o cardeal Raúl Eduardo Vela Chiriboga, arcebispo emérito de Quito, Equador, como enviado especial para as celebrações do 475º aniversário da primeira diocese do Peru e de toda a América do Sul, a atual arquidiocese de Cusco. As celebrações acontecem de 24 a 28 de outubro de 2012. Fonte: Zenit.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Aeroporto de Miami terá missa dominical

Às portas do Ano da Fé proclamado por Bento XVI na carta apostólica Porta Fidei, a arquidiocese de Miami lança uma iniciativa particular e urgente. O aeroporto internacional da cidade oferecerá aos seus usuários e funcionários uma missa dominical adaptada a trinta minutos, celebrada todo sábado à tarde na capela interconfessional do quarto andar do Terminal D Norte. Em carta informativa, o arcebispo Thomas Gerard Wenski afirma que um aeroporto "com milhares de trabalhadores e centenas de milhares de passageiros é como uma cidade. E nada melhor do que uma capela e a presença de ministros religiosos para transformá-la em uma comunidade". Na carta, o bispo norte-americano menciona o discurso de Bento XVI aos capelães e agentes de pastoral da aviação civil, de 11 de junho, em que o papa ressalta "a importância das capelas dos aeroportos como lugares de silêncio e de descanso espiritual" e pede que eles "não sejam indiferentes às pessoas que ali encontram, mas as tratem com disponibilidade e com amor". Os capelães católicos de aeroportos são cerca de 130 em todo o mundo. Sua padroeira é Nossa Senhora de Loreto. Fonte: Zenit.

sábado, 25 de agosto de 2012

"Uma vergonha" diz Dom Erwin sobre decisão do STF de soltar o acusado da morte de Irmão Dorothi

O ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu o pedido de habeas corpus, determinando a expedição de alvará de soltura para Regivaldo Pereira Galvão, condenado pelo Tribunal do Júri de Belém (PA) a 30 anos de reclusão pelo homicídio que vitimou a missionária Dorothy Stang. “Recebo essa informação com espanto”, declarou o bispo da prelazia do Xingu (PA), dom Erwin Krautler. “Não posso admitir que seja esta a Justiça de nosso país. Que Deus tenha pena de todos nós”, afirma o bispo, que avalia que a decisão do STF desconsidera o que foi determinado pelo Tribunal de Júri do Pará. “Esta notícia envergonha a todos”. Com a decisão do STF, o juiz de Altamira (PA) Raimundo Moisés Flexa, expediu o alvará de soltura. Regivaldo foi solto na tarde desta quarta-feira. Está marcado, para o próximo dia 3, o depoimento do policial federal Fernando Luiz Raiol, que recentemente protocolou documento em cartório, revelando fatos sobre o assassinato da missionária que poderão ensejar a reabertura do caso. Fonte: CNBB

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Os leigos são co-responsáveis no ser e no agir da Igreja

Bento XVI envia mensagem em ocasião da VI Assembléia Ordinária do Fórum Internacional da Ação Católica que acontece na Romênia de22 a26 de agosto. O Evento convida à reflexão sobre a co-responsabilidade: igreja e sociedade. A mensagem começa recordando que o tema é de grande relevância para os leigos e coloca em evidência o Ano da Fé e a Assembléia Ordinária do Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização. “A co- responsabilidade exige uma mudança de mentalidade no que diz respeito, especialmente, ao papel dos leigos na Igreja”, que não devem ser considerados apenas “‘colaboradores’ mas co-responsáveis do ser e do agir da Igreja”, escreve. O texto continua comentando sobre a importância de aprofundar e viver este espírito de comunhão profundo na Igreja, como afirma o livro do Ato dos Apóstolos: A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma. (4,32) – e continua mostrando como realizar esta ação pela missão da Igreja: “com a oração, o estudo, a participação ativa na vida eclesial, com um olhar atento e positivo em relação ao mundo, na continua busca dos sinais dos tempos”. O Papa pede para que os fiéis não se cansem de aperfeiçoar sempre mais, “com sério e cotidiano empenho formativo, os aspectos particulares da vocação do fiel leigo, chamados a ser testemunhas corajosas e credíveis em todos os âmbitos da sociedade, a fim que o Evangelho seja luz que leva esperança nas situações problemáticas, de dificuldade, de escuridão, que os homens de hoje muitas vezes encontram no caminho da vida”. “Guiar ao encontro com Cristo, anunciando a sua Mensagem de salvação com linguagem e modos compreensíveis ao nosso tempo, caracterizado por processos sociais e culturais em rápida transformação, é o grande desafio da nova evangelização”, continua a mensagem. Ao final Bento XVI convida os fiéis leigos a assumirem e partilharem as escolhas pastorais das dioceses e das paróquias, favorecendo ocasiões de encontro e de sincera colaboração com outros componentes da comunidade eclesial, criando relacionamentos de estima e de comunhão com os sacerdotes, para uma comunidade viva, ministerial e missionária. Fonte: Zenit.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

"Fomos atacados e mortos, mas a esperança continua"

Um pequeno grupo de extremistas tenta desencadear uma guerra civil na Nigéria. Eles se chamam de Boko Haram, dizem que são contra a educação e a cultura ocidental, atacam e incendeiam igrejas cristãs, disparam contra os fiéis. Desde janeiro, mataram mais de 800 pessoas. O governo não faz nada e os militares são incapazes de detê-los. Em face destes ataques, muitos cristãos se vêem tentados a responder com as armas: a tentação é forte, mas seria o início de uma guerra civil. Convidado do Encontro de Rímini para a Amizade entre os Povos, dom Ignatius Kaikama, arcebispo de Jos e presidente da Conferência Episcopal da Nigéria, afirmou aos repórteres que quando as igrejas são queimadas, os bens destruídos, os amigos e parentes mortos, explode uma raiva "difícil de aplacar". "Os ataques puseram à prova a fé de muitos, porque não é fácil falar de amor e de perdão nessas condições". Em 11 de março deste ano, o Boko Haram atacou a igreja de São Finbar e matou 15 pessoas. “Quando eu cheguei no local”, conta o arcebispo, “achei tudo destruído. Os jovens estavam revoltados e tristes e me pediam para fazer alguma coisa. Alguns me acusavam de ser muito amigável com os muçulmanos e queriam pegarem armas. Eume virei e me ajoelhei diante das imagens sagradas. De repente, os rapazes fizeram silêncio. Eu disse para eles irem para casa e não deixarem prevalecer a raiva e o ódio". "Mesmo sozinho e sujeito aos ataques, a graça do Senhor está sempre comigo", ressalta Kaikama. "Fomos atacados e mortos, mas a esperança continua", acrescenta. Em entrevista concedida a Zenit, o presidente da Conferência Episcopal da Nigéria comenta que os cristãos estão espalhados por todo o país. É verdade que há áreas em que alguns pretendem estabelecer a sharia e caçar ou converter à força os cristãos, mas também é verdade que, na maioria dos casos, não é difícil estabelecer boas relações entre os cristãos e os muçulmanos. Kaikama criou um centro de formação na diocese de Jos, onde cristãos e muçulmanos estudam juntos. É um centro de paz e de diálogo. O atual presidente da Nigéria é cristão e dom Kaikama acredita que os ataques de fundamentalistas são apoiados por forças políticas que querem derrubar o governo e criar confusão. Não há provas suficientes de que o Boko Haram seja sustentado por forças externas ao país. Em todo caso, de acordo com o arcebispo, a única solução é fortalecer o diálogo e a paz. Dom Kaikama conta que a Igreja Católica dedica muito tempo a ajudar as pessoas, fornecendo educação, serviços de saúde, água potável e muitas outras formas de apoio. Para promover a paz e a amizade, o arcebispo nigeriano compartilhou suas refeições com os muçulmanos. Há alguns dias, ele foi convidado à mesquita para celebrar o fim do Ramadã. O presidente da Conferência Episcopal da Nigéria concluiu seu discurso enfatizando que Jesus morreu na cruz com os braços abertos para "abraçar toda a humanidade", e pediu orações pelo fim da violência e para garantir que a Nigéria permaneça unida. Fonte: Zenit.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A idéia de pena no século XXI

A situação das prisões e dos detentos foi o assunto do encontro - Qual a idéia de pena no século XXI – durante o Meeting de Rimini, organizado pelo Movimento Comunhão e Libertação. O encontro contou com a presença do Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Tomaz de Aquino Resende. Tomaz de Aquino apresentou o serviço da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), referência internacional na recuperação e ressocialização de condenados. O objetivo da APAC é promover a humanização das prisões, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena. Seu propósito é evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar. O Procurador falou da “intersetorialidade” - governo, mercado e organizações sem fins lucrativos, ou voluntários - e explicou que o elemento principal é o ponto de convergência entre eles. “É preciso que o Estado estabeleça a regra; que o marcado financie e que as organizações sem fins lucrativos façam o que tem competência para fazer, sem entrar no âmbito de governo. Enfim, nosso conceito para “intersetorialidade” é de alinhar esses pontos de convergência”. O sistema APAC não conta com agentes carcerários e nem empregados públicos, são, em sua maioria, voluntários da Pastoral Penitenciária e até mesmo os próprios detentos a prestar serviço, tornado-se co-responsáveis na recuperação.Oferece um sistema de recuperação onde o detento estuda e trabalha, e demonstra que “a pena redime quando o homem é tratado como um ser humano”, afirmou Dr Tomaz. A reincidência neste sistema é de apenas 10%. Em diversos documentos do governo sobre a implementação do Sistema destaca-se a importância da experiência com Deus no processo. No Boletim n° 53 do Ministério Público do Estado do Paraná - CAOP Criminais do Júri e de Execuções Penais lê-se: O método APAC se inspira no princípio da dignidade da pessoa humana e na convicção de que ninguém é irrecuperável, pois todo homem é maior que a sua culpa. Alguns dos seus elementos informadores são: a participação da comunidade, sobretudo pelo voluntariado; a solidariedade entre os recuperandos; o trabalho como possibilidade terapêutica e profissionalizante; a religião como fator de conscientização do recuperando como ser humano, como ser espiritual e como ser social; a assistência social, educacional, psicológica, médica e odontológica como apoio à sua integridade física e psicológica; a família do recuperando, como um vínculo afetivo fundamental e como parceira para sua reintegração à sociedade; e o mérito, como uma avaliação constante que comprova a sua recuperação já no período prisional. A idéia de pena no século XXI “é dar sentido à pena, inícia com um encontro, um impacto com a realidade, com alguém que leve o encarcerado a reencontrar-se – afirmou Nicola Boscoletto - presidente da Cooperativa Rebus, em Pádova, Itália. Na experiência da cooperativa na prisão de Pádova, com detentos que cumprem longas penas por reatos gravíssimos, oferecendo serviço de escuta, diálogo, formação e trabalho, o percentual de reincidência é apenas 1%. Ao contrário, no sistema tradicional, o percentual é de 90%. O encontro destacou que não será o estado a mudar o detento. “Todos juntos podemos ajudar a criar uma sociedade melhor”, afirmou Boscoletto. Participaram do Encontro Giovanni Maria Pavarin, Presidente do Tribunal de Vigilância de Veneza e Luciano Violante, Presidente do Fórum Reforma do Estado do Partido Democrático. Fonte: Zenit.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Jovens por uma igreja jovem

De 4 a 9 de setembro próximo, em Yaoundé, nos Camarões, acontece o segundo congresso pan-africano do laicato católico, organizado pelo Pontifício Conselho para os Leigos em parceria com a Igreja local e em continuidade com os eventos anteriores realizados em outros continentes, o último dos quais foi realizado em Seul em setembro de 2010. O tema do encontro é Ser testemunhas de Jesus Cristo na África hoje, e seu objetivo é apoiar os fiéis leigos daquelas terras, num momento em que eles são convidados a "aprofundar a vocação cristã", tendo em vista o início do Ano da Fé. São esperados trezentos delegados das conferências episcopais, associações e movimentos espalhados por toda a África: uma realidade jovem, considerando-se que a faixa etária dos 15 aos 24 anos representa mais de 20% da população africana e que 42% dos habitantes do continente têm menos de 15 anos. Entre os locais já escolhidos para a celebração do congresso, estão a catedral de Yaoundé e a basílica menor Rainha dos Apóstolos de Mvolyé. Depois de uma análise da situação geopolítica e das prioridades da Igreja no continente, os participantes se questionarão sobre a vocação e sobre a missão dos fiéis, referindo-se à carta magna do apostolado dos leigos, a exortação apostólica Christifideles Laici (1988), para captar a natureza específica da sua vocação num contexto particular, sublinhando a necessidade de uma formação adequada. Outros documentos fundamentais de referência são a encíclica Redemptoris Missio (1990) e as duas exortações apostólicas que se seguiram ao sínodo dos bispos africanos, a Ecclesia in Africa (1995) e a Africae munus (2011). Quanto à abordagem do contexto eclesial, a ideia-mestra será a da Igreja como Família de Deus. O foco será colocado na corresponsabilidade dos leigos na construção da comunhão. Neste âmbito, será proposta uma reflexão sobre a “era do grupo” e a presença de novos movimentos e comunidades eclesiais no continente. Particular atenção será dada ao compromisso nas muitas áreas da vida pública e em prol da justiça, da paz e da reconciliação, que serão o tema do último dia dos trabalhos. A África está no coração do pontificado de Bento XVI. Ele fez duas viagens ao continente, ambas ligadas à convocação e ao desenrolar-se da Segunda Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos: Camarões e Angola, de 17 a23 de março de 2009, para a publicação do instrumentum laboris, e Benin, de 18 a 20 de novembro de 2011, para a entrega da exortação apostólica pós-sinodal Africae Munus. Na visão do papa Ratzinger, o continente africano não é apenas o grande doente do mundo, que sofre com a pobreza extrema de muitos dos seus habitantes, com as guerras travadas em seu território e com as pandemias que matam mais que conflitos armados. Mesmo sem fechar os olhos para estas realidades, Bento XVI vê o continente africano como "o pulmão espiritual da humanidade" e acredita que a sua visão de vida predispõe "a ouvir e receber a mensagem de Cristo e a compreender o mistério da Igreja" (Africae Munus, 69). A mensagem de Bento XVI é exigente, mas, ao mesmo tempo, libera grandes energias: as dos cristãos da África, a quem ele pede um compromisso a serviço da reconciliação, da justiça e da paz no continente, mas também na Igreja universal. Muitas das prioridades estabelecidas na exortação apostólica se atêm aos leigos, pedindo deles um renovado compromisso com a Igreja e com a sociedade. O Pontifício Conselho está empenhado no aprofundamento do magistério e na análise dos desafios que os fiéis africanos enfrentam nesta fase da história. Para atingir os objetivos, foi convocado um grupo ad hoc de especialistas que apoiam o dicastério na preparação do evento. Desde dezembro de 2010, também foram envolvidos representantes de associações e movimentos eclesiais do continente. © L'Osservatore Romano, 19 de agosto de 2012

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

AIS lança campanha para doar meio milhão de Youcat`s a jovens brasileiros

Com o fim de ajudar os jovens brasileiros a aprofundarem o conhecimento da fé, faltando pouco menos de um ano de preparação para a próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) no Brasil lançou a campanha “Meio Milhão de Catecismos para os Jovens”. Esta iniciativa tem por finalidade a publicação de 500 mil exemplares da edição brasileira do YOUCAT, um catecismo elaborado especialmente para a juventude com prefácio escrito por Bento XVI, e a sua distribuição gratuita para jovens de todo o país por meio do Episcopado brasileiro. Desde 1997, a AIS conta com uma sede no Brasil, onde tem escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro. Anualmente esta associação católica apoia financeiramente cerca de 500 projetos de caráter solidário e pastoral no país, como por exemplo a Fazenda da Esperança, que é um dos programas mais eficazes de recuperação de jovens que caíram no vício das drogas ou do álcool. Em diálogo com a ACI Digital, o diretor da AIS no Brasil, o Sr. José Lúcio Corrêa, explicou como surgiu a iniciativa de doar os Youcat`s por ocasião da JMJ Rio 2013: “A AIS decidiu iniciar esta campanha para doar meio milhão de catecismos YouCat para jovens porque são muitos os jovens brasileiros que não teriam meios de adquirir um livro como este, que nas livrarias custa cerca de R$ 30,00. E, da nossa parte, desejamos que o maior número possível de jovens brasileiros tenha este livro que os trará mais perto de Deus, ao responder suas principais perguntas sobre a fé”. Segundo a informação da AIS Brasil, por conta de direitos autorais e outros impostos, a edição no Brasil tornou a obra um tanto cara. Assim, a Fundação elaborou um exemplar mais barato, sem capa dura. Porém, para a realização deste projeto de evangelização da juventude serão necessários dois milhões de Reais; um capital, que, até o momento, a AIS não possui. “A história da AIS é assim. Aprovamos os projetos sem ter nada. Temos confiança de que, como é uma obra de Deus, Ele irá abençoar e vai tocar a alma das pessoas que vão ver a importância de contribuir”, disse José Lúcio Corrêa. Segundo a informação oferecida pela Associação, a campanha “só termina quando todo o dinheiro for arrecadado”. Espera-se que os YOUCAT`s comecem a ser enviados a algumas dioceses brasileiras a partir do final de setembro. “Gostaria que as pessoas tomassem consciência de que estão dando aos jovens o melhor presente que alguém pode lhes dar: a Fé. Além disso, gostaria que todos sensibilizassem outras pessoas. Que esta iniciativa de ajudar os jovens não fique somente em si. O bem é comunicativo. Que a pessoa que recebeu esta graça passe para frente”, expressou o Sr. José Corrêa. “A AIS espera que a generosidade do povo brasileiro não falhará, pois trata-se de uma campanha importantíssima que visa aproximar os jovens de Deus. Hoje, e cada vez mais, há muitos jovens desorientados, que caem no mundo das drogas, da violência, que não veem sentido algum em suas vidas. Este precioso livro vai responder às suas perguntas básicas sobre a fé. Por isso convocamos os fiéis a realizarem uma doação para que possamos entregar ao maior número possível de jovens este catecismo fantástico”, afirmou o diretor da AIS Brasil a ACI Digital. Para apoiar a campanha “Meio Milhão de Catecismos para os Jovens” é possível fazer doações através da internet, tornando-se benfeitor ou realizando uma doação on-line, ou ainda pelo 0800 77 099 27 (ligação gratuita). Para mais informações, visite também o site da AIS Brasil em: www.ais.org.br/info/projetos/item/392-meio-milhao-de-catecismos-para-os-jovens Fonte: Aci Digital

sábado, 18 de agosto de 2012

Pax Christi International 2012 premia o arcebispo nigeriano Onaiyekan

O arcebispo John Onaiyekan, que recebeu o Prêmio da Paz 2012 da Pax Christi International, será homenageado em Bruxelas, na Bélgica, no 31 de outubro de 2012, pelo empenho em promover o entendimento entre povos de diferentes crenças através do diálogo, na África e, em particular, na Nigéria, seu país. “Os infatigáveis e persistentes esforços do arcebispo John Onaiyekan para promover a justiça, a paz e o diálogo inter-religioso, acompanhado da ação concreta, o tornaram merecedor do Prêmio Internacional da Paz 2012 da Pax Christi International”, informa a organização. A Nigéria tem sido cenário de numerosos ataques contra comunidades cristãs por parte do grupo terrorista islâmico Boko Haram, autor de atos de violência que só no último ano provocaram mais de 1.600 mortes no país. A Pax Christi International precisa que o trabalho de dom Onaiyekan “na Nigéria e em outros países africanos como arcebispo católico de Abuja, vice-diretor do Conselho Africano de Líderes Religiosos – Religiões para a Paz (ACRL-RfP) e ex-vice-diretor do Conselho Inter-Religioso da Nigéria (NIREC), contribuiu em grande medida para a causa da paz”. Desde 1994, John Olorunfemi Onaiyekan é o arcebispo católico de Abuja. Os vice-presidentes da Pax Christi International, Marie Dennis (EUA) e o bispo de Rustenburg, África do Sul, dom Kevin Dowling, exaltaram o papel de Onaiyekan no diálogo entre cristãos e muçulmanos. A Pax Christi International oferece todos os anos um prêmio pela paz a uma figura contemporânea que combata a violência e a injustiça. “Para a Pax Christi International, é um dever honrar homens e mulheres que se levantam pela paz, pela justiça e pela não violência em diferentes partes do mundo”, afirma a organização. Fonte: Zenit.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Patriarca Ortodoxo Kirill I visita a Polônia

Desde ontem, quinta-feira(16) a domingo(19), acontece a primeira visita histórica à Polônia do Patriarca de Moscou e da Rússia, Kirill I. Durante estes quatro dias, o Patriarca estará em Varsóvia, onde, amanhã, vai assinar juntamente com o arcebispo Józef Michalik, presidente da Conferência dos Bispos Polacos, a mensagem comum aos povos polaco e russo. Depois visitará Bialystok, Suprasl, Hajnówka e vai ao mosteiro de Monte Santo Grabarka, onde, sob sua condução, irá celebrar a liturgia para a festa da Transfiguração. A mensagem comum aos povos polaco e russo não tem precedentes. Nunca antes existiu um documento conjunto da Igreja ortodoxa e católica. Abre-se uma nova fase nas relações do catolicismo na Polônia e na Igreja Ortodoxa Russa. Trata-se fundamentalmente, de um pedido de diálogo mútuo, a fim de esclarecer a difícil história comum entre as duas nações, o que poderia ser no futuro a base para o processo de perdão e reconciliação. O documento aborda também a necessidade de um testemunho e de uma visão comum entre a Igreja Ortodoxa e a Católica sobre os novos desafios colocados pela secularização do mundo moderno. Hoje, Kirill se encontrou com representantes da Conferência dos Bispos polacos na sede do Episcopado,em Varsóvia. Depoisde cumprimentar o arcebispo Michalik, o patriarca foi até a capela para uma breve oração, logo após, juntamente com representantes do Episcopado polonês, falou sobre as perspectivas de cooperação e diálogo entre as duas Igrejas. Em nome da Conferência Episcopal Polonesa, estiveram presentes na reunião: o cardeal Kazimierz Nycz; o cardeal Stanislaw Dziwisz; o cardeal Jozef Glemp; arcebispo Jozef Kowalczyk, primaz da Polônia; o arcebispo Stanislaw Gadecki; o bispo Wojciech Polak, secretário geral da Conferência Episcopal, o padre Jaroslaw Mrówczyński; o arcebispo Henryk Hoser. Também estiveram presentes os co-autores poloneses da mensagem comum: o arcebispo Henryk Muszynski e o arcebispo Stanislaw Budzik. A reunião também contou com a participação de um representante da Igreja católica na Rússia, o secretário geral da Conferência dos Bispos da Federação Russa padre Igor Kowalewski. Acompanhando o Patriarca Kirill, os membros de sua delegação: dom Sawa, metropolitano de Varsóvia e de toda a Igreja Ortodoxa na Polônia; dom Jeremias, bispo de Wrocław - Szczecin (Stettin-Bleslavia) e o bispo Jerzy Pankowski ordinário dos Militares da Igreja Ortodoxa. Conforme relatado pela KAI (Agência Católica de Informações na Polônia), no final da reunião, o Patriarca Kirill I ofereceu à Igreja Católica polonesa o ícone de Nossa Senhora de Smolensk, um dos ícones ortodoxos mais venerados. Este pertence ao tipo iconográfico de "Odegetria" ou Nossa Senhora com Cristo, cujo autor, segundo contam, é São Lucas evangelista. Esta imagem foi levada para a Rússia de Bizâncio, através de uma princesa bizantina no ano de 1046. Era a filha de Constantino IX, que havia chegado à Rússia para se casar com o príncipe Vsevolod. Foi então Vladimir Monomakh, filho e herdeiro do casal, enquanto ainda era príncipe de Smolénsk, a doar, em 1079, o ícone ao monastério local onde quase que imediatamente foi considerado milagroso. O presente da Igreja Católica polonesa ao Patriarca russo foi a cópia do ícone de Nossa Senhora de Czestochowa, que - tal como previsto pelos doadores - poderia encontrar o seu lugar na nova construção da Igreja Ortodoxa de Katyn, perto do cemitério onde em 1941 alguns oficiais poloneses foram assassinados. A intenção, por parte dos ortodoxos, é fazer desta nova Igreja um lugar onde os peregrinos poloneses poderão se reunir para rezar. Essa questão provavelmente será um dos temas a serem discutidos nas negociações em Varsóvia pelos representantes de ambas as Igrejas. "Em nossa história houve momentos difíceis, e não vai ser fácil imediatamente pedir perdão – declarou o Arcebispo Józef Michalik à televisão polonesa TVP info -. No entanto, o documento que será assinado cria uma nova base para novas relações”. "Se Deus quiser - acrescentou – vamos ver o momento em que um polonês poderá chamar de ‘irmão’ um russo, e vice-versa. Antipatia e ódio não são sentimentos cristãos. A história entre os nossos povos não se compreende humanamente, por isso é preciso se referir à virtude mais alta, à perspectiva da Sabedoria de Deus e da fé”. O Patriarca Kirill I, antes de sua visita à Polônia, durante entrevista na Rádio Polonesa, afirmou que "a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica na Polônia estão prontas a perdoar os pecados do passado e a pedir ao seu povo para escrever novas páginas da história". Fonte: Zenit.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O chamado

A conquista da felicidade faz parte do plano universal da vida humana. Ser feliz é um dom, mas tem que ser fruto de esforço e da prática de um chamado. Não há acepção ou discriminação de pessoas, mesmo que cada uma exerça missão diferente das outras, mas tendo como fim o bem e a dignidade como alvos a ser atingidos. Responder a um chamado para construir algo é contribuir com o progresso, com o desenvolvimento da cultura, mas isto pode ser dificultado, e até impedido, quando o egoísmo passa fazer parte de nossa identidade humana. Pior ainda quando o bem comum e a partilha não são uma conquista, a coletividade fica fortemente prejudicada e todos passam a sofrer as consequências. No âmbito cristão, o chamado significa e supõe resposta de amor, de gratuidade e serviço de transformação do mundo em fraternidade e paz. Onde reina a solidariedade, a honestidade e a seriedade na conquista das coisas, o reino da morte e do mal acaba cedendo espaço. O bem, quando honestamente trabalhado, vence o mal e ocasiona vida responsável e saudável. Na nova cultura, com muita facilidade, corremos o risco das falsas promessas, inclusive dos diversos charlatões prometendo felicidade “barata” em troca de benefícios, iludindo as pessoas. Isto é falsear a resposta ao chamado para o verdadeiro sentido da vida. Aí não transparece o espírito de despojamento, mas de exploração. Estamos em tempo de preparação para mais uma Jornada Mundial da Juventude, que vai acontecer nos meados do ano que vem. Todos os jovens do Brasil são chamados a um despertar, para usar suas forças e criatividade construindo um país melhor. A juventude tem força transformadora e precisa coloca-la em prática. O encontro do Papa Bento XVI com os milhares de jovens de todo o mundo, no Rio de Janeiro em 2013, será momento de um grande chamado. O Brasil ainda é jovem, portanto, com uma força capaz de vencer o mal causado por muitas lideranças pouco preocupadas com a dignidade humana e cristã. + Dom Paulo Mendes Peixoto Arcebispo de Uberaba.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Um grande sinal

Deus fala sempre e é necessário apurar os ouvidos diante de suas palavras. Muitas vezes o silêncio é a sua voz (Cf. Is 30,15; Sl 64,2), outras muitas vezes manifesta-se através de pessoas por ele enviadas, cujos gestos e respostas aos apelos do Senhor são altamente eloquentes. Grita bem forte diante da história o sinal que é a Igreja, esposa de Cristo, cuidada com amor por aquele que se entregou para fazê-la santa e imaculada. Sinal de Deus é o fato de ser esta mesma Igreja constituída por homens e mulheres marcados pela fragilidade comum a toda a natureza humana, mas tocados pela graça de Deus, que os conduz progressivamente à estatura de Cristo (Cf. Ef 4,13-16). O mistério de Cristo, luz do Mundo, há de resplandecer na face da Igreja. Tudo o que se diz da Igreja em geral pode ser aplicado em particular àquela que foi escolhida e preparada pelo Pai do Céu para ser Mãe de seu Filho amado, a Virgem Maria, Imaculada, Assunta ao Céu, sinal de Deus para o mundo. Por outro lado, tudo o que se diz de Maria pode ser aplicado à Igreja no seu conjunto, como graça e vocação (Cf. Ap 11,19; 12,1-10). Ao celebrarmos com a Igreja a Festa da Assunção de Nossa Senhora, deparamo-nos com uma torrente de ensinamentos a serem colhidos com sabedoria, ainda que não sejamos capazes de absorver toda a riqueza dos mistérios de Deus, realizados em santa cumplicidade com a humanidade, nos quais nos envolvemos, com Maria e do modo de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe. O fato de Deus ter preservado da corrupção a Virgem Maria, elevando-a em corpo e alma, “assumindo-a” na “Assunção”, traz consigo a lição do grande valor dado por Deus a tudo o que é humano. Não nos é lícito desprezar o corpo humano, as realidades terrestres destinadas a contribuírem à realização das pessoas, a beleza da natureza, o relacionamento entre as pessoas. Tudo tem um destino de felicidade e de eternidade, tanto que buscamos um novo Céu e uma nova Terra, onde Deus será tudo em todos! É inclusive condição para a realização humana nesta terra o olhar otimista dos cristãos em relação a toda a criação. Cabe-lhes passar pelas estradas do mundo plantando e colhendo o bem, recuperando a realidade e o sonho oferecidos por Deus no Livro do Gênesis, pois ele nos quer felizes no Paraíso. Nossa vida na terra é ao mesmo tempo saudade e esperança do Paraíso. Em Cristo, Salvador e Redentor, tudo é recapitulado, ganha um novo e definitivo sentido. Olhar para o grande sinal aparecido do no Céu e dar-lhe um nome – Maria! – traz ainda a grande certeza de termos uma Mãe no Céu, criatura como todos nós, mas escolhida, preservada do mal e elevada à comunhão plena com a Trindade. Um privilégio e uma graça, que a tornou missionária! Ela chegou na frente para mostrar-nos a estrada. Bendita entre todas as mulheres (Lc 1,39-45) para nos mostrar o caminho da benção. Ela é Nossa Senhora da Esperança, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora do Presente e do Futuro! Junto de Deus está a nossa humanidade. Estabeleceu-se um laço definitivo, pelo que nos podemos renunciar a olhar para o Céu e caminhar para lá. Olhando para aquela que foi assunta ao Céu, parece-me encontrá-la realizada aqui na terra em muitas outras pessoas que trazem os traços de Maria. Dentre tantas, no mês dedicado às diversas vocações na Igreja, volto meu olhar para os homens e as mulheres que descobriram um chamado semelhante ao de Maria, tornando-se sinais da plenitude do Reino de Deus, na vida religiosa. Quando muitos põem toda a esperança nos bens da terra, a vida religiosa proclama a plenitude de Deus, com a bem-aventurança da pobreza, transformada em voto, entrega total de vida, e diz a todos que Deus eleva os humildes, despede os ricos de mãos vazias e sacia de bens os famintos. Com a virgindade e a castidade vividas e testemunhadas, os religiosos e as religiosas reconhecem que Deus olhou para a pequenez de seus servos e servas, e o proclamam senhor de todos os seus afetos, dispostos a construir a fraternidade, não constituindo para si uma família própria, mas suscitando a ternura da família dos filhos de Deus. Ao mundo que luta pelo poder e o domínio de uns sobre os outros, a vida religiosa proclama, com o desafiador voto de obediência – “Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” – que Deus derruba do trono os poderosos. Nos religiosos e nas religiosas o Senhor Jesus quer continuar a se fazer servo, obediente até à morte, e morte de Cruz (Cf. Fl 2,1-11). São pessoas que podem ser parecidas com Nossa Senhora, são homens e mulheres “apressados”, desejosos de viver, desde já, os valores da eternidade. Sintam-se reconhecidos e valorizados pela sociedade, pela Igreja e por todas as pessoas que têm sede de Deus e muitos jovens experimentem o chamado a seguir Jesus de perto nesta forma de entrega à Igreja e ao Reino de Deus. Com Nossa Senhora, com a Igreja e com as pessoas consagradas na Castidade, na Pobreza e na Obediência, pedimos ao Pai, Deus e eterno e todo-poderoso, aquele que elevou à glória do Céu, em corpo e alma a Virgem Maria, que nos faça viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Dom Alverto Taveira - Arcebispo de Belém do Pará. Fonte: Zenit.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Assassinado mais um sacerdote na Colômbia

Em 27 anos, foram mortos 2 bispos, 79 padres, 8 religiosos e 3 seminaristas A nova vítima da violência contra o clero na Colômbia é o padre Pablo Sánchez Albarracín, 67, de Cúcuta, pároco de Santa Maria Mãe de Deus. Ele morreu após 72 horas de agonia. A Rádio Vaticano relata que o sacerdote foi atacado em 9 de agosto por um homem que tinha invadido a sua casa com uma arma cortante, demonstrando desespero. De acordo com a polícia local, o padre era muito querido pelos fiéis e nunca havia recebido qualquer tipo de ameaça. Na Colômbia, os sacerdotes assassinados nos últimos 40 anos já somam dezenas. Muitos foram assassinados pelos homens do tráfico, outros por paramilitares ou por grupos guerrilheiros. Na cidade de Cúcuta, os problemas de ordem pública e a insegurança dos cidadãos são crônicos. A igreja local recebe inúmeras ameaças e "pedidos" de abandonar a região. Em 15 de julho, o núncio apostólico dom Aldo Cavalli visitou a cidade para incentivar o clero a continuar o seu trabalho pastoral. "A Igreja nunca vai abandonar essas pessoas nem a sua missão de evangelização", afirmou explicitamente o prelado. Em 12 de maio, o padre Gustavo García tinha sido morto por um homem que queria roubar seu telefone celular. De acordo com o episcopado colombiano, entre 1984 e setembro de 2011, o país listou 2 bispos, 79 sacerdotes, 8 religiosos e 3 seminaristas assassinados Fonte: Zenit.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Não falte a estes irmãos a nossa solidariedade e o nosso apoio

Em Castel Gandolfo, ao final da tradicional oração do Angelus, Bento XVI recordou as vítimas das recentes catástrofes. O Papa recordou as populações asiáticas, especialmente das Filipinas e da República Popular da China, fortemente atingidas por chuvas fortes e também as vítimas do noroeste do Iran, atingidas por um violento terremoto. Estes eventos provocaram numerosas vítimas e feridos, milhares de desabrigados e muitos danos. O Papa convidou todos a unirem-se às suas orações pelos que perderam a vida e por todas as pessoas provadas por calamidades devastadoras. “Não falte a estes irmãos a nossa solidariedade e o nosso apoio”, concluiu o Santo Padre. Fonte: Zenit.

domingo, 12 de agosto de 2012

"Lets Bridge": pontes entre as pessoas para superar as divisões

12.000 jovens de uma centena de países participarão em Budapeste, de 31 de agosto a 2 de setembro, do encontro Genfest, um grande intercâmbio de experiências práticas em que eles estão envolvidos há anos. Economia, arte, questões sociais, diálogo intercultural: estas são algumas das "pontes" que contam histórias pessoais e de grupos. São pontes entre indivíduos, grupos e povos. Mundo unido, fraternidade: palavras abstratas? O que significa trabalhar em algo tão desafiador é explicado por eles com fatos da vida cotidiana. Z., sírio, é soldado. A partir de março, ele terá que lidar com os novos recrutas. Entre as suas tarefas, ele terá que visitar as famílias dos soldados mortos para dar essa notícia. Youssef também é soldado. Ele conta que, uma vez, um colega tinha que ir pessoalmente buscar os novos recrutas em uma cidade distante, com o risco de serem atacados durante a viagem. O colega estava com medo. Youssef se ofereceu para ir em seu lugar. No último momento, os superiores decidiram mandá-lo de avião. “Faça aos outros o que você gostaria que fizessem para você”, avalia Gergely, da Hungria, 26 anos. “Esta frase, que todos entendem, me dá uma orientação diária”. Emergências humanitárias provocadas por catástrofes, desastres naturais ou conflitos, sempre têm jovens na linha de frente da reação: das inundações da Ligúria, na Itália, ao êxodo de refugiados iraquianos na Jordânia, ou do terremoto em Fukushima ao terremoto no Chile. Na Colômbia, a chuva não dá trégua há mais de um ano: são mais de 500 mortos ou desaparecidos e cerca de 3 milhões de pessoas prejudicadas. Os jovens colombianos começaram a reagir em Soacha, cidade nos arredores de Bogotá, e, junto com os adultos, organizaram uma campanha para arrecadar alimentos e roupas. Receberam 200 pares de botas e alimentos que distribuíram para as famílias necessitadas. A situação piorou devido a doenças e problemas de convivência nos acampamentos. Mas os jovens continuam angariando ajuda e acompanhando as pessoas. Na Síria dos últimos meses, os jovens de Aleppo se organizaram para distribuir às famílias pobres refeições gratuitas doadas por uma grande empresa. Graças à comunhão de bens entre amigos e familiares, eles mandam alimentos regularmente aos necessitados. É o que fizeram também em Damasco, quando os refugiados se abrigaram nos jardins e nas escolas da cidade. Mediante fóruns de cinema e encontros, eles têm procurado também difundir a cultura da paz e da fraternidade. A juventude do Cairo apresentará em Budapeste o seu projeto "Eu pertenço", que enfatiza a necessidade da união nacional. Jovens budistas e cristãos deram vida a três simpósios de intercâmbio e debate sobre temas como o compromisso com a paz e a vivência e transmissão da fé, criando uma rede de amizade e de fraternidade inter-religiosa, intercultural e internacional. 72 muçulmanos e cristãos de 5 países do Oriente Médio e do Norte da África se reunirão em Budapeste pela primeira vez, e, em tempo recorde, repassarão a coreografia que aprenderam em seus respectivos países, graças a aulas virtuais via YouTube. Os jovens da Índia também: hindus do movimento ghandiano Shanti Ashram e cristãos do país trabalharam juntos durante meses para criar a sua dança, que quer expressar a diversidade das religiões e das castas dentro da Índia. Num, budista da Tailândia, falará sobre a sua vida no dia 1º de setembro no Genfest, e no mesmo dia um cristão de Nazaré e uma muçulmana de Jerusalém contarão o que significa viver a fraternidade no coração do conflito palestino-israelense e da difícil coexistência de três religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Entre os participantes, há também jovens sem crenças religiosas, mas que partilham o compromisso de viver num mundo mais unido. Cada um está na linha da frente no lugar onde vive, com os problemas e desafios de todos os dias. Santiago, Chile: 100 jovens estão envolvidos na atividade "Natal na rua", que eles desenvolvem com os mendigos da cidade. Preparação de mesas, presentes personalizados, atenção a cada detalhe... Tudo é projetado para restituir a dignidade àqueles irmãos. Catânia-Bujumbura: a ponte entre os jovens dessas duas cidades, uma da Itália e a outra de Burundi, se materializou em um teclado. Depois de uma chamada via Skype, em que o grupo africano Smile Gen cantou no idioma kirundi, os jovens estudantes de Catânia tiveram a iniciativa de lhes presentear um teclado. Para isto, lançaram a operação "Um sorvete para Burundi". Quando se reconectaram pelo Skype, já houve um concerto virtual intercontinental, com palco em Burundi e um tecladoem Catânia. Oteclado já está destinado ao país africano. O projeto Mundo Unido, concebido e desenvolvido por jovens do movimento dos Focolares e aberto à cooperação de todos, será lançado em Budapeste para promover a fraternidade praticada por indivíduos, grupos e nações. O projeto terá ainda um observatório internacional permanente, reconhecido pela ONU. Fonte: Zenit.

sábado, 11 de agosto de 2012

Apelo sobre as vítimas de tráfico humano no Sinai

Um novo apelo da Assembléia dos Ordinários Locais Católicos da Terra Santa sobre as vítimas de tráfico humano no Sinai foi ecoado nesta quinta-feira (09). O documento foi divulgado no site da Associação de Saint James do Vicariato do Patriarcado Latino de Jerusalém, fundada em 1955, dedicada ao desenvolvimento das comunidades católicas de língua hebraica em Israel. Os líderes da Igreja Católica na Terra Santa demonstram uma profunda preocupação com o destino dos africanos que pedem asilo e vêm sendo sequestrados quando passam pelo Sinai. “Nos últimos dias, mudanças dramáticas têm acontecido no Sinai. Devido ao envio de tropas egípcias ao Sinai após a recente onda de violência na fronteira Israel-Egito, uma janela de oportunidade se abre”, afirma o documento. Até o momento, apesar da “crescente pressão internacional, as autoridades egípcias diversas vezes explicaram que sob as restrições do acordo de Camp David de 1978 e a desmilitarização da zona, o Egito é incapaz de tomar as ações necessárias”. O apelo dirigido ao governo egípcio espera que a recente implantação de forças permita “às autoridades fecharem estes campos e certificarem-se que o tráfico de seres humanos termine”. O documento recorda que neste exato momento, “ainda existem centenas de vítimas (predominantemente da Eritréia e do Sudão) que estão sendo mantidos em tais campos no Sinai. Neste exato momento, eles são torturados (suspensos pelos membros, queimados por ferros quentes, eletrocutados em partes de seus corpos e sistematicamente violados). Tudo isso foi corajosamente documentado por ativistas de direitos humanos. Neste exato momento, os familiares das vítimas pagam dinheiro de extorsão para libertar seus entes queridos”. Vários líderes católicos assinam o documento, incluindo: Fouad TWAL, Patriarca Latino de Jeruslém, Presidente da Assembléia dos Ordinários Católicos da Terra Santa; Michel SABBAH, Patriarca Latino Emérito de Jerusalém, Presidente do Comitê de Justiça e Paz e + Antonio FRANCO, Delegado Apostólico em Jerusalém e na Palestina,Núncio Apostólico para Israel e Chipre; dentre outros. Fonte: Zenit.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

IGREJA ETÍOPE ALIMENTA A ESPERANÇA DE 180 MIL CRIANÇAS

Tudo começou num pequeno cemitério de Addis Abeba, a capital etíope, onde, durante décadas, os leprosos, pobres e sem-teto se refugiavam. Quarenta anos atrás, dois homens, comovidos com a sina de tantas crianças obrigadas a viver em meio aos túmulos, quiseram dar a elas educação e oportunidade para uma vida melhor. E, antes de deixar a cidade para continuar os estudos, eles confiaram o trabalho às Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. As irmãs criaram uma escola e um abrigo e até hoje continuam trabalhando perto do cemitério para cuidar dos seus alunos. "Uma boa educação é a única maneira de sair da pobreza", declara a diretor da unidade, Irmã Belaynesh Woltesi, para a organização Ajuda à Igreja que Sofre. Neste ano, as irmãs deram aulas para 813 crianças. Foi necessário dividi-las em dois turnos, já que a escola se localiza no topo de uma colina à beira de um precipício: o espaço é realmente pequeno. Apesar disso, as freiras conseguiram montar uma pequena biblioteca e até um campinho de jogo. “Aqui é tudo em miniatura”, diz a diretora, “mas não falta nada para os nossos pequenos: livros, uniformes e, especialmente, comida. Por outro lado, com os preços aumentando o tempo todo, está cada vez mais difícil para nós a compra dos alimentos". Todos os alunos vêm de famílias pobres e a maioria dos pais têm aids ou lepra. As crianças nascidas com o vírus HIV são muitas, mas as Filhas da Caridade não sabem o número exato. Na Etiópia, embora generalizada, a aids ainda é um tabu: as religiosas evitam até mesmo pronunciar o nome da síndrome na frente dos doentes. Muitos alunos foram recolhidos das ruas da capital, onde mendigavam para sustentar a família. Alguns vendiam bilhetes de loteria, balas e chicletes. Outros pertenciam a grupos de "mendigos profissionais", que se vestem de palhaços e fazem acrobacias para chamar a atenção dos transeuntes. Mendigar é ilegal na Etiópia e, por isso, os pais mandam os filhos pedir esmolas somente à tarde, quando o número de policiais em serviço é menor. A prostituição também é tristemente generalizada. As irmãs continuam procurando os pequenos mendigos pela cidade. “Mas não é fácil”, explica a Irmã Belaynesh, “porque muitas vezes o dinheiro que eles arrecadam como esmola é a única fonte de renda da família. Além disso, as crianças que conhecem as regras da rua não querem aceitar que alguém cuide delas". Em 2011, a Ajuda à Igreja que Sofre doou para a Igreja católica etíope mais de 620 mil euros. Parte das ofertas sustentou os muitos religiosos e religiosas que ajudam os pobres e necessitados de todo o país. Na Etiópia, mais de 10 milhões de pessoas se beneficiam da imensa obra de caridade da Igreja, apesar de os fiéis católicos serem apenas 700 mil. A Igreja gerencia 203 creches e 222 escolas, frequentadas por mais de 180 mil alunos de todas as religiões. Fonte: Zenit.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Feliz o homem que teme o Senhor

O Santuário de Fátima divulgou a peregrinação internacional dos dias 12 e 13 de agosto, que este ano tem como tema: “Feliz o homem que teme o Senhor”. D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, preside à peregrinação internacional dos dias 12 e 13 de agosto, com início oficial marcado para as 18:30, na Capelinha das Aparições. No contexto da vivência da 40.ª Semana Nacional de Migrações (12 a19 de agosto), uma iniciativa da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, a Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM) realiza nestes dias em Fátima a Peregrinação do Migrante e do Refugiado, este ano sob o tema ‘Celebrar a Memória para Projetar a Nova Evangelização do Futuro’. “O ano de 2012 é privilegiado para juntos celebrarmos a epopeia histórica de 50 anos de Missão da Igreja de Portugal junto dos emigrantes portugueses espalhados pelo mundo, assim como a alegria do encontro com a diversidade cultural e religiosa”, afirmou, em declarações recentes à agência Ecclesia, o diretor da OCPM, frei Francisco Sales Diniz. Até ao momento, vários grupos anunciaram-se no Serviço de Peregrinos do Santuário como participantes nas celebrações da manhã do dia 13 nomeadamente 1 grupo de Portugal, 5 da Alemanha, 1 da Costa do Marfim, 5 de Espanha, 1 de Guadalupe, 1 da Indonésia, 1 da Irlanda, 4 de Itália, 1 do Líbano, 1 de Malta, 1 da Polónia, 1 do Reino Unido, 2 do Sri lanka e 2 do Vietname. Fonte: Zenit.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Conferência da LCWR discute reforma sugerida pela Santa Sé

A Leadership Conference of Women Religious (LCWR), grupo de lideranças de ordens religiosas femininas dos Estados Unidos, dá início a assembléia anual em St. Louis nesta terça-feira (07). As participantes estão prontas para discutir sobre a reforma solicitada pela Santa Sé no início deste ano. Em abril, a Congregação para a Doutrina da Fé nomeou (CDF) nomeou o Arcebispo Peter Sartain de Seattle para dirigir uma iniciativa destinada a ajudar na reforma do LCWR depois que a CDF publicou uma "Avaliação Doutrinal da Conferência de Lideranças Religiosas Femininas”. O documento enumera uma série de assuntos a serem levados em consideração e faz notar que algumas indicações apresentadas nas assembléias da LCWR contêm graves erros teológicos e doutrinais. Cartas enviadas para a CDF por "líderes" de várias congregações, incluindo representantes da LCWR, sobre assuntos como as mulheres sacerdotes e homossexualidade não vão de acordo com os ensinamentos da Igreja. A avaliação também observou que algumas das apresentações e programas patrocinados pela LCWR continham um certo feminismo radical. O National Catholic Register informou que, embora o Arcebispo Sartain tenha se oferecido para participar da conferência, membros da LCWR disseram à irmã Mary Ann Walsh, diretora de relações com a mídia para a conferência dos bispos dos EUA, que a sua "presença não seria útil." Fonte: Zenit.

Desafios da Vida Religiosa na Nova Evangelização

Na série de entrevistas que estamos oferecendo aos nossos leitores, ZENIT conversou com a irmã Daria Fernández Ramos, poucas semanas depois da sua eleição como superiora geral das Religiosas de Maria Imaculada. O capítulo geral da congregação lhe deu a diretriz de levar a família religiosa, fundada por Santa Vicenta Maria em1876, aum caminho renovado de evangelização. Como a sua congregação recebeu o chamado do papa à Nova Evangelização? Irmã Daria Fernández: Nós vimos este acontecimento como um kairós na Igreja. Antes que o papa convocasse o sínodo, nós já tínhamos escolhido a nova evangelização como tema central do XXII Capítulo Geral. Esse tema exprime o interesse que está presente no coração de todas as irmãs por descobrir como colocar as jovens com quem nós trabalhamos em contato direto com Jesus, o verdadeiro evangelho do Pai. Vocês trabalham com jovens. Como deverá ser a ênfase na nova evangelização? Irmã Daria Fernández: O que nós queremos, de acordo com o que a nossa fundadora nos ensinou, é que as pessoas se encontrem com Jesus, conscientes de que só Ele pode transformar a pessoa. Quando você vive uma experiência de encontro profundo com Jesus, a vida muda. Nós vemos isto nas jovens. Se elas viveram essa experiência, a vida delas tem um sentido profundo, mais pleno. A nova evangelização nasceu com ênfase pastoral na Europa. Como realizar essa pastoral no Velho Continente? Irmã Daria Fernández: O caminho parece cada vez mais difícil. Quando eu penso nesta Europa, onde existem tantos santos e onde o cristianismo já foi vivido com tanto fervor, eu me lembro dos discípulos de Emaús, que, quando toparam com a dificuldade e com o fracasso dos seus ideais, fugiram. Eu penso que a única forma de fazer pastoral é como Jesus, ir ao encontro, se interessar pela situação das pessoas, escutar, ajudar a achar o sentido do que elas estão vivendo, iluminando tudo com a Palavra e expressando na Eucaristia. Fonte: Zenit.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Concluído livro do Papa sobre infância de Jesus

Cidade do Vaticano - Bento XVI concluiu o livro sobre a infância de Jesus: foi o que anunciou o Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, nesta quarta-feira, em Valle d'Aosta – noroeste da Itália –, onde está transcorrendo um período de repouso. E na manhã desta quinta-feira a Sala de Imprensa da Santa Sé precisou que agora "estão sendo feitas as traduções para as diversas línguas, a partir do texto original escrito em alemão". O purpurado falou também sobre uma nova Carta encíclica. Portanto, o Papa concluiu o seu terceiro volume sobre Jesus de Nazaré, dedicado aos Evangelhos da infância: segundo o Cardeal Bertone é um grande presente para o Ano da Fé, que se iniciará em outubro próximo. Leremos o livro com grande expectativa e muito gosto – afirmou. Por sua vez, a Sala de Imprensa da Santa Sé faz votos de que a publicação do livro "se dê simultaneamente nas línguas de maior difusão", bem sabendo que para isso será necessário "um côngruo espaço de tempo para uma tradução precisa de um texto importante e esperado". Ademais, talvez tenhamos uma nova encíclica – acrescentou o Cardeal Bertone –, a quarta do Pontificado após a Deus caritas est de 2005, a Spe salvi de 2007, e a Caritas in veritate de 2009. À margem de uma missa celebrada na igreja paroquial da localidade de Introd, no Valle d'Aosta, o Secretário de Estado vaticano disse, inda, que nesse período de repouso está revendo documentos, anotações e problemas que precisam ser colocados em ordem, naturalmente sempre em contato com Roma, quer com os seus colaboradores, quer com o Papa. Na homilia, recordando a memória litúrgica de Santo Eusébio de Vercelli – celebrada neste 2 de agosto –, destacou a obra de evangelização feita pelo bispo, que "não ficou em sua casa". "Para levar o Evangelho e a salvação de Cristo a todos os lugares, enfrentou viagens duríssimas, perigos, incompreensões e perseguições dos inimigos". "Quando se fala em 'nova evangelização' – observou o Cardeal Bertone – devemos saber reconhecer nessa expressão toda a confiança que Deus deposita em nós hoje, no querer-nos anunciadores do Evangelho no meio de nosso povo, tanto quanto os primeiros discípulos entre os pagãos de seu tempo. "Em todo âmbito social: no trabalho, no matrimônio e na família, como em todos os grupos de amigos e de engajamento social, cada um é realmente imprescindível para uma ramificação do testemunho de fé", exortou o purpurado. Nesse contexto, "então compreendemos a grande importância do anúncio feito por Bento XVI de proclamar o Ano da Fé, que terá início em outubro próximo, à distância de 50 anos da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II." "Será um ano importante, basta pensar na necessidade do nosso tempo de servir à causa do homem" que, segundo Bento XVI, sem Deus "não sabe para onde ir e nem mesmo consegue compreender que ele é". "Conscientes da nossa dignidade de colaboradores ou de agentes de uma 'nova evangelização', devemos cultivar uma grande paixão por Deus, em primeiro lugar." "Mas devemos também esforçar-nos de muitos modos para descobrirmos novamente, mediante uma formação realmente cristã, os muitos tesouros da nossa cultura e da fé que muitos perderam de vista e que, por isso mesmo, se tornaram quase irreconhecíveis" – concluiu o Cardeal Bertone. Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 5 de agosto de 2012

O Cardeal Tauran: "Educar os jovens cristãos e muçulmanos na justiça e na paz"

Queridos amigos muçulmanos, 1. A celebração do 'Id al-Fitr, que encerra o mês do Ramadã, nos dá a alegria de apresentar-vos as cordiais saudações do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso. Alegramo-nos convosco por este tempo privilegiado que vos proporcionou, através do jejum e de outras práticas de piedade, aprofundar a obediência a Deus, um valor tão caro também para nós. É por isso que, este ano, pareceu-nos conveniente centrar a nossa reflexão comum sobre o tema da educação dos jovens cristãos e muçulmanos na justiça e na paz, que são inseparáveis da verdade e da liberdade. 2. Como sabeis, se a tarefa da educação é confiada a toda a sociedade, é antes de tudo, e especialmente, trabalho dos pais e, com eles, das famílias, das escolas e das universidades, sem esquecer os responsáveis da vida religiosa, cultural, social, econômica e do mundo da comunicação. Trata-se de uma tarefa bonita e ao mesmo tempo difícil: ajudar as crianças e os jovens a descobrir e desenvolver os recursos que o Criador confiou a eles e a estabelecer relações humanas responsáveis. Referindo-se à tarefa dos educadores, Sua Santidade o Papa Bento XVI disse recentemente: "Por isso, mais do que nunca, são necessários autênticas testemunhas, e não meros distribuidores de informação e regras ... A testemunha é aquela que primeiro vive o caminho que propõe” ("Mensagem para o Dia Mundial da Paz" de 2012). Além do mais, lembremos que os jovens também são responsáveis ​​pela própria educação assim como pela própria formação para a justiça e a paz. 3. A justiça é determinada principalmente pela identidade da pessoa humana, considerada na sua totalidade; não pode ser reduzida à dimensão comutativa e distributiva. Não nos esqueçamos que o bem comum não pode ser obtido sem solidariedade e amor fraterno! Para quem crê, a justiça autêntica vivida na amizade com Deus aprofunda as relações consigo mesmo, com os outros e com toda a criação. Além disso, eles professam que a justiça tem a sua origem no fato de que todos os homens são criados por Deus e são chamados a formar uma única e mesma família. Essa visão das coisas, com pleno respeito pela razão e aberta à transcendência, também desafia todos os homens e mulheres de boa vontade, permitindo combinar harmoniosamente direitos e deveres. 4. No mundo conturbado em que vivemos, torna-se cada vez mais urgente a educação dos jovens para a paz. Para comprometer-se de modo adequado, deve-se compreender a verdadeira natureza da paz que não se limita à ausência de guerra, nem ao equilíbrio das forças opostas, mas é ao mesmo tempo dom de Deus e obra humana, que deve ser construída sem cessar. Ela é fruto da justiça e um efeito da caridade. É importante que os cresnte sejam sempre ativos no seio das comunidades, das quais são membros: praticando a compaixão, a solidariedade, a colaboração e a fraternidade, eles podem contribuir eficazmente para enfrentar os grandes desafios do presente: crescimento harmonioso, desenvolvimento integral, prevenção e resolução dos conflitos, para citar somente alguns. 5. Finalmente, queremos incentivar os jovens muçulmanos e cristãos que quererão ler esta mensagem, a cultivar sempre a verdade e a liberdade, para serem autênticos araltos de justiça e de paz e construtores de uma cultura que respeite os direitos e a dignidade de cada cidadão. Convidamo-lhes a terem a paciência e a perseverança necessárias para atingirem esses ideais, sem nunca recorrerem a compromissos ambíguos, atalhos fraudulentos ou meios pouco respeitosos da pessoa humana. Somente os homens e mulheres sinceramente convencidos destas exigências poderão construir sociedades em que a justiça e a paz tornar-se-ão realidade. Queira Deus encher de serenidade e esperança os corações, as famílias e as comunidades daqueles que nutrem o desejo de ser ‘instrumentos de paz’! Boa festa para todos! Fonte: Zenit.

sábado, 4 de agosto de 2012

Marcha da Esperança em Kinshasa

Foi realizada neste dia 1º de agosto, em Kinshasa, a "Marcha da Esperança", organizada pelos bispos da República Democrática do Congo (RDC) como parte dos esforços contra a assim chamada "balcanização" do país, cuja integridade territorial se vê ameaçada por uma nova rebelião armada em Kivu Norte. Em matéria reproduzida pela agência Fides, dom Léonard Santedi, secretário geral da CENCO (Conferência Nacional dos Bispos do Congo), destaca que a marcha foi precedida por um tríduo de oração pela paz, pela unidade e pela integridade do território nacional, entre os dias 31 de julho e 1º de agosto, com uma prece pela paz a ser recitada todos os dias no final da missa e dos encontros de oração. Don Santedi também salientou a abertura da marcha a todos os homens e mulheres de boa vontade e expressou a esperança de que esta, junto com outras iniciativas, seja o prelúdio da conscientização de que "o Congo é o nosso patrimônio e devemos preservá-lo". A Fides recorda que a CENCO também organizou para o mês de agosto uma captação de recursos e de itens de primeira necessidade em cada diocese congolesa para ajudar a população de Kivu, "vítima de uma guerra injusta". Como parte da iniciativa, músicos católicos e homens e mulheres de boa vontade foram convidados a organizar shows e outros eventos para ajudar a levantar os fundos. Em Kivu Norte, o exército congolês está perdendo terreno diante das ofensivas dos rebeldes do M23, movimento de guerrilha formado por soldados desertores, a maioria ex-guerrilheiros que integraram as fileiras do exército regular depois dos acordos de paz e que parecem estar mais bem armados e equipados que o próprio exército regular. Há generalizadas acusações contra Ruanda de apoiar o M23 com armas, munições e homens, a ponto de os Estados Unidos, a Holanda e a Grã-Bretanha, esta última a maior doadora internacional, terem deixado de enviar ajuda civil e militar ao governo ruandês. Fonte: Zenit.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Cartaz e subsídios para o Dia Nacional da Juventude 2012

O Dia Nacional da Juventude (DNJ) é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criado em 1985 quando a Organização das Nações Unidas promoveu o ano Internacional da Juventude. Desde então, organizou-se em cada diocese do Brasil o DNJ, que tem sido celebrado todo 3º domingo do mês de Outubro. Para esse ano de 2012 o tema do Dia Nacional da Juventude é: “Juventude e vida” e o lema é: “Que vida vale a pena ser vivida?”. Para ter acesso aos materiais acesse o site: http://www.cnbb.org.br/site/comissoes-episcopais/juventude/9967-cartaz-e-subsidio-do-dia-nacional-da-juventude-2012-sao-divulgados

Anjinhos do Brasil

Acessando o site das edições CNBB a pessoa se surpreende vendo no canto esquerdo algumas imagens de anjinhos com características bem brasileiras: um anjinho indiozinho, outro anjinho nordestino, uma anjinha gauchinha e um caipira. Trata-se do projeto Anjinhos do Brasil. Uma iniciativa das Edições CNBB, aprovado no Conselho Episcopal de Pastoral (CONSEP), uma das instâncias da CNBB, em dezembro de 2011. O Projeto tem como meta a evangelização da criança de 2 a 8 anos, e consequentemente, no auxílio aos pais para passar os valores humanos e cristãos aos seus filhos de forma simples, eficaz e também divertida. Segundo apresentação feita pelo Pe. Valdeir dos Santos Goulard, Diretor Geral das Edições CNBB, que se encontra no site oficial do Projeto Anjinhos do Brasil, a escolha dos anjinhos como protagonistas do Projeto explica-se pelo fato de que eles são mensageiros, anunciadores das mensagens de Deus para nós, e quem melhor do que eles para anunciarem às crianças os valores cristãos? O Projeto também conta com um site desenhado especialmente para crianças e os seus pais, com canções, desenhos e jogos e com uma loja virtual, com os diversos produtos da marca Anjinhos do Brasil, como livros de Histórias Bíblicas, cartõezinhos de mensagens, marcadores de Bíblia, entre muitos outros. Acesse: www.anjinhosdobrasil.com.br

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Relatório sobre a liberdade religiosa do departamento de Estado Americano

Hillary Clinton apresentou à imprensa nesta semana, o volumoso relatório anual sobre a liberdade religiosa do Departamento de Estado Americano, que saiu com um atraso que tem causado alguma polémica. Em nota o sociólogo torinese, Massimo Introvigne, coordenador do Observatório da Liberdade Religiosa promovido pelo Ministério de Assuntos Exteriores, indica "luzes e sombras" do documento americano, respondendo também a algumas críticas dirigidas à Itália no texto. "Compartilhamos, apesar dos protestos de Pequim - nota Introvigne - as críticas à situação da liberdade religiosa na China, bem como as dos países que sairam das “primaveras árabes” começando pelo Egito. Esperemos que sigam passos consequentes nas relações diplomáticas entre os Estados Unidos e estes Países”. «A denúncia do crescimento global do anti-semitismo - continua Introvigne – e a chamada a uma crescente vigilância devem ser aceitas. O fenômeno existe e preocupa". "Muito grande para muitos países, especialmente ocidentais – nota então Introvigne - é a discussão sobre casos reais ou presumidos de islamofobia. Certamente muito do que é relatado é verdadeiro. A ênfase sobre o fenômeno da islamofobia, no entanto, às vezes parece desproporcional. As acusações dirigidas também à Itália, por exemplo acusada de deixar construir poucas mesquitas ou de não permitir que as mulheres muçulmanas usem a burca, não mostram certamente uma adequada compreensão do nosso quadro jurídico e às vezes sofrem de prejuízos políticos". "Carente" finalmente, é definida por Introvigne, a análise das discriminações que os cristãos sofrem também no Ocidente "nas mãos de um laicismo agressivo", destacado por documentos como o relatório da intolerância e discriminação contra os cristãos de Viena, do qual o texto americano teve pouca consideração. "Mas – conclui Introvigne – a mesma administração Obama é criticada pelos bispos católicos por violações da liberdade religiosa contra os cristãos em questões como a objeção de consciência ou o direito das Igrejas de gerenciarem as próprias instituições em conformidade com os princípios que acreditam em matéria de vida e família. Seria difícil hoje para os Estados Unidos criticar os Países europeus pelas mesmas práticas que o seu próprio governo é criticado em casa". Fonte: Zenit.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Sociedade de São Vicente de Paulo comemora 140 anos no Brasil

A Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) e as mais de 280 mil famílias que, semanalmente, recebem ajuda da instituição estão celebrando 140 anos de presença missionária e evangelizadora no Brasil e recebendo a visita do presidente internacional da SSVP, o singapurense Michael Thio, nesta semana. A SSVP também festeja a escolha do beato Frederico Ozanam – um dos principais fundadores da SSVP – como intercessor da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizada em 2013, no Rio de Janeiro. A primeira Unidade Vicentina, a Conferência São José, foi iniciada no Rio de Janeiro que vai receber uma programação especial neste fim de semana. No sábado (4), haverá uma comemoração pelo aniversário no Colégio Coração de Maria (rua ‘Aristides Caire’, 141 – Méier), a partir das 15h45. Já no domingo (5), as festividades serão realizadas na Catedral Santo Antônio (avenida Presidente Keneddy, 1861, Duque de Caxias’, às 8h. Todos os eventos contarão com a presença do presidente internacional da instituição, Michael Thio. VISITAS No Rio de Janeiro, Michael Thio cumprirá uma agenda de compromissos institucionais e eclesiais. Dia 6, ele visitará o governador do Estado, Sérgio Cabral; o prefeito Eduardo Paes e o arcebispo Dom Orani João Tempesta. A SSVP Atualmente, a SSVP está presente em 148 países e tem mais de 750 mil membros espalhados pelo mundo. O Brasil é o maior país vicentino do mundo, com cerca de 250 mil voluntários. A primeira Unidade - implantada em 1872, no Rio de Janeiro – continua em atividade. A missão da SSVP é o combate à fome e a promoção das pessoas em situação de vulnerabilidade social. É um movimento de leigos da Igreja Católica e que tem reconhecimento mundial, inclusive, sendo indicado para receber o prêmio ‘Nobel da Paz’. Contato: Ricardo Fonseca – diretor nacional de Comunicação da SSVP Tel: (21) 8463-2747 Fonte: Assessoria de imprensa da SSVP com adaptações de ZENIT.