Ontem quarta-feira, o Santo Padre Francisco presidiu a tradicional catequese de quarta-feira, na Praça de São Pedro repleta de fiéis e peregrinos de todo o mundo. A bordo do papamóvel, ele passou entre os féis, cumprimentando, abençoando e despertando entusiasmo, alegria e emoção. Muitas pessoas estendiam os braços para registrar o momento, fotografando com celulares, câmeras e tablets, já outros, cantavam.
O Papa refletiu sobre os dias que a Igreja Católica celebra nesta semana. Resumindo em português, ele pediu que “nos próximos dias do Tríduo Pascal, não nos limitemos a comemorar a paixão, morte e ressurreição de Cristo, mas façamos nossos os sentimentos e atitudes d’Ele, como nos diz o apóstolo São Paulo: «Tende os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus».
Ele explicou que “são sentimentos de entrega e serviço, como vemos quando lavou os pés aos seus discípulos e Se deu todo a eles sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho na Última Ceia. Na Eucaristia, entramos em comunhão com Cristo Servo para podermos amar-nos uns aos outros como Ele nos amou”, afirmou o Pontífice. “Ele amou-nos até ao dom total da sua vida, realizado em Sexta-feira Santa na Cruz – continuou- transformando então o suplício mais celerado no mais perfeito, pleno e puro ato de amor”.
E destacou ainda que assim temos de fazer nós também, porque “só nos tornamos capazes de salvação, oferecendo a nossa própria carne: devemos carregar aos ombros o mal do mundo e compartilhar o seu sofrimento, absorvendo-o profundamente na nossa carne, como fez Jesus, como fizeram os mártires”.
“É verdade que às vezes a escuridão parece envolver a alma: «Já não há nada a fazer!» E o coração sente-se sem forças para amar. São as trevas que envolvem a terra”, afirmou Francisco.
E continuou, recordando que “Jesus conheceu-as: «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?». Tinha ainda o Pai e, nas suas mãos, entregou o espírito”. Neste momento, Francisco destacou a presença de Nossa Senhora: “Quando caiu o silêncio da morte, quando a criação mergulhou na escuridão, permanece Maria, sua Mãe, mantendo acesa a chama da fé esperando, contra toda a esperança, na ressurreição de Jesus. E tinha razão! - exclamou Francisco-. “Na Vigília, ressoa de novo o Aleluia pascal. É-nos dada a luz do Ressuscitado para que, em nós, já não viva o lamento «não há nada a fazer» mas a esperança de quem se abre a um presente cheio de futuro: Cristo venceu a morte, e nós vencemo-la com Ele”.
No final da Audiência, o Papa também saudou “de coração” os peregrinos de língua portuguesa, desejando “um Tríduo Pascal verdadeiramente santo que vos ajude a viver a Páscoa, cheios de alegria, consolação e esperança, como convém a quantos ressuscitaram com Cristo”, e desejou a todos “Boa Páscoa!”.
Francisco dirigiu algumas palavras, em particular, aos jovens, doentes e recém casados, recordando que nesta quinta-feira 2 de abril, ocorre o décimo aniversário da morte de São João Paulo II. Por isso, pediu que o exemplo e o testemunho deste santo estejam sempre vivos entre nós. Assim, pediu aos jovens que aprendam a enfrentar a vida com ardor e entusiasmo; aos doentes, que levem a cruz do sofrimento como Ele nos ensinou; e aos recém casados, que coloquem sempre Deus ao centro, a fim que a vida conjugal tenha mais amor e felicidade.
Íntegra da catequese: www.zenit.org/pt/articles/papa-a-pedra-da-dor-e-abatida-deixando-espaco-a-esperanca
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