O arcebispo hondurenho de Tegucigalpa, cardeal Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, pediu no Domingo de Ramos um país sem violência e com justiça e solidariedade para com os mais necessitados.
“Jesus entra hoje em Tegucigalpa, entra em nossa Honduras” e os “ramos que temos na mão nos dizem que queremos aclamá-lo como nosso rei”, afirmou o purpurado na homilia pronunciada diante da catedral metropolitana e de milhares de fiéis.
“Peçamos que Ele venha à nossa Honduras, às nossas famílias, para que terminem as mortes violentas, os assassinatos, a extorsão, o narcotráfico”.
“Nenhum rei de Israel, nenhum chefe deste mundo, nenhum líder exerceu seu poder sem usar a violência e a força. Jesus é o primeiro que chega como um rei de paz, de humildade e de mansidão. Ele não exerce o poder com a violência, não se impõe a ninguém. Só vem nos trazer a paz, abrir um caminho de amor e de comunhão para todos”.
“Hoje se fala em triunfo quando se conseguem vitórias sobre o inimigo militar, político, cultural. Jesus entrou humilde, vencendo a violência, mas o triunfo de Jesus é o triunfo da alegria sobre as nossas tristezas, é o triunfo da verdade sobre a mentira instalada em nosso mundo”.
Os ramos significam que “o coração de Honduras está com Jesus e temos que fazer o possível para que aqueles que não o recebem e não o aceitam possam refletir e pensar; para que abram as portas para Cristo”.
Maradiaga pediu que os hondurenhos “clamem a Jesus” e ressaltou que “vale a pena que Honduras receba Cristo, para deixarmos de lado a violência, a morte, o crime”. O arcebispo encerrou suas palavras convidando os presentes a serem cada vez mais humanos e solidários para com os necessitados.
Segundo os dados do Observatório da Violência da Universidade Nacional Autônoma de Honduras, a taxa de homicídios no país foi de 68 por 100.000 habitantes em 2014. Neste ano já foram contabilizados 5.936 homicídios, o que equivale a uma média de 16 assassinatos por dia.
Fonte: Zenit.
terça-feira, 31 de março de 2015
segunda-feira, 30 de março de 2015
Difundir a ternura do Pai
Ao final da Missa no Domingo de Ramos, antes de rezar o Angelus, o Papa Francisco saudou os jovens por ocasião da XXX Jornada Mundial da Juventude, celebrada em nível diocesano ontem.
“Caros jovens – disse o Papa- exorto-vos a continuar o vosso caminho seja nas dioceses, seja na peregrinação através dos continentes, que vos levará no próximo ano a Cracóvia, pátria de São João Paulo II, iniciador das Jornadas Mundiais da Juventude. O tema daquele grande encontro “Beatos os misericordiosos, pois que encontrarão misericórdia” (Mt 5, 7) entoa-se muito bem com o Sano Santo da Misericórdia. Deixai-vos encher pela ternura do Pai para depois a difundir à vossa volta!”.
Ao final, o Papa convidou a rezar a Nossa Senhora a fim de que nos ajude a viver com fé a Semana Santa. “Ela que estava presente quando Jesus entrou triunfante em Jerusalém, mas o seu coração, como o do Filho, estava pronto ao sacrifício. Aprendamos com Ela, Virgem fiel, a seguir o Senhor quando o caminho leva a cruz.
Francisco confiou a Nossa Senhora as vítimas do desastre aéreo que aconteceu terça-feira, recordando de modo particular o grupo de jovens estudantes que nele perderam a vida.
E concluiu desejando a todos “uma Semana Santa em contemplação do Mistério de Jesus Cristo”.
Fonte: Zenit.
“Caros jovens – disse o Papa- exorto-vos a continuar o vosso caminho seja nas dioceses, seja na peregrinação através dos continentes, que vos levará no próximo ano a Cracóvia, pátria de São João Paulo II, iniciador das Jornadas Mundiais da Juventude. O tema daquele grande encontro “Beatos os misericordiosos, pois que encontrarão misericórdia” (Mt 5, 7) entoa-se muito bem com o Sano Santo da Misericórdia. Deixai-vos encher pela ternura do Pai para depois a difundir à vossa volta!”.
Ao final, o Papa convidou a rezar a Nossa Senhora a fim de que nos ajude a viver com fé a Semana Santa. “Ela que estava presente quando Jesus entrou triunfante em Jerusalém, mas o seu coração, como o do Filho, estava pronto ao sacrifício. Aprendamos com Ela, Virgem fiel, a seguir o Senhor quando o caminho leva a cruz.
Francisco confiou a Nossa Senhora as vítimas do desastre aéreo que aconteceu terça-feira, recordando de modo particular o grupo de jovens estudantes que nele perderam a vida.
E concluiu desejando a todos “uma Semana Santa em contemplação do Mistério de Jesus Cristo”.
Fonte: Zenit.
domingo, 29 de março de 2015
A Espanha propõe que a Semana Santa seja reconhecida como patrimônio da humanidade
O plenário do Senado espanhol aprovou nesta quarta-feira uma moção apresentada pelo Grupo Parlamentar Popular para instar o governo “a apoiar e defender nas instâncias internacionais oportunas a candidatura da cultura da Semana Santa na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco”.
A iniciativa foi defendida pelo senador Alberto Gutiérrez, porta-voz de Cultura do Grupo Parlamentar Popular, e destaca o impacto turístico e econômico da Semana Santa e das procissões de irmandades e confrarias que se realizam há séculos na Espanha.
Gutiérrez ressalta que a riqueza cultural de um país vai além da sua literatura, monumentos e expressões artísticas. “O que tentamos proteger com esta moção é esse patrimônio que vem sendo transmitido de geração em geração”, explicou. A Semana Santa na Espanha é uma tradição que faz parte da história local e cria entre as pessoas “laços que vão formando a memória viva de um povo”.
O senador recordou também que “a Semana Santa gera milhares de empregos no país, já que o turismo cultural tem grande repercussão no mercado de trabalho”. Só neste ano, a Espanha atraiu 32 milhões de turistas culturais, número 11% maior que o do ano anterior.
O porta-voz da Cultura observa ainda que as procissões da Semana Santa são uma exibição de riqueza musical e artística, que dão à celebração um valor reconhecido internacionalmente. “Não podemos esquecer que a celebração da Semana Santa de algumas cidades espanholas conta com a declaração de Bem de Interesse Cultural, o que lhe dá mais proteção, ou de Bem de Interesse Turístico, o que lhe proporciona uma promoção maior”.
A Semana Santa é uma das festividades mais autênticas, emotivas e antigas da Espanha. As ruas da maioria das cidades e povoados viram cenários devocionais em que se misturam o recolhimento religioso, a música, a arte, o colorido das procissões e os desfiles solenes em que numerosas pessoas acompanham as imagens de Jesus e da Virgem Maria.
Toda a Espanha comemora a Semana Santa com características próprias de cada região. Além de enraizada no imaginário popular há séculos, a celebração é muito vinculada com a arte. Há imagens e ícones religiosos talhados com realismo e maestria por escultores célebres como Juan de Juni, Pedro Berruguete e Gil de Siloé. Estas obras excepcionais da arte religiosa espanhola, muitas delas com mais de cinco séculos, saem às ruas para ser contempladas por milhões de pessoas que as admiram com fervor e respeito.
A lista de Bens Imateriais da Unesco foi criada em 2009 e já inclui quase 300 manifestações culturais de todo o mundo.
Fonte: Zenit.
A iniciativa foi defendida pelo senador Alberto Gutiérrez, porta-voz de Cultura do Grupo Parlamentar Popular, e destaca o impacto turístico e econômico da Semana Santa e das procissões de irmandades e confrarias que se realizam há séculos na Espanha.
Gutiérrez ressalta que a riqueza cultural de um país vai além da sua literatura, monumentos e expressões artísticas. “O que tentamos proteger com esta moção é esse patrimônio que vem sendo transmitido de geração em geração”, explicou. A Semana Santa na Espanha é uma tradição que faz parte da história local e cria entre as pessoas “laços que vão formando a memória viva de um povo”.
O senador recordou também que “a Semana Santa gera milhares de empregos no país, já que o turismo cultural tem grande repercussão no mercado de trabalho”. Só neste ano, a Espanha atraiu 32 milhões de turistas culturais, número 11% maior que o do ano anterior.
O porta-voz da Cultura observa ainda que as procissões da Semana Santa são uma exibição de riqueza musical e artística, que dão à celebração um valor reconhecido internacionalmente. “Não podemos esquecer que a celebração da Semana Santa de algumas cidades espanholas conta com a declaração de Bem de Interesse Cultural, o que lhe dá mais proteção, ou de Bem de Interesse Turístico, o que lhe proporciona uma promoção maior”.
A Semana Santa é uma das festividades mais autênticas, emotivas e antigas da Espanha. As ruas da maioria das cidades e povoados viram cenários devocionais em que se misturam o recolhimento religioso, a música, a arte, o colorido das procissões e os desfiles solenes em que numerosas pessoas acompanham as imagens de Jesus e da Virgem Maria.
Toda a Espanha comemora a Semana Santa com características próprias de cada região. Além de enraizada no imaginário popular há séculos, a celebração é muito vinculada com a arte. Há imagens e ícones religiosos talhados com realismo e maestria por escultores célebres como Juan de Juni, Pedro Berruguete e Gil de Siloé. Estas obras excepcionais da arte religiosa espanhola, muitas delas com mais de cinco séculos, saem às ruas para ser contempladas por milhões de pessoas que as admiram com fervor e respeito.
A lista de Bens Imateriais da Unesco foi criada em 2009 e já inclui quase 300 manifestações culturais de todo o mundo.
Fonte: Zenit.
sábado, 28 de março de 2015
Apresentadora da TV italiana ironiza as clarissas que abraçaram o papa em Nápoles
Durante a visita apostólica de 22 de março a Nápoles, dentro de uma ampla programação, o papa Francisco teve um encontro na catedral com os sacerdotes, religiosos, religiosas, consagradas e consagrados. Entre eles, havia sete conventos de freiras contemplativas de clausura, autorizadas a sair especialmente para o evento.
Um momento que revelou a profunda afabilidade do sul da Itália foi quando um grupo de freiras do mosteiro das clarissas capuchinhas de Nápoles cercou o papa Francisco, lhe entregou um presente e, em clima de grande alegria, lhe deu beijos e abraços.
O cardeal arcebispo da cidade, dom Crescenzio Sepe, convidou as clarissas pelo microfone a esperarem até o final do encontro, mas não conseguiu muito sucesso... O purpurado, então, exclamou com simpatia: “Se estas são as de clausura, imaginem as outras...!”. O público se divertiu com o comentário bem humorado, que foi muito repetido pelos meios de comunicação.
Porém, a apresentadora televisiva Luciana Littizzetto, conhecida por suas tiradas sarcásticas, pronunciou uma frase infeliz no programa “Che tempo fa”, da RAI: “Não se sabe se todas essas freiras abordaram o papa porque nunca tinham visto um papa ou porque nunca tinham visto um homem...”.
As religiosas do mosteiro contemplativo têm seus tempos de oração e meditação, mas também mantêm uma página gerida pela abadessa Rosa Lupoli no Facebook. Nesta página, que serve como canal de comunicação com as novas vocações, as irmãs publicaram fotos do encontro com o papa Francisco e um vídeo do jornalista Luca Lavaroni, que as entrevistou sobre o “incidente”. Este vídeo, que se tornou viral nas redes sociais, mostra a resposta das freiras à apresentadora.
Quem fala são as irmãs Rosa e Pia. “Cara Luciana, apreciamos você em várias ocasiões, pelos seus programas e livros, mas, desta vez, você entrou num terreno que não é o seu. Isto não nos deu tanta alegria, como já escrevemos em nosso perfil no Facebook”.
Na rede social, elas tinham publicado: “Lamentamos que a senhora Littizzetto, que apreciamos em outras ocasiões, tenha pensado que as ‘reprimidas’ freiras de clausura tivessem esperado o papa para abraçar um homem. Não seria o caso, querida Luciana, de atualizar o seu imaginário manzoniano sobre as freiras de vida contemplativa?” (A ironia se refere ao romance “Os Noivos”, escrito no século XIX por Alessandro Manzoni).
Perguntadas sobre o que a apresentadora poderia fazer para remediar o deslize, a irmã Rosa sugere: “Conhecer uma freira de clausura pessoalmente poderia ser uma oportunidade para aprender algo novo. E, se quiser vir, por que não? Vem tanta gente... Querida Luciana, se você quiser vir, ficaremos contentes de nos conhecer e tomara que nos abracemos e nos demos um beijo!”.
Fonte: Zenit.
Um momento que revelou a profunda afabilidade do sul da Itália foi quando um grupo de freiras do mosteiro das clarissas capuchinhas de Nápoles cercou o papa Francisco, lhe entregou um presente e, em clima de grande alegria, lhe deu beijos e abraços.
O cardeal arcebispo da cidade, dom Crescenzio Sepe, convidou as clarissas pelo microfone a esperarem até o final do encontro, mas não conseguiu muito sucesso... O purpurado, então, exclamou com simpatia: “Se estas são as de clausura, imaginem as outras...!”. O público se divertiu com o comentário bem humorado, que foi muito repetido pelos meios de comunicação.
Porém, a apresentadora televisiva Luciana Littizzetto, conhecida por suas tiradas sarcásticas, pronunciou uma frase infeliz no programa “Che tempo fa”, da RAI: “Não se sabe se todas essas freiras abordaram o papa porque nunca tinham visto um papa ou porque nunca tinham visto um homem...”.
As religiosas do mosteiro contemplativo têm seus tempos de oração e meditação, mas também mantêm uma página gerida pela abadessa Rosa Lupoli no Facebook. Nesta página, que serve como canal de comunicação com as novas vocações, as irmãs publicaram fotos do encontro com o papa Francisco e um vídeo do jornalista Luca Lavaroni, que as entrevistou sobre o “incidente”. Este vídeo, que se tornou viral nas redes sociais, mostra a resposta das freiras à apresentadora.
Quem fala são as irmãs Rosa e Pia. “Cara Luciana, apreciamos você em várias ocasiões, pelos seus programas e livros, mas, desta vez, você entrou num terreno que não é o seu. Isto não nos deu tanta alegria, como já escrevemos em nosso perfil no Facebook”.
Na rede social, elas tinham publicado: “Lamentamos que a senhora Littizzetto, que apreciamos em outras ocasiões, tenha pensado que as ‘reprimidas’ freiras de clausura tivessem esperado o papa para abraçar um homem. Não seria o caso, querida Luciana, de atualizar o seu imaginário manzoniano sobre as freiras de vida contemplativa?” (A ironia se refere ao romance “Os Noivos”, escrito no século XIX por Alessandro Manzoni).
Perguntadas sobre o que a apresentadora poderia fazer para remediar o deslize, a irmã Rosa sugere: “Conhecer uma freira de clausura pessoalmente poderia ser uma oportunidade para aprender algo novo. E, se quiser vir, por que não? Vem tanta gente... Querida Luciana, se você quiser vir, ficaremos contentes de nos conhecer e tomara que nos abracemos e nos demos um beijo!”.
Fonte: Zenit.
sexta-feira, 27 de março de 2015
A Igreja da Inglaterra terá o primeiro casal de bispos
A Igreja da Inglaterra terá o primeiro casal em que ambos os cônjuges, marido e mulher, serão bispos. A novidade acontecerá assim que Alison White for consagrada bispa de Hull, no próximo dia 3 de julho.
Alison é casada com Frank White, bispo adjunto em Newcastle, norte da Inglaterra. Sua designação episcopal foi anunciada recentemente pelo arcebispo de York, John Sentamu. Alison White será a segunda mulher a ser bispa na Igreja da Inglaterra em cinco séculos de história.
Libby Lane, a primeira, foi consagrada em janeiro. Ela é casada com o capelão do aeroporto de Manchester, tem dois filhos e pertence à primeira geração de mulheres ordenadas como sacerdotisas no anglicanismo, duas décadas atrás.
A Igreja Anglicana, com mais de 80 milhões de fiéis em todo o mundo, já tinha bispas nos Estados Unidos, na Austrália, no Canadá, na Suazilândia e no País de Gales.
O sínodo geral da Igreja da Inglaterra aprovou a reforma histórica no ano passado, permitindo que mulheres fossem nomeadas bispas no
Fonte: Zenit.
Alison é casada com Frank White, bispo adjunto em Newcastle, norte da Inglaterra. Sua designação episcopal foi anunciada recentemente pelo arcebispo de York, John Sentamu. Alison White será a segunda mulher a ser bispa na Igreja da Inglaterra em cinco séculos de história.
Libby Lane, a primeira, foi consagrada em janeiro. Ela é casada com o capelão do aeroporto de Manchester, tem dois filhos e pertence à primeira geração de mulheres ordenadas como sacerdotisas no anglicanismo, duas décadas atrás.
A Igreja Anglicana, com mais de 80 milhões de fiéis em todo o mundo, já tinha bispas nos Estados Unidos, na Austrália, no Canadá, na Suazilândia e no País de Gales.
O sínodo geral da Igreja da Inglaterra aprovou a reforma histórica no ano passado, permitindo que mulheres fossem nomeadas bispas no
Fonte: Zenit.
quinta-feira, 26 de março de 2015
O papa Francisco promove nesta quinta-feira uma oração mundial pela paz
O papa Francisco iniciará nesta quinta-feira uma oração mundial pela paz no contexto do V Centenário do Nascimento de Santa Teresa de Jesus. A oração começará com a eucaristia que o Santo Padre celebra todo dia na capela da Casa Santa Marta: portanto, a partir das 7 da manhã, comunidades e fraternidades poderão começar a oração pela paz no momento e do modo que considerarem mais oportuno e adequado, informou a Ordem do Carmelo Descalço.
“Não podemos nos esconder neste dia, deixando a solução dos problemas da guerra nas mãos dos que governam. O dia 26 de março é um dia para que a voz de Santa Teresa ressoe nos nossos corações e para que nós, junto com ela, nos determinemos a fazer o pouquinho que nos cabe”, disse o padre Emilio José Martínez, vigário geral do Carmelo Descalço.
A ordem agradeceu ao pontífice por capitanear esta iniciativa, tornando-a eclesial. “É, sem dúvida, um belo presente para a nossa Santa Mãe”, assegurou o padre Martínez.
O presidente da Fundação V Centenário do Nascimento de Santa Teresa de Jesus, padre Antonio González, anunciou que, de acordo com a Santa Sé, foram convidados para este momento de oração também os crentes de outras confissões cristãs e de outras religiões.
Em todos os lugares onde for rezada a Oração pela Paz, pediu-se que uma vela acesa seja colocada na porta. Será possível participar também através das redes sociais com a hashtag #Prayday. Todas as atividades organizadas nos vários carmelos do mundo inteiro poderão ser acompanhadas pelo site www.stj500.com.
O V Centenário do Nascimento de Santa Teresa de Jesus será comemorado no próximo sábado. O bispo de Ávila, dom Jesús Garcia Burillo, celebrará uma missa na Igreja da Santa às 10h e outra na catedral às 12h30 (horário da Espanha). Em seguida, a imagem de Santa Teresa e seu bastão original sairão em procissão pelas ruas da cidade.
No mesmo dia, os carmelitas de Madri convocarão uma oração ecumênica às 20h30, com representantes de diversas confissões cristãs.
Fonte: Zenit.
“Não podemos nos esconder neste dia, deixando a solução dos problemas da guerra nas mãos dos que governam. O dia 26 de março é um dia para que a voz de Santa Teresa ressoe nos nossos corações e para que nós, junto com ela, nos determinemos a fazer o pouquinho que nos cabe”, disse o padre Emilio José Martínez, vigário geral do Carmelo Descalço.
A ordem agradeceu ao pontífice por capitanear esta iniciativa, tornando-a eclesial. “É, sem dúvida, um belo presente para a nossa Santa Mãe”, assegurou o padre Martínez.
O presidente da Fundação V Centenário do Nascimento de Santa Teresa de Jesus, padre Antonio González, anunciou que, de acordo com a Santa Sé, foram convidados para este momento de oração também os crentes de outras confissões cristãs e de outras religiões.
Em todos os lugares onde for rezada a Oração pela Paz, pediu-se que uma vela acesa seja colocada na porta. Será possível participar também através das redes sociais com a hashtag #Prayday. Todas as atividades organizadas nos vários carmelos do mundo inteiro poderão ser acompanhadas pelo site www.stj500.com.
O V Centenário do Nascimento de Santa Teresa de Jesus será comemorado no próximo sábado. O bispo de Ávila, dom Jesús Garcia Burillo, celebrará uma missa na Igreja da Santa às 10h e outra na catedral às 12h30 (horário da Espanha). Em seguida, a imagem de Santa Teresa e seu bastão original sairão em procissão pelas ruas da cidade.
No mesmo dia, os carmelitas de Madri convocarão uma oração ecumênica às 20h30, com representantes de diversas confissões cristãs.
Fonte: Zenit.
quarta-feira, 25 de março de 2015
Vigília internacional pelo XX aniversário da encíclica Evangelium vitae
O Pontifício Conselho para a Família organizou nesta terça-feira uma vigília internacional para comemorar o vigésimo aniversário da publicação da encíclica Evangelium vitae de São João Paulo II. O evento, informa o dicastério, é uma forma de agradecimento pelos frutos produzidos pela pastoral da vida e também serve para difundir os benefícios da oração pela vida, além de lembrar a vida eterna, destino de cada ser humano.
A vigília foi realizada em três etapas: começou as 17hs, horário de Roma, na Basílica romana de Santa Maria Maior, com uma explicação dos elementos artísticos dessa Igreja relacionados com a vida. Às 18hs rezou-se um terço focado na contemplação das passagens evangélicas vinculadas ao tema da vida, intercalado com testemunhos dos fieis. Às 19hs houve a celebração eucarística presidida pelo arcebispo Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Família.
Mons Paglia afirmou: "O aniversário da encíclica e esta vigília que a lembra na véspera da Anunciação, são de particular importância porque mostra a estreita relação entre o mistério da vida e a experiência da família, feita de emoções e de relacionamentos. Defender a vida significa, portanto, participar na aliança entre Deus, o homem e a mulher".
O caráter internacional da vigília foi acentuado com a participação dos santuários de Fátima, Lourdes e Guadalupe, onde se rezaram terços dedicados à vida, no contexto da iniciativa “Um terço abraça o mundo”. Em Nazaré, o evento foi antecipado no dia 21 de março.
Fonte: Zenit.
A vigília foi realizada em três etapas: começou as 17hs, horário de Roma, na Basílica romana de Santa Maria Maior, com uma explicação dos elementos artísticos dessa Igreja relacionados com a vida. Às 18hs rezou-se um terço focado na contemplação das passagens evangélicas vinculadas ao tema da vida, intercalado com testemunhos dos fieis. Às 19hs houve a celebração eucarística presidida pelo arcebispo Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Família.
Mons Paglia afirmou: "O aniversário da encíclica e esta vigília que a lembra na véspera da Anunciação, são de particular importância porque mostra a estreita relação entre o mistério da vida e a experiência da família, feita de emoções e de relacionamentos. Defender a vida significa, portanto, participar na aliança entre Deus, o homem e a mulher".
O caráter internacional da vigília foi acentuado com a participação dos santuários de Fátima, Lourdes e Guadalupe, onde se rezaram terços dedicados à vida, no contexto da iniciativa “Um terço abraça o mundo”. Em Nazaré, o evento foi antecipado no dia 21 de março.
Fonte: Zenit.
terça-feira, 24 de março de 2015
E o sangue de São Januário se liquefez nas mãos do Papa Francisco
A história vai se lembrar deste momento durante séculos: pela primeira vez, o sangue de São Januário se liquefez nas mãos de um Papa durante a visita à Catedral de Nápoles. O milagre, que ocorre somente três vezes por ano, aconteceu na tarde deste último sábado, 21, com o Papa Francisco, por ocasião do seu encontro com o clero diocesano.
No final de seu discurso – longo, apaixonado, todo improvisado – o Pontífice pegou a ampola do padroeiro de Nápoles e, depois de ter recitado a oração ritual e tê-la beijado, passou-a para o arcebispo Crescenzio Sepe que, verificando-a, anunciou aos mais de mil fiéis na Catedral que "o sangue estava metade dissolvido".
Isso nunca tinha acontecido na história, nem em visitas anteriores dos Papas: nem com Pio IX, em 1848, nem com João Paulo II, em 1990, nem com o Papa Bento XVI, em 2007. Hoje, porém, sim, - disse Sepe – “se v~e que o nosso Santo gosta do Papa”.
O sangue, no entanto, estava dissolvido pela metade. O processo de liquefação se completou instantes depois. Evidentemente, brincou Bergoglio, "se só está dissolvido pela metade quer dizer que temos que seguir em frente e fazer melhor. O santo nos ama pela metade”.
Os fiéis saíram da catedral satisfeitos e felizes, clamando o milagre. Ainda mais alegres, porém, eram os quase 500 religiosos e consagrados reunidos na Catedral. Especialmente as freiras de clausura que, bem antenadas para cumprimentar o Bispo de Roma, criaram interlúdios agradáveis.
Especialmente aquele de algumas passionistas que, enquanto o cardeal Sepe pronunciava o seu discurso, se ‘jogaram’ em direção ao Pontífice com entusiasmo irreprimível para dar-lhe um presente. Enquanto rodeavam um Francisco, entre preocupado e divertido, o prelado tentava detê-las gritando: “Basta irmãs! O que estão fazendo? Agora vão comê-lo... E felizmente que estas são as de clausura. Imaginemos as outras!".
Cenas de alegria simples. Todo o encontro, além disso, foi realizado em tom informal, com o Papa que destruiu o discurso pré-estabelecido (“porque os discursos são chatos...”), e, sentado na cadeira por causa do cansaço, deu 3-4 diretas ao seu rebanho napolitano à espera de receber uma palavra do próprio Pastor.
Francisco, em seguida, repropôs, por meio de anedotas vivência em primeira pessoa, alguns dos seus maiores obstáculos para mostrar os testemunhos e os anti-testemunhos que sacerdotes, irmãs, religiosos e religiosas podem dar ao povo de Deus.
Portanto, “colocar Jesus no centro", e amar a sua Mãe Maria, buscando-a e rezando porque Ela “nos mostra em todos os momentos o Filho". Ou também a alegria que deve caracterizar cada consagrado, porque "os consagrados tristes têm algo errado. Devem ir a um amigo ou um bom conselheiro espiritual". E também o zelo missionário, como aquela freira de 90 anos de idade que lhe pediu a benção in articulo mortis porque tinha que ir ao redor do mundo para fundar mosteiros.
Mas, acima de tudo o que é necessário para os religiosos – destacou o Pontífice – é “o espírito de pobreza”. Caso contrário se acaba como uma outra irmã: “uma grande religiosa, uma boa mulher, que fazia bem o seu trabalho de tesoureira em um importante colégio”, mas que tinha o coração tão “apegado ao dinheiro”, que selecionava as pessoas em base à renda: “Esse eu gosto porque tem mais dinheiro”.
Esta mulher inteligente, que fez importantes edifícios, morreu na humilhação: em uma sala diante dos professores enquanto tomava um café, teve uma síncope e caiu". "Davam-lhe tapas para voltar em si e não voltava” – disse Bergoglio - "E uma professora disse: coloque uma nota de 100 pesos na cara e veja o que acontece... A coitadinha estava morta, mas esta foi a última palavra que disseram quando ainda não se sabia se estava morta”.
Em suma, um exemplo de “mau testemunho". Que é o acontece “quando na Igreja entra a especulação”, advertiu o Papa. Isso é “feio”: é feio quando “um sacerdote é avaro e entra nos negócios”, é feio quando, por causa do dinheiro, acontecem escândalos na Igreja e acaba a liberdade. Quando se ouvem essas frases: “Eu deveria puxar a orelha dessa pessoa, mas já que é um grande benfeitor e os grandes benfeitores fazem o que querem na vida, não tenho a liberdade de dizer-lhe a verdade”.
"Um sacerdote pode ter suas economias, mas não deve ter o coração lá", disse o pontífice. E, voltando-se sempre para os sacerdotes, alertou contra a tentação perigosa do "mundanismo", do "viver com o espírito do mundo, que Jesus não queria". Mas também o excesso de "comodidade” é um risco, que se vê em coisas triviais como estar muito tempo na frente da tv. Como aquelas 'excelentes freiras’ de um colégio na Argentina que, reestruturando a sua casa, tinham colocado em cada quarto uma televisão. “E na hora da novela você não achava uma freira sequer pela escola!”.
"Estas são as coisas que nos levam ao espírito do mundo", comentou Francisco. E o espírito do mundo, se sabe, leva para longe de Cristo. Atenção, portanto, especialmente os seminaristas devem estar alertas. A eles o Santo Padre dirigiu uma recomendação específica: “Se vocês não tiverem Jesus no Centro, adiem a ordenação. Esperem alguns anos, pensem melhor...”.
A todos, finalmente, denunciou o que ele define o “terrorismo das fofocas”. Porque “quem fofoca – disse – é igual a um terrorista que lança uma bomba, destrói tudo enquanto ele está fora. Se pelo mesmo fosse um camicase...".
Fonte: Zenit.
No final de seu discurso – longo, apaixonado, todo improvisado – o Pontífice pegou a ampola do padroeiro de Nápoles e, depois de ter recitado a oração ritual e tê-la beijado, passou-a para o arcebispo Crescenzio Sepe que, verificando-a, anunciou aos mais de mil fiéis na Catedral que "o sangue estava metade dissolvido".
Isso nunca tinha acontecido na história, nem em visitas anteriores dos Papas: nem com Pio IX, em 1848, nem com João Paulo II, em 1990, nem com o Papa Bento XVI, em 2007. Hoje, porém, sim, - disse Sepe – “se v~e que o nosso Santo gosta do Papa”.
O sangue, no entanto, estava dissolvido pela metade. O processo de liquefação se completou instantes depois. Evidentemente, brincou Bergoglio, "se só está dissolvido pela metade quer dizer que temos que seguir em frente e fazer melhor. O santo nos ama pela metade”.
Os fiéis saíram da catedral satisfeitos e felizes, clamando o milagre. Ainda mais alegres, porém, eram os quase 500 religiosos e consagrados reunidos na Catedral. Especialmente as freiras de clausura que, bem antenadas para cumprimentar o Bispo de Roma, criaram interlúdios agradáveis.
Especialmente aquele de algumas passionistas que, enquanto o cardeal Sepe pronunciava o seu discurso, se ‘jogaram’ em direção ao Pontífice com entusiasmo irreprimível para dar-lhe um presente. Enquanto rodeavam um Francisco, entre preocupado e divertido, o prelado tentava detê-las gritando: “Basta irmãs! O que estão fazendo? Agora vão comê-lo... E felizmente que estas são as de clausura. Imaginemos as outras!".
Cenas de alegria simples. Todo o encontro, além disso, foi realizado em tom informal, com o Papa que destruiu o discurso pré-estabelecido (“porque os discursos são chatos...”), e, sentado na cadeira por causa do cansaço, deu 3-4 diretas ao seu rebanho napolitano à espera de receber uma palavra do próprio Pastor.
Francisco, em seguida, repropôs, por meio de anedotas vivência em primeira pessoa, alguns dos seus maiores obstáculos para mostrar os testemunhos e os anti-testemunhos que sacerdotes, irmãs, religiosos e religiosas podem dar ao povo de Deus.
Portanto, “colocar Jesus no centro", e amar a sua Mãe Maria, buscando-a e rezando porque Ela “nos mostra em todos os momentos o Filho". Ou também a alegria que deve caracterizar cada consagrado, porque "os consagrados tristes têm algo errado. Devem ir a um amigo ou um bom conselheiro espiritual". E também o zelo missionário, como aquela freira de 90 anos de idade que lhe pediu a benção in articulo mortis porque tinha que ir ao redor do mundo para fundar mosteiros.
Mas, acima de tudo o que é necessário para os religiosos – destacou o Pontífice – é “o espírito de pobreza”. Caso contrário se acaba como uma outra irmã: “uma grande religiosa, uma boa mulher, que fazia bem o seu trabalho de tesoureira em um importante colégio”, mas que tinha o coração tão “apegado ao dinheiro”, que selecionava as pessoas em base à renda: “Esse eu gosto porque tem mais dinheiro”.
Esta mulher inteligente, que fez importantes edifícios, morreu na humilhação: em uma sala diante dos professores enquanto tomava um café, teve uma síncope e caiu". "Davam-lhe tapas para voltar em si e não voltava” – disse Bergoglio - "E uma professora disse: coloque uma nota de 100 pesos na cara e veja o que acontece... A coitadinha estava morta, mas esta foi a última palavra que disseram quando ainda não se sabia se estava morta”.
Em suma, um exemplo de “mau testemunho". Que é o acontece “quando na Igreja entra a especulação”, advertiu o Papa. Isso é “feio”: é feio quando “um sacerdote é avaro e entra nos negócios”, é feio quando, por causa do dinheiro, acontecem escândalos na Igreja e acaba a liberdade. Quando se ouvem essas frases: “Eu deveria puxar a orelha dessa pessoa, mas já que é um grande benfeitor e os grandes benfeitores fazem o que querem na vida, não tenho a liberdade de dizer-lhe a verdade”.
"Um sacerdote pode ter suas economias, mas não deve ter o coração lá", disse o pontífice. E, voltando-se sempre para os sacerdotes, alertou contra a tentação perigosa do "mundanismo", do "viver com o espírito do mundo, que Jesus não queria". Mas também o excesso de "comodidade” é um risco, que se vê em coisas triviais como estar muito tempo na frente da tv. Como aquelas 'excelentes freiras’ de um colégio na Argentina que, reestruturando a sua casa, tinham colocado em cada quarto uma televisão. “E na hora da novela você não achava uma freira sequer pela escola!”.
"Estas são as coisas que nos levam ao espírito do mundo", comentou Francisco. E o espírito do mundo, se sabe, leva para longe de Cristo. Atenção, portanto, especialmente os seminaristas devem estar alertas. A eles o Santo Padre dirigiu uma recomendação específica: “Se vocês não tiverem Jesus no Centro, adiem a ordenação. Esperem alguns anos, pensem melhor...”.
A todos, finalmente, denunciou o que ele define o “terrorismo das fofocas”. Porque “quem fofoca – disse – é igual a um terrorista que lança uma bomba, destrói tudo enquanto ele está fora. Se pelo mesmo fosse um camicase...".
Fonte: Zenit.
segunda-feira, 23 de março de 2015
Evangelho, crucifixo e testemunho da nossa fé
Queridos irmãos e irmãs,
Neste quinto domingo da Quaresma, o evangelista João chama a nossa atenção com um detalhe curioso: alguns "gregos", judeus, vindos de Jerusalém para a festa da Páscoa, se voltam para o apóstolo Filipe e dizem: "Queremos ver Jesus"(Jo 12, 21). Na cidade santa, onde Jesus foi pela última vez, havia muitas pessoas. Havia os pequenos e simples que acolheram festivamente o profeta de Nazaré reconhecendo-o como o enviado do Senhor. Havia os sumo sacerdotes e chefes do povo que querem elimina-lo porque consideram-no herético e perigoso. E havia também pessoas, como os "gregos", curiosos para vê-lo e saber mais sobre a sua pessoa e as obras por Ele realizadas, entre as quais - a ressurreição de Lázaro – que causou grande alarde.
‘Queremos ver Jesus’: estas palavras, como tantas outras no Evangelho, ultrapassam determinado episódio e exprimem algo universal; revelam um desejo que atravessa as épocas e as culturas, um desejo presente no coração de tantas pessoas que ouviram falar de Cristo, mas que ainda não o encontraram. ‘Eu quero ver Jesus’, isso sente o coração deste povo.
Respondendo indiretamente, de maneira profética, o pedido para vê-lo, Jesus faz uma profecia que revela a sua identidade e indica o caminho para conhecê-lo verdadeiramente: "Chegou a hora do Filho do Homem ser glorificado" (Jo 12, 23). É a hora da cruz! É o tempo da derrota de Satanás, o príncipe do mal, e do triunfo definitivo do amor misericordioso de Deus. Cristo declara que será "elevado da terra", uma expressão com duplo significado. (V 32): "elevado" porque crucificado, e "elevado" porque exaltado pelo Pai na Ressurreição, para atrair todos a si e reconciliar os homens com Deus e uns com os outros. A hora da Cruz, a hora mais escura da história, é também a fonte da salvação para todos os que acreditam nEle.
Prosseguindo a profecia sobre sua iminente Páscoa, Jesus utiliza uma imagem simples e sugestiva, a do "grão de trigo", que cai na terra e morre para dar fruto (cf. v. 24). Nesta imagem encontramos um outro aspecto da cruz de Cristo: o da fecundidade. A cruz de Cristo é fecunda. A morte de Jesus, de fato, é uma fonte inesgotável de vida nova, porque traz em si a força regeneradora do amor de Deus. Imerso nesse amor pelo Batismo, os cristãos podem se transformar em "grãos" e produzir muitos frutos se, assim como Jesus, "perdem a própria vida" por amor a Deus e aos irmãos (cf. v. 25).
Por esta razão, àqueles que ainda hoje "querem ver Jesus", àqueles que estão buscando a face de Deus; que receberam uma catequese quando pequeno e depois não aprofundaram mais, talvez tenham perdido a fé; tantos que ainda não conheceram Jesus pessoalmente...; às todas essas pessoas podemos oferecer três coisas: o Evangelho; o crucifixo e o testemunho da nossa fé, pobre, mas sincera. O Evangelho: nele podemos encontrar Jesus, escutá-lo, conhecê-lo. O crucificado: sinal do amor de Jesus que se entregou por nós. E, depois, uma fé que se traduz em simples gestos de caridade fraterna. Mas principalmente, na coerência de vida, entre o que dizemos e aquilo que vivemos, coerência entre a nossa fé e a nossa vida, entre as nossas palavras e as nossas ações. Evangelho, crucifixo, testemunho. Que Nossa Senhora nos ajude a levar essas três coisas.
Depois do Angelus
Queridos irmãos e irmãs,
Apesar do mal tempo vocês vieram, muitos, parabéns. Vocês são corajosos, os maratonistas também são corajosos, saúdo-os com afeto. Ontem eu estive em Nápoles para uma vista pastoral, quero agradecer a calorosa acolhida de todos os napolitanos. São ótimos. Muito obrigado!
Hoje é o Dia Mundial da Água, promovido pelas Nações Unidas. A água é o elemento mais essencial para a vida, e da nossa capacidade de cuidar e compartilhar depende o futuro da humanidade. Portanto, incentivo a comunidade internacional a garantir que as águas do planeta sejam devidamente protegidas e ninguém seja excluído ou discriminado no uso desse bem, que é um bem comum por excelência. Como dizia São Francisco de Assis: "Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã Água, que é muito útil e humilde e preciosa e casta”(Cântico do Irmão Sol).
Saúdo todos os peregrinos presentes, especialmente o coral do "Conservatorio Profesional de Música" de Orihuela (Espanha), os jovens do Collège Saint-Jean de Passy de Paris, os fiéis da Hungria, e as bandas do Cantão Ticino (Suíça). A Ordem Franciscana Secular de Cremona, UNITALSI da Lombardia, o grupo devotado ao bispo mártir Oscar Romero, que em breve será beatificado; bem como os fiéis de Fiumicino, as crianças da Primeira Comunhão de Sambuceto, os jovens de Ravenna, Milão e Florença, que receberam recentemente ou estão prestes a receber o Crisma.
E agora vamos repetir um gesto já feito no ano passado: de acordo com a antiga tradição da Igreja, durante a Quaresma se entrega o evangelho àqueles que se preparam para o batismo; então, eu ofereço a vocês que estão na Praça um presente, um Evangelho de bolso. Serão distribuídos gratuitamente por alguns moradores de rua que vivem em Roma. Mais uma vez, vemos um gesto muito bonito, que agrada a Jesus: os mais necessitados são os que nos dão a Palavra de Deus, peguem e levem com vocês, leiam frequentemente, todos os dias, levem na bolsa, no bolso, e leiam muitas vezes, um trecho a cada dia. A Palavra de Deus é luz para o nosso caminho! Fará bem a vocês!
Desejo a todos um bom domingo. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até logo!
Neste quinto domingo da Quaresma, o evangelista João chama a nossa atenção com um detalhe curioso: alguns "gregos", judeus, vindos de Jerusalém para a festa da Páscoa, se voltam para o apóstolo Filipe e dizem: "Queremos ver Jesus"(Jo 12, 21). Na cidade santa, onde Jesus foi pela última vez, havia muitas pessoas. Havia os pequenos e simples que acolheram festivamente o profeta de Nazaré reconhecendo-o como o enviado do Senhor. Havia os sumo sacerdotes e chefes do povo que querem elimina-lo porque consideram-no herético e perigoso. E havia também pessoas, como os "gregos", curiosos para vê-lo e saber mais sobre a sua pessoa e as obras por Ele realizadas, entre as quais - a ressurreição de Lázaro – que causou grande alarde.
‘Queremos ver Jesus’: estas palavras, como tantas outras no Evangelho, ultrapassam determinado episódio e exprimem algo universal; revelam um desejo que atravessa as épocas e as culturas, um desejo presente no coração de tantas pessoas que ouviram falar de Cristo, mas que ainda não o encontraram. ‘Eu quero ver Jesus’, isso sente o coração deste povo.
Respondendo indiretamente, de maneira profética, o pedido para vê-lo, Jesus faz uma profecia que revela a sua identidade e indica o caminho para conhecê-lo verdadeiramente: "Chegou a hora do Filho do Homem ser glorificado" (Jo 12, 23). É a hora da cruz! É o tempo da derrota de Satanás, o príncipe do mal, e do triunfo definitivo do amor misericordioso de Deus. Cristo declara que será "elevado da terra", uma expressão com duplo significado. (V 32): "elevado" porque crucificado, e "elevado" porque exaltado pelo Pai na Ressurreição, para atrair todos a si e reconciliar os homens com Deus e uns com os outros. A hora da Cruz, a hora mais escura da história, é também a fonte da salvação para todos os que acreditam nEle.
Prosseguindo a profecia sobre sua iminente Páscoa, Jesus utiliza uma imagem simples e sugestiva, a do "grão de trigo", que cai na terra e morre para dar fruto (cf. v. 24). Nesta imagem encontramos um outro aspecto da cruz de Cristo: o da fecundidade. A cruz de Cristo é fecunda. A morte de Jesus, de fato, é uma fonte inesgotável de vida nova, porque traz em si a força regeneradora do amor de Deus. Imerso nesse amor pelo Batismo, os cristãos podem se transformar em "grãos" e produzir muitos frutos se, assim como Jesus, "perdem a própria vida" por amor a Deus e aos irmãos (cf. v. 25).
Por esta razão, àqueles que ainda hoje "querem ver Jesus", àqueles que estão buscando a face de Deus; que receberam uma catequese quando pequeno e depois não aprofundaram mais, talvez tenham perdido a fé; tantos que ainda não conheceram Jesus pessoalmente...; às todas essas pessoas podemos oferecer três coisas: o Evangelho; o crucifixo e o testemunho da nossa fé, pobre, mas sincera. O Evangelho: nele podemos encontrar Jesus, escutá-lo, conhecê-lo. O crucificado: sinal do amor de Jesus que se entregou por nós. E, depois, uma fé que se traduz em simples gestos de caridade fraterna. Mas principalmente, na coerência de vida, entre o que dizemos e aquilo que vivemos, coerência entre a nossa fé e a nossa vida, entre as nossas palavras e as nossas ações. Evangelho, crucifixo, testemunho. Que Nossa Senhora nos ajude a levar essas três coisas.
Depois do Angelus
Queridos irmãos e irmãs,
Apesar do mal tempo vocês vieram, muitos, parabéns. Vocês são corajosos, os maratonistas também são corajosos, saúdo-os com afeto. Ontem eu estive em Nápoles para uma vista pastoral, quero agradecer a calorosa acolhida de todos os napolitanos. São ótimos. Muito obrigado!
Hoje é o Dia Mundial da Água, promovido pelas Nações Unidas. A água é o elemento mais essencial para a vida, e da nossa capacidade de cuidar e compartilhar depende o futuro da humanidade. Portanto, incentivo a comunidade internacional a garantir que as águas do planeta sejam devidamente protegidas e ninguém seja excluído ou discriminado no uso desse bem, que é um bem comum por excelência. Como dizia São Francisco de Assis: "Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã Água, que é muito útil e humilde e preciosa e casta”(Cântico do Irmão Sol).
Saúdo todos os peregrinos presentes, especialmente o coral do "Conservatorio Profesional de Música" de Orihuela (Espanha), os jovens do Collège Saint-Jean de Passy de Paris, os fiéis da Hungria, e as bandas do Cantão Ticino (Suíça). A Ordem Franciscana Secular de Cremona, UNITALSI da Lombardia, o grupo devotado ao bispo mártir Oscar Romero, que em breve será beatificado; bem como os fiéis de Fiumicino, as crianças da Primeira Comunhão de Sambuceto, os jovens de Ravenna, Milão e Florença, que receberam recentemente ou estão prestes a receber o Crisma.
E agora vamos repetir um gesto já feito no ano passado: de acordo com a antiga tradição da Igreja, durante a Quaresma se entrega o evangelho àqueles que se preparam para o batismo; então, eu ofereço a vocês que estão na Praça um presente, um Evangelho de bolso. Serão distribuídos gratuitamente por alguns moradores de rua que vivem em Roma. Mais uma vez, vemos um gesto muito bonito, que agrada a Jesus: os mais necessitados são os que nos dão a Palavra de Deus, peguem e levem com vocês, leiam frequentemente, todos os dias, levem na bolsa, no bolso, e leiam muitas vezes, um trecho a cada dia. A Palavra de Deus é luz para o nosso caminho! Fará bem a vocês!
Desejo a todos um bom domingo. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até logo!
domingo, 22 de março de 2015
Patriarca Gregório III Laham: o governo sírio é responsável por proteger os cidadãos
Um primaz da Igreja Católica Oriental está rejeitando a ideia de que o sofrimento infligido pelos jihadistas à comunidade cristã e a outros grupos do Oriente Médio possa justificar a intervenção militar.
De acordo com a Agência Fides, o patriarca greco-melquita católico Gregório III Laham declarou: "Não é adequado invocar intervenções militares externas para defender os cristãos na Síria e no Oriente Médio. Somos um país soberano com um governo legítimo, que é responsável por proteger os seus cidadãos".
"Se realmente queremos dar fim à tragédia do povo sírio", ressaltou o patriarca, "só há um caminho: acabar com as guerras, com as armas, com o dinheiro e com os estratagemas que estão sendo usados para atacar a Síria".
Nesta última segunda-feira, Gregório III presidiu uma vigília de oração pela paz na Catedral da Assunção de Maria, em Damasco. Estiveram presentes representantes e delegações de todas as comunidades católicas e ortodoxas.
"Nós compartilhamos cantos e orações de penitência e de paz", comentou ele, destacando que "os cristãos são os verdadeiros promotores da paz na Síria".
Sua Beatitude observou ainda que a maneira de promover a paz, para a Igreja, é a oração e o apoio a todos os que podem ajudar a parar o fluxo de armas no Oriente Médio.
"Em 7 de setembro de 2013", recordou o patriarca, “o papa Francisco chamou o mundo para a grande oração pela paz. Em dias recentes, enquanto estávamos orando, espalhou-se a notícia de que os países ocidentais vão retomar as negociações com Assad. Os grupos que aterrorizam o nosso povo não teriam tido tanta força sem ajuda e armas recebidas de outros países e grupos de poder”.
Por esta razão, o primaz lança um apelo ao papa Francisco e a todas as Igrejas e comunidades cristãs para que "os 2 bilhões de cristãos do mundo promovam um plano concreto e realista para pedir às forças opostas que deixem de lado os seus cálculos de poder e as causas que alimentam a guerra. Só assim é que o sofrimento do nosso povo poderá acabar", enfatizou o patriarca greco-melquita.
Fonte: Zenit.
De acordo com a Agência Fides, o patriarca greco-melquita católico Gregório III Laham declarou: "Não é adequado invocar intervenções militares externas para defender os cristãos na Síria e no Oriente Médio. Somos um país soberano com um governo legítimo, que é responsável por proteger os seus cidadãos".
"Se realmente queremos dar fim à tragédia do povo sírio", ressaltou o patriarca, "só há um caminho: acabar com as guerras, com as armas, com o dinheiro e com os estratagemas que estão sendo usados para atacar a Síria".
Nesta última segunda-feira, Gregório III presidiu uma vigília de oração pela paz na Catedral da Assunção de Maria, em Damasco. Estiveram presentes representantes e delegações de todas as comunidades católicas e ortodoxas.
"Nós compartilhamos cantos e orações de penitência e de paz", comentou ele, destacando que "os cristãos são os verdadeiros promotores da paz na Síria".
Sua Beatitude observou ainda que a maneira de promover a paz, para a Igreja, é a oração e o apoio a todos os que podem ajudar a parar o fluxo de armas no Oriente Médio.
"Em 7 de setembro de 2013", recordou o patriarca, “o papa Francisco chamou o mundo para a grande oração pela paz. Em dias recentes, enquanto estávamos orando, espalhou-se a notícia de que os países ocidentais vão retomar as negociações com Assad. Os grupos que aterrorizam o nosso povo não teriam tido tanta força sem ajuda e armas recebidas de outros países e grupos de poder”.
Por esta razão, o primaz lança um apelo ao papa Francisco e a todas as Igrejas e comunidades cristãs para que "os 2 bilhões de cristãos do mundo promovam um plano concreto e realista para pedir às forças opostas que deixem de lado os seus cálculos de poder e as causas que alimentam a guerra. Só assim é que o sofrimento do nosso povo poderá acabar", enfatizou o patriarca greco-melquita.
Fonte: Zenit.
sábado, 21 de março de 2015
Congo: bispo denuncia que um padre foi assassinado por condenar a criminalidade
Um bispo da República Democrática do Congo condenou com ênfase o assassinato de um sacerdote, cometido no mês passado. Dom Théophile Kaboy, em carta ao núncio apostólico no país (com cópia enviada à organização Ajuda à Igreja que Sofre – AIS) condenou o assassinato do padre Jean-Paul Kakule, cometido em 25 de fevereiro, no leste do país, como um "ato abominável, repugnante e infernal". O pe. Kakule era tesoureiro da paróquia de Mweso, na diocese de Goma, e foi morto a tiros por alguém não identificado enquanto fechava a igreja no começo da noite.
O pe. Kakule, de 33 anos, era o filho mais velho de uma grande família cristã de Kivu do Norte e foi o décimo sacerdote assassinado na República Democrática do Congo desde 1992. Além destas mortes, cinco freiras da Congregação de São Vicente de Paulo desapareceram em 1996 e não houve qualquer vestígio encontrado até hoje.
Ainda não está claro se o assassinato do pe. Kakule foi decorrência de uma tentativa de assalto ou uma expressão de ódio religioso. O bispo de Goma, observando que a mera presença de sacerdotes e religiosos na área de Mweso é fonte de irritação para os criminosos, suspeita que o assassinato tenha sido um ato de vingança. A paróquia de Mweso conquistou reputação como uma instituição que não tem medo de condenar a criminalidade local.
Diversas vezes, bandidos massacraram aldeões indefesos e expulsaram centenas de milhares de pessoas, denuncia o bispo, acrescentando que a população da região leste da República Democrática do Congo se sente extremamente insegura. "As quadrilhas têm liberdade total porque não há presença policial", disse o bispo, apelando às autoridades nacionais e internacionais para intervirem a fim de restaurar a paz naquela região sem lei.
De acordo com o relatório "Liberdade Religiosa no Mundo - 2014", da AIS, existem 20 diferentes grupos armados aterrorizando a parte oriental do país. O relatório detalha o rapto, em 2012, de três padres assuncionistas da sua paróquia em Beni (Kivu do Norte). Os prováveis culpados são militantes da ADF-NALU, um grupo rebelde de Uganda reconhecido por suas tendências radicais islâmicas.
A República Democrática do Congo tem 65 milhões de habitantes, dos quais 96% são cristãos: 47% católicos e 49% evangélicos.
* Colaboração: Antonia van Alten, da Ajuda à Igreja que Sofre.
Fonte: Zenit.
O pe. Kakule, de 33 anos, era o filho mais velho de uma grande família cristã de Kivu do Norte e foi o décimo sacerdote assassinado na República Democrática do Congo desde 1992. Além destas mortes, cinco freiras da Congregação de São Vicente de Paulo desapareceram em 1996 e não houve qualquer vestígio encontrado até hoje.
Ainda não está claro se o assassinato do pe. Kakule foi decorrência de uma tentativa de assalto ou uma expressão de ódio religioso. O bispo de Goma, observando que a mera presença de sacerdotes e religiosos na área de Mweso é fonte de irritação para os criminosos, suspeita que o assassinato tenha sido um ato de vingança. A paróquia de Mweso conquistou reputação como uma instituição que não tem medo de condenar a criminalidade local.
Diversas vezes, bandidos massacraram aldeões indefesos e expulsaram centenas de milhares de pessoas, denuncia o bispo, acrescentando que a população da região leste da República Democrática do Congo se sente extremamente insegura. "As quadrilhas têm liberdade total porque não há presença policial", disse o bispo, apelando às autoridades nacionais e internacionais para intervirem a fim de restaurar a paz naquela região sem lei.
De acordo com o relatório "Liberdade Religiosa no Mundo - 2014", da AIS, existem 20 diferentes grupos armados aterrorizando a parte oriental do país. O relatório detalha o rapto, em 2012, de três padres assuncionistas da sua paróquia em Beni (Kivu do Norte). Os prováveis culpados são militantes da ADF-NALU, um grupo rebelde de Uganda reconhecido por suas tendências radicais islâmicas.
A República Democrática do Congo tem 65 milhões de habitantes, dos quais 96% são cristãos: 47% católicos e 49% evangélicos.
* Colaboração: Antonia van Alten, da Ajuda à Igreja que Sofre.
Fonte: Zenit.
sexta-feira, 20 de março de 2015
A ONU confirma visita do papa em 25 de setembro
O papa Francisco estará na sede da ONU em Nova Iorque no próximo dia 25 de setembro, durante a viagem que fará aos Estados Unidos para a Jornada das Famílias na Filadélfia. A viagem coincide com o 70º aniversário das Nações Unidas.
A presença do papa nessa data foi confirmada em nota publicada pela Secretaria Geral da ONU, em que o secretário afirma: “Tenho a confiança de que a visita do Pontífice inspirará a comunidade internacional a redobrar os esforços pela dignidade humana e pela justiça social, pela tolerância e pela compreensão recíproca entre todos os povos do mundo”.
O discurso de Francisco à ONU será feito cinquenta anos depois do de Paulo VI, o primeiro pontífice a visitar a instituição, em 4 de outubro de 1965. Passaram-se mais trinta anos até que João Paulo II também fosse à ONU. Por sua vez, o papa Bento XVI falou à assembleia da ONU em 18 de abril de 2008.
Fonte: Zenit.
A presença do papa nessa data foi confirmada em nota publicada pela Secretaria Geral da ONU, em que o secretário afirma: “Tenho a confiança de que a visita do Pontífice inspirará a comunidade internacional a redobrar os esforços pela dignidade humana e pela justiça social, pela tolerância e pela compreensão recíproca entre todos os povos do mundo”.
O discurso de Francisco à ONU será feito cinquenta anos depois do de Paulo VI, o primeiro pontífice a visitar a instituição, em 4 de outubro de 1965. Passaram-se mais trinta anos até que João Paulo II também fosse à ONU. Por sua vez, o papa Bento XVI falou à assembleia da ONU em 18 de abril de 2008.
Fonte: Zenit.
quinta-feira, 19 de março de 2015
Cuba: primeira pedra da paróquia de São João Paulo II
O arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega y Alamino, colocou no passado sábado a primeira pedra da futura paróquia dedicada a São João Paulo II no bairro Antonio Guiteras, conhecido como Bahía, na região leste da capital cubana. O templo “reutilizará as estruturas do altar construído para a missa de Bento XVI em Havana, num terreno cedido pelo Estado no centro do bairro”, informou nesta terça-feira a Conferência dos Bispos Católicos de Cuba em seu site.
Durante a cerimônia, o purpurado cubano destacou que “colocamos hoje a primeira pedra para construir o templo da Paróquia de São João Paulo II, neste lugar onde perseverou na fé uma Igreja de pedras vivas, que são vocês, que veneram desde o princípio o Cristo da Misericórdia, a grande devoção do papa santo a quem a paróquia é consagrada”.
Há missa, catequese e cursos de formação bíblica em casas de família do bairro há 21 anos. A nova igreja é uma das primeiras a ser construídas do zero no último meio século em Cuba.
A pedra fundamental colocada no dia 14 traz inscrito o lema episcopal de João Paulo II, “Totus Tuus”, além dos dados geográficos e históricos do início da construção. É de mármore da região italiana de Reggio Calabria, onde fica a paróquia da Sagrada Família de Palmi, que presta apoio à construção.
Fonte: Zenit.
Durante a cerimônia, o purpurado cubano destacou que “colocamos hoje a primeira pedra para construir o templo da Paróquia de São João Paulo II, neste lugar onde perseverou na fé uma Igreja de pedras vivas, que são vocês, que veneram desde o princípio o Cristo da Misericórdia, a grande devoção do papa santo a quem a paróquia é consagrada”.
Há missa, catequese e cursos de formação bíblica em casas de família do bairro há 21 anos. A nova igreja é uma das primeiras a ser construídas do zero no último meio século em Cuba.
A pedra fundamental colocada no dia 14 traz inscrito o lema episcopal de João Paulo II, “Totus Tuus”, além dos dados geográficos e históricos do início da construção. É de mármore da região italiana de Reggio Calabria, onde fica a paróquia da Sagrada Família de Palmi, que presta apoio à construção.
Fonte: Zenit.
quarta-feira, 18 de março de 2015
A Igreja sempre de portas abertas
A Igreja é a casa de Jesus, uma casa de misericórdia que acolhe a todos, não um lugar do qual os cristãos possam fechar as portas, disse o papa Francisco na homilia de ontem na Casa Santa Marta.
A reflexão do papa começou pela água, protagonista das leituras litúrgicas do dia. “A água que cura”, comentou Francisco, evocando a descrição feita pelo profeta Ezequiel das gotas que surgem no limiar do templo e que se tornam uma torrente impetuosa, em cujas águas, ricas de peixes, qualquer um pode ser curado. Na água da piscina de Betesda, citada no Evangelho, um paralítico que passou 38 anos entristecido – e, segundo Francisco, também um pouco “preguiçoso” – não consegue submergir quando as águas se movem, para buscar a cura; Jesus, porém, o salva e encoraja a “seguir adiante”, mas isto desencadeia a crítica dos doutores da lei porque a cura acontece num sábado.
O pontífice observou que “um homem ou mulher que se sente enfermo na alma, triste, que cometeu muitos erros na vida e que num certo momento sente que as águas não se movem, percebe que o Espírito Santo move algo, ou escuta uma palavra e… ‘Ah, eu gostaria de ir!’... E toma coragem e vai. Quantas vezes, porém, as portas das comunidades cristãs estão fechadas... ‘Você não pode, não, você não pode. Você errou nisso e não pode. Se quiser vir, venha à missa no domingo, mas agora fique aí’”.
Por isso, o Santo Padre afirmou: o que o Espírito Santo faz no coração das pessoas, é destruído pelos cristãos com psicologia de doutores da lei.
A Igreja deve manter sempre as portas abertas. “É a casa de Jesus e Jesus acolhe. E não só acolhe, mais vai ao encontro das pessoas, como foi ao encontro deste homem. E se as pessoas estão feridas, o que Jesus faz? Repreende por estarem feridas? Não, Ele as carrega nos ombros. E isto se chama misericórdia. E quando Deus repreende o seu povo – ‘Quero misericórdia e não sacrifícios’ – é disto que Ele fala”, explicou o papa.
“Quem é você para fechar a porta do seu coração a um homem, a uma mulher que quer melhorar, voltar ao povo de Deus, porque o Espírito Santo tocou seu coração?”.
Francisco pediu que a quaresma nos ajude a não cometer o erro de desafiar o amor de Jesus pelo paralítico só porque era um dia de repouso segundo a lei. Ao terminar a homilia, ele convidou os fiéis a pedirem a nosso Senhor “por nós e por toda a Igreja”, “uma conversão a Jesus, uma conversão à misericórdia de Jesus. E assim a lei será plenamente cumprida, porque a lei é amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos”.
Fonte: Zenit.
A reflexão do papa começou pela água, protagonista das leituras litúrgicas do dia. “A água que cura”, comentou Francisco, evocando a descrição feita pelo profeta Ezequiel das gotas que surgem no limiar do templo e que se tornam uma torrente impetuosa, em cujas águas, ricas de peixes, qualquer um pode ser curado. Na água da piscina de Betesda, citada no Evangelho, um paralítico que passou 38 anos entristecido – e, segundo Francisco, também um pouco “preguiçoso” – não consegue submergir quando as águas se movem, para buscar a cura; Jesus, porém, o salva e encoraja a “seguir adiante”, mas isto desencadeia a crítica dos doutores da lei porque a cura acontece num sábado.
O pontífice observou que “um homem ou mulher que se sente enfermo na alma, triste, que cometeu muitos erros na vida e que num certo momento sente que as águas não se movem, percebe que o Espírito Santo move algo, ou escuta uma palavra e… ‘Ah, eu gostaria de ir!’... E toma coragem e vai. Quantas vezes, porém, as portas das comunidades cristãs estão fechadas... ‘Você não pode, não, você não pode. Você errou nisso e não pode. Se quiser vir, venha à missa no domingo, mas agora fique aí’”.
Por isso, o Santo Padre afirmou: o que o Espírito Santo faz no coração das pessoas, é destruído pelos cristãos com psicologia de doutores da lei.
A Igreja deve manter sempre as portas abertas. “É a casa de Jesus e Jesus acolhe. E não só acolhe, mais vai ao encontro das pessoas, como foi ao encontro deste homem. E se as pessoas estão feridas, o que Jesus faz? Repreende por estarem feridas? Não, Ele as carrega nos ombros. E isto se chama misericórdia. E quando Deus repreende o seu povo – ‘Quero misericórdia e não sacrifícios’ – é disto que Ele fala”, explicou o papa.
“Quem é você para fechar a porta do seu coração a um homem, a uma mulher que quer melhorar, voltar ao povo de Deus, porque o Espírito Santo tocou seu coração?”.
Francisco pediu que a quaresma nos ajude a não cometer o erro de desafiar o amor de Jesus pelo paralítico só porque era um dia de repouso segundo a lei. Ao terminar a homilia, ele convidou os fiéis a pedirem a nosso Senhor “por nós e por toda a Igreja”, “uma conversão a Jesus, uma conversão à misericórdia de Jesus. E assim a lei será plenamente cumprida, porque a lei é amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos”.
Fonte: Zenit.
terça-feira, 17 de março de 2015
Pelo menos 15 mortos em atentados contra duas igrejas
Um duplo atentado reivindicado pelo grupo insurgente paquistanês Jamaat-ul-Ahrar (JuA) provocou a morte de pelo menos 15 pessoas e feriu 75, durante a missa de domingo em um bairro cristão de Lahore, no nordeste do país.
No final da tradicional oração mariana do Angelus, no domingo (15), o Papa Francisco lamentou esses atos de violência e pediu um fim à perseguição aos cristãos. "Com dor, com muita dor eu recebi a notícia dos ataques terroristas de hoje contra duas igrejas na cidade de Lahore, no Paquistão, que provocaram numerosos mortos e feridos", disse o Santo Padre.
Da janela do Palácio Apostólico, o Pontífice argentino destacou que em algumas partes do mundo, os cristãos são perseguidos por causa da fé. E implorou “o dom da paz desejando que esta perseguição aos cristãos que o mundo procura esconder, acabe e exista a paz”.
Os ataques, ocorridos na segunda maior cidade do Paquistão, foi o pior até agora perpetrado contra a minoria cristã no país, após o ataque suicida talibã realizado contra uma igreja em Peshawar em setembro 2013. Na ocasião, foram 82 mortos e dezenas de feridos.
Duas explosões foram ouvidas no final da manhã nas imediações de dois templos localizados a cerca de 500 metros de distância um do outro, no bairro do Yunabad, onde vivem muitos fiéis.
Escolas cristãs de Karachi e Punjab permaneceram fechadas nesta segunda-feira como um gesto de protesto contra os ataques.
Fonte: Zenit.
No final da tradicional oração mariana do Angelus, no domingo (15), o Papa Francisco lamentou esses atos de violência e pediu um fim à perseguição aos cristãos. "Com dor, com muita dor eu recebi a notícia dos ataques terroristas de hoje contra duas igrejas na cidade de Lahore, no Paquistão, que provocaram numerosos mortos e feridos", disse o Santo Padre.
Da janela do Palácio Apostólico, o Pontífice argentino destacou que em algumas partes do mundo, os cristãos são perseguidos por causa da fé. E implorou “o dom da paz desejando que esta perseguição aos cristãos que o mundo procura esconder, acabe e exista a paz”.
Os ataques, ocorridos na segunda maior cidade do Paquistão, foi o pior até agora perpetrado contra a minoria cristã no país, após o ataque suicida talibã realizado contra uma igreja em Peshawar em setembro 2013. Na ocasião, foram 82 mortos e dezenas de feridos.
Duas explosões foram ouvidas no final da manhã nas imediações de dois templos localizados a cerca de 500 metros de distância um do outro, no bairro do Yunabad, onde vivem muitos fiéis.
Escolas cristãs de Karachi e Punjab permaneceram fechadas nesta segunda-feira como um gesto de protesto contra os ataques.
Fonte: Zenit.
segunda-feira, 16 de março de 2015
Deus nos ama com amor gratuito, e sem limites
O Santo Padre Francisco, da janela do escritório do Palácio Apostólico, rezou a oração mariana do Angelus, como todos os domingos, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. Estas foram as palavras do Papa ao introduzir a oração mariana:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O Evangelho de hoje nos oferece as palavras pronunciadas por Jesus a Nicodemos: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único” (Jo 3, 16). Ao ouvir esta palavra, dirigimos o olhar do nosso coração a Jesus Crucificado e sentimos dentro de nós que Deus nos ama, nos ama de verdade, e nos ama muito! Esta é a expressão mais simples que resume todo o Evangelho, toda a fé, toda a teologia: Deus nos ama com amor gratuito, e sem limites. É assim que Deus nos ama.
Deus demonstrou este amor, sobretudo, na criação, como proclama a liturgia, na Oração Eucarística IV: “fizestes todas as coisas para cobrir de bênçãos as vossas criaturas e a muitos alegrar com a vossa luz”. Na origem do mundo está apenas o amor livre e gratuito do Pai. Santo Irineu, um santo dos primeiros séculos, escreveu: "Deus não criou Adão porque precisava do homem, mas para ter alguém para cumular com os seus benefícios" (Adversus haereses, IV, 14, 1). Assim é o amor de Deus.
Assim prossegue a Oração Eucarística IV: “E quando pela desobediência perderam a vossa amizade, não os abandonastes ao poder da morte, mas a todos socorrestes com bondade, para que, ao procurar-vos, vos pudessem encontrar”. Ele veio com a sua misericórdia. Como na criação, também nas etapas sucessivas da história da salvação ressalta a gratuidade do amor de Deus: o Senhor escolhe seu povo não porque este mereça, e diz-lhe assim: Eu o escolhi, precisamente porque é o menor entre todos os povos. E quando chegada ‘a plenitude dos tempos’, apesar dos homens não terem cumprido mais uma vez a aliança, Deus, em vez de abandoná-los, estreitou com eles um novo vínculo, com o sangue de Jesus, o vínculo da nova e eterna aliança, um vínculo que nada poderá romper nunca.
São Paulo nos lembra: “Mas Deus, que é rico em misericórdia – não se esqueça nunca, é rico em misericórdia- impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo” (Ef 2,4). A Cruz de Cristo é a prova suprema do amor de Deus por nós: Jesus nos amou "até o extremo" (Jo 13,1), isto é, não só até o último momento de sua vida terrena, mas até o limite extremo do amor. Se na criação o Pai nos deu a prova de seu imenso amor dando-nos a vida, na Paixão de seu Filho nos deu a prova das provas: Ele veio para sofrer e morrer por nós. E fez isso por amor. Quão grande é a misericórdia de Deus, porque nos ama, nos perdoa com sua misericórdia, Deus perdoa tudo e Deus perdoa sempre.
Maria, Mãe de misericórdia, coloca em nosso coração a certeza de que somos amados por Deus. Esteja perto de nós nos momentos de dificuldade e dai-nos os sentimentos de seu Filho, para que o nosso caminho quaresmal seja experiência de perdão, aceitação e caridade.
Fonte: Zenit.
O Evangelho de hoje nos oferece as palavras pronunciadas por Jesus a Nicodemos: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único” (Jo 3, 16). Ao ouvir esta palavra, dirigimos o olhar do nosso coração a Jesus Crucificado e sentimos dentro de nós que Deus nos ama, nos ama de verdade, e nos ama muito! Esta é a expressão mais simples que resume todo o Evangelho, toda a fé, toda a teologia: Deus nos ama com amor gratuito, e sem limites. É assim que Deus nos ama.
Deus demonstrou este amor, sobretudo, na criação, como proclama a liturgia, na Oração Eucarística IV: “fizestes todas as coisas para cobrir de bênçãos as vossas criaturas e a muitos alegrar com a vossa luz”. Na origem do mundo está apenas o amor livre e gratuito do Pai. Santo Irineu, um santo dos primeiros séculos, escreveu: "Deus não criou Adão porque precisava do homem, mas para ter alguém para cumular com os seus benefícios" (Adversus haereses, IV, 14, 1). Assim é o amor de Deus.
Assim prossegue a Oração Eucarística IV: “E quando pela desobediência perderam a vossa amizade, não os abandonastes ao poder da morte, mas a todos socorrestes com bondade, para que, ao procurar-vos, vos pudessem encontrar”. Ele veio com a sua misericórdia. Como na criação, também nas etapas sucessivas da história da salvação ressalta a gratuidade do amor de Deus: o Senhor escolhe seu povo não porque este mereça, e diz-lhe assim: Eu o escolhi, precisamente porque é o menor entre todos os povos. E quando chegada ‘a plenitude dos tempos’, apesar dos homens não terem cumprido mais uma vez a aliança, Deus, em vez de abandoná-los, estreitou com eles um novo vínculo, com o sangue de Jesus, o vínculo da nova e eterna aliança, um vínculo que nada poderá romper nunca.
São Paulo nos lembra: “Mas Deus, que é rico em misericórdia – não se esqueça nunca, é rico em misericórdia- impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo” (Ef 2,4). A Cruz de Cristo é a prova suprema do amor de Deus por nós: Jesus nos amou "até o extremo" (Jo 13,1), isto é, não só até o último momento de sua vida terrena, mas até o limite extremo do amor. Se na criação o Pai nos deu a prova de seu imenso amor dando-nos a vida, na Paixão de seu Filho nos deu a prova das provas: Ele veio para sofrer e morrer por nós. E fez isso por amor. Quão grande é a misericórdia de Deus, porque nos ama, nos perdoa com sua misericórdia, Deus perdoa tudo e Deus perdoa sempre.
Maria, Mãe de misericórdia, coloca em nosso coração a certeza de que somos amados por Deus. Esteja perto de nós nos momentos de dificuldade e dai-nos os sentimentos de seu Filho, para que o nosso caminho quaresmal seja experiência de perdão, aceitação e caridade.
Fonte: Zenit.
domingo, 15 de março de 2015
Transformar o mundo em templo de Deus e do homem
“Transformar o mundo em templo de Deus e do homem” é o título da carta pastoral do arcebispo de Madri, dom Carlos Osoro Sierra, para esta semana. Pelo interesse do conteúdo, compartilhamos o texto integral da carta:
Deus quer transformar o mundo com a nossa conversão. E a nossa verdadeira conversão começa com um desejo imenso e profundo que implora perdão e salvação. Daí a importância da oração cristã, que é oposta à evasão da realidade ou a um intimismo consolador. A oração cristã é força de esperança, é expressão máxima da fé em um Deus que é Amor e que nunca abandona o homem. A conversão é convite a voltar sempre para os braços de Deus, a confiarmos nele, a nos deixarmos regenerar pelo seu Amor. É uma graça, um dom que abre o coração à bondade de Deus.
Impressionam sempre aquelas palavras do Evangelho: “Fazendo um chicote de cordões, Ele os expulsou do templo…” (cf. Jo 2, 13-25). É um gesto profético de verdadeira provocação, que quer desbaratar toda a manipulação do nome de Deus, que não tolera que o homem e o templo apodreçam. Por isso, Jesus diz: “Não transformeis a casa do meu Pai em um mercado” (cf. Jo 2, 13-25). Esta ação de Jesus nos leva para mais longe. O templo que Ele quer não é um templo construído pelos homens, mas por Deus. Cristo veio para nos ensinar a fazer deste mundo um templo de Deus, onde o homem seja respeitado e considerado com a dignidade com que Deus mesmo o criou. Ele veio para devolver ao ser humano a sua liberdade, oferecendo-nos o caminho que a presenteia a nós, para podermos nós também oferecê-la com a nossa vida: “Destruam este templo e em três dias eu o levantarei… Ele falava do templo do seu corpo” (cf. Jo 2, 13-25).
Para transformar o mundo em templo de Deus e do homem, é necessário saber escutar e obedecer a Deus. O segredo para ter um coração que entenda é formar um coração capaz de escutar. Urge levar a sério a escuta de Deus, ouvir a sua Palavra e, assim, obedecer a Deus, que, em Jesus Cristo, nos presenteou o modo de ser e de viver do homem verdadeiro, o modo de estar junto dos homens. O maior pecado do ser humano é a insensibilidade e a dureza do coração; por isso, converter-se a Cristo, fazer-se cristão, é receber um coração de carne, sensível e com paixão por fazer com que todos os homens sejam tratados como imagem e semelhança de Deus. E, que assim, o mundo se transforme em um templo.
Três requisitos são necessários para fazer deste mundo um templo de Deus e do homem. Eu os chamo com estes nomes: presentear, oferecer e mudar. São requisitos que nos abrem as portas para estar presentes neste mundo: 1) presentear a liberdade; 2) oferecer o rosto de Cristo e 3) mudar o coração do homem:
1. Presentear a liberdade: é a liberdade que Deus nos dá e que Jesus Cristo nos oferece. É a liberdade que nos chama a eliminar correntes, distâncias, descartes, amarras; é a liberdade que Cristo nos dá e que não tira nada do homem. Recordo as palavras que, em 22 de outubro de 1978, ao iniciar o seu ministério, São João Paulo II nos disse: “Não tenham medo! Abram, ou melhor, escancarem as portas para Cristo!”. Ele falava aos fortes, a todos os que têm medo que Cristo lhes tire algo do seu poder, aos que não entenderam que, se o deixarem entrar, conhecerão a sua própria liberdade, a mesma que têm de dar aos outros. É a liberdade que elimina o domínio da corrupção, a ruptura do direito, a arbitrariedade generalizada nas questões mais importantes para a vida humana. Se deixarmos Cristo entrar em nós, se nos abrirmos a Ele, não somente não perderemos nada como ainda faremos a nossa vida e a dos outros ser mais livre, bela e grande. Cristo não tira nada e dá tudo. Deixemos que a nossa vida seja ocupada por Cristo, que nos presenteia a liberdade. Não deixemos que seja roubada a liberdade que Jesus Cristo nos deu. É esta liberdade presenteada que, nos libertando, desencadeia a liberdade naqueles com quem nos encontramos. Globalizemos com a nossa vida essa liberdade que nos foi dada por Cristo.
2. Oferecer o rosto de Cristo: Jesus Cristo é a Verdade feita Pessoa, que atrai o mundo para si. Seu rosto é esplendor de Verdade. Sem Ele, perdemos a orientação, nos isolamos, nos reduzimos a olhar para nós mesmos e para os nossos interesses. Só Ele nos faz viver e nos ajuda a realizar-nos plenamente. Só Ele nos capacita para renovar a sociedade através da lei do Amor. Ofereçamos a Verdade, o rosto de Jesus Cristo. Para oferecer o rosto de Cristo, temos que ter um encontro com Ele. Como nos dizia o papa Bento XVI, “não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou por uma grande ideia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isto, uma orientação decisiva” (Deus caritas est, 1). Por isso, temos que nos encontrar com os homens a partir do encontro com Cristo, oferecendo o seu rosto.
3. Mudar o coração do homem: com Cristo, escancarou-se a porta entre Deus e os homens. Ele continua batendo às portas do mundo, às portas do coração de todos os homens, para que o Deus vivo e verdadeiro que nos foi revelado em Jesus Cristo possa chegar ao nosso tempo e mudar a nossa vida. Eu garanto que a realidade do mundo não se sustenta sem Deus. A época moderna desenvolveu a esperança da instauração de um mundo perfeito, baseado nos conhecimentos da ciência e numa política cientificamente fundamentada. Tentou-se substituir o reino de Deus pela esperança no reino do homem. Vimos que esta esperança de um reino do homem se afasta cada vez mais. Por isso, oferecer Jesus Cristo e a mudança do coração que só Ele realiza é a melhor oferta para melhorar o mundo e tornar possível a globalização de tudo o que constrói e muda o coração do homem: amor, justiça, paz, fraternidade, entrega, serviço, verdade, dom de si mesmo. Para que os outros sejam o que devem ser. Cristo rompe o hermetismo de um mundo construído pelo homem e que se fecha nos próprios egoísmos. O mundo é o templo onde os homens vivem como filhos de Deus e, por isso, como irmãos. Onde se manifesta a glória de Deus, que é a glória do homem.
Com grande afeto e a minha bênção,
+Carlos, Arcebispo de Madri
Fonte: Zenit.
Deus quer transformar o mundo com a nossa conversão. E a nossa verdadeira conversão começa com um desejo imenso e profundo que implora perdão e salvação. Daí a importância da oração cristã, que é oposta à evasão da realidade ou a um intimismo consolador. A oração cristã é força de esperança, é expressão máxima da fé em um Deus que é Amor e que nunca abandona o homem. A conversão é convite a voltar sempre para os braços de Deus, a confiarmos nele, a nos deixarmos regenerar pelo seu Amor. É uma graça, um dom que abre o coração à bondade de Deus.
Impressionam sempre aquelas palavras do Evangelho: “Fazendo um chicote de cordões, Ele os expulsou do templo…” (cf. Jo 2, 13-25). É um gesto profético de verdadeira provocação, que quer desbaratar toda a manipulação do nome de Deus, que não tolera que o homem e o templo apodreçam. Por isso, Jesus diz: “Não transformeis a casa do meu Pai em um mercado” (cf. Jo 2, 13-25). Esta ação de Jesus nos leva para mais longe. O templo que Ele quer não é um templo construído pelos homens, mas por Deus. Cristo veio para nos ensinar a fazer deste mundo um templo de Deus, onde o homem seja respeitado e considerado com a dignidade com que Deus mesmo o criou. Ele veio para devolver ao ser humano a sua liberdade, oferecendo-nos o caminho que a presenteia a nós, para podermos nós também oferecê-la com a nossa vida: “Destruam este templo e em três dias eu o levantarei… Ele falava do templo do seu corpo” (cf. Jo 2, 13-25).
Para transformar o mundo em templo de Deus e do homem, é necessário saber escutar e obedecer a Deus. O segredo para ter um coração que entenda é formar um coração capaz de escutar. Urge levar a sério a escuta de Deus, ouvir a sua Palavra e, assim, obedecer a Deus, que, em Jesus Cristo, nos presenteou o modo de ser e de viver do homem verdadeiro, o modo de estar junto dos homens. O maior pecado do ser humano é a insensibilidade e a dureza do coração; por isso, converter-se a Cristo, fazer-se cristão, é receber um coração de carne, sensível e com paixão por fazer com que todos os homens sejam tratados como imagem e semelhança de Deus. E, que assim, o mundo se transforme em um templo.
Três requisitos são necessários para fazer deste mundo um templo de Deus e do homem. Eu os chamo com estes nomes: presentear, oferecer e mudar. São requisitos que nos abrem as portas para estar presentes neste mundo: 1) presentear a liberdade; 2) oferecer o rosto de Cristo e 3) mudar o coração do homem:
1. Presentear a liberdade: é a liberdade que Deus nos dá e que Jesus Cristo nos oferece. É a liberdade que nos chama a eliminar correntes, distâncias, descartes, amarras; é a liberdade que Cristo nos dá e que não tira nada do homem. Recordo as palavras que, em 22 de outubro de 1978, ao iniciar o seu ministério, São João Paulo II nos disse: “Não tenham medo! Abram, ou melhor, escancarem as portas para Cristo!”. Ele falava aos fortes, a todos os que têm medo que Cristo lhes tire algo do seu poder, aos que não entenderam que, se o deixarem entrar, conhecerão a sua própria liberdade, a mesma que têm de dar aos outros. É a liberdade que elimina o domínio da corrupção, a ruptura do direito, a arbitrariedade generalizada nas questões mais importantes para a vida humana. Se deixarmos Cristo entrar em nós, se nos abrirmos a Ele, não somente não perderemos nada como ainda faremos a nossa vida e a dos outros ser mais livre, bela e grande. Cristo não tira nada e dá tudo. Deixemos que a nossa vida seja ocupada por Cristo, que nos presenteia a liberdade. Não deixemos que seja roubada a liberdade que Jesus Cristo nos deu. É esta liberdade presenteada que, nos libertando, desencadeia a liberdade naqueles com quem nos encontramos. Globalizemos com a nossa vida essa liberdade que nos foi dada por Cristo.
2. Oferecer o rosto de Cristo: Jesus Cristo é a Verdade feita Pessoa, que atrai o mundo para si. Seu rosto é esplendor de Verdade. Sem Ele, perdemos a orientação, nos isolamos, nos reduzimos a olhar para nós mesmos e para os nossos interesses. Só Ele nos faz viver e nos ajuda a realizar-nos plenamente. Só Ele nos capacita para renovar a sociedade através da lei do Amor. Ofereçamos a Verdade, o rosto de Jesus Cristo. Para oferecer o rosto de Cristo, temos que ter um encontro com Ele. Como nos dizia o papa Bento XVI, “não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou por uma grande ideia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isto, uma orientação decisiva” (Deus caritas est, 1). Por isso, temos que nos encontrar com os homens a partir do encontro com Cristo, oferecendo o seu rosto.
3. Mudar o coração do homem: com Cristo, escancarou-se a porta entre Deus e os homens. Ele continua batendo às portas do mundo, às portas do coração de todos os homens, para que o Deus vivo e verdadeiro que nos foi revelado em Jesus Cristo possa chegar ao nosso tempo e mudar a nossa vida. Eu garanto que a realidade do mundo não se sustenta sem Deus. A época moderna desenvolveu a esperança da instauração de um mundo perfeito, baseado nos conhecimentos da ciência e numa política cientificamente fundamentada. Tentou-se substituir o reino de Deus pela esperança no reino do homem. Vimos que esta esperança de um reino do homem se afasta cada vez mais. Por isso, oferecer Jesus Cristo e a mudança do coração que só Ele realiza é a melhor oferta para melhorar o mundo e tornar possível a globalização de tudo o que constrói e muda o coração do homem: amor, justiça, paz, fraternidade, entrega, serviço, verdade, dom de si mesmo. Para que os outros sejam o que devem ser. Cristo rompe o hermetismo de um mundo construído pelo homem e que se fecha nos próprios egoísmos. O mundo é o templo onde os homens vivem como filhos de Deus e, por isso, como irmãos. Onde se manifesta a glória de Deus, que é a glória do homem.
Com grande afeto e a minha bênção,
+Carlos, Arcebispo de Madri
Fonte: Zenit.
sábado, 14 de março de 2015
O Papa anuncia a celebração de um Ano Santo especial
O Papa Francisco anunciou nesta sexta-feira, 13 de março de 2015, na Basílica de São Pedro, a celebração de um Ano Santo especial. Este jubileu da Misericórdia começará nesse ano com a abertura da Porta Santa na Basílica Vaticana durante a solenidade da Imaculada Conceição, 8 de dezembro, e terminará no dia 20 de novembro de 2016 com a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. O Santo Padre, no começo do ano, exclamou: “estamos vivendo o tempo da misericórdia. Este é o tempo da misericórdia. Existe tanta necessidade de misericórdia, e é importante que os fieis leigos a vivam e a levem aos diferentes ambientes sociais. Adiante!”
O anúncio foi feito coincidindo com o segundo aniversário da eleição do Papa Francisco, durante a homilia da celebração penitencial com a qual o Santo Padre deu início às 24 horas para o Senhor, iniciativa proposta pelo Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização com a finalidade de promover em todo o mundo a abertura extraordinária das igrejas e favorecer a celebração do sacramento da Reconciliação. O tema deste ano foi tomado da carta de São Paulo aos Efésios: “Deus rico em misericórdia” (Ef 2,4).
A abertura do próximo Jubileu tem um significado especial já que acontecerá no quinquagésimo aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II, que ocorreu em 1965. Será, portanto, um impulso para que a Igreja continue o trabalho iniciado com o Concílio Vaticano II, informou o Departamento de Imprensa da Santa Sé em um comunicado.
Durante o Jubileu as leituras para os domingos do Tempo Comum serão tomadas do Evangelho de Lucas, conhecido como "o evangelista da misericórdia". Dante Alighieri o definia "scriba mansuetudinis Christi", "narrador da mansidão de Cristo". São bem conhecidas as parábolas da misericórdia presentes neste Evangelho: a ovelha perdida, a moeda perdida, o pai misericordioso.
A proclamação oficial e solene do Ano Santo acontecerá com a leitura e publicação na Porta Santa da Bula, no Domingo da Divina Misericórdia, festa instituída por São João Paulo II que se celebra no domingo seguinte à Páscoa.
Antigamente, para os hebreus o jubileu era um ano declarado santo, que acontecia a cada 50 anos, e durante o qual deveria fazer-se a restituição por igual a todos os filhos de Israel, oferecendo novas possibilidades às famílias que tinham perdido as suas propriedades e até mesmo a liberdade pessoal. Aos ricos, pelo contrário, o ano jubilar lhes recordava que chegaria o tempo em que os escravos israelitas, novamente iguais a eles, poderiam reivindicar seus direitos. “A justiça, segundo a lei de Israel, consistia especialmente na proteção dos fracos (São João Paulo II, Carta Apostólica Tertio Millennio adveniente 13).
A Igreja Católica começou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII em 1300. O pontífice previu a realização de um jubileu casa século. Desde 1475 - para permitir que cada geração vivesse pelo menos um Ano Santo – o jubileu ordinário começou a ser entre 25 anos. Um jubileu extraordinário, no entanto, é proclamado por ocasião de um acontecimento de particular importância.
Os Anos Santos Ordinários celebrados até hoje foram 26. O último foi o Jubileu do ano 2000. O hábito de proclamar Anos Santos extraordinários remonta ao século XVI. Os últimos deles, celebrados no século passado foram o de 1933, proclamado por Pio XI, por ocasião do XIX centenário da Redenção, e 1983, proclamado por João Paulo II pelos 1950 anos de Redenção.
A Igreja Católica tem dado ao Jubileu hebraico um significado mais espiritual. Consiste em um perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e com o próximo. Dessa forma, o Ano Santo é sempre uma oportunidade para aprofundar a fé e viver com um compromisso renovado o testemunho cristão.
Com o Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco coloca no centro das atenções o Deus misericordioso, que convida todos a voltar-se a Ele. O encontro com Ele inspira a virtude da misericórdia.
O rito inicial do Jubileu é a abertura da Porta Santa. Trata-se de uma porta que se abre apenas durante o Ano Santo, enquanto o nos outros anos permanece selada. Têm uma Porta Santa as quatro basílicas maiores de Roma: São Pedro, São João de Latrão, São Paulo fora dos Muros e Santa Maria Maior. O rito de abertura expressa simbolicamente o conceito de que, durante o tempo jubilar, se oferece aos fiéis um “caminho extraordinário” para a salvação.
Após a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, serão abertas sucessivamente as portas das outras basílicas maiores.
A misericórdia é um tema muito sentido pelo papa Francisco que já como bispo tinha escolhido como lema próprio "miserando atque eligendo". Esta é uma citação das homilias de São Beda, o Venerável, que, comentando o episódio evangélico da vocação de São Mateus, escreve: "vidit ergo Iesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me" (Viu Jesus um publicano, e como olhou para ele com um sentimento de amor e lhe disse: Segue-me). Esta homilia é uma homenagem à misericórdia divina. Uma tradução do lema poderia ser: “com os olhos da misericórdia”.
No primeiro Angelus após sua eleição, o Santo Padre dizia que: “Ao escutar misericórdia, esta palavra muda tudo. É o melhor que podemos escutar: muda o mundo. Um pouco de misericórdia faz o mundo menos frio e mais justo. Precisamos compreender bem esta misericórdia de Deus, este Pai misericordioso que tem tanta paciência” (Angelus, 17 de março de 2013).
Também este ano, no Angelus de 11 de janeiro, disse: "Estamos vivendo no tempo da misericórdia. Este é o tempo da misericórdia. Há tanta necessidade hoje de misericórdia, e é importante que os fieis leigos a vivam e a levem aos diversos ambientes sociais. Adiante!” E na mensamge para a quaresma de 2015, o Santo Padre escreve: “Quanto desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, em especial as nossas paróquias e nossas comunidades, cheguem a ser ilhas de misericórdia em meio do mar da indiferença”.
O papa Francisco confiou ao Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização a organização do Jubileu da Misericórdia.
Fonte: Zenit.
O anúncio foi feito coincidindo com o segundo aniversário da eleição do Papa Francisco, durante a homilia da celebração penitencial com a qual o Santo Padre deu início às 24 horas para o Senhor, iniciativa proposta pelo Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização com a finalidade de promover em todo o mundo a abertura extraordinária das igrejas e favorecer a celebração do sacramento da Reconciliação. O tema deste ano foi tomado da carta de São Paulo aos Efésios: “Deus rico em misericórdia” (Ef 2,4).
A abertura do próximo Jubileu tem um significado especial já que acontecerá no quinquagésimo aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II, que ocorreu em 1965. Será, portanto, um impulso para que a Igreja continue o trabalho iniciado com o Concílio Vaticano II, informou o Departamento de Imprensa da Santa Sé em um comunicado.
Durante o Jubileu as leituras para os domingos do Tempo Comum serão tomadas do Evangelho de Lucas, conhecido como "o evangelista da misericórdia". Dante Alighieri o definia "scriba mansuetudinis Christi", "narrador da mansidão de Cristo". São bem conhecidas as parábolas da misericórdia presentes neste Evangelho: a ovelha perdida, a moeda perdida, o pai misericordioso.
A proclamação oficial e solene do Ano Santo acontecerá com a leitura e publicação na Porta Santa da Bula, no Domingo da Divina Misericórdia, festa instituída por São João Paulo II que se celebra no domingo seguinte à Páscoa.
Antigamente, para os hebreus o jubileu era um ano declarado santo, que acontecia a cada 50 anos, e durante o qual deveria fazer-se a restituição por igual a todos os filhos de Israel, oferecendo novas possibilidades às famílias que tinham perdido as suas propriedades e até mesmo a liberdade pessoal. Aos ricos, pelo contrário, o ano jubilar lhes recordava que chegaria o tempo em que os escravos israelitas, novamente iguais a eles, poderiam reivindicar seus direitos. “A justiça, segundo a lei de Israel, consistia especialmente na proteção dos fracos (São João Paulo II, Carta Apostólica Tertio Millennio adveniente 13).
A Igreja Católica começou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII em 1300. O pontífice previu a realização de um jubileu casa século. Desde 1475 - para permitir que cada geração vivesse pelo menos um Ano Santo – o jubileu ordinário começou a ser entre 25 anos. Um jubileu extraordinário, no entanto, é proclamado por ocasião de um acontecimento de particular importância.
Os Anos Santos Ordinários celebrados até hoje foram 26. O último foi o Jubileu do ano 2000. O hábito de proclamar Anos Santos extraordinários remonta ao século XVI. Os últimos deles, celebrados no século passado foram o de 1933, proclamado por Pio XI, por ocasião do XIX centenário da Redenção, e 1983, proclamado por João Paulo II pelos 1950 anos de Redenção.
A Igreja Católica tem dado ao Jubileu hebraico um significado mais espiritual. Consiste em um perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e com o próximo. Dessa forma, o Ano Santo é sempre uma oportunidade para aprofundar a fé e viver com um compromisso renovado o testemunho cristão.
Com o Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco coloca no centro das atenções o Deus misericordioso, que convida todos a voltar-se a Ele. O encontro com Ele inspira a virtude da misericórdia.
O rito inicial do Jubileu é a abertura da Porta Santa. Trata-se de uma porta que se abre apenas durante o Ano Santo, enquanto o nos outros anos permanece selada. Têm uma Porta Santa as quatro basílicas maiores de Roma: São Pedro, São João de Latrão, São Paulo fora dos Muros e Santa Maria Maior. O rito de abertura expressa simbolicamente o conceito de que, durante o tempo jubilar, se oferece aos fiéis um “caminho extraordinário” para a salvação.
Após a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, serão abertas sucessivamente as portas das outras basílicas maiores.
A misericórdia é um tema muito sentido pelo papa Francisco que já como bispo tinha escolhido como lema próprio "miserando atque eligendo". Esta é uma citação das homilias de São Beda, o Venerável, que, comentando o episódio evangélico da vocação de São Mateus, escreve: "vidit ergo Iesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me" (Viu Jesus um publicano, e como olhou para ele com um sentimento de amor e lhe disse: Segue-me). Esta homilia é uma homenagem à misericórdia divina. Uma tradução do lema poderia ser: “com os olhos da misericórdia”.
No primeiro Angelus após sua eleição, o Santo Padre dizia que: “Ao escutar misericórdia, esta palavra muda tudo. É o melhor que podemos escutar: muda o mundo. Um pouco de misericórdia faz o mundo menos frio e mais justo. Precisamos compreender bem esta misericórdia de Deus, este Pai misericordioso que tem tanta paciência” (Angelus, 17 de março de 2013).
Também este ano, no Angelus de 11 de janeiro, disse: "Estamos vivendo no tempo da misericórdia. Este é o tempo da misericórdia. Há tanta necessidade hoje de misericórdia, e é importante que os fieis leigos a vivam e a levem aos diversos ambientes sociais. Adiante!” E na mensamge para a quaresma de 2015, o Santo Padre escreve: “Quanto desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, em especial as nossas paróquias e nossas comunidades, cheguem a ser ilhas de misericórdia em meio do mar da indiferença”.
O papa Francisco confiou ao Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização a organização do Jubileu da Misericórdia.
Fonte: Zenit.
sexta-feira, 13 de março de 2015
Não existe nenhum pecado que Deus não possa perdoar
Os sacramentos são o lugar da intimidade e da ternura de Deus para os homens, são a forma concreta que Deus pensa para vir até nós, para abraçar-nos, sem ter vergonha de nós e dos nossos limites. Assim explicou o Papa no seu discurso aos participantes do Curso sobre o Foro Interno organizado pela Penitenciaria Apostólica. Francisco afirmou que entre os sacramentos, com certeza o da reconciliação faz palpável com especial eficácia o rosto misericordioso de Deus, “o materializa e o manifesta continuamente, sem descanso”. Da mesma forma afirmou que não existe nenhum pecado que Deus não possa perdoar. “Só aquele que se distancia da misericórdia que não pode ser perdoado, como aquele que se afasta do sol não pode ser iluminado nem aquecido”, explicou.
Assim, à luz deste "maravilhoso dom de Deus", o Pontífice ressaltou três exigências: "viver o sacramento como meio para educar à misericórdia", "deixar-se educar pelo que celebramos”, “cuidar o olhar sobrenatural”.
Em primeiro lugar, o Santo Padre recordou que "viver o sacramento como meio para educar na misericórdia, significa ajudar os nossos irmãos a fazer a experiência de paz e de compreensão, humana e cristã". Aliás garantiu que a confissão não deve ser uma "tortura", mas que todos deveriam sair do confessionário com a felicidade no coração, com o rosto radiante de esperança, embora, às vezes, também banhado em lágrimas de conversão e da alegria derivada. Além disso, o Sacramento "não implica que ele se torne um interrogatório pesado, chato e invasivo". Pelo contrário, Francisco disse que "deve ser um encontro libertador e rico de humanidade, através do qual poder educar na misericórdia, que não exclui, mas que compreende também o justo compromisso de reparar, na medida do possível, o mal cometido”. Neste ponto, o Papa advertiu que muitas vezes se confunde a misericórdia com ser confessores bonachões. “Nem confessores bonachões, nem confessores rígidos são misericordiosos”, afirmou. O confessor misericordioso “te escuta, te perdoa, mas te sustenta e te acompanha, porque a conversão sim, começa – talvez – hoje, mas deve continuar com a perseverança... te segura consigo, como Bom Pastor que vai em busca da ovelha perdida e a carrega”.
No segundo aspecto abordado pelo Papa, exortou aos confessores que se deixem educar pelo sacramento da reconciliação. “Quantas vezes acontece escutar confissões que nos edificam!”, exclamou. Da mesma forma observou que muitas vezes acontecem “verdadeiros milagres de conversão”. Pessoas que há meses, ano, estão sob o domínio do pecado e que, como o filho pródigo, voltam a si mesmos e decidem levantar-se de novo e voltar à casa do Pai para implorar o perdão.
Aliás, Francisco garantiu que podem aprender muito da conversão e do arrependimento destes irmãos. “Eles nos motivam a fazer, também nós, um exame de consciência: ‘Eu, sacerdote, amor assim o Senhor, que me fez ministro da sua misericórdia?’. ‘Eu, confessor, estou disposto à mudança, à conversão, como este penitente, ao qual fui colocado a seu serviço?’”
Por fim, o Papa refletiu sobre o terceiro aspecto afirmando que "quando se ouvem as confissões sacramentais dos fieis, é preciso ter sempre o olhar interior dirigido ao Céu, ao sobrenatural”. Dessa forma, o Papa recordou que devem reavivar a consciência de que ninguém foi colocado nesse ministério por méritos próprios, nem pelas capacidades teológicas ou jurídicas, nem pelo trato humano ou psicológico.
"Todos fomos feitos ministros da reconciliação por pura graça de Deus, gratuitamente e por amor, e mais ainda, precisamente por misericórdia", lembrou. "Somos ministros da misericórdia graças a misericórdia de Deus, nunca devemos perder este olhar sobrenatural, que nos faz verdadeiramente humildes, acolhedores e misericordiosos com o irmão e irmã que pede confissão”. Também pediu que o momento da escuta da administração do sacramento deve ser sobrenatural “escutar de forma sobrenatural, de forma divina; respeitoso com a dignidade e as histórias pessoais de cada um, para que possa compreender o que Deus quer para ele ou para ela”.
E, finalmente, Francisco disse que também "o maior pecador que vem diante de Deus para pedir perdão é "solo sagrado", e também eu, que tenho que perdoá-lo em nome de Deus, posso fazer coisas piores que ele”. Cada fiel penitente que vai se confessar – destacou – é solo sagrado, terra sagrada para cultivar com dedicação, cuidado e atenção pastoral.
Fonte: Zenit.
Assim, à luz deste "maravilhoso dom de Deus", o Pontífice ressaltou três exigências: "viver o sacramento como meio para educar à misericórdia", "deixar-se educar pelo que celebramos”, “cuidar o olhar sobrenatural”.
Em primeiro lugar, o Santo Padre recordou que "viver o sacramento como meio para educar na misericórdia, significa ajudar os nossos irmãos a fazer a experiência de paz e de compreensão, humana e cristã". Aliás garantiu que a confissão não deve ser uma "tortura", mas que todos deveriam sair do confessionário com a felicidade no coração, com o rosto radiante de esperança, embora, às vezes, também banhado em lágrimas de conversão e da alegria derivada. Além disso, o Sacramento "não implica que ele se torne um interrogatório pesado, chato e invasivo". Pelo contrário, Francisco disse que "deve ser um encontro libertador e rico de humanidade, através do qual poder educar na misericórdia, que não exclui, mas que compreende também o justo compromisso de reparar, na medida do possível, o mal cometido”. Neste ponto, o Papa advertiu que muitas vezes se confunde a misericórdia com ser confessores bonachões. “Nem confessores bonachões, nem confessores rígidos são misericordiosos”, afirmou. O confessor misericordioso “te escuta, te perdoa, mas te sustenta e te acompanha, porque a conversão sim, começa – talvez – hoje, mas deve continuar com a perseverança... te segura consigo, como Bom Pastor que vai em busca da ovelha perdida e a carrega”.
No segundo aspecto abordado pelo Papa, exortou aos confessores que se deixem educar pelo sacramento da reconciliação. “Quantas vezes acontece escutar confissões que nos edificam!”, exclamou. Da mesma forma observou que muitas vezes acontecem “verdadeiros milagres de conversão”. Pessoas que há meses, ano, estão sob o domínio do pecado e que, como o filho pródigo, voltam a si mesmos e decidem levantar-se de novo e voltar à casa do Pai para implorar o perdão.
Aliás, Francisco garantiu que podem aprender muito da conversão e do arrependimento destes irmãos. “Eles nos motivam a fazer, também nós, um exame de consciência: ‘Eu, sacerdote, amor assim o Senhor, que me fez ministro da sua misericórdia?’. ‘Eu, confessor, estou disposto à mudança, à conversão, como este penitente, ao qual fui colocado a seu serviço?’”
Por fim, o Papa refletiu sobre o terceiro aspecto afirmando que "quando se ouvem as confissões sacramentais dos fieis, é preciso ter sempre o olhar interior dirigido ao Céu, ao sobrenatural”. Dessa forma, o Papa recordou que devem reavivar a consciência de que ninguém foi colocado nesse ministério por méritos próprios, nem pelas capacidades teológicas ou jurídicas, nem pelo trato humano ou psicológico.
"Todos fomos feitos ministros da reconciliação por pura graça de Deus, gratuitamente e por amor, e mais ainda, precisamente por misericórdia", lembrou. "Somos ministros da misericórdia graças a misericórdia de Deus, nunca devemos perder este olhar sobrenatural, que nos faz verdadeiramente humildes, acolhedores e misericordiosos com o irmão e irmã que pede confissão”. Também pediu que o momento da escuta da administração do sacramento deve ser sobrenatural “escutar de forma sobrenatural, de forma divina; respeitoso com a dignidade e as histórias pessoais de cada um, para que possa compreender o que Deus quer para ele ou para ela”.
E, finalmente, Francisco disse que também "o maior pecador que vem diante de Deus para pedir perdão é "solo sagrado", e também eu, que tenho que perdoá-lo em nome de Deus, posso fazer coisas piores que ele”. Cada fiel penitente que vai se confessar – destacou – é solo sagrado, terra sagrada para cultivar com dedicação, cuidado e atenção pastoral.
Fonte: Zenit.
quinta-feira, 12 de março de 2015
Cuba constrói a sua primeira igreja desde 1959
A Igreja de Cuba constrói um novo local de culto, o primeiro desde a revolução em 1959. O local escolhido é uma pequena cidade na província de Pinar del Río, conforme relatado pelo último número da revista Palabra Nueva publicado pela Arquidiocese da Havana.
"A nova igreja será dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Ocupará uma área de 200 metros quadrados no centro de Sandino, a maior cidade da província, e vai acomodar cerca de 200 pessoas sentadas", indica o bispo da Diocese de Pinar del Río, monsenhor Jorge Enrique Serpa Perez, informou a Agência Fides.
No dia 9 de setembro de 2014 foi colocada a primeira pedra e este gesto “é sinal que fortalece a nossa fé como povo de Deus, com isso a Igreja local se sente premiada pelo céu, e não sem motivo, porque depois de 50 anos sem construir templos em Cuba, precisamente na nossa diocese, no mais ocidental da nossa querida ilha, onde o Senhor quis colocar a sua nova casa, isso nos motiva a dizer que só Deus pode fazer estas coisas, é o amor a Deus e à sua Igreja, é o desejo de um povo que quer fazer a vontade de Deus o que permitiu que se pense grande. Obrigado, Senhor, por tanta generosidade com este povo”, escreveu no site da diocese o padre Cirillo Castro Fuentes, encarregado de abençoar a primeira pedra do templo.
De acordo com os dados da arquidiocese da Havana, o 60% da população cubana (11,1 milhões de habitantes) é católica, e na ilha existem 650 igrejas, 340 sacerdotes e 600 religiosos.
Fonte: Zenit.
"A nova igreja será dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Ocupará uma área de 200 metros quadrados no centro de Sandino, a maior cidade da província, e vai acomodar cerca de 200 pessoas sentadas", indica o bispo da Diocese de Pinar del Río, monsenhor Jorge Enrique Serpa Perez, informou a Agência Fides.
No dia 9 de setembro de 2014 foi colocada a primeira pedra e este gesto “é sinal que fortalece a nossa fé como povo de Deus, com isso a Igreja local se sente premiada pelo céu, e não sem motivo, porque depois de 50 anos sem construir templos em Cuba, precisamente na nossa diocese, no mais ocidental da nossa querida ilha, onde o Senhor quis colocar a sua nova casa, isso nos motiva a dizer que só Deus pode fazer estas coisas, é o amor a Deus e à sua Igreja, é o desejo de um povo que quer fazer a vontade de Deus o que permitiu que se pense grande. Obrigado, Senhor, por tanta generosidade com este povo”, escreveu no site da diocese o padre Cirillo Castro Fuentes, encarregado de abençoar a primeira pedra do templo.
De acordo com os dados da arquidiocese da Havana, o 60% da população cubana (11,1 milhões de habitantes) é católica, e na ilha existem 650 igrejas, 340 sacerdotes e 600 religiosos.
Fonte: Zenit.
quarta-feira, 11 de março de 2015
Deus sempre perdoa, mas pede que eu perdoe também
Pedir perdão a Deus, seguindo os ensinamentos do pai-nosso: arrepender-se com sinceridade dos próprios pecados, sabendo que Deus perdoa sempre, mas que nos pede perdoar os outros com a mesma generosidade de coração.
Esta foi a mensagem do papa Francisco na homilia de ontem, na missa da Casa Santa Marta. Deus onipotente é de alguma forma “barrado” quando um coração lhe fecha a porta ao não querer perdoar quem o feriu.
O Santo Padre se inspira na passagem evangélica de hoje, em que Jesus explica a Pedro que ele tem que perdoar “setenta vezes sete”, expressão que significa “sempre”. O perdão de Deus e o nosso perdão aos outros estão intimamente relacionados.
E tudo depende de como nos apresentamos a Deus para pedir perdão. O papa indica a leitura que mostra o profeta Azarias invocando clemência pelo pecado de seu povo, que está sofrendo, mas que é culpado por ter “abandonado a lei do Senhor”. O profeta não protesta, não se lamenta diante de Deus: ele reconhece os erros do povo e se arrepende.
“Pedir perdão é uma coisa e outra coisa é pedir desculpas. Ou estou enganado? Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O pecado não é um simples erro. O pecado é idolatria, é adorar um ídolo, o do orgulho, o da vaidade, o do dinheiro, o de si mesmo. É por isso que Azarias não pede desculpas, e sim perdão”.
O pontífice destaca que o perdão é pedido sinceramente, de coração, e tem que ser dado de coração a quem cometeu o mal. Como o patrão da parábola contada por Jesus, que perdoa a dívida enorme de um servo, movido pela compaixão das suas súplicas. E não como o outro servo faz com seu igual, tratando-o sem piedade e o levando para a cadeia, embora lhe devesse uma suma irrisória. A dinâmica do perdão é aquela que foi ensinada por Jesus no pai-nosso: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
Se eu não sou capaz de perdoar, não sou capaz de pedir perdão.
- Mas, padre, eu me confesso!
- E o que você faz antes de se confessar?
- Bom, eu penso nas coisas ruins que fiz...
- Muito bem.
- Depois peço perdão a nosso Senhor e prometo não voltar a fazer isso...
- Bom. E depois vai procurar o padre? Mas antes falta uma coisa: você perdoou quem lhe fez mal?
Porque o perdão que Deus lhe dará pressupõe o perdão que você dá aos outros.
O que Jesus nos ensina é: “Primeiro, pedir perdão e não simplesmente pedir desculpas; ter consciência do próprio pecado, da idolatria cometida, das diversas idolatrias. Segundo, Deus sempre perdoa, sempre. Mas Ele pede que eu perdoe. Se eu não perdoo, em certo sentido fecho a porta para o perdão de Deus”.
Fonte: Zenit.
Esta foi a mensagem do papa Francisco na homilia de ontem, na missa da Casa Santa Marta. Deus onipotente é de alguma forma “barrado” quando um coração lhe fecha a porta ao não querer perdoar quem o feriu.
O Santo Padre se inspira na passagem evangélica de hoje, em que Jesus explica a Pedro que ele tem que perdoar “setenta vezes sete”, expressão que significa “sempre”. O perdão de Deus e o nosso perdão aos outros estão intimamente relacionados.
E tudo depende de como nos apresentamos a Deus para pedir perdão. O papa indica a leitura que mostra o profeta Azarias invocando clemência pelo pecado de seu povo, que está sofrendo, mas que é culpado por ter “abandonado a lei do Senhor”. O profeta não protesta, não se lamenta diante de Deus: ele reconhece os erros do povo e se arrepende.
“Pedir perdão é uma coisa e outra coisa é pedir desculpas. Ou estou enganado? Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O pecado não é um simples erro. O pecado é idolatria, é adorar um ídolo, o do orgulho, o da vaidade, o do dinheiro, o de si mesmo. É por isso que Azarias não pede desculpas, e sim perdão”.
O pontífice destaca que o perdão é pedido sinceramente, de coração, e tem que ser dado de coração a quem cometeu o mal. Como o patrão da parábola contada por Jesus, que perdoa a dívida enorme de um servo, movido pela compaixão das suas súplicas. E não como o outro servo faz com seu igual, tratando-o sem piedade e o levando para a cadeia, embora lhe devesse uma suma irrisória. A dinâmica do perdão é aquela que foi ensinada por Jesus no pai-nosso: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
Se eu não sou capaz de perdoar, não sou capaz de pedir perdão.
- Mas, padre, eu me confesso!
- E o que você faz antes de se confessar?
- Bom, eu penso nas coisas ruins que fiz...
- Muito bem.
- Depois peço perdão a nosso Senhor e prometo não voltar a fazer isso...
- Bom. E depois vai procurar o padre? Mas antes falta uma coisa: você perdoou quem lhe fez mal?
Porque o perdão que Deus lhe dará pressupõe o perdão que você dá aos outros.
O que Jesus nos ensina é: “Primeiro, pedir perdão e não simplesmente pedir desculpas; ter consciência do próprio pecado, da idolatria cometida, das diversas idolatrias. Segundo, Deus sempre perdoa, sempre. Mas Ele pede que eu perdoe. Se eu não perdoo, em certo sentido fecho a porta para o perdão de Deus”.
Fonte: Zenit.
terça-feira, 10 de março de 2015
Reforma Política encabeçada pela CNBB não têm o consenso de todos os bispos, afirma o Primaz do Brasil
Nomeado pelo Papa Bento XVI, em 2011, o arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil, dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, concedeu uma entrevista sobre o tema: Campanha da Fraternidade e Reforma Política.
Nessa exclusiva, o Primaz do Brasil afirmou que as propostas da Reforma Política, encabeçada pela CNBB, não tiveram a participação de todos os bispos. "Preferiria uma proposta nossa e, quem concordasse com elas, participasse de nossa campanha", disse.
Acompanhe a íntegra da entrevista abaixo:
Ultimamente, referindo-se ao tema da Reforma Política e da Campanha da Fraternidade no Brasil, o senhor tem falado que não é papel da Igreja ocupar o lugar do Estado. Por que essa é a sua opinião?
Dom Murilo: A Constituição de nosso país reconhece ser dever do Estado cuidar da saúde, da educação, da escola etc. Nesse campo, atualmente a Igreja tem um papel supletivo - isto é, deve atuar onde não há a presença do Estado ou onde tal presença não é suficiente. No passado, quando a organização social era muito limitada, a Igreja sentia ser seu dever abrir hospitais, creches, escolas etc. Hoje só tem sentido manter essas obras ou fundá-las se, com seus valores, a Igreja quiser "fazer a diferença" - isto é, apresentar uma maneira própria de curar, educar, formar etc. Essa "maneira própria" são as motivações evangélicas isto é, o desejo de mostrar como vemos o doente, o jovem a ser educado, o idoso abandonado, a partir do que nos ensinou Jesus. Se for para ter, por exemplo, um escola "como as outras", sem os valores do Evangelho, não valeria a pena tanto esforço, mesmo que se tratasse de uma escola de boa qualidade. Afinal, como bem insiste o Papa Francisco, a Igreja não é uma ONG, mas uma extensão da presença de Cristo no mundo.
A CNBB é uma entidade séria e necessária para a nossa Igreja, mas existe a possibilidade de que os seus colaboradores errem?
Dom Murilo: Onde há seres humanos há a possibilidade de erros. Minha longa experiência na CNBB tem me mostrado que se pode falar da presença do Espírito Santo naquelas iniciativas que foram rezadas, refletidas e debatidas por todos os bispos. Assim, num documento aprovado, não prevalece a ideia de um ou de outro; nossos documentos oficiais são a síntese do que os bispos pensam. Pode-se dizer, então, que aquele texto é o que o Espírito Santo está querendo falar às nossas Dioceses. Não digo o mesmo de iniciativas de pequenos grupos ou de comissões, onde facilmente pode prevalecer a ideia de uma pessoa ou de um grupo. Nesse caso, o que for apresentado não é um texto "da" CNBB, mas sim daquela comissão.
O que significa uma conferência episcopal encabeçar essa campanha de reforma política?
Dom Murilo: O Brasil enfrenta problemas sérios e graves. A Igreja não pode ignorá-los. Com o Evangelho nas mãos, deve dar uma orientação, apresentar critérios, ajudar na reflexão. De minha parte, nesta campanha de reforma política eu preferiria que a própria Igreja apresentasse suas propostas, fruto da reflexão de todos os Bispos, como foi feito por ocasião da Constituinte, em que a CNBB apresentou um texto riquíssimo: "Por uma nova ordem constitucional". Nesse documento, estava claro o que a Igreja no Brasil tinha como proposta para a Constituição que estava sendo preparada para ser posteriormente aprovada. Nem todas as nossas propostas foram aceitas; hoje, não poucas pessoas reconhecem que com isso quem perdeu foi o país. Desta vez, na campanha pela reforma política, a CNBB participa de um processo que engloba dezenas de grupos da sociedade civil. As propostas feitas são, pois, expressão do que esses grupos desejam, fruto da busca de consenso. Assim, algumas das propostas não correspondem ao que nós bispos defendemos ou, ao menos, o que muitos bispos pensam; nem algumas propostas que julgamos importantes estão ali. Repito, preferiria uma proposta nossa e, quem concordasse com elas, participasse de nossa campanha - como aconteceu por ocasião da Constituinte. Por sinal, a grande maioria das assinaturas que estão sendo colhidas são fruto do trabalho feito em nossas Dioceses e em nossas Paróquias - ao menos é o que acontece aqui na Bahia. Não creio que seja diferente nos outros estados do Brasil.
O projeto em questão, por exemplo, propõe o financiamento das campanhas com o dinheiro do povo, esse mesmo dinheiro público que mal dá para nos garantir saúde, educação e segurança, além de entrar no mérito das discussões de "gênero" e do voto de "lista fechada", tudo de acordo com a vontade do partido atualmente no poder. Por que um assunto tão opinável, e em pontos, até mesmo contrário à filosofia cristã, está sendo proposto como algo bom e que deve ser abraçado pelos católicos do Brasil?
Dom Murilo: Em parte, penso já ter respondido a essa pergunta. Ao aceitar participar de uma iniciativa que engloba dezenas de entidades, deu no que deu. Insisto: tais propostas não tiveram a participação de todos os Bispos; são fruto, sim, de uma reflexão que envolveu principalmente algumas comissões episcopais.
Fonte: Zenit.
Nessa exclusiva, o Primaz do Brasil afirmou que as propostas da Reforma Política, encabeçada pela CNBB, não tiveram a participação de todos os bispos. "Preferiria uma proposta nossa e, quem concordasse com elas, participasse de nossa campanha", disse.
Acompanhe a íntegra da entrevista abaixo:
Ultimamente, referindo-se ao tema da Reforma Política e da Campanha da Fraternidade no Brasil, o senhor tem falado que não é papel da Igreja ocupar o lugar do Estado. Por que essa é a sua opinião?
Dom Murilo: A Constituição de nosso país reconhece ser dever do Estado cuidar da saúde, da educação, da escola etc. Nesse campo, atualmente a Igreja tem um papel supletivo - isto é, deve atuar onde não há a presença do Estado ou onde tal presença não é suficiente. No passado, quando a organização social era muito limitada, a Igreja sentia ser seu dever abrir hospitais, creches, escolas etc. Hoje só tem sentido manter essas obras ou fundá-las se, com seus valores, a Igreja quiser "fazer a diferença" - isto é, apresentar uma maneira própria de curar, educar, formar etc. Essa "maneira própria" são as motivações evangélicas isto é, o desejo de mostrar como vemos o doente, o jovem a ser educado, o idoso abandonado, a partir do que nos ensinou Jesus. Se for para ter, por exemplo, um escola "como as outras", sem os valores do Evangelho, não valeria a pena tanto esforço, mesmo que se tratasse de uma escola de boa qualidade. Afinal, como bem insiste o Papa Francisco, a Igreja não é uma ONG, mas uma extensão da presença de Cristo no mundo.
A CNBB é uma entidade séria e necessária para a nossa Igreja, mas existe a possibilidade de que os seus colaboradores errem?
Dom Murilo: Onde há seres humanos há a possibilidade de erros. Minha longa experiência na CNBB tem me mostrado que se pode falar da presença do Espírito Santo naquelas iniciativas que foram rezadas, refletidas e debatidas por todos os bispos. Assim, num documento aprovado, não prevalece a ideia de um ou de outro; nossos documentos oficiais são a síntese do que os bispos pensam. Pode-se dizer, então, que aquele texto é o que o Espírito Santo está querendo falar às nossas Dioceses. Não digo o mesmo de iniciativas de pequenos grupos ou de comissões, onde facilmente pode prevalecer a ideia de uma pessoa ou de um grupo. Nesse caso, o que for apresentado não é um texto "da" CNBB, mas sim daquela comissão.
O que significa uma conferência episcopal encabeçar essa campanha de reforma política?
Dom Murilo: O Brasil enfrenta problemas sérios e graves. A Igreja não pode ignorá-los. Com o Evangelho nas mãos, deve dar uma orientação, apresentar critérios, ajudar na reflexão. De minha parte, nesta campanha de reforma política eu preferiria que a própria Igreja apresentasse suas propostas, fruto da reflexão de todos os Bispos, como foi feito por ocasião da Constituinte, em que a CNBB apresentou um texto riquíssimo: "Por uma nova ordem constitucional". Nesse documento, estava claro o que a Igreja no Brasil tinha como proposta para a Constituição que estava sendo preparada para ser posteriormente aprovada. Nem todas as nossas propostas foram aceitas; hoje, não poucas pessoas reconhecem que com isso quem perdeu foi o país. Desta vez, na campanha pela reforma política, a CNBB participa de um processo que engloba dezenas de grupos da sociedade civil. As propostas feitas são, pois, expressão do que esses grupos desejam, fruto da busca de consenso. Assim, algumas das propostas não correspondem ao que nós bispos defendemos ou, ao menos, o que muitos bispos pensam; nem algumas propostas que julgamos importantes estão ali. Repito, preferiria uma proposta nossa e, quem concordasse com elas, participasse de nossa campanha - como aconteceu por ocasião da Constituinte. Por sinal, a grande maioria das assinaturas que estão sendo colhidas são fruto do trabalho feito em nossas Dioceses e em nossas Paróquias - ao menos é o que acontece aqui na Bahia. Não creio que seja diferente nos outros estados do Brasil.
O projeto em questão, por exemplo, propõe o financiamento das campanhas com o dinheiro do povo, esse mesmo dinheiro público que mal dá para nos garantir saúde, educação e segurança, além de entrar no mérito das discussões de "gênero" e do voto de "lista fechada", tudo de acordo com a vontade do partido atualmente no poder. Por que um assunto tão opinável, e em pontos, até mesmo contrário à filosofia cristã, está sendo proposto como algo bom e que deve ser abraçado pelos católicos do Brasil?
Dom Murilo: Em parte, penso já ter respondido a essa pergunta. Ao aceitar participar de uma iniciativa que engloba dezenas de entidades, deu no que deu. Insisto: tais propostas não tiveram a participação de todos os Bispos; são fruto, sim, de uma reflexão que envolveu principalmente algumas comissões episcopais.
Fonte: Zenit.
segunda-feira, 9 de março de 2015
O chicote do Senhor é a misericórdia
"O Senhor sente-se verdadeiramente em casa na minha vida? Permito-lhe fazer uma "limpeza" no meu coração e expulsar os ídolos, ou seja, aquelas atitudes de ganância, ciúme, mundanidade, inveja, ódio, aquelas atitudes de bisbilhotice?".
Questão crucial que Papa Bergoglio lançou hoje diante dos numerosos fiéis reunidos na Praça de São Pedro para o Angelus. Questão inspirada no Evangelho de hoje, onde Jesus – refere João- “fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas”.
Cristo vem, portanto, fazer uma "limpeza" no templo. Nesta passagem, explica o Papa, temos "o primeiro anúncio da morte e ressurreição de Cristo: seu corpo, destruído na cruz pela violência do pecado, se transformará na Ressurreição no lugar de encontro universal entre Deus e os homens".
Mas "o verdadeiro templo" mencionou o Messias é sua "humanidade", disse o Pontífice, o lugar "onde Deus se revela, fala, se faz encontra". Por isso, acrescenta, "os verdadeiros adoradores de Deus não são os guardiões do templo material, os detentores do poder e do saber religioso", mas aqueles que adoram a Deus “em espírito e em verdade."
E todos os cristãos, neste tempo quaresmal de preparação para a Páscoa, são chamados a adorar a Deus "em espírito e em verdade". "Caminhamos no mundo como Jesus e fazemos de toda a nossa existência um sinal do seu amor pelos nossos irmãos, especialmente os mais fracos e os mais pobres", exorta o Santo Padre.
Desta forma, "construiremos um templo para Deus nas nossas vidas" e tornaremos Cristo "acessível" para muitas pessoas que encontramos no nosso caminho. "Se nós somos testemunhas de Cristo vivo, muitas pessoas encontrarão Jesus em nós, em nosso testemunho", reafirma o Papa.
Antes de levá-lo aos outros, é bom “organizar” um pouco por dentro. Ou seja, perguntar-se realmente se permitimos que Jesus faça essa “limpeza” de todo o comportamento contra Deus, contra os outros e contra nós mesmos. "Cada um responda para si, em silêncio, em seu coração", disse Francisco.
E insiste: "Eu permito que Jesus faça um pouco de 'limpeza' no meu coração? Oh padre, eu tenho medo de que me ‘batam’... “. Mas “Jesus nunca bate ... Jesus vai limpar com ternura, com misericórdia, com amor. A misericórdia é a sua maneira de limpar".
Agora, sem nenhum medo – encoraja o Santo Padre - "deixemos que o Senhor entre com a sua misericórdia - não com o chicote! Com a sua misericórdia para limpar os nossos corações. O chicote de Jesus para conosco é a sua misericórdia. Vamos abrir a porta para que Ele faça uma "limpeza".
"Jesus sabe o que está em cada um de nós, e conhece bem o nosso maior desejo: ser habitados por Ele". E cada “Eucaristia que celebramos com fé nos faz crescer como templo vivo do Senhor, graças à comunhão com o seu Corpo, crucificado e ressuscitado", disse o pontífice.
O convite é para deixar Cristo entrar "em nossas vidas, em nossas famílias, em nossos corações". Ao lado de Maria "morada privilegiada do Filho de Deus": a Virgem – reza o Papa - "nos acompanhe e sustente no itinerário quaresmal, para que possamos redescobrir a beleza do encontro com Cristo, que nos liberta e nos salva".
Depois da oração mariana, Francisco cumprimentou os fiéis de Roma e os peregrinos de várias partes do mundo: Curitiba (Brasil), Treviso, Genoa, Crotone, L'Aquila e Domodossola e os rapazes de Garda, que receberam o Crisma. E convidou a todos, especialmente durante esta Quaresma, a estarem mais próximos das pessoas que estão a viver momentos de dificuldade: próximos com o afeto, a oração e a solidariedade.
O pensamento mais bonito, o Papa dirigiu às mulheres, por ocasião da festa de hoje, 8 de março: "Saudação a todas as mulheres que em cada dia procuram construir uma sociedade mais humana e acolhedora. Um obrigado fraterno também àquelas que em mil modos testemunham o Evangelho e trabalham na Igreja”, disse Bergoglio.
E espontaneamente, em meio aos aplausos dos fiéis, acrescentou: "Esta é uma oportunidade para reafirmar a importância das mulheres e a necessidade da sua presença na vida. Um mundo onde as mulheres são marginalizadas é um mundo estéril, porque as mulheres não apenas trazem a vida mas nos transmitem a capacidade de olhar mais além".
As mulheres, continuou o Santo Padre, “nos transmitem a capacidade de entender o mundo com olhos diferentes, de sentir as coisas com um coração mais criativo, mais paciente, mais terno". E invocou então "uma oração e uma bênção especial para todas as mulheres aqui presentes na Praça e para todas as mulheres", e terminou como habitualmente, desejando a todos "um bom domingo e bom almoço".
Fonte: Zenit.
Questão crucial que Papa Bergoglio lançou hoje diante dos numerosos fiéis reunidos na Praça de São Pedro para o Angelus. Questão inspirada no Evangelho de hoje, onde Jesus – refere João- “fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas”.
Cristo vem, portanto, fazer uma "limpeza" no templo. Nesta passagem, explica o Papa, temos "o primeiro anúncio da morte e ressurreição de Cristo: seu corpo, destruído na cruz pela violência do pecado, se transformará na Ressurreição no lugar de encontro universal entre Deus e os homens".
Mas "o verdadeiro templo" mencionou o Messias é sua "humanidade", disse o Pontífice, o lugar "onde Deus se revela, fala, se faz encontra". Por isso, acrescenta, "os verdadeiros adoradores de Deus não são os guardiões do templo material, os detentores do poder e do saber religioso", mas aqueles que adoram a Deus “em espírito e em verdade."
E todos os cristãos, neste tempo quaresmal de preparação para a Páscoa, são chamados a adorar a Deus "em espírito e em verdade". "Caminhamos no mundo como Jesus e fazemos de toda a nossa existência um sinal do seu amor pelos nossos irmãos, especialmente os mais fracos e os mais pobres", exorta o Santo Padre.
Desta forma, "construiremos um templo para Deus nas nossas vidas" e tornaremos Cristo "acessível" para muitas pessoas que encontramos no nosso caminho. "Se nós somos testemunhas de Cristo vivo, muitas pessoas encontrarão Jesus em nós, em nosso testemunho", reafirma o Papa.
Antes de levá-lo aos outros, é bom “organizar” um pouco por dentro. Ou seja, perguntar-se realmente se permitimos que Jesus faça essa “limpeza” de todo o comportamento contra Deus, contra os outros e contra nós mesmos. "Cada um responda para si, em silêncio, em seu coração", disse Francisco.
E insiste: "Eu permito que Jesus faça um pouco de 'limpeza' no meu coração? Oh padre, eu tenho medo de que me ‘batam’... “. Mas “Jesus nunca bate ... Jesus vai limpar com ternura, com misericórdia, com amor. A misericórdia é a sua maneira de limpar".
Agora, sem nenhum medo – encoraja o Santo Padre - "deixemos que o Senhor entre com a sua misericórdia - não com o chicote! Com a sua misericórdia para limpar os nossos corações. O chicote de Jesus para conosco é a sua misericórdia. Vamos abrir a porta para que Ele faça uma "limpeza".
"Jesus sabe o que está em cada um de nós, e conhece bem o nosso maior desejo: ser habitados por Ele". E cada “Eucaristia que celebramos com fé nos faz crescer como templo vivo do Senhor, graças à comunhão com o seu Corpo, crucificado e ressuscitado", disse o pontífice.
O convite é para deixar Cristo entrar "em nossas vidas, em nossas famílias, em nossos corações". Ao lado de Maria "morada privilegiada do Filho de Deus": a Virgem – reza o Papa - "nos acompanhe e sustente no itinerário quaresmal, para que possamos redescobrir a beleza do encontro com Cristo, que nos liberta e nos salva".
Depois da oração mariana, Francisco cumprimentou os fiéis de Roma e os peregrinos de várias partes do mundo: Curitiba (Brasil), Treviso, Genoa, Crotone, L'Aquila e Domodossola e os rapazes de Garda, que receberam o Crisma. E convidou a todos, especialmente durante esta Quaresma, a estarem mais próximos das pessoas que estão a viver momentos de dificuldade: próximos com o afeto, a oração e a solidariedade.
O pensamento mais bonito, o Papa dirigiu às mulheres, por ocasião da festa de hoje, 8 de março: "Saudação a todas as mulheres que em cada dia procuram construir uma sociedade mais humana e acolhedora. Um obrigado fraterno também àquelas que em mil modos testemunham o Evangelho e trabalham na Igreja”, disse Bergoglio.
E espontaneamente, em meio aos aplausos dos fiéis, acrescentou: "Esta é uma oportunidade para reafirmar a importância das mulheres e a necessidade da sua presença na vida. Um mundo onde as mulheres são marginalizadas é um mundo estéril, porque as mulheres não apenas trazem a vida mas nos transmitem a capacidade de olhar mais além".
As mulheres, continuou o Santo Padre, “nos transmitem a capacidade de entender o mundo com olhos diferentes, de sentir as coisas com um coração mais criativo, mais paciente, mais terno". E invocou então "uma oração e uma bênção especial para todas as mulheres aqui presentes na Praça e para todas as mulheres", e terminou como habitualmente, desejando a todos "um bom domingo e bom almoço".
Fonte: Zenit.
domingo, 8 de março de 2015
Em Kosovo não há liberdade de culto
Ex membro do Governo do Kosovo, Alexsandar Jablanović, participou da mesa redonda "Perseguição aos cristãos em Kosovo" organizada pelo Instituto de Estudos Históricos CEU San Pablo University.
Durante seu discurso, Jablanović descreveu como inaceitável que "no século XXI, na Europa, não seja possível ir a lugares de culto da religião cristã". Ele também lamentou que "as conquistas dos povos sérvios e cristãos em mais de 500 anos não seja refletido hoje".
O ex-ministro, que foi afastado de seu cargo no mês passado por condenar o apedrejamento de um ônibus em que viajavam alguns cristãos, descreveu este ato de "selvageria" e manifestou a sua intenção de "abrir os olhos da Europa para que enxerguem onde está sangrando e protejam os cristãos, sejam católicos ou ortodoxos, assim como o povo sérvio e albanês que respeita a religião”.
Jablanović afirmou que "esperam uma reação clara das autoridades para defender o direito e objetos de culto cristão", embora "não exista indícios mínimos que expliquem quem está por trás desses ataques". Ele fez um apelo à luta por "preservar o grande legado da religião cristã para as gerações futuras”.
Presente também Pe. Andrey Kordochkin, representante da Igreja Ortodoxa Russa na Espanha e sacerdote da paróquia Santa Maria Madalena, que salientou a necessidade de "evitar o pessimismo associado aos cristãos de Kosovo", relataram os organizadores do evento em um comunicado.
Por sua vez, o Padre Otac Srdjan, representando o Bispo Teodósio de Kosovo, encarregado das relações entre a Igreja Ortodoxa e a Católica (Diocese de Raska Prizren), explicou que "depois de muito sofrimento, devemos tentar que aqueles que não compartilham estes valores sejam curados do ódio e recuperado o tecido que compõe a herança do cristianismo".
A mesa redonda, presidida pelo diretor do Instituto de Estudos Históricos da Universidade CEU San Pablo, Alfonso Mendoza Bullón, contou com a presença do embaixador da Sérvia na Espanha, Danko Prokic.
O governo do Kosovo, em cujo território a maioria é de etnia albanesa, declarou unilateralmente sua independência da Sérvia em 17 de Fevereiro de 2008, com o apoio dos Estados Unidos e da maioria dos países da União Europeia. Atualmente Kosovo é reconhecido como um Estado soberano por 108 dos 193 membros das Nações Unidas.
Fonte: Zenit.
Durante seu discurso, Jablanović descreveu como inaceitável que "no século XXI, na Europa, não seja possível ir a lugares de culto da religião cristã". Ele também lamentou que "as conquistas dos povos sérvios e cristãos em mais de 500 anos não seja refletido hoje".
O ex-ministro, que foi afastado de seu cargo no mês passado por condenar o apedrejamento de um ônibus em que viajavam alguns cristãos, descreveu este ato de "selvageria" e manifestou a sua intenção de "abrir os olhos da Europa para que enxerguem onde está sangrando e protejam os cristãos, sejam católicos ou ortodoxos, assim como o povo sérvio e albanês que respeita a religião”.
Jablanović afirmou que "esperam uma reação clara das autoridades para defender o direito e objetos de culto cristão", embora "não exista indícios mínimos que expliquem quem está por trás desses ataques". Ele fez um apelo à luta por "preservar o grande legado da religião cristã para as gerações futuras”.
Presente também Pe. Andrey Kordochkin, representante da Igreja Ortodoxa Russa na Espanha e sacerdote da paróquia Santa Maria Madalena, que salientou a necessidade de "evitar o pessimismo associado aos cristãos de Kosovo", relataram os organizadores do evento em um comunicado.
Por sua vez, o Padre Otac Srdjan, representando o Bispo Teodósio de Kosovo, encarregado das relações entre a Igreja Ortodoxa e a Católica (Diocese de Raska Prizren), explicou que "depois de muito sofrimento, devemos tentar que aqueles que não compartilham estes valores sejam curados do ódio e recuperado o tecido que compõe a herança do cristianismo".
A mesa redonda, presidida pelo diretor do Instituto de Estudos Históricos da Universidade CEU San Pablo, Alfonso Mendoza Bullón, contou com a presença do embaixador da Sérvia na Espanha, Danko Prokic.
O governo do Kosovo, em cujo território a maioria é de etnia albanesa, declarou unilateralmente sua independência da Sérvia em 17 de Fevereiro de 2008, com o apoio dos Estados Unidos e da maioria dos países da União Europeia. Atualmente Kosovo é reconhecido como um Estado soberano por 108 dos 193 membros das Nações Unidas.
Fonte: Zenit.
sábado, 7 de março de 2015
Francisco fez com que os católicos se sentissem orgulhosos da sua Igreja
No dia 13 de março de 2013, da varanda da Basílica de São Pedro, o Cardeal Tauran disse: 'Habemus Papam'; e que 'José Mario cardenal Bergoglio' era o novo pontífice com o nome de Francisco. Daquele então até hoje mudou algo na Igreja?, Qual é a percepção e a realidade? ZENIT perguntou para o correspondente espanhol na Itália, que não faz descontos ao Vaticano, Pablo Ordaz, do jornal El País, que tem sido um correspondente no México, América Central e Caribe, e cujas respostas compartilhamos com os nossos leitores.
Desde o começo do pontificado do Papa Francisco, você acha que algo mudou na imagem da Igreja?
- Pablo Ordaz: Com certeza. Tanto do ponto de vista dos católicos como do resto da opinião pública. Não podemos nos esquecer que faz só dois anos que o Vaticano estava imerso em guerras de poder que levaram à fuga de documentos do caso Vatileaks, à detenção do mordomo de Bento XVI, à demissão descarada do chefe do IOR, aos escândalos contínuos de pederastia, à renúncia de Joseph Ratzinger... Em um tempo recorde, Jorge Mario Bergoglio conseguiu que os católicos, na sua grande maioria, voltassem a se sentir orgulhosos da sua Igreja – é só olhar para a Praça de São Pedro cada quarta-feira e cada domingo ou o interesse que causam as suas viagens – e que líderes mundiais como Barack Obama tenham vindo a Roma para visita-lo e dizer: “É necessário escutar o Papa”. A sua mensagem social em um momento de crise e sofrimento para muitas pessoas em todo o mundo está chegando com força.
Tem sido somente uma mudança de imagem ou foram mudanças reais?
- Pablo Ordaz: Eu acho que o segundo está ligado ao primeiro. Após aquela frase de abertura de seu pontificado - "como eu gostaria de ter uma Igreja pobre para os pobres" - Bergoglio está tentando, embora não sem resistência interna, lançar luz sobre as tradicionais escuras finanças vaticanas, racionalizar gastos, contagiar a Cúria e as diversas congregações, do seu estilo simples de vida, ir à busca dos feridos – divorciados recasados, novos casais, gays... – em vez de ficar protegido na comodidade. Mas, não é fácil. A inércia de muitos séculos nos contemplam e é mais simples acostumar-se a ser rico do que a ser pobre... como também não é fácil que depois de décadas olhando para outro lado, a Igreja, em seu conjunto, esteja se convencendo de que a “tolerância zero” é a única resposta à pederastia. Embora tarde, começa-se a dar passos nesse sentido.
Como você acha que isso foi vivido no Vaticano?
- Pablo Ordaz: Muitos ainda não se recuperaram da surpresa. Não tanto da surpresa de ver na varanda aparecer um Papa vindo do fim do mundo, com sapatos gastos, uma cruz de prata e pedindo para fieis reunidos em São Pedro que rezassem por ele, mas da surpresa de que não se tratasse só de gestos, pura propaganda, maquiagem para cobrir as feridas... Já não há dúvida de que Bergoglio está disposto a muda a Igreja para sempre, que sabe que tem pouco tempo e que, portanto, vai fazê-lo custe o que custar e doa a quem doer. Perante isso, só existem duas opções, ou ajuda-lo na empresa ou expor-se a ser arrastado pelo furacão. Está claro que existem resistências – e aí estão os vazamentos dos últimos dias sobre as supostas extravagâncias do Cardeal George Pell – , mas, acho que, no geral está conseguindo o que quer.
De vez em quando o Papa usa palavras e imagens claras, mas politicamente incorretas. Como você vê isso?
- Pablo Ordaz: Dizia o escritor Ennio Flaiano que, na Itália, a linha mais curta entre dois pontos é o arabesco. A Igreja oficial, tão vinculada à Itália para o bom e para o mal, abusou muito do arabesco, das mensagens cifradas, para dirigir-se aos fieis. O resultado foi, muitas vezes, um corte de comunicação, uma distância intransponível entre os doutores da Igreja e os católicos a pé. O resultado – ou um deles – pode ver-se na fuga, especialmente na América, de centenas de milhares de católicos para outras confissões. Bergoglio prefere falar cara a cara, dar-se a entender, sair do roteiro, apelar para a emoção quando fala das mães que perdem os seus filhos no mar de Lampedusa e até mesmo critica abertamente quando fala da cara de enterro ou da vida mundana de alguns sacerdotes e freiras. E, às vezes, alguma dessas suas frases, analizadas de forma isolada, sem o contexto apropriado ou o filtro do politicamente correto, podem causar polêmica. Mas, tenho a impressão de que Francisco prefere errar e chegar nas pessoas do que elaborar discursos frios e distantes.
O Papa Francisco fala muito de Jesus, das parábolas do Evangelho...
- Pablo Ordaz: Sim, me chama muito a atenção de que os discursos do Papa – cuja cópia original nos envia a secretaria de imprensa do Vaticano – estejam cheios de referências constantes às escrituras. No outro dia eu contei 22 em uma homilia de duas páginas e meia. Recentemente me dizia uma amiga sua argentina que Bergoglio é um grande conhecedor da Bíblia e que nunca lê um texto que não tenha sido trabalhado e escrito por ele mesmo. Mas, além do mais, eu suspeito que o faça para eliminar qualquer dúvida, de dentro: quer deixar claro que a Igreja que ele sonha e prega – a da periferia, a dos pastores com cheiro de ovelha – não é outra que a das origens. Que em vez de uma teoria nova o que está fazendo é tirar os escombros de cima do discurso das origens.
Que outras considerações poderia fazer sobre estes dois anos de pontificado?
- Pablo Ordaz: Existe um resultado claro. Independentemente de que o papa Francisco seja mais agradável para uns do que para outros, o que sim fica claro é que colocou a Igreja no centro do debate em todo o mundo. A sua mensagem é escutada pelos de dentro e os de fora e, além disso, está utilizando a poderosa maquinária diplomática do Vaticano para mediar conflitos como o do Oriente Próximo ou a exitosa aproximação entre EUA e Cuba. As vezes é preciso distanciar-se de um quadro para ter a visão mais nítida, e as pequenas guerras de poder que continuam existindo no Vaticano são “peccata minuta” em comparação com todos os aspectos interessantes do ainda curto pontificado de Jorge Mario Bergoglio.
Fonte: Zenit.
- Pablo Ordaz: Com certeza. Tanto do ponto de vista dos católicos como do resto da opinião pública. Não podemos nos esquecer que faz só dois anos que o Vaticano estava imerso em guerras de poder que levaram à fuga de documentos do caso Vatileaks, à detenção do mordomo de Bento XVI, à demissão descarada do chefe do IOR, aos escândalos contínuos de pederastia, à renúncia de Joseph Ratzinger... Em um tempo recorde, Jorge Mario Bergoglio conseguiu que os católicos, na sua grande maioria, voltassem a se sentir orgulhosos da sua Igreja – é só olhar para a Praça de São Pedro cada quarta-feira e cada domingo ou o interesse que causam as suas viagens – e que líderes mundiais como Barack Obama tenham vindo a Roma para visita-lo e dizer: “É necessário escutar o Papa”. A sua mensagem social em um momento de crise e sofrimento para muitas pessoas em todo o mundo está chegando com força.
Tem sido somente uma mudança de imagem ou foram mudanças reais?
- Pablo Ordaz: Eu acho que o segundo está ligado ao primeiro. Após aquela frase de abertura de seu pontificado - "como eu gostaria de ter uma Igreja pobre para os pobres" - Bergoglio está tentando, embora não sem resistência interna, lançar luz sobre as tradicionais escuras finanças vaticanas, racionalizar gastos, contagiar a Cúria e as diversas congregações, do seu estilo simples de vida, ir à busca dos feridos – divorciados recasados, novos casais, gays... – em vez de ficar protegido na comodidade. Mas, não é fácil. A inércia de muitos séculos nos contemplam e é mais simples acostumar-se a ser rico do que a ser pobre... como também não é fácil que depois de décadas olhando para outro lado, a Igreja, em seu conjunto, esteja se convencendo de que a “tolerância zero” é a única resposta à pederastia. Embora tarde, começa-se a dar passos nesse sentido.
Como você acha que isso foi vivido no Vaticano?
- Pablo Ordaz: Muitos ainda não se recuperaram da surpresa. Não tanto da surpresa de ver na varanda aparecer um Papa vindo do fim do mundo, com sapatos gastos, uma cruz de prata e pedindo para fieis reunidos em São Pedro que rezassem por ele, mas da surpresa de que não se tratasse só de gestos, pura propaganda, maquiagem para cobrir as feridas... Já não há dúvida de que Bergoglio está disposto a muda a Igreja para sempre, que sabe que tem pouco tempo e que, portanto, vai fazê-lo custe o que custar e doa a quem doer. Perante isso, só existem duas opções, ou ajuda-lo na empresa ou expor-se a ser arrastado pelo furacão. Está claro que existem resistências – e aí estão os vazamentos dos últimos dias sobre as supostas extravagâncias do Cardeal George Pell – , mas, acho que, no geral está conseguindo o que quer.
De vez em quando o Papa usa palavras e imagens claras, mas politicamente incorretas. Como você vê isso?
- Pablo Ordaz: Dizia o escritor Ennio Flaiano que, na Itália, a linha mais curta entre dois pontos é o arabesco. A Igreja oficial, tão vinculada à Itália para o bom e para o mal, abusou muito do arabesco, das mensagens cifradas, para dirigir-se aos fieis. O resultado foi, muitas vezes, um corte de comunicação, uma distância intransponível entre os doutores da Igreja e os católicos a pé. O resultado – ou um deles – pode ver-se na fuga, especialmente na América, de centenas de milhares de católicos para outras confissões. Bergoglio prefere falar cara a cara, dar-se a entender, sair do roteiro, apelar para a emoção quando fala das mães que perdem os seus filhos no mar de Lampedusa e até mesmo critica abertamente quando fala da cara de enterro ou da vida mundana de alguns sacerdotes e freiras. E, às vezes, alguma dessas suas frases, analizadas de forma isolada, sem o contexto apropriado ou o filtro do politicamente correto, podem causar polêmica. Mas, tenho a impressão de que Francisco prefere errar e chegar nas pessoas do que elaborar discursos frios e distantes.
O Papa Francisco fala muito de Jesus, das parábolas do Evangelho...
- Pablo Ordaz: Sim, me chama muito a atenção de que os discursos do Papa – cuja cópia original nos envia a secretaria de imprensa do Vaticano – estejam cheios de referências constantes às escrituras. No outro dia eu contei 22 em uma homilia de duas páginas e meia. Recentemente me dizia uma amiga sua argentina que Bergoglio é um grande conhecedor da Bíblia e que nunca lê um texto que não tenha sido trabalhado e escrito por ele mesmo. Mas, além do mais, eu suspeito que o faça para eliminar qualquer dúvida, de dentro: quer deixar claro que a Igreja que ele sonha e prega – a da periferia, a dos pastores com cheiro de ovelha – não é outra que a das origens. Que em vez de uma teoria nova o que está fazendo é tirar os escombros de cima do discurso das origens.
Que outras considerações poderia fazer sobre estes dois anos de pontificado?
- Pablo Ordaz: Existe um resultado claro. Independentemente de que o papa Francisco seja mais agradável para uns do que para outros, o que sim fica claro é que colocou a Igreja no centro do debate em todo o mundo. A sua mensagem é escutada pelos de dentro e os de fora e, além disso, está utilizando a poderosa maquinária diplomática do Vaticano para mediar conflitos como o do Oriente Próximo ou a exitosa aproximação entre EUA e Cuba. As vezes é preciso distanciar-se de um quadro para ter a visão mais nítida, e as pequenas guerras de poder que continuam existindo no Vaticano são “peccata minuta” em comparação com todos os aspectos interessantes do ainda curto pontificado de Jorge Mario Bergoglio.
Fonte: Zenit.
sexta-feira, 6 de março de 2015
Os cristãos da Síria agradecem o Papa e a Itália
A cidade de Damasco está nas mãos do governo Assad, os subúrbios estão nas mãos dos rebeldes, enquanto a situação em Aleppo é decididamente desequilibrada a favor das forças jihadistas. Este é o cenário descrito pelo arcebispo Nassar Samir, arcebispo de Damasco dos Maronitas, que falou ontem, 4, em coletiva de imprensa na Casa Bonus Pastor, poucas horas depois de ter participado na audiência dos bispos amigos dos Focolares com o Papa Francisco.
“O dia 15 de março é o quarto aniversário da guerra e nós não esperamos nada além da paz", disse o prelado sírio, referindo também a incapacidade dos sírios residentes de apoiar economicamente os seus familiares, devido ao bloqueio das contas bancárias no país, enquanto que “quem quer deixar o país não encontra mais um consulado ou uma embaixada”.
À margem da coletiva de imprensa, monsenhor Samir respondeu a algumas perguntas de ZENIT, destacando principalmente a própria gratidão pela ajuda demonstrada pela Santa Sé e pelo Pontífice.
Excelência, no mundo católico, tanto no Ocidente quanto no Oriente, são numerosos aqueles que argumentam que o Papa Francisco e o Vaticano não estão suficientemente comprometidos com a paz na Síria e no Iraque e que estejam basicamente calando sobre a perseguição dos cristãos. O que você acha?
Dom Nassar Samir: A Igreja Católica, desde o pontificado de Bento XVI, está fazendo muito pela paz. Cinco anos atrás, houve o Sínodo extraordinário para o Oriente Médio e a Exortação Apostólica pós-sinodal Ecclesia in Medio Oriente se coloca como base para a paz nos nossos territórios.
Quanto ao Papa Francisco, eu acho que é benéfico lembrar que, já em setembro de 2013 conseguiu parar o bombardeio na Síria. O Papa, então, está fazendo muito, através de Cor Unum e da Caritas Internationalis, para ajudar os refugiados na Síria e no Iraque.
O tema do nosso congresso em Castelgandolfo é Eucaristia, mistério de comunhão. O Papa falou-nos esta manhã justamente nesta comunhão e na paz. O que as igrejas na Síria estão se esforçando para fazer é criar essa comunhão e estabelecer as bases para a paz.
Até a Itália está fazendo muito pelo nosso país: todas as escavações arqueológicas na Síria estão nas mãos dos grupos de pesquisa das universidades italianas.
Você acredita que a estratégia de terror que Isis está semeando, poderia, a longo prazo, sair pela culatra e que a população poderia se rebelar?
Dom Nassar Samir: Até o momento, as pessoas se limitam a fugir e não têm a possibilidade de opor muita resistência. Os cristãos do oriente médio são pessoas pacíficas, contrárias à guerra e qualquer tipo de violência. O Isis ainda está distante de Damasco, portanto, não tenho um conhecimento direto da situação, porém, no geral, as pessoas não querem combater os terroristas, querem, pelo contrário, evitar a violência. Alguns escolheram resistir e pegaram em armas, outros preferiram sair e fugir. Aguardam a proteção da Organização das Nações Unidas e das potências mundiais, mas ainda não chega.
Em um cenário tão apocalíptico, como é que é possível para os cristãos não serem dominado pelo medo?
Dom Nassar Samir: Falta medicamentos, médicos, água, eletricidade e, há quatro anos, não há nenhuma possibilidade de emprego ou salário e o valor da moeda local entrou em colapso. Os cristãos mais ricos foram embora, os outros vivem com pouquíssimos meios, por sorte há um pouco de solidariedade que chega e a Igreja está ajudando as famílias a sobreviver: é tudo o que podemos fazer!
Fonte: Zenit.
À margem da coletiva de imprensa, monsenhor Samir respondeu a algumas perguntas de ZENIT, destacando principalmente a própria gratidão pela ajuda demonstrada pela Santa Sé e pelo Pontífice.
Excelência, no mundo católico, tanto no Ocidente quanto no Oriente, são numerosos aqueles que argumentam que o Papa Francisco e o Vaticano não estão suficientemente comprometidos com a paz na Síria e no Iraque e que estejam basicamente calando sobre a perseguição dos cristãos. O que você acha?
Dom Nassar Samir: A Igreja Católica, desde o pontificado de Bento XVI, está fazendo muito pela paz. Cinco anos atrás, houve o Sínodo extraordinário para o Oriente Médio e a Exortação Apostólica pós-sinodal Ecclesia in Medio Oriente se coloca como base para a paz nos nossos territórios.
Quanto ao Papa Francisco, eu acho que é benéfico lembrar que, já em setembro de 2013 conseguiu parar o bombardeio na Síria. O Papa, então, está fazendo muito, através de Cor Unum e da Caritas Internationalis, para ajudar os refugiados na Síria e no Iraque.
O tema do nosso congresso em Castelgandolfo é Eucaristia, mistério de comunhão. O Papa falou-nos esta manhã justamente nesta comunhão e na paz. O que as igrejas na Síria estão se esforçando para fazer é criar essa comunhão e estabelecer as bases para a paz.
Até a Itália está fazendo muito pelo nosso país: todas as escavações arqueológicas na Síria estão nas mãos dos grupos de pesquisa das universidades italianas.
Você acredita que a estratégia de terror que Isis está semeando, poderia, a longo prazo, sair pela culatra e que a população poderia se rebelar?
Dom Nassar Samir: Até o momento, as pessoas se limitam a fugir e não têm a possibilidade de opor muita resistência. Os cristãos do oriente médio são pessoas pacíficas, contrárias à guerra e qualquer tipo de violência. O Isis ainda está distante de Damasco, portanto, não tenho um conhecimento direto da situação, porém, no geral, as pessoas não querem combater os terroristas, querem, pelo contrário, evitar a violência. Alguns escolheram resistir e pegaram em armas, outros preferiram sair e fugir. Aguardam a proteção da Organização das Nações Unidas e das potências mundiais, mas ainda não chega.
Em um cenário tão apocalíptico, como é que é possível para os cristãos não serem dominado pelo medo?
Dom Nassar Samir: Falta medicamentos, médicos, água, eletricidade e, há quatro anos, não há nenhuma possibilidade de emprego ou salário e o valor da moeda local entrou em colapso. Os cristãos mais ricos foram embora, os outros vivem com pouquíssimos meios, por sorte há um pouco de solidariedade que chega e a Igreja está ajudando as famílias a sobreviver: é tudo o que podemos fazer!
Fonte: Zenit.
quinta-feira, 5 de março de 2015
O bispo não reúne o povo em volta de sua própria pessoa, mas em volta de Cristo
Papa Francisco ressaltou que o bispo não reúne os fiéis em torno de sua pessoa, mas em torno de Cristo. Fê-lo na audiência com os participantes do 38 °Congresso dos Bispos amigos do Movimento dos Focolares, que está sendo realizado em Castel Gandolfo de 3 a 6 de março. Presentes no encontro 60 prelados de 35 países. Na audiência com o Santo Padre também estiveram presentes a presidenta do Movimento, Maria Voce, e o vice presidente, Jesus Moran.
Os bispos, como recordou o Papa em seu discurso, estão reunidos em Roma pela amizade com este movimento e pelo "interesse na espiritualidade de comunhão". A reflexão destes dias está centrada sobre o tema "Eucaristia, mistério de comunhão".
O Santo Padre dedicou algumas palavras de agradecimento aos bispos provenientes de terras “ensanguentadas” como Síria, Iraque e Ucrânia. "No sofrimento que vivem com o povo, vocês experimentam a força que vem de Jesus Eucarístico, força para prosseguir unidos na fé e na esperança", disse o Papa. E garantiu a certeza de que na celebração da Missa diária "estamos unidos a vocês, rezamos por vocês oferecendo o Sacrifício de Cristo”.
O Papa afirmou que "o carisma da unidade próprio da Obra de Maria está fortemente ancorado à Eucaristia, que lhe dá o caráter cristão e eclesial. Sem a Eucaristia a unidade perderia seu polo de atração divina e se reduziria a um sentimento e a uma dinâmica apenas humana, psicológica, social". A Eucaristia garante –afirmou- que no centro está Deus, e que o seu Espírito, o Espírito Santo move os nossos passos e as nossas iniciativas de encontro e de comunhão.
Por outro lado, o Santo Padre recordou que os bispos reúnem as comunidades em volta da Eucaristia, na mesa da Palavra e do Pão da vida. "Este é o nosso serviço, e é fundamental", disse ele. E acrescentou que o bispo é princípio de unidade na Igreja, mas isso não acontece sem a Eucaristia, o “bispo não reúne o povo em volta de sua própria pessoa, de suas próprias ideias, mas em volta de Cristo presente em Sua Palavra e no Sacramento do Seu Corpo e Sangue". Ele também lembrou que "seguindo Jesus, Bom Pastor feito Cordeiro imolado e ressuscitado, o bispo reúne as ovelhas confiadas a ele com a oferta de sua vida, assumindo ele mesmo uma forma de existência eucarística". O Papa especificou que assim, o bispo conformado a Cristo, se converte em Evangelho vivo, se converte em pão repartido pela vida de muitos com a sua pregação e seu testemunho. Quem se alimenta com fé de Cristo Pão vivo -explicou- é impulsionado por seu amor a dar a vida pelos irmãos, a sair, a ir ao encontro do marginalizado e desprezado.
Por fim, o Papa encorajou os bispos a "levarem adiante o compromisso a favor do caminho ecumênico e do diálogo inter-religioso”. E agradeceu “pela contribuição que dão para uma maior comunhão entre os diversos movimentos eclesiais".
Fonte: Zenit.
Os bispos, como recordou o Papa em seu discurso, estão reunidos em Roma pela amizade com este movimento e pelo "interesse na espiritualidade de comunhão". A reflexão destes dias está centrada sobre o tema "Eucaristia, mistério de comunhão".
O Santo Padre dedicou algumas palavras de agradecimento aos bispos provenientes de terras “ensanguentadas” como Síria, Iraque e Ucrânia. "No sofrimento que vivem com o povo, vocês experimentam a força que vem de Jesus Eucarístico, força para prosseguir unidos na fé e na esperança", disse o Papa. E garantiu a certeza de que na celebração da Missa diária "estamos unidos a vocês, rezamos por vocês oferecendo o Sacrifício de Cristo”.
O Papa afirmou que "o carisma da unidade próprio da Obra de Maria está fortemente ancorado à Eucaristia, que lhe dá o caráter cristão e eclesial. Sem a Eucaristia a unidade perderia seu polo de atração divina e se reduziria a um sentimento e a uma dinâmica apenas humana, psicológica, social". A Eucaristia garante –afirmou- que no centro está Deus, e que o seu Espírito, o Espírito Santo move os nossos passos e as nossas iniciativas de encontro e de comunhão.
Por outro lado, o Santo Padre recordou que os bispos reúnem as comunidades em volta da Eucaristia, na mesa da Palavra e do Pão da vida. "Este é o nosso serviço, e é fundamental", disse ele. E acrescentou que o bispo é princípio de unidade na Igreja, mas isso não acontece sem a Eucaristia, o “bispo não reúne o povo em volta de sua própria pessoa, de suas próprias ideias, mas em volta de Cristo presente em Sua Palavra e no Sacramento do Seu Corpo e Sangue". Ele também lembrou que "seguindo Jesus, Bom Pastor feito Cordeiro imolado e ressuscitado, o bispo reúne as ovelhas confiadas a ele com a oferta de sua vida, assumindo ele mesmo uma forma de existência eucarística". O Papa especificou que assim, o bispo conformado a Cristo, se converte em Evangelho vivo, se converte em pão repartido pela vida de muitos com a sua pregação e seu testemunho. Quem se alimenta com fé de Cristo Pão vivo -explicou- é impulsionado por seu amor a dar a vida pelos irmãos, a sair, a ir ao encontro do marginalizado e desprezado.
Por fim, o Papa encorajou os bispos a "levarem adiante o compromisso a favor do caminho ecumênico e do diálogo inter-religioso”. E agradeceu “pela contribuição que dão para uma maior comunhão entre os diversos movimentos eclesiais".
Fonte: Zenit.
quarta-feira, 4 de março de 2015
Francisco Santa Marta: Jesus prefere um pecador do que um santo aparente
Se aprendemos a fazer o bem, Deus perdoa generosamente todo pecado. O que não perdoa é a hipocrisia, a santidade fingida. Assim explicou na manhã de ontem o Santo Padre Francisco, em sua homilia na Missa celebrada em Santa Marta.
Os santos aparentes, que diante do céu se preocupam de parece mais do que ser, e os pecadores santificados, que além do mal feito aprenderam a fazer um bem maior. O Papa disse que não há dúvida sobre quem Deus prefere nestas duas categorias.
Ele explicou que as palavras da leitura de Isaías, são um imperativo e paralelamente um "convite" que vem diretamente de Deus: "Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem" defendendo órfãos e viúvas, ou seja, "aqueles que ninguém se lembra", entre os quais estão também -recorda o Pontífice- "os idosos abandonados, as crianças que não vão à escola" e aqueles que" não sabem fazer o sinal da cruz". O Papa observou que por trás do imperativo e do convite há substancialmente o convite à conversão.
E explicou assim: "Mas como eu posso me converter? Aprendam a fazer o bem! A conversão. A sujeira do coração não se remove como você remove uma mancha: vamos a lavanderia e saímos limpos... remove-se com o fazer: tomar um caminho diferente, uma estrada diferente daquela do mal. E continuou: "Aprendam a fazer o bem, ou seja, o caminho de fazer o bem. E como faço o bem? É fácil! Procurai a justiça, socorram o oprimido, façam justiça ao órfão, defendam a causa da viúva”. O pontífice destacou que “em Israel os mais pobres e necessitados eram os órfãos e as viúvas: façam justiça a eles, vão onde estão as chagas da humanidade, onde há tanta dor... E assim, fazendo o bem, você irá lava o seu coração".
E a promessa de um coração lavado, isto é perdoado, vem do próprio Deus, que não leva em conta os pecados de quem ama concretamente o próximo, explicou o Pontífice.
Mais uma vez, o Santo Padre explicou com um exemplo: "Se você fizer isso, se você vai por este caminho, no qual eu convido você –nos diz o Senhor- ainda que os seus pecados sejam como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve". “É um exagero, o Senhor exagera: mas é a verdade! O Senhor nos dá o dom do seu perdão. O Senhor perdoa generosamente. Mas eu perdoo você até aqui, depois vamos ver o resto... Não, não! O Senhor perdoa tudo! Tudo! Mas se você quer ser perdoado, você deve começar o caminho do fazer o bem. Este é o dom!".
O Evangelho do dia apresenta, ao invés, o grupo dos astutos, aqueles "que dizem as coisas certas, mas fazem o contrário”. "Todos, - disse Francisco -, somos astutos e sempre encontramos um caminho que não é o certo, para parecer mais justo do que somos: é o caminho da hipocrisia":
Aliás, Francisco afirmou que "esses fingem se converter, mas o seu coração é uma mentira: eles são mentirosos! É uma mentira ... o seu coração não pertence ao Senhor, pertence ao pai de todas as mentiras, Satanás. E esta é a falsa santidade. Jesus prefere mil vezes pecadores a eles. Por quê? Porque pecadores dizem a verdade sobre si mesmo. Fique longe de mim, Senhor, eu sou um pecador! Pedro disse isso uma vez. Eles nunca disseram isso mas obrigado Senhor, porque eu não sou um pecador, porque eu sou justo...
Na segunda semana da Quaresma temos três palavras para pensar e refletir: o convite à conversão, o dom que o Senhor nos dá, isto é, um perdão grande, e armadilha, ou seja, fingir se converter, mas tomar o caminho da hipocrisia, concluiu o Santo Padre.
Fonte: Zenit.
Os santos aparentes, que diante do céu se preocupam de parece mais do que ser, e os pecadores santificados, que além do mal feito aprenderam a fazer um bem maior. O Papa disse que não há dúvida sobre quem Deus prefere nestas duas categorias.
Ele explicou que as palavras da leitura de Isaías, são um imperativo e paralelamente um "convite" que vem diretamente de Deus: "Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem" defendendo órfãos e viúvas, ou seja, "aqueles que ninguém se lembra", entre os quais estão também -recorda o Pontífice- "os idosos abandonados, as crianças que não vão à escola" e aqueles que" não sabem fazer o sinal da cruz". O Papa observou que por trás do imperativo e do convite há substancialmente o convite à conversão.
E explicou assim: "Mas como eu posso me converter? Aprendam a fazer o bem! A conversão. A sujeira do coração não se remove como você remove uma mancha: vamos a lavanderia e saímos limpos... remove-se com o fazer: tomar um caminho diferente, uma estrada diferente daquela do mal. E continuou: "Aprendam a fazer o bem, ou seja, o caminho de fazer o bem. E como faço o bem? É fácil! Procurai a justiça, socorram o oprimido, façam justiça ao órfão, defendam a causa da viúva”. O pontífice destacou que “em Israel os mais pobres e necessitados eram os órfãos e as viúvas: façam justiça a eles, vão onde estão as chagas da humanidade, onde há tanta dor... E assim, fazendo o bem, você irá lava o seu coração".
E a promessa de um coração lavado, isto é perdoado, vem do próprio Deus, que não leva em conta os pecados de quem ama concretamente o próximo, explicou o Pontífice.
Mais uma vez, o Santo Padre explicou com um exemplo: "Se você fizer isso, se você vai por este caminho, no qual eu convido você –nos diz o Senhor- ainda que os seus pecados sejam como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve". “É um exagero, o Senhor exagera: mas é a verdade! O Senhor nos dá o dom do seu perdão. O Senhor perdoa generosamente. Mas eu perdoo você até aqui, depois vamos ver o resto... Não, não! O Senhor perdoa tudo! Tudo! Mas se você quer ser perdoado, você deve começar o caminho do fazer o bem. Este é o dom!".
O Evangelho do dia apresenta, ao invés, o grupo dos astutos, aqueles "que dizem as coisas certas, mas fazem o contrário”. "Todos, - disse Francisco -, somos astutos e sempre encontramos um caminho que não é o certo, para parecer mais justo do que somos: é o caminho da hipocrisia":
Aliás, Francisco afirmou que "esses fingem se converter, mas o seu coração é uma mentira: eles são mentirosos! É uma mentira ... o seu coração não pertence ao Senhor, pertence ao pai de todas as mentiras, Satanás. E esta é a falsa santidade. Jesus prefere mil vezes pecadores a eles. Por quê? Porque pecadores dizem a verdade sobre si mesmo. Fique longe de mim, Senhor, eu sou um pecador! Pedro disse isso uma vez. Eles nunca disseram isso mas obrigado Senhor, porque eu não sou um pecador, porque eu sou justo...
Na segunda semana da Quaresma temos três palavras para pensar e refletir: o convite à conversão, o dom que o Senhor nos dá, isto é, um perdão grande, e armadilha, ou seja, fingir se converter, mas tomar o caminho da hipocrisia, concluiu o Santo Padre.
Fonte: Zenit.
terça-feira, 3 de março de 2015
"Cesse qualquer perseguição no Oriente Médio"
O Patriarcado de Moscou exortou nestes dias a comunidade internacional a intervir imediatamente para parar o terror contra os cristãos no Oriente Médio.
Em um comunicado, o Patriarcado exige o fim imediato da perseguição das comunidades cristãs e a garantia da segurança completa, ressaltando que no Oriente Médio os cristãos vivem há mais de 2000 anos e respeitando os princípios da coexistência pacífica com as outras minorias religiosas e étnicas.
"Os cristãos são os mais indefesos contra a ameaça do extremismo. Os militantes do Estado Islâmico fixaram o objetivo de erradicar o cristianismo nos territórios sob o seu controlo, recorrendo ao terror, às execuções brutais, aos sequestros, à profanação dos lugares sagrados e às destruições das igrejas”, está escrito na mensagem do Patriarcado.
"Usando propaganda islâmica como cobertura, procuram erradicar completamente a presença cristã na região. O desastre levará a consequências irreversíveis”, continua o comunicado.
"A Igreja Ortodoxa russa condena totalmente os bárbaros atos de violência contra os cristãos. Continuamos a convidar todos os líderes políticos do mundo e as organizações internacionais para defender os cristãos perseguidos. É preciso parar com o terror sem demora e garantir a segurança dos cristãos que viveram nessas terras bíblicas do Oriente Médio. Expressemos solidariedade aos nossos irmãos e irmãs em Cristo sofredor, na esperança de que a comunidade internacional abra finalmente os olhos aos atos de ilegalidades e adote medidas imediatas pela defesa dos cristãos perseguidos”, exortam os líderes da Igreja Ortodoxa Russa.
Fonte: Zenit.
Em um comunicado, o Patriarcado exige o fim imediato da perseguição das comunidades cristãs e a garantia da segurança completa, ressaltando que no Oriente Médio os cristãos vivem há mais de 2000 anos e respeitando os princípios da coexistência pacífica com as outras minorias religiosas e étnicas.
"Os cristãos são os mais indefesos contra a ameaça do extremismo. Os militantes do Estado Islâmico fixaram o objetivo de erradicar o cristianismo nos territórios sob o seu controlo, recorrendo ao terror, às execuções brutais, aos sequestros, à profanação dos lugares sagrados e às destruições das igrejas”, está escrito na mensagem do Patriarcado.
"Usando propaganda islâmica como cobertura, procuram erradicar completamente a presença cristã na região. O desastre levará a consequências irreversíveis”, continua o comunicado.
"A Igreja Ortodoxa russa condena totalmente os bárbaros atos de violência contra os cristãos. Continuamos a convidar todos os líderes políticos do mundo e as organizações internacionais para defender os cristãos perseguidos. É preciso parar com o terror sem demora e garantir a segurança dos cristãos que viveram nessas terras bíblicas do Oriente Médio. Expressemos solidariedade aos nossos irmãos e irmãs em Cristo sofredor, na esperança de que a comunidade internacional abra finalmente os olhos aos atos de ilegalidades e adote medidas imediatas pela defesa dos cristãos perseguidos”, exortam os líderes da Igreja Ortodoxa Russa.
Fonte: Zenit.
segunda-feira, 2 de março de 2015
A Doutrina Social da Igreja é uma inspiração vital para a recuperação econômica
É possível falar de ética e economia em um mundo que parece falar de economia apenas em termos de lucro. É possível pensar em uma economia a serviço do desenvolvimento humano. A Fundação Centesimus Annus - Pro Pontífice- promove, reconhece e premia. Esta manhã, a Fundação apresentou, na Sala de Imprensa da Santa Sé, as atividades desenvolvidas nos últimos dois anos, seus programas e os nomes dos vencedores da segunda edição do concurso internacional "Economia e Sociedade".
Os vencedores do prêmio são Pierre de Lauzun, por sua obra ''Finance: un regard chrétien. De la banque mediévale a la mondialisation financière''. E na categoria dedicada aos jovens, os vencedores foram Alexander Stumvoll, nacido em 1983, por sua tese “A Living Tradition. The Holy See, Catholic Social Doctrine and Global Politics 1965-2000” e Arturo Bellocq Montano por sua tese “A Doutrina Social da Igreja. O que é e o que não é”.
"O prêmio principal é para um livro que já foi publicado, com excelência na qualidade, correto do ponto de vista doutrinal, mas acima de tudo, que desenvolva a Doutrina Social da Igreja em aspectos concretos. Que não seja apenas um manual, uma introdução ou um resumo, mas apresente ideais novas e aplicáveis”. Os outros dois prêmios foram entregues a trabalhos de doutorado inéditos, e de pessoas mais jovens, mas que seguem a mesma linha, como afirmou Domingo Sugranyes Bickel, presidente da Fundação, falando aos jornalistas no final da conferência de imprensa.
O objetivo do prêmio -explicou- é promover autores que se dedicam a esse tema. Se trata de "encontrar novas maneiras que permitam, do nosso ponto de vista, que a economia de mercado floresça, mas a serviço da sociedade. Encontrar condições que permitam que mais pessoas encontrem em seus trabalhos uma realização. Assim, o crescimento ajudará a combater a pobreza, não há outra maneira", assegurou.
Ele alertou também que a Doutrina Social é pouco conhecida, até mesmo dentro da Igreja. "Falta iniciativa por parte dos católicos para desenvolver a Doutrina Social em termos concretos, para aplica-la, e também reflexões sobre suas aplicações e publicação de livros."
Respondendo a ZENIT sobre a forma específica de um cristão aplicar esta economia que visa o desenvolvimento humano, o presidente da Fundação afirmou que "em qualquer trabalho, empresa, nova iniciativa, melhor ainda se for empresarial, há um aspecto onde a fé tem o seu lugar. Nós não estamos falando de realidade exterior. Bento XVI na Caritas in Veritate disse que na vida econômica é onde podemos viver relações gratuitas e de profunda comunicação. De alguma forma, o que estamos dizendo é que esta mensagem é para todos, para todos tem algum tipo de aplicação".
Quando perguntado se a mensagem de Francisco em favor dos pobres e contra a economia que não se preocupa com a pessoa, está sendo reconhecida, disse: "Eu acho que sim". E acrescentou: "não falta numa sociedade o diagnóstico do que não funciona. O que falta é a parte construtiva e ai sim, eu acho que na Doutrina Social da Igreja existe uma inspiração para um renascimento econômico vital. Quer dizer, colocar tudo o que é feito para servir a sociedade em primeiro lugar e não em segundo. A empresa que afirma isso, assume muitas coisas: desde a organização do plano de vendas, a forma de remuneração e bônus, como é financiada ou como remunera os acionistas. Tudo tem a ver com a visão de uma empresa a serviço da sociedade. Nada é externo. Eu acho que podemos falar de um tempo de falhas graves que surgiram e continuam surgindo, e de um excessivo desenvolvimento financeiro, particularmente especulativo, e de uma globalização que tem sido por vezes distorcida por amor ao dinheiro".
Durante a conferência de imprensa monsenhor Scotti reiterou a importância de denunciar, seguindo o exemplo do Papa Francisco, a ''cultura do descarte'', que exclui as pessoas. ''Muitos acreditam que a economia pode assumir o papel de produtor absoluto de objetivos e valores aos quais deve se submeter qualquer âmbito da dimensão humana, justificando com o fato de que vivemos na era da pós-ideologia e pós-política", destacou. Na verdade - prosseguiu- seria um aspecto a analisar, mas também poderíamos analisar a cultura atual a partir da Palavra de Deus, levando em consideração que o prêmio atribuído pela Fundação vai para autores que desejam com seus trabalhos oferecer uma maneira nova de olhar com sabedoria tanto o presente como o uso do dinheiro. Destacou ainda que o prêmio não é suficiente, mas é um sinal. "É uma via se queremos que o dinheiro não prevaleça sobre nós e sobre o nosso caminho", concluiu.
Fonte: Zenit.
Os vencedores do prêmio são Pierre de Lauzun, por sua obra ''Finance: un regard chrétien. De la banque mediévale a la mondialisation financière''. E na categoria dedicada aos jovens, os vencedores foram Alexander Stumvoll, nacido em 1983, por sua tese “A Living Tradition. The Holy See, Catholic Social Doctrine and Global Politics 1965-2000” e Arturo Bellocq Montano por sua tese “A Doutrina Social da Igreja. O que é e o que não é”.
"O prêmio principal é para um livro que já foi publicado, com excelência na qualidade, correto do ponto de vista doutrinal, mas acima de tudo, que desenvolva a Doutrina Social da Igreja em aspectos concretos. Que não seja apenas um manual, uma introdução ou um resumo, mas apresente ideais novas e aplicáveis”. Os outros dois prêmios foram entregues a trabalhos de doutorado inéditos, e de pessoas mais jovens, mas que seguem a mesma linha, como afirmou Domingo Sugranyes Bickel, presidente da Fundação, falando aos jornalistas no final da conferência de imprensa.
O objetivo do prêmio -explicou- é promover autores que se dedicam a esse tema. Se trata de "encontrar novas maneiras que permitam, do nosso ponto de vista, que a economia de mercado floresça, mas a serviço da sociedade. Encontrar condições que permitam que mais pessoas encontrem em seus trabalhos uma realização. Assim, o crescimento ajudará a combater a pobreza, não há outra maneira", assegurou.
Ele alertou também que a Doutrina Social é pouco conhecida, até mesmo dentro da Igreja. "Falta iniciativa por parte dos católicos para desenvolver a Doutrina Social em termos concretos, para aplica-la, e também reflexões sobre suas aplicações e publicação de livros."
Respondendo a ZENIT sobre a forma específica de um cristão aplicar esta economia que visa o desenvolvimento humano, o presidente da Fundação afirmou que "em qualquer trabalho, empresa, nova iniciativa, melhor ainda se for empresarial, há um aspecto onde a fé tem o seu lugar. Nós não estamos falando de realidade exterior. Bento XVI na Caritas in Veritate disse que na vida econômica é onde podemos viver relações gratuitas e de profunda comunicação. De alguma forma, o que estamos dizendo é que esta mensagem é para todos, para todos tem algum tipo de aplicação".
Quando perguntado se a mensagem de Francisco em favor dos pobres e contra a economia que não se preocupa com a pessoa, está sendo reconhecida, disse: "Eu acho que sim". E acrescentou: "não falta numa sociedade o diagnóstico do que não funciona. O que falta é a parte construtiva e ai sim, eu acho que na Doutrina Social da Igreja existe uma inspiração para um renascimento econômico vital. Quer dizer, colocar tudo o que é feito para servir a sociedade em primeiro lugar e não em segundo. A empresa que afirma isso, assume muitas coisas: desde a organização do plano de vendas, a forma de remuneração e bônus, como é financiada ou como remunera os acionistas. Tudo tem a ver com a visão de uma empresa a serviço da sociedade. Nada é externo. Eu acho que podemos falar de um tempo de falhas graves que surgiram e continuam surgindo, e de um excessivo desenvolvimento financeiro, particularmente especulativo, e de uma globalização que tem sido por vezes distorcida por amor ao dinheiro".
Durante a conferência de imprensa monsenhor Scotti reiterou a importância de denunciar, seguindo o exemplo do Papa Francisco, a ''cultura do descarte'', que exclui as pessoas. ''Muitos acreditam que a economia pode assumir o papel de produtor absoluto de objetivos e valores aos quais deve se submeter qualquer âmbito da dimensão humana, justificando com o fato de que vivemos na era da pós-ideologia e pós-política", destacou. Na verdade - prosseguiu- seria um aspecto a analisar, mas também poderíamos analisar a cultura atual a partir da Palavra de Deus, levando em consideração que o prêmio atribuído pela Fundação vai para autores que desejam com seus trabalhos oferecer uma maneira nova de olhar com sabedoria tanto o presente como o uso do dinheiro. Destacou ainda que o prêmio não é suficiente, mas é um sinal. "É uma via se queremos que o dinheiro não prevaleça sobre nós e sobre o nosso caminho", concluiu.
Fonte: Zenit.
domingo, 1 de março de 2015
"Nós, muçulmanos, condenamos a destruição do patrimônio cultural de Mosul'
O grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh, por sua sigla em árabe) difundiu na quinta-feira um vídeo que mostra como destroem dezenas de peças do Museu da Civilização de Mosul e das ruínas da antiga cidade de Nínive, algumas delas datam da época assíria (século VII e VIII a.C.). Com grandes marretas e brocas, os milicianos despedaçam umas figuras de valor inestimável.
Diante desses fatos, o Dr. Sami El Mushtawi, diretor do Departamento Cultural do Centro Cultural Islâmico de Madrid, disse sexta-feira que "destruir obras de arte e do patrimônio cultural da humanidade não é da religião muçulmana e se alguém destrói é prova da sua própria ignorância".
Em um breve comunicado disse que "os muçulmanos rejeitamos e condenamos a destruição do patrimônio cultural de Mosul pelas mãos de Daesh". "O Islã constrói e nunca destrói", acrescentou.
O Mushtawi também lembrou que "graças a este respeito cultural do Islã por outras culturas podemos visitar hoje em dia o Museu Egípcio do Cairo, as pirâmides, a Esfinge ... e ver todo o esplendor artístico em todo o mundo muçulmano".
Por outro lado, a diretora geral da UNESCO, Irina Bokova, convocou uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para abordar a proteção do patrimônio cultural do Iraque.
Bokova condenou o que considera "um ataque deliberado contra a história e a cultura do Iraque antiga e um novo incitamento à violência e o ódio".
Não é a primeira vez que o Museu da Civilização de Mosul está sujeita a pilhagem, roubo ou destruição.
O último ataque a esta instituição cultural --o segundo mais importante do Iraque – aconteceu no ano passado, quando as milícias do Daesh invadiram a cidade.
Algumas das peças foram levadas por parte dos líderes deste grupo fundamentalista para vende-las e financiar, assim, a sua organização.
Fonte: Zenit.
Diante desses fatos, o Dr. Sami El Mushtawi, diretor do Departamento Cultural do Centro Cultural Islâmico de Madrid, disse sexta-feira que "destruir obras de arte e do patrimônio cultural da humanidade não é da religião muçulmana e se alguém destrói é prova da sua própria ignorância".
Em um breve comunicado disse que "os muçulmanos rejeitamos e condenamos a destruição do patrimônio cultural de Mosul pelas mãos de Daesh". "O Islã constrói e nunca destrói", acrescentou.
O Mushtawi também lembrou que "graças a este respeito cultural do Islã por outras culturas podemos visitar hoje em dia o Museu Egípcio do Cairo, as pirâmides, a Esfinge ... e ver todo o esplendor artístico em todo o mundo muçulmano".
Por outro lado, a diretora geral da UNESCO, Irina Bokova, convocou uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para abordar a proteção do patrimônio cultural do Iraque.
Bokova condenou o que considera "um ataque deliberado contra a história e a cultura do Iraque antiga e um novo incitamento à violência e o ódio".
Não é a primeira vez que o Museu da Civilização de Mosul está sujeita a pilhagem, roubo ou destruição.
O último ataque a esta instituição cultural --o segundo mais importante do Iraque – aconteceu no ano passado, quando as milícias do Daesh invadiram a cidade.
Algumas das peças foram levadas por parte dos líderes deste grupo fundamentalista para vende-las e financiar, assim, a sua organização.
Fonte: Zenit.
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