sexta-feira, 31 de maio de 2013

As reduções jesuítas foram um verdadeiro triunfo da humanidade



Reproduzimos a seguir o discurso do cardeal Marc Ouellet, presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina e prefeito da Congregação para os Bispos, feito na abertura da semana de celebrações organizada pela Embaixada do Paraguai junto à Santa Sé, na última segunda-feira, 27 de maio, na Real Academia da Espanha em Roma.

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Eu me sinto muito honrado por presidir este ato de abertura das três jornadas que marcarão este importante evento promovido pela Embaixada da República do Paraguai perante a Santa Sé, com o especial auspício da Comissão Pontifícia para a América Latina, da Real Academia da Espanha em Roma e do Meeting para a Amizade entre os Povos. Seu objetivo é comemorar o Bicentenário da Proclamação da República do Paraguai, o 25º aniversário da Canonização de São Roque González de Santa Cruz e o 25º aniversário da visita de Sua Santidade, o beato João Paulo II, com uma série de atos de importante envergadura cultural e espiritual. Aproveito esta bela ocasião, também, para cumprimentar muito cordialmente o diretor desta ilustre academia que nos hospeda, os senhores embaixadores que nos acompanham e os sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos que quiseram participar do evento.
E como não poderia ser diferente, este ato de abertura do evento se realiza conjuntamente com a inauguração da exposição “As reduções jesuítas do Paraguai: uma aventura fascinante que perdura no tempo”. Partir das reduções e do testemunho de santos e mártires como Roque González de Santa Cruz é ir até as raízes da pátria paraguaia, mas não isoladamente, e sim no mais vasto território dos povos irmãos da bacia do Prata.
Sobre as reduções jesuítas do Paraguai foi escrito que elas “pareciam um triunfo da humanidade”. Quem as descrevia sinteticamente desse modo? Por acaso algum católico em euforia apologética? Não! Foram palavras, nada menos, que de Voltaire, no geral tão virulentamente agressivo contra a Igreja católica. Sim, as reduções foram um verdadeiro triunfo de humanidade, porque um punhado de jesuítas foi capaz de colocar as tribos guaranis em condições materiais, culturais e religiosas de afirmar e valorizar a própria humanidade. No extraordinário laboratório e na experiência fascinante das reduções, a evangelização e a promoção humana se combinaram indissociavelmente, sem necessidade de muitas teorizações, movidas apenas pelo amor à vida e ao destino dos povos indígenas. Não houve, em todo o tempo colonial, qualquer experiência semelhante de educação e de instrução dos indígenas, de edificação de comunidades de pessoas e famílias e de comunhão de bens, de formação técnica e cultivo das artes, de crescimento artesanal e industrial, de produtividade no trabalho agrícola, de participação dos indígenas na organização da vida coletiva e civil.
Os jesuítas chegaram e começaram a sua obra na vasta bacia do Prata no alvorecer dos anos 1.600. Vinte e cinco anos depois, já existiam no Guairá, entre as atuais províncias de San Pablo e Paraná, 13 reduções com mais de 100.000 indígenas. Em sua fase de estabilização e de apogeu, por volta de 1.700, os povoados misioneros do Alto Paraná e do Alto Uruguai já eram 30, com 5.000 indígenas cada um. Mas as missões do Paraguai não foram só o “foco de desenvolvimento” mais portentoso da bacia do Prata. Elas serviram como centro de experimentação e como guia para a fundação de uma rede de missões na América do Sul: nos llanos orientais da Colômbia, no Maranhão, nas planícies do Alto e Médio Amazonas, nas planícies de Chiquitos, no sudeste da Bolívia atual, e ainda no nordeste boliviano.
Que extraordinária força construtiva da fé vivida, comunicada, compartilhada! Não bastava protestar nem denunciar a opressão sofrida pelos indígenas; era necessária uma companhia, uma amizade, capaz de abraçar toda a sua vida, todas as dimensões da sua vida, e gerar assim uma obra de alta qualidade humana, as experiências surpreendentes de uma nova civilização em germe.
Eu acredito que podemos afirmar com muitas razões que a brutal expulsão de todos os jesuítas dos territórios submetidos às coroas espanhola e portuguesa, e a conseguinte dispersão dos povoados missioneiros, constituiu a destruição da mais importante experiência social de verdadeiro progresso em terras do “Novo Mundo” e uma das causas mais graves do seu posterior atraso. O povo paraguaio, porém, e os povos da bacia do Prata, continuam marcados no tempo por esta profunda experiência. “Uma aventura fascinante que perdura no tempo”, como bem diz o título da exposição que poderemos admirar aqui, graças à gentil disposição dos amigos do Meeting de Rímini, e que ficará ainda mais ilustrada pela experiência e pelas reflexões do reverendo pe. Aldo Trento, que tenta nada menos que reatualizar a obra das reduções na sua própria paróquia, ele que, ao mesmo tempo, é um grande estudioso das reduções jesuítas guaraníticas.
As missões jesuíticas me trazem à memória o fato de que nós temos hoje o primeiro jesuíta Sucessor de Pedro, que vem daquelas terras platinas e que nos chama a ir a todas as periferias humanas, sociais e culturais, para anunciar o Evangelho e difundir a força construtiva da caridade.
Cumprimento, pois, o senhor embaixador do Paraguai diante da Santa Sé, Sr. Esteban Kriskovic, por ter concretizado esta oportuna e importante iniciativa, que, em meio a comemorações tão significativas, permite voltar às melhores raízes e renovar o compromisso pelo serviço evangelizador e pela construção de condições de fraternidade e de justiça na vida dos povos.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Papua-Nova Guiné: não à pena de morte



Os bispos de Papua-Nova Guiné e das Ilhas Salomão reiteram o seu “não” à pena de morte, enquanto o país debate uma nova lei de segurança nacional.

A pena de morte já está prevista no Código Penal de Papua-Nova Guiné, mas se limita ao caso de “assassinato voluntário”. Nunca foi executada na prática, embora haja alguns presos no corredor da morte.
O governo considera a possibilidade de estender a pena de morte a outros delitos graves, como o estupro, o assassinato, o assassinato por bruxaria e o desvio de verbas públicas.
De acordo com a agência Fides, o pe. Victor Roche, SVD, secretário geral da Conferência Episcopal, publicou uma nota divulgando que a Igreja local oferece ao debate público três razões para rejeitar a pena de morte.
A primeira é que a pena de morte contraria a bíblia e os princípios cristãos, dado o mandamento “Não matarás”. Posto que Deus é o autor da vida, “nem o poder judiciário nem o governo têm o poder de tirar a vida de alguém”.
A segunda razão é que “a pena de morte não diminui a taxa de criminalidade nos países em que é adotada, e Papua-Nova Guiné não será uma exceção”. “Melhorar o sistema de justiça e dar a certeza do castigo são elementos de dissuasão muito melhores para o crime”, indicam os bispos.
Em terceiro lugar, a Igreja pergunta: “Quem vai executar os criminosos condenados à morte em Papua-Nova Guiné? Serão cidadãos nossos ou serão contratados verdugos estrangeiros? Se forem concidadãos, poderiam ocorrer assassinatos por vingança contra a família dos verdugos”. A medida, neste caso, poderia “detonar lutas tribais” que comprometeriam a harmonia na sociedade.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Compreende-se melhor toda a realidade a partir da periferia


Às 8h30 de ontem o Santo Padre Francisco deixou o Vaticano em helicóptero para fazer a visita pastoral à paróquia dos Santos Elizabete e Zacarias no Vale Muricana (Prima Porta), no setor norte da diocese de Roma. À sua chegada, o Papa encontrou as famílias com as crianças que foram batizadas ao longo do ano, e os enfermos; depois disso escutou em confissão alguns fieis.

Às 9h30, na praça que está à frente da Igreja paroquial, presidiu a Celebração Eucarística, introduzida com a saudação do pároco, Pe. Benoni Ambarus. Durante a Santa Missa o Papa admnistrou o sacramento da Eucaristia a 16 crianças e deu a comunhão também a outras 28 que tinham feito a Primeira Comunhão no domingo passado. Antes de voltar ao Vaticano para a oração do Angelus, o Santo Padre cumprimentou os colaboradores paroquiais.
Publicamos a seguir as palavras do Santo Padre no começo da celebração e a sua homilia:
Palavras improvisadas pelo Papa no começo da Celebração:
Caro primeiro sentinela, caro segundo sentinela, caríssimos sentinelas, gostei do que você disse: que periferia tem um sentido negativo, mas também um sentido positivo. Sabe por quê? Porque a realidade completa entende-se melhor não a partir do centro, mas das periferias. Compreende-se melhor. Também isso que você disse: tornar-se sentinelas, não?
Agradeço-vos por este trabalho, por este trabalho de ser sentinelas. Agradeço também pela acolhida, neste dia de festa da Trindade. Aqui estão os sacerdotes que vocês conhecem bem, que são os dois secretários do Papa, o Papa que está no Vaticano, hein? Hoje veio o Bispo aqui. E estes dois trabalham bem. Mas um de vocês, Padre Alfred, faz aniversário hoje, da sua ordenação sacerdotal: 29 anos. Um aplauso! Rezemos por ele e peçamos ao menos outros 29 anos. Não é verdade? Assim começamos a Missa, com espírito de piedade, em silêncio, rezando todos juntos.
Homilia do Santo Padre:
Queridos irmãos e irmãs,
O pároco, em suas palavras, me fez lembrar de algo belo em Maria. Quando ela acabou de receber o anúncio de que seria a mãe de Jesus e também a notícia de que sua prima Isabel estava grávida – diz o Evangelho – saiu depressa, não esperou. Não disse: “Mas agora estou grávida, devo cuidar de minha saúde, minha prima tem amigos que poderão ajudá-la”. Ela ouviu algo e “saiu depressa.” É bonito perceber isso da Virgem Maria, nossa Mãe, que vai com pressa, porque tem isso dentro de si: ajudar. Vai para ajudar, não para se gabar e dizer à sua prima: “Mas escute, agora eu que mando, porque sou a Mãe de Deus!” Não, não fez isso. Foi até lá para ajudar!
E Nossa Senhora é sempre assim. É a nossa Mãe, que sempre vem imediatamente quando precisamos. Seria bom adicionar à Ladainha de Nossa Senhora: “Senhora que vai com pressa, rogai por nós!”. É lindo isso, não é verdade? Porque ela vai sempre depressa, ela não se esquece de seus filhos. E quando seus filhos estão com problemas, têm alguma necessidade e a invocam, ela vai imediatamente. E isso nos dá a segurança, a segurança de ter a Mãe ao lado, sempre ao nosso lado. Caminhamos melhor na vida quando temos a mãe perto. Pensemos nesta graça de Nossa Senhora: de estar perto de nós, sem nos fazer esperar. Sempre!Ela está – tenhamos confiança nisso – para nos ajudar. Maria que sempre vai depressa, por nós.
Nossa Senhora também nos ajuda a entender bem Deus, Jesus, compreender bem a vida de Jesus, a vida de Deus, para entender bem o que é o Senhor, como é o Senhor, quem é Deus.
A vocês crianças, eu pergunto: “Quem sabe quem é Deus?”. Levante sua mão. Diga-me? É isso aí! Criador da Terra. E quantos Deus existem? Um? Mas me disseram que são três: o Pai, o Filho e o Espírito Santo! Como se explica isso? Existe um ou existem três? Um? Um? E como se explica que um é o Pai, o outro o Filho e o outro o Espírito Santo? Forte, forte! Certo. Eles são três em um, três pessoas em uma.
E o que faz o Pai? O Pai é o princípio, o Pai, que criou tudo, que nos criou. O que faz o Filho? O que faz Jesus? Quem pode dizer o que Jesus faz? Ele nos ama? E depois? Leva a Palavra de Deus! Jesus veio para nos ensinar a Palavra de Deus. Muito bem! E depois? O que Jesus fez na terra? Ele nos salvou! E Jesus veio para dar a Sua vida por nós. O Pai cria o mundo, Jesus nos salva. E o Espírito Santo, o que faz? Ele nos ama! Nos dá amor!
Todas as crianças juntas: o Pai cria tudo, cria o mundo, Jesus nos salva e o Espírito Santo? Ele nos ama! E esta é a vida cristã: falar com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo.
Jesus nos salvou, mas também caminha conosco na vida. É verdade isso? E como ele caminha? O que Ele faz quando caminha conosco na vida? Isto é difícil. Nos faz vencer o maligno! O que faz Jesus quando caminha conosco? Forte! Primeiro, nos ajuda. Nos conduz! Muito bem! Caminha com a gente, nos ajuda, nos orienta e nos ensina a seguir em frente. E Jesus também nos dá a força para caminhar. É verdade? Ele nos sustenta! Isso! Nas dificuldades, certo? E também nas tarefas da escola! Nos sustenta, nos ajuda, nos conduz, nos sustenta. É isso aí! Jesus está sempre conosco.
Mas escute, Jesus nos dá força. Como Jesus nos dá força? Vocês sabem como nos dá força! Forte, não estou escutando! Na comunhão nos dá força, nos ajuda com a força. Ele vem a nós. Mas quando vocês dizem “dá-nos a comunhão”, um pedaço de pão nos dá tanta força? Não é um pão? Este é pão, mas aquele sobre o altar é pão ou não é pão? Parece pão! Não é exatamente pão. O que é? É corpo de Jesus. Jesus vem até o nosso coração.
Pensemos nisso, todos: o Pai nos deu a vida, Jesus nos deu a salvação, nos acompanha, nos guia, nos sustenta, nos ensina e o Espírito Santo? O que o Espírito Santo nos dá? Ele nos ama! Nos dá amor. Pensemos em Deus assim e peçamos à Nossa Senhora, Maria, nossa Mãe, sempre apressada a nos ajudar, que nos ensine a compreender bem como Deus é: como é Pai, Filho e Espírito Santo. Assim seja.

Fonte: Zenit.

sábado, 25 de maio de 2013

CNBB promove coleta nacional em prol da JMJ Rio2013 no próximo final de semana

Nos dias 25 e 26 de maio, a coleta de todas as missas e celebrações realizadas nas comunidades católicas de todo o país terá uma destinação especial. Por decisão da última Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, será realizada uma coleta especial para ajudar nos custos da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.

Publicamos a seguir a íntegra da carta enviada pela Presidência da CNBB ao episcopado brasileiro:
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Brasília, 03 de maio de 2013
P – C. Nº 0228/13
COLETA PARA A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE
25 e 26 de maio de 2013
“Ide e fazei discípulos entre todas as nações!” (cf. Mt 28,19)
Caros irmãos no Episcopado,
Graça e Paz!
A 51ª Assembleia Geral da nossa Conferência Episcopal, em Aparecida – SP, de 10 a 19 de abril de 2013 contemplou, com especial atenção, o tema da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá nos dias 23 a 28 de julho no Rio de Janeiro, com a presença do Papa Francisco e de milhares de Jovens do Brasil e de todo o mundo.
O Papa Bento XVI, na missa de encerramento da JMJ em Madri 2011, confiou-nos o cuidado da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora, para serem levados pelos jovens às nossas igrejas particulares como um grande convite à conversão. São muito edificantes os testemunhos advindos de todos os lugares que acolheram essa peregrinação. O próximo acontecimento será a Semana Missionária que antecede imediatamente a Jornada.
Para ajudar a fazer frente às despesas das Dioceses, Prelazias, da CNBB e da Arquidiocese do Rio de Janeiro, aprovamos, no dia 17 de abril de 2013 (cf. Ata nº 07), uma coleta nacional, a realizar-se em todas as missas e celebrações nos dias 25 e 26 de maio, Solenidade da Santíssima Trindade. O valor arrecadado será assim distribuído: 50% para a Arquidiocese do Rio de Janeiro; 30% para as Dioceses e Prelazias; 10% para o encontro Mundial dos Jovens Universitários que acontecerá em Belo Horizonte - MG e 10% para a nossa Conferência para cobrir os gastos com a Peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora.
Para enviar a doação:
Depósito identificado na Caixa Econômica Federal Ag: 2220
OP: 03 – CONTA CORRENTE: 200-0
As Dioceses e Prelazias que desejarem fazer envelopes e distribuí-los ao povo, podem entrar no site da CNBB (www.cnbb.org.br) e baixar o arquivo com a arte do envelope. Estão disponíveis também duas artes de “Banners” para serem colocados em lugar visível nas paróquias.
Deus lhes pague, caros irmãos, pela imprescindível colaboração.
Com afeto e gratidão,
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida – SP
Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília – DF
Secretário Geral da CNBB

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Papa Francisco recebe o Presidente de El Salvador



A contribuição que a Igreja oferece para a reconciliação e a consolidação da paz no país, como também para os setores da caridade, da educação e da erradicação da pobreza e da criminalidade organizada. Estes foram os principais temas tratados na audiência entre o Papa e o Presidente salvadorenho Carlos Mauricio Funes Cartagena.

Como indica a nota da Sala de Imprensa do Vaticano o Santo Padre recebeu, esta manhã, em audiência particular, no Vaticano, o Presidente de El Salvador que sucessivamente encontrou o cardeal Tarciso Bertone.
No encontro cordial- informa o comunicado- foi expressa satisfação pelas boas relações entre a Santa Sé e o Estado salvadorenho. Em particular, ambos se deteram sobre a figura do Servo de Deus, Dom Oscar Arnulfo Romero y Galdámez, que era arcebispo de San Salvador, e sobre a importância do seu testemunho para toda a Nação.
O Papa e o Presidente conversaram também sobre a contribuição que a Igreja oferece para a reconciliação e a consolidação da paz no país, como também para os setores da caridade, da educação e da erradicação da pobreza e da criminalidade organizada. Foram tratados ainda alguns temas éticos como a defesa da vida humana, do matrimônio e da família.

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Que Maria dê forças aos católicos chineses


Sexta-feira, 24 de maio, é o dia dedicado à memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, venerada com grande devoção no Santuário de Sheshan, em Xangai. A data foi recordada pelo papa Francisco no final da audiência geral de hoje.

"Peço a todos os católicos do mundo para se juntarem na oração aos nossos irmãos e irmãs que estão na China, para implorar de Deus a graça de proclamar com humildade e alegria o Cristo morto e ressuscitado, a graça de ser fieis à sua Igreja e ao sucessor de Pedro e de viver a vida cotidiana no serviço ao seu país e aos seus concidadãos, de forma coerente com a fé que eles professam".
O papa rezou a prece a Nossa Senhora de Sheshan, invocando-a com as seguintes palavras: "Nossa Senhora de Sheshan, sustentai os esforços de todos aqueles que, na China, em meio às fadigas diárias, continuam a crer, a esperar, a amar, para que nunca tenham medo de falar de Jesus ao mundo e do mundo a Jesus”.
"Que Maria, a Virgem fiel, dê forças aos católicos chineses, torne os seus nada fáceis compromissos cada vez mais preciosos aos olhos do Senhor e faça crescer o afeto e a participação da Igreja que está na China no caminho da Igreja universal", concluiu o papa.


Fonte: Zenit.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Quinta-feira será apresentada em Roma a Cátedra "Cardeal Bernardin Gantin"



Será realizada na próxima quinta-feira, 23 de maio, às 11:30 (Roma), na Sala João Paulo II da Sala de Imprensa da Santa Sé, a conferência de imprensa sobre a Cátedra "Cardeal Bernardin Gantin" no âmbito da Área Internacional de Pesquisa "Estudos interdisciplinares para o desenvolvimento da cultura africana" da Pontifícia Universidade Lateranense.

Com a presença do Presidente do Pontifício Conselho "Cor Unum", Cardeal Robert Sarah, Thomas Boni Yavi, Presidente da República do Benin, do Pró-Reitor da Universidade Lateranense, Patrick Valdrini e Nkafu Nkemnkia, Diretor do Departamento de Ciências Humanas e Sociais da Área de pesquisa sobre Estudos Africanos da Universidade de Laterano.
A conferência de imprensa vai antecipar o conteúdo da apresentação que será realizada na mesma tarde (23 de maio) a partir das 15h, na Universidade Pontifícia Lateranense, quando será inaugurada a Cátedra dedicada a Bernardin Gantin pela grande contribuição do cardeal beninense, a nível pastoral e social, na participação do mundo cristão na cultura e na política, entendida como forma de serviço para a melhoria da sociedade e bem espiritual.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

A fofoca e a difamação na Igreja são pecaminosas


O cristão deve vencer a tentação de "meter-se na vida dos outros". Foi a exortação do Papa Francisco na missa celebrada ontem, sábado, na Casa Santa Marta. O Santo Padre também destacou que a fofoca e a inveja fazem muito mal à comunidade cristã e não se pode “dizer somente a parte que nos convém”.

A Missa, concelebrada com o padre Daniel Grech do Vicariato de Roma, contou com a presença de um grupo de estudantes da Pontifícia Universidade Lateranense, dirigida pelo reitor mons. Enrico Dal Covolo.
Conforme relatado pela Rádio Vaticano também partiparam Kiko Argüello, Carmen Hernández e Mario Pezzi do Caminho Neocatecumenal; e Roberto Fontolan e Emilia Guarnieri de Comunhão e Libertação.
Nem fofoca nem comparações
"O que te interessa?" O papa Francisco desenvolveu a sua homilia a partir desta pergunta que Jesus dirigiu a Pedro, que tinha se metido na vida do outro, na vida do discípulo João, “a quem Jesus amava”. Pedro, destacou, estava tendo “um diálogo de amor” com o Senhor, mas logo o diálogo “desviou-se para outro caminho” e ele também padece uma tentação: “meter-se na vida dos outros”.
Como se costuma dizer "vulgarmente", disse o Papa, Pedro se faz de "bisbilhoteiro". É assim que centralizou a sua homilia em duas modalidades dessa intromissão na vida dos outros. Em primeiro lugar, a “comparação”, o “comparar-se com os demais”. Quando existe esta comparação, disse, “terminamos na amargura e até na inveja, e a inveja acaba com a comunidade cristã”, “lhe faz muito mal”, e “o diabo quer isso”. A segunda forma dessa tentação, acrescentou, são as fofocas. Se começa de um modo “muito educado”, mas depois terminamos “esfolando o próximo”:
"Como se fofoca na Igreja! Quanto fofocamos, nós cristãos! A fofoca é precisamente esfolar-se, certo? É maltratar-se mutuamente. Como se se quisesse diminuir o outro, não? Em vez de crescer eu, faço que o outro seja diminuido e me sinto bem. Isso não está bem! Parece agradável fofocar... Não sei porque, mas a pessoa se sente bem. Como uma bala de mel, não é? Você come uma – Ah, que bom! – E depois outra, outra, outra, e ao final fica com dor de barriga. E por quê? A fofoca é assim: é doce no começo e depois acaba contigo, acaba com a tua alma! As fofocas são destrutivas na Igreja, são destrutivas... É um pouco como o Espírito de Caim: matar o irmão, com a sua língua; matar o seu irmão!”
Seguindo este caminho, disse, “nos transformamos em cristãos de boas maneiras e maus hábitos!” Mas como é que a fofoca se apresenta? Normalmente, distinguiu o papa Francisco, “fazemos três coisas”:
O cristão não difama e nem calunia
"Desinformamos: falamos só a metade que nos convém e não a outra metade; a outra metade não a dizemos porque não é conveniente para nós. Em segundo lugar está a difamação: quando uma pessoa realmente tem um defeito, e errou, então contá-lo, “fazer-se jornalista”... E a fama dessa pessoa está acabada! E a terceira é a calúnia: dizer coisas que não são certas. Isso é também matar o seu irmão! Todas essas três – a desinformação, a difamação e a calúnia – são pecado! Este é o pecado! Isso é dar um tapa em Jesus na pessoa dos seus filhos, dos seus irmãos".
É por isso que Jesus faz conosco como o fez com Pedro quando o repreende: "Que te importa? Tu, siga-me!” O Senhor realmente "aponta o caminho":
"A fofoca não te fará bem, porque te levará a este espírito de destruição na Igreja. Siga-me!”. É bonita esta palavra de Jesus, que é tão clara, é tão amorosa conosco. Como se quisesse dizer: “Não façam fantasias, acreditando que a salvação está na comparação com os outros ou na fofoca. A salvação é ir atrás de mim”. Seguir a Jesus! Peçamos hoje ao Senhor que nos dê esta graça de nunca meter-nos na vida dos outros, de nunca converter-nos em cristãos de bons costumes e maus hábitos, de seguir a Jesus, para ir atrás de Jesus, no seu caminho. E isso é suficiente!”
Durante a homilia, Francisco também lembrou de um episódio da vida de Santa Teresinha, que se perguntava por que Jesus deu tanto para um e tão pouco para outro. A irmã maior, pegou um dedal e um copo e os encheu de água, e depois perguntou à Teresinha qual dos dois estava mais cheio. “Ambos estão cheios”, disse à futura santa. Jesus, disse o papa, faz “assim conosco”, “não se importa se você é grande, se é pequeno”. Ele está interessado em que você esteja preenchido com o amor de Jesus."

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Papa Francisco pede economia a serviço do homem



O papa Francisco fez hoje um forte apelo em prol de uma reforma econômica e ética e em favor da solidariedade genuína nos tempos álgidos que a humanidade vem enfrentando. O pontífice recorda que rejeitar a Deus acarreta a tirania financeira, a corrupção tentacular e a evasão fiscal egoísta.

A Rádio Vaticano relata que o bispo de Roma pronunciou o seu denso discurso ao dar as boas-vindas aos novos embaixadores do Quirguistão, de Antiga e Barbuda, do Grão-Ducado de Luxemburgo e de Botswana perante a Santa Sé.
“Queridos embaixadores”, disse Francisco, “seria conveniente realizar uma reforma financeira que fosse ética e que envolvesse uma reforma econômica saudável para todos. Mas isto exigiria uma mudança audaz de atitude dos dirigentes políticos. Convido vocês a enfrentar este desafio, com determinação e com visão de futuro, levando em conta, é claro, a natureza específica dos seus contextos. O dinheiro tem que servir e não governar! O papa ama a todos, ricos e pobres; mas o papa tem a obrigação, em nome de Cristo, de recordar que os ricos devem ajudar os pobres, respeitá-los, promovê-los. O papa convida à solidariedade genuína e a um retorno da ética em favor do homem na realidade econômica e financeira”.

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Economia Solidária conta com Centros de Formação em todo o Brasil

Foi lançada nesta quarta-feira, dia 15,  a Rede do Centro de Formação em Economia Solidária (CFES Nacional). Articulado nacionalmente pela Cáritas Brasileira, o CFES Nacional é um projeto da Secretaria Nacional de Economia Solidária/Ministério do Trabalho e Emprego (SENAES/MTE), que teve início em 2009. Em 2013, a parceria entre a entidade e o governo que firmaram convênio até 2015, dá continuidade aos processos de formação.

O Seminário de Lançamento da Rede CFES contou com um painel que discutiu a temática Economia Solidária como estratégia de Desenvolvimento Sustentável com superação da pobreza. A mesa composta por Jean Pierre, da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE), Paul Singer, da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES/MTE), e Ademar Bertucci, assessor nacional da Cáritas Brasileira, abordou os temas: desenvolvimento e pobreza; Economia Solidária e Políticas Públicas; e desafios da educação em Economia Solidária e as abordagens – territórios, redes/cadeias e segmentos.
Pierre, em sua fala, destacou que o atual modelo de desenvolvimento é pautado no individualismo, ou seja, no sucesso individual do ser humano. “O capitalismo só se sustenta se crescer pelo menos 3% ao ano.” Fundamentado no exodesenvolvimento, conforme explicou Singer, o capital é o principal responsável pela geração da pobreza, pois cria uma sociedade marcada pela desigualdade. “Até hoje estamos lutando com a herança maldita do colonialismo.” De acordo com Singer, a Economia Solidária é baseada no endodesenvolvimento que faz um processo contrário ao exodesenvolvimento, ou seja, mobiliza comunidades para tomarem consciência de suas potencialidades de desenvolvimento local superando assim pobreza. Foi nesta linha que Bertucci destacou a importância do movimento da Economia Solidária em não entrar no processo de padronização. “A Economia Solidária traz a ideia de diversidade e é fundamentada na classe trabalhadora.”
Antes do painel, uma mesa foi composta para a abertura do seminário. Valmor Schiochet, da SENAES/MTE, salientou que “estamos avançando para uma rede nacional de educadores e educadoras em um esforço conjunto para ampliar as políticas em Economia Solidária.” Anadete Gonçalves Reis, vice-presidenta da Cáritas Brasileira, destacou a credibilidade da entidade que assume pela segunda vez a articulação do projeto. “Nos sentimos capazes porque não vamos fazer isso sozinhos. Contamos com uma grande rede de parceiros que mostra para o governo que outro modelo de desenvolvimento é possível. E a partir do aprendizado que já tivemos no primeiro CFES que a gente possa garantir e fortalecer a rede de Economia Solidária.”
Os Centros de Formação em Economia Solidária são espaços de implementação da política nacional de formação em economia solidária. Atualmente, o projeto conta com sete centros de formação: um nacional e seis regionais, sendo estes nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Amazonas I e Amazonas II. Dentre os objetivos está a formação de educadores, educadoras e gestores públicos que atuam com economia solidária.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Papa a padres e bispos: lutar contra tentação do dinheiro e da vaidade



Rezem para os padres e bispos, para que não cedam à tentação do dinheiro e da vaidade. Esse foi o pedido do Papa Francisco na homilia da missa desta manhã, na Casa Santa Marta.
O Papa centrou sua homilia na passagem dos Atos dos Apóstolos em que Paulo pede que os anciãos da Igreja de Éfeso cuidem de si e do rebanho, como pastores atentos aos lobos.
“Um bispo não é bispo para si mesmo, é para o povo; e um padre não é sacerdote para si mesmo, é para o povo: para o seu serviço, para fazê-lo crescer, para pastorear o povo, o próprio rebanho”, afirmou Francisco.
O Papa pediu que os católicos rezem pelos padres e bispos, porque “também o bispo e o sacerdote podem ser tentados”.
Mas quais seriam essas tentações? Segundo o Papa, Santo Agostinho fala de duas: a riqueza e a vaidade.
Francisco afirmou que “quando um sacerdote, um bispo está atrás de dinheiro, o povo não o ama, e isso é um sinal. Mas ele mesmo termina mal.”
São Paulo recorda ter trabalhado com as próprias mãos, “não tinha uma conta no banco, trabalhava. E quando um bispo, um sacerdote vai pelo caminho da vaidade, entra no espírito do carreirismo – e faz muito mal à Igreja –, faz o ridículo no final, se envaidece, gosta de deixar-se ver, todo poderoso... Mas o povo não ama isso”.
O Papa indicou a leitura e a oração sobre os versículos 28-30, do capítulo 20 dos Atos dos Apóstolos:
“Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue. Sei que depois da minha partida se introduzirão entre vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho. Mesmo dentre vós surgirão homens que hão de proferir doutrinas perversas, com o intento de arrebatarem após si os discípulos.”
 
Fonte: Aleteia.

Assembleia do Clero reflete sobre Pastoral da Comunicação



Em Belo Horizonte o fortalecimento e a articulação da Pastoral da Comunicação (Pascom) foi um dos principais pontos de reflexão da Assembleia Geral do Clero, que reuniu mais de 400 padres e bispos da Arquidiocese de Belo Horizonte, no auditório da PUC São Gabriel. Informou a Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Belo Horizonte.

O Arcebispo Metropolitano, dom Walmor Oliveira de Azevedo, explicou que o tema foi escolhido diante do destaque dado pela IV Assembleia do Povo de Deus (APD) à comunicação nas bases, dos planos de pastoral de cada região episcopal, que fazem o mesmo, e por ser uma exigência fundamental assumida pela Igreja no Diretório Nacional para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a ser aprovado em breve.
“Pretendemos fortalecer a nossa rede de comunidades e qualificarmos a comunicação entre nós com a formação de opinião à luz dos valores do Evangelho. Assim, as pessoas, conscientes de sua cidadania social e cristã, participarão de modo mais efetivo da construção da sociedade solidária e de sua comunidade de fé”, disse o arcebispo. Para concretizar esse projeto, segundo dom Walmor, é muito importante a capilaridade das paróquias. Mas, sobretudo, que os padres e evangelizadores, em cada comunidade, assumam junto com toda a Arquidiocese esse enorme desafio que pede uma ação articulada e sistemática, com a coragem de fazer investimentos.
A consolidação da Pascom conforme os novos moldes propostos, de acordo com o Arcebispo, depende da compreensão clara de como implantá-la e de poder contar com profissionais que têm a condição de assessorar a Igreja. Tudo isso, aliado à boa vontade de cada sacerdote, de cada evangelizador, de cada agente de pastoral.
O desafio tecnológico na evangelização
Durante a Assembleia do Clero, as propostas iniciais para o fortalecimento da Pascom foram apresentadas aos sacerdotes pelo bispo-auxiliar dom Joaquim Giovanni Mol, que enfatizou a perspectiva estratégica da comunicação para a evangelização, a tecnologia e a importância das comunidades de fé e paróquias como ponto de partida da comunicação.
Um dos maiores desafios, segundo dom Joaquim Mol, diz respeito à tecnologia, porque o problema não está no cerne da mensagem, que é a pessoa de Jesus Cristo, mas na forma que é apresentada. “Somos chamados a fazer da comunicação o meio de reconhecimento de Cristo como aquele que é o anunciador do novo, que conduz para o Pai e que está no centro de tudo”.
Dom Mol lembrou que acompanhar a tecnologia significa arcar com investimentos pesados, o que, ao mesmo tempo, deve servir de estímulo para o trabalho, pois é necessário passar os meio de comunicação da Arquidiocese para a digitalização e entrar de forma mais forte e significativa nas redes sociais. “Esse caminho passa necessariamente pela conversão. Uma decisão que precisamos tomar de maneira séria e profunda, pois é muito importante no campo pastoral”, afirmou.
Também foram temas da Assembleia:
Os padres refletiram, ainda, sobre o Manual dos Conselhos Pastorais, a Semana Missionária – tema apresentado pelo bispo-auxiliar dom João Justino- e a Pastoral Presbiteral, assunto conduzido pelo bispo-auxiliar dom Luiz Gonzaga e pelo padre José Conceição Ramos.
A Coleta para a Jornada Mundial da Juventude no dia 26 de maio, Festa da Santíssima Trindade, e as ordenações presbiterais e diaconais, dentro das comemorações dos 90 anos do Seminário Arquidiocesano Coração Eucarístico de Jesus, também foram temas do evento.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Cardeal Patriarca de Lisboa consagra o Pontificado do papa Francisco à Virgem de Fátima



Ante milhares de fiéis presentes no santuário Mariano português, o Patriarca de Lisboa (Portugal), Cardeal José Policarpo, consagrou hoje à Virgem de Fátima o pontificado do Papa Francisco, quem em duas ocasiões lhe pediu pessoalmente que faça isto.

Dirigindo-se à Virgem de Fátima durante a cerimônia de consagração do pontificado, o Cardeal disse: "dê (ao Papa Francisco) o dom do discernimento para saber identificar os caminhos de renovação da Igreja, dê a coragem para não duvidar em seguir os caminhos sugeridos pelo Espírito Santo, protege-o nas horas duras de sofrimento, para que vença na caridade, as provas que a renovação da Igreja trará".
Em declarações ao Grupo ACI nesta segunda-feira, o Diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, assinalou que "como sabemos, em 13 de maio em Fátima (Portugal) faz-se uma celebração importante e é normal que nesta se confie o pontificado à Virgem de Fátima".
O Cardeal Policarpo, também Presidente da Conferência Episcopal de Portugal, disse ademais, dirigindo-se à Virgem, que "somente tu, senhora, somente em teu amor maternal a toda a Igreja, podes pôr no coração do Papa Francisco o desejo de ser peregrino desde este santuário".
Depois de recordar que os Papas João Paulo II e Bento XVI foram a Fátima, e expressando seu desejo de que o Papa Francisco também o faça, o Cardeal disse que "desde aqui, neste altar do mundo, ele poderá abençoar a humanidade, fazer sentir ao mundo de hoje que Deus ama a todos os homens e mulheres de nosso tempo, que a Igreja os ama e que você, Mãe do Redentor, os conduz com ternura pelos caminhos da salvação".
Conforme assinala a agência Ecclesia do Episcopado português, o Patriarca destacou que os caminhos de renovação da Igreja levam a "redescobrir a atualidade" da mensagem de Fátima e "a exigência da conversação com Deus".
"A humanidade contemporânea precisa sentir-se amada, por Deus e pela Igreja. Quando se sentir amada vencerá a tentação da violência, do materialismo, do afastamento de Deus, da perda do rumo e poderá avançar para um mundo novo onde o amor reinará", disse logo.
Logo depois de recordar ao Bispo Emérito de Roma, Bento XVI, "que desafiou à Igreja pelos caminhos da oração" - o que foi respondido por uma grande ovação - o Bispo de Leiria-Fátima, Dom António Marto, leu uma mensagem do Papa enviada à Nunciatura Apostólica em Portugal.
"O Santo Padre manifestou seu agrado pela iniciativa e um profundo reconhecimento pela satisfação de seu desejo em união de oração com todos os peregrinos de Fátima, aos quais, de coração, concede a bênção apostólica propiciadora de todos os bens".
No último dia 7 de abril durante a inauguração da assembleia plenária do Episcopado português, o Cardeal Policarpo assinalou que "o Papa Francisco me pediu duas vezes que consagrasse seu novo ministério a Nossa Senhora de Fátima".
"É um mandato que posso cumprir no silêncio da oração, mas seria muito bonito que toda a Conferência Episcopal se associasse à realização desta petição. Maria nos guiará em todos nossos trabalhos e também na forma de dar cumprimento a este desejo do Papa Francisco".
Fonte: AciDigital

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Regina Coeli: Intercessão dos novos santos


Apresentamos as palavras do Papa Francisco pronunciadas neste domingo, 12 de maio, na presença dos fieis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a tradicional oração mariana Regina Coeli.

Queridos irmãos e irmãs,
ao final desta celebração, gostaria de saudar a todos vocês que vieram prestar homenagem aos novos santos, especialmente as delegações oficiais da Itália, Colômbia e México.
Os mártires de Otranto ajudem o caro povo italiano a olhar com esperança para o futuro, confiando na proximidade de Deus que nunca abandona, mesmo em tempos difíceis.
Por intercessão de Madre Laura Montoya, o Senhor conceda um novo espírito missionário e evangelizador à Igreja, e que, inspirados pelo exemplo de concórdia e reconciliação desta nova Santa, os amados filhos da Colômbia continuem a trabalhar pela paz e pelo desenvolvimento justo de sua pátria.
Nas mãos de Santa Guadalupe García Zavala colocamos todos os pobres, os doentes e aqueles que cuidam, e confiamos sua intercessão pela nobre nação mexicana, para que acabe toda a violência e insegurança, avance cada vez mais no caminho da solidariedade e da convivência fraterna.
Tenho também o prazer de mencionar que ontem, em Roma, foi beatificado o padre Luigi Novarese, fundador do Centro voluntários do sofrimento e dos Silenciosos Operários da Cruz. Uno-me em ação de graças por este sacerdote exemplar, que foi capaz de renovar a pastoral dos enfermos, tornando-os participantes ativos na Igreja.
Saúdo os participantes da "Marcha pela Vida" que teve lugar em Roma nesta manhã e convido a manter viva a atenção de todos sobre a importante questão do respeito pela vida humana desde o momento da concepção. A este respeito, tenho o prazer de recordar a recolha de assinaturas que está sendo realizada em muitas paróquias italianas, a fim de apoiar a iniciativa europeia "One of Us" para garantir a proteção legal ao embrião, tutelando todos os seres humanos a partir do primeiro momento de sua existência. Um momento especial para aqueles que se preocupam com a defesa da sacralidade da vida humana será o "Dia do Evangelium Vitae", que terá lugar aqui no Vaticano, no contexto do Ano da Fé, nos dias 15 e 16 de Junho.
Saúdo com afeto todos os grupos paroquiais, as famílias, as escolas, os jovens presentes. Com amor filial voltamo-nos agora à Virgem Maria, mãe e modelo de todos os cristãos.

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Os consultores do Papa

Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP)

Ao completar o seu primeiro mês como “Bispo de Roma”, o Papa Francisco tomou a decisão mais importante do seu pontificado. Ele constituiu um grupo de cardeais, para o ajudar no governo da Igreja.
A medida é original. Nenhum papa partilhou, oficialmente, o seu poder com outras pessoas. Mas além de original, esta medida tem objetivos bem claros e importantes.
Verdade que desde Paulo VI, logo depois do Concílio, a sugestão de formar um grupo de “conselheiros próximos”, uma espécie de “senado” que acompanhasse o papa nas decisões que ele deve tomar, começou a ser cogitada, como resposta aos anseios de maior participação que o Concílio tinha suscitado.
Mas a sugestão só agora toma forma, com o grupo constituído pelo Papa nesta semana.
Vale a pena intuir as intenções desta medida. São diversos ângulos por onde dá para ir entrando, na tentativa de compreender o seu alcance.
Podemos começar pela data. A medida foi tomada depois que ele completou o primeiro mês de pontificado. Todos já iam se perguntando, depois dos gestos e das primeiras mensagens, quais seriam suas decisões práticas, para implementar as esperanças que ele suscitou. A data serve de indicativo do que ele de fato quer fazer. A medida de agora faz parte, portanto, do seu plano de governo.
Outra observação importante. Escolheu cardeais de todos os continentes. Isto significa, claramente, que as medidas que ele espera implementar com a ajuda desses seus “consultores”, são para toda a Igreja. Ele quer sentir de perto a realidade de cada continente. De certa maneira, ele busca os mesmos objetivos dos “sínodos continentais”, instituídos por João Paulo II.
E quem sabe, com um grupo menor de pessoas, a dinâmica de trabalho possa ser mais ágil.
O critério de escolha foi claramente geográfico. Mas observando atentamente, há diferenças significativas. A África, a Ásia, a Austrália, um representante cada continente, o que parece normal. Mas a Europa ficou só com um Cardeal, de Munique, na Alemanha, e um bispo para o encargo prático de secretário. Mas a diferença maior está na América Latina, de onde ele chamou dois cardeais, do Chile e de Honduras, respectivamente o Cardeal Errazuris, e Cardeal Maradiaga. E ainda, da América, o Cardeal de Boston.
Diante destas constatações, é evidente a intenção do Papa de valorizar a Igreja da América Latina. Ele assume o desafio que muitos já lhe sugeriram: temos um Papa vindo da América Latina, que universalize para toda a Igreja os valores positivos da caminhada da Igreja da América Latina.
Mas nesta constatação dá para intuir outra segurança que o Papa Francisco está buscando. Ele quer “sentir firmeza” com a boa experiência que ele teve na Conferência de Aparecida, em 2007, quando ele foi coordenador da equipe de redação. E seus auxiliares imediatos eram o Cardeal Errazuris, do Chile, e o Cardeal Maradiaga, de Honduras. Agora, ele chamou os dois, privilegiando a América Latina com dois representantes, que foram seus companheiros no momento talvez mais importante que ele teve, antes de ser Papa, a Quinta Conferência da América Latina. E ainda por cima, estabeleceu o Cardeal Maradiaga como coordenador do grupo todo.
Portanto, dá para esperar muitos encaminhamentos, decorrentes desta importante iniciativa do Papa Francisco. Ele quer encontrar um primeiro consenso entre estes seus auxiliares mais próximos, para contar com o consenso de todos, nas importantes decisões que a Igreja e a humanidade estão esperando em nosso tempo.

A reforma do Papa Francisco

No dia 13 de abril, foi divulgada a notícia de que o Papa Francisco criou um grupo de oito cardeais para assessorá-lo no governo da Igreja universal e para estudar um projeto de revisão da Constituição Apostólica Pastor Bonus sobre a Cúria Romana. A decisão tem despertado muito interesse, resultando em várias especulações. Sobre esse assunto o arcebispo Angelo Becciu, substituto da secretaria de Estado, falou ao L’Osservatore Romano, edição italiana, ontem, dia 1º de maio. Publicamos a seguir a tradução ao português dessa entrevista: *** L’Osservatore: Sobre a reforma da Cúria ouviram-se muitas vozes: equilíbrio de poderes, moderadores, coordenadores, “superministérios da economia”, revoluções ... Angelo Becciu: Na verdade, é um pouco estranho: o Papa ainda nem se encontrou com o grupo de conselheiros que ele escolheu e já chove conselhos. Depois de ter falado com o Santo Padre posso dizer que neste momento é absolutamente prematuro fazer qualquer suposição sobre a futura estrutura da Cúria. Papa Francisco está escutando a todos, mas em primeiro lugar quer ouvir aqueles que escolheu como conselheiros. Em seguida, definirá um projeto de reforma da Pastor bonus, que naturalmente terá que seguir seu próprio processo. L’Osservatore: muito tem sido falado também do IOR, o Instituto para as obras de religião; alguém até mesmo já previu a sua supressão... Angelo Becciu: O Papa ficou surpreso por ver que atribuiram a ele frases que ele nunca disse e que deturpam o seu pensamento. A única menção sobre isso foi durante uma breve homilia na Santa Marta, improvisada, na qual recordou de forma apaixonada como a essência da Igreja consiste em uma história de amor entre Deus e os homens, e como as várias estruturas humanas, incluindo o IOR, são menos importantes. A referência foi graciosa, motivada pela presença na missa de alguns funcionários do Instituto, no contexto de um sério convite a nunca perder de vista a essencialidade da Igreja. L’Osservatore: deve-se prever que não seja iminente uma reestruturação da atual conformação dos departamentos? Angelo Becciu: Eu não posso prever os tempos. O Papa, no entanto, pediu a todos nós, responsáveis pelos departamentos, para continuar em nosso serviço, sem, contudo querer proceder, por enquanto, na confirmação dos cargos. O mesmo se aplica aos membros das Congregações e dos Conselhos Pontifícios: o ciclo normal de confirmações ou nomeações, que ocorrem no final dos mandatos de cinco anos, é suspenso no momento, e todos continuam no próprio cargo “até nova ordem” (donec aliter provideatur). Isso indica a vontade do Santo Padre de tomar o tempo necessário para a reflexão - e de oração, não devemos esquecer – para ter uma visão mais aprofundada da situação. L’Osservatore: sobre o grupo de conselheiros, alguém chegou a argumentar que tal opção possa questionar o primado do Papa ... Angelo Becciu: É um órgão consultivo, não decisório, e realmente não vejo como a escolha do Papa Francisco possa questionar o primado. Porém, é verdade que se trata de um gesto de grande importância, que quer dar uma mensagem clara sobre a modalidade com que o Santo Padre quer exercitar o seu ministério. No entanto, não podemos esquecer qual é a primeira tarefa atribuída ao grupo dos oito cardeais: assistir ao Pontífice no governo da Igreja universal. Não gostaria que a curiosidade pela organização e as estruturas da Cúria romana ofuscasse o sentido profundo do gesto realizado pelo Papa Francisco. L’Osservatore: mas o termo "conselho" não é muito indefinido? Angelo Becciu: Pelo contrário, o aconselhamento é uma ação importante que na Igreja é definido teologicamente e é expresso em muitos níveis. Considere, por exemplo, os organismos que participam nas dioceses e paróquias, ou conselhos dos superiores, provinciais e gerais, nos Institutos de vida consagrada. A função do conselho deve ser interpretada numa perspectiva teológica: numa ótica mundana deveríamos dizer que um conselho sem poder deliberativo é irrelevante, mas isso significaria equipar a Igreja a uma empresa. Em vez disso, teologicamente o aconselhamento tem uma função de absoluta importância: ajudar o superior na obra do discernimento, no compreender o que o Espírito pede à Igreja num determinado momento histórico. Sem esta referência, não se compreenderia mais nada sobre o verdadeiro significado de governo na Igreja. L’Osservatore: O que você sente ao colaborar com o Papa Francisco? Angelo Becciu: Pude colaborar de perto com o Papa Bento XVI, agora estou continuando o meu serviço com o papa Francisco. Claro, cada um tem sua própria personalidade, seu próprio estilo, e me sinto muito privilegiado por esse contato estreito com dois homens totalmente dedicados ao bem de toda a Igreja, desprendidos de si mesmos, imersos em Deus e com uma única paixão: a de dar a conhecer a beleza do Evangelho às mulheres e homens de hoje. Fonte: Zenit.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Papa Francisco recebe convite para visitar Israel

O esforço comum pelo fim dos conflitos entre Israel e a Palestina, a paz na Síria e também um convite para visitar a Terra Santa foram os principais temas tratados pelo Papa na Audiência desta terça-feira com o Presidente de Israel Shimon Peres, que sucessivamente encontrou o Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, acompanhado do Secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti. Conforme comunicado da Assessoria de Imprensa do Vaticano, durante os colóquios tratou-se da realidade político-social do Oriente Médio, onde perdura uma situação de conflito. “Auspiciou-se uma retomada nas negociações entre israelenses e palestinos, para que, com decisões corajosas e a disponibilidade de ambas as partes, e o apoio da comunidade internacional, se possa chegar a um acordo respeitoso das legítimas aspirações dos dois Povos e assim contribuir para a paz e a estabilização da região”. Foram tratadas ainda questões relativas à cidade de Jerusalém. A nota informa que foi defendida uma solução pacífica para a Síria, que privilegie a reconciliação e o diálogo. Por fim, foram tratadas questões sobre as relações entre o Estado de Israel e a Santa Sé e entre as Autoridades estatais e as comunidades católicas locais. Também foram elogiados os notáveis progressos feitos pela Comissão bilateral de trabalho, empenhada na elaboração de um Acordo sobre questões de interesse comum, para o qual se auspicia uma pronta conclusão. Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, confirmou o convite de Peres ao Papa Francisco para visitar Israel, assim que possível. Fonte: Zenit.

Argentina e Vaticano emitem selos comemorativos

Esta manhã, na biblioteca do Palácio Apostólico Vaticano, foi apresentado ao Santo Padre Francisco a emissão filatélica conjunta entre a Cidade do Vaticano e Argentina, dedicado ao início do seu pontificado. Conforme nota do Serviço de Informação do Vaticano. É uma série de quatro selos com a imagem do Papa Francisco com os seguintes valores: 70 centavos (Itália), 85 centavos (Europa e Mediterrâneo), 2 Euros (África, Américas e Ásia), 2,50 euros (Oceania) , com uma tiragem de duzentos e cinquenta mil cópias. O Escritório Filatélico e Numismático emitirá o "stamp&coin card” (um cartão-postal com selo e moeda) e um folder dedicado ao início do Pontificado, contendo dois envelopes com carimbo especial do primeiro dia de emissão e um cartão-postal com a primeira página da edição especial do L'Osservatore Romano de março 2013 (dia da eleição do novo Papa). Fonte: Zenit.