Ernesto Arosio
Em Kanungu, Uganda, membros de um grupo religioso suicidaram-se, num dos mais chocantes exemplos de paranóia coletiva dos últimos tempos. Diante de fatos como esse, as perguntas surgem com inquietação: pode uma religião levar alguém a se destruir em nome de Deus?
Existe uma incerteza sobre o número das vítimas, mas este é, sem dúvida alguma, o segundo maior homicídio-suicídio em massa da história, após a fatídica morte, em 1978, de 914 membros do Templo do Povo, na Guiana, seguidores do pastor Jim Jones, obrigados a se suicidar. Naquela ocasião, quem se recusou a tomar o veneno, foi morto a tiros. Por esse motivo, usamos aqui a expressão homicídio-suicídio, porque nunca saberemos se todas as pessoas mortas nesses rituais imolaram-se ou foram mortas contra sua vontade. A mídia diz que, em Uganda, havia mais de 500 corpos, entre os quais, 78 de crianças, todos carbonizados na sexta- feira, 17 de março, numa capela da seita.Essa seita, com seu macabro ritual de morte, enquadra-se no clássico esquema das seitas apocalípticas. O líder Joseph Kibwetere, fundador do Movimento para a Restauração dos Dez Mandamentos, aconselhado, conforme notícias, por alguns sacerdotes e freiras católicos excomungados, conseguiu convencer muitas pessoas de que o fim do mundo seria no final de 1999. Como todos os falsos videntes e profetas, ele se enganou, mas ainda conseguiu reunir seus adeptos na igreja, naquela sexta-feira, após terem vendido seus bens e se despedido dos parentes. Trancados na capela, com as portas pregadas, após horas de cantos, eles deixaram-se queimar ou foram queimados.Os detalhes desse suicídio-homicídio em massa têm importância relativa porque todos esses fatos trágicos seguem um esquema de irracionalidade quase idêntico a todos os que já aconteceram nesses últimos anos. O culto ao líder e o fanatismo dos adeptos levou-os a aceitar esse ritual de morte, mas importante é descobrir quais são as causas que fazem proliferar essas seitas e por que elas conseguem levar seus seguidores a atos tão extremados.No livro "2000, catástrofe e esperança" (1998), eu já tinha previsto que esses fatos se repetiriam nesse fim do milênio e é o que está acontecendo. A questão é que a mídia não divulga tudo o que acontece e, aos olhos de um observador desatento, pode parecer que tais suicídios sejam raros. Todavia, por serem de menores proporções, ficarão desconhecidos do público, o que nada lhes tira de seu sentido trágico.
Trágicos testemunhos
Lembrando fatos marcantes na história das seitas, citamos os suicídios que ocorreram na década de 90: em dezembro de 1991, no México, 30 pessoas beberam álcool industrial durante o ritual do rev. Ramon Morales; em março de 1993, a seita do Ramo Davidiano do líder David Koresh nos Estados Unidos resistiu a um cerco da polícia, por 51 dias, e depois, num incêndio, provocado ainda não se sabe por quem, morreram 70 pessoas; em outubro de 1994, 56 seguidores da Ordem do Templo Solar suicidaram-se ou foram mortos, em ritual, em Cheiry, Suíça, e no Quebec, Canadá; outros, da mesma seita, fizeram o mesmo na França, em dezembro de 1995; em 27 de abril de 1997, na passagem do cometa Halley, na Califórnia, 39 pessoas da seita Porta do Paraíso, cujo líder era Marshall Applewite, que queriam se reencontrar na cauda do cometa, buscando um mundo melhor, decidiram-se pela morte. Por todo o mundo e também no Brasil, vez ou outra, aparecem mortes ligadas a cultos satânicos ou casos de estupro ritual de crianças e adolescentes.
Seitas, mal desse fim de século
Quantas são essas seitas? Em que acreditam? Por que os adeptos são fiéis até o suicídio? Algumas são muito conhecidas, bem freqüentadas e ricas, como os mórmons, as testemunhas de Jeová e os adventistas do sétimo dia, cujo conteúdo doutrinal está baseado no retorno de Cristo à terra, na promessa de felicidade no céu ou no mundo, purificado do mal, durante a segunda vinda do Messias. Famosas são as profecias dos líderes desses movimentos que marcaram e remarcaram várias vezes a data dessa vinda. As seitas estão espalhadas pelo mundo inteiro, até mesmo em países não cristãos, todavia, sabe-se que seus líderes, de alguma forma, tiveram contato com o cristianismo, como é o caso da seita japonesa Aun Shinrikyo, que incorporou à sua doutrina as profecias de Nostradamus. Para as seitas apocalípticas, isto é, aquelas que pregam que o fim do mundo acontecerá com cataclismas e provações (escritas, segundo elas, nos evangelhos), após essas terríveis tribulações, estariam garantidos a seus seguidores, que nada sofreriam, a felicidade e o gozo totais. Na América do Norte, caracterizada por seu espírito prático, uma seita promete aos adeptos que eles serão arrebatados, em massa, para o céu, antes que aconteçam essas tribulações, interpretando, ao pé da letra, o capítulo 4 da Carta de são Paulo aos Tessalonicenses: "nós, os vivos na ocasião da vinda do Senhor, seremos arrebatados juntamente com Ele (e os ressuscitados), ao seu encontro no ares e assim estaremos para sempre com o Senhor".Neste final de século, porém, estão surgindo seitas não apocalípticas, mais abertas, sem segredos iniciáticos e que conseguem numerosos adeptos e admiradores; outras, secretas como as satânicas, são freqüentadas por poucos. Ainda existem as seitas mágicas, ligadas à New Age, que querem voltar a um modo de viver primitivo, ligado à natureza, aos ídolos, às divindades e aos rituais pagãos.É difícil estimar os números exatos dessas seitas. Na católica Itália, conforme as pesquisas do Grupo de Busca e Informação sobre as Seitas (Gris), existiriam mais de 400 grupos, entre evangélicos, satânicos, espíritas, mágicos, ufólogos, de orientação hindu ou budista, esotéricos e outros, totalizando cerca de um milhão de adeptos e simpatizantes. Na Inglaterra, haveria 200 mil seguidores e simpatizantes dos movimentos neo-pagãos que, durante seus encontros, muitas vezes entram em choque com a polícia, devido à prática do naturalismo (nudez e outras cerimônias), em desobediência ao código civil. Por estimativa, juntando informações de vários países, podemos estimar que, pelo mundo afora, seriam mais de 500 milhões de adeptos, dos quais, mais de 35 milhões no Brasil.
Procurando razões
Numa rápida análise das seitas em geral, podemos concluir que há vários fatores que impelem as pessoas a procurar esses grupos. Para muitos em busca de algo que proporcione felicidade e segurança emocional, as seitas fazem com que se sintam protegidos e quanto mais forte a personalidade de seus líderes, maior a segurança experimentada. Além disso, a sugestão das cerimônias desperta um intenso apelo emocional que forma o pathos convidativo das seitas, capaz de convencer e envolver as pessoas que buscam essas emoções.Sem querer julgar psicologicamente os adeptos, que podem ter motivos pessoais válidos para escolher uma ou outra seita, geralmente, nota-se que, em muitos deles, existem tendências à incerteza ou ao medo, fazendo com que busquem, fora de si, algo que lhes garanta segurança e felicidade. Por isso, entregam-se total e cegamente às promessas dos líderes ou gurus. Quanto a estes, especialmente os milenaristas, apocalípticos e satânicos, são - fundamentalmente - pessoas fanáticas, embora demonstrem uma personalidade forte, segura e atraente, com um discurso capaz de convencer quem procura, com certa angústia e vazio interior, uma experiência religiosa diferente da oferecida pelas religiões tradicionais. Consciente ou inconscientemente, tais líderes são verdadeiros manipuladores do psiquismo de seus seguidores, podendo até ser perigosos para a sociedade civil.
Fonte:Mundo e Missão
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Pastoral do Turismo deve estar atualizada
Vaticano acolhe uma Reunião Europeia sobre a Pastoral do Turismo
Aos quarenta anos da publicação do Diretório «Peregrinans in terra», dedicado à Pastoral do Turismo, esta precisa de uma atualização para adaptar-se a um fenômeno que cresceu expoencialmente nos últimos anos.
Foi o que afirmou nesta quarta-feira o arcebispo Agostino Marchetto, secretário do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, durante sua intervenção na Reunião Europeia sobre a Pastoral do Turismo, que reúne em Roma representantes de 20 países, entre bispos e diretores nacionais.
Dom Marchetto aludiu à necessidade de passar de uma pastoral específica, que nos anos 60 se fixava sobretudo em assegurar o cumprimento do preceito dominical nos lugares turísticos, a outra mais complexa, que tenha em conta os aspectos éticos e antropológicos deste fenômeno.
O turismo passou de mover 50 milhões de pessoas em 1950, a 924 milhões em 2008. Junto com este enorme aumento, declarou Dom Marchetto, surgem novas «preocupações e necessidades pastorais», como «a ecologia e a mudança climática, a ética do turismo, a luta contra a exploração sexual de menores e mulheres, assim como a dimensão cristã de muitos lugares turísticos».
O homem, acrescentou o prelado, «está chamado à salvação em todos os momentos da vida, inclusive os lúdicos, esportivos e turísticos. Se a Igreja se interessa pelo turismo não é só porque se trata de um elemento novo e importante de nossa civilizaçào, mas também porque modifica profundamente a condição dos homens a quem se dirige a Palavra de Deus».
«A Pastoral do Turismo deve ser considerada como integrante da pastoral eclesial, não como algo acrescentado», disse, e «não deve dirigir-se apenas aos turistas, mas também às organizações, aos operadores e aos trabalhadores do setor».
A reunião que acontece nestes dias no Palácio de São Calixto pretende comemorar o 40º aniversário do Diretório «Peregrinans in terra», que foi publicado em 30 de abril de 1969, sob o pontificado de Paulo VI.
Este documento, adverte o Conselho Pontifício, «constituiu o primeiro fruto maduro de um caminho empreendido pela Igreja para o crescente fenômeno do turismo, que após a Segunda Guerra Mundial passou de ser benefício exclusivo de uma elite a fenômeno de massas».
Durante esta reunião se apresentará também o volume «Magistério Pontifício e Documentos da Santa Sé sobre a Pastoral do Turismo» (1952-2008).
O presidente do dicastério, Dom Antonio Veglio, explicou hoje também, durante a abertura da Reunião, que «o turismo moderno representa um fenômeno social de crescente desenvolvimento em âmbito internacional, no qual é necessário fazer sentir cada vez mais a presença maternal da Igreja».
A Igreja, «com simpatia e lucidez, deve avançar no conhecimento dos aspectos econômicos, políticos, sociológicos e psicossociológicos do turismo atual, se quiser participar de modo racional e competente na promoção dos verdadeiros valores do turismo, e propor pouco a pouco à opinião pública uma ética do turismo.
Porque o turismo é feito para o homem, não o homem para o turismo», concluiu.
Foi o que afirmou nesta quarta-feira o arcebispo Agostino Marchetto, secretário do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, durante sua intervenção na Reunião Europeia sobre a Pastoral do Turismo, que reúne em Roma representantes de 20 países, entre bispos e diretores nacionais.
Dom Marchetto aludiu à necessidade de passar de uma pastoral específica, que nos anos 60 se fixava sobretudo em assegurar o cumprimento do preceito dominical nos lugares turísticos, a outra mais complexa, que tenha em conta os aspectos éticos e antropológicos deste fenômeno.
O turismo passou de mover 50 milhões de pessoas em 1950, a 924 milhões em 2008. Junto com este enorme aumento, declarou Dom Marchetto, surgem novas «preocupações e necessidades pastorais», como «a ecologia e a mudança climática, a ética do turismo, a luta contra a exploração sexual de menores e mulheres, assim como a dimensão cristã de muitos lugares turísticos».
O homem, acrescentou o prelado, «está chamado à salvação em todos os momentos da vida, inclusive os lúdicos, esportivos e turísticos. Se a Igreja se interessa pelo turismo não é só porque se trata de um elemento novo e importante de nossa civilizaçào, mas também porque modifica profundamente a condição dos homens a quem se dirige a Palavra de Deus».
«A Pastoral do Turismo deve ser considerada como integrante da pastoral eclesial, não como algo acrescentado», disse, e «não deve dirigir-se apenas aos turistas, mas também às organizações, aos operadores e aos trabalhadores do setor».
A reunião que acontece nestes dias no Palácio de São Calixto pretende comemorar o 40º aniversário do Diretório «Peregrinans in terra», que foi publicado em 30 de abril de 1969, sob o pontificado de Paulo VI.
Este documento, adverte o Conselho Pontifício, «constituiu o primeiro fruto maduro de um caminho empreendido pela Igreja para o crescente fenômeno do turismo, que após a Segunda Guerra Mundial passou de ser benefício exclusivo de uma elite a fenômeno de massas».
Durante esta reunião se apresentará também o volume «Magistério Pontifício e Documentos da Santa Sé sobre a Pastoral do Turismo» (1952-2008).
O presidente do dicastério, Dom Antonio Veglio, explicou hoje também, durante a abertura da Reunião, que «o turismo moderno representa um fenômeno social de crescente desenvolvimento em âmbito internacional, no qual é necessário fazer sentir cada vez mais a presença maternal da Igreja».
A Igreja, «com simpatia e lucidez, deve avançar no conhecimento dos aspectos econômicos, políticos, sociológicos e psicossociológicos do turismo atual, se quiser participar de modo racional e competente na promoção dos verdadeiros valores do turismo, e propor pouco a pouco à opinião pública uma ética do turismo.
Porque o turismo é feito para o homem, não o homem para o turismo», concluiu.
Fonte: Zenit.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Iraque em estado de choque após assassinato de três cristãos em Kirkuk
Arcebispo Sako: «Temos a missão de permanecer aqui»
A comunidade cristã do Iraque se encontra em estado de choque depois do assassinato de três de seus membros, ocorrido neste domingo em Kirkuk.
Susan Latif David e sua sogra, Muna Banna David, morreram por volta das 19h, quando diversos homens armados irromperam em sua casa, no distrito de Domeez.
Quase ao mesmo tempo, em outra região da cidade, Basil Shaba foi assassinado em um ataque com características similares; seu irmão Thamir e seu pai Yousif, foram feridos nesse assalto.
Após os funerais, celebrados em uma catedral de Kirkuk lotada de fiéis, o arcebispo Louis Sako comunicou à associação caritativa Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) «a tristeza e as lágrimas» de uma população que chora pela morte de três entes «inocentes».
Susan David, explicou, havia se casado há apenas um ano. Seu marido é proprietário de um restaurante perto da catedral. Ela e sua sogra eram católicas caldeias. Shaba, ao contrário, era ortodoxo siríaco, há pouco tempo.
«Todos choramos – confessou o arcebispo, como assinala um comunicado enviado por AIS a Zenit. Só esperamos que o sangue dos mártires traga algum dia paz e estabilidade.»
Até agora não houve prisões por esses crimes, mas Dom Sako sustenta que está claro que se trata de homicídios premeditados e que podem ter sido motivados pela vontade de «obrigar os cristãos a ir embora».
«Não deixaremos o Iraque – declarou. Temos a missão de permanecer aqui; queremos dar testemunho de nossos valores cristãos; ainda que tentem matar-nos, permaneceremos.»
No funeral das vítimas participaram também líderes políticos de Kirkuk, como o prefeito e o xeique mais importante, que condenaram duramente o ocorrido.
Para o arcebispo Sako, os ataques poderiam ser relacionados com a incerteza do futuro político de Kirkuk. Atualmente, discute-se se deve fazer parte da região semi-autônoma curda do norte do país ou estar sob a jurisdição de Bagdá.
Os delitos deste domingo se produzem menos de um mês após uma série de homicídios de cristãos em todo o Iraque.
Em 31 de março, Sabah Aziz Salaiman, de 71 anos, faleceu em Kirkuk durante uma tentativa de assalto; e um dia depois, Nimroud Khodir Moshi foi assassinado no exterior de um restaurante de Bagdá, cidade onde também mataram duas irmãs. Em Mosul, foi assassinado o eletricista Abdul Aziz Elias Aziz.
Frente a esta situação, o arcebispo Sako alertou que a retirada das tropas americanas do país provocará um «vazio» de segurança que poderá levar à «guerra civil» e à «divisão do Iraque».
Susan Latif David e sua sogra, Muna Banna David, morreram por volta das 19h, quando diversos homens armados irromperam em sua casa, no distrito de Domeez.
Quase ao mesmo tempo, em outra região da cidade, Basil Shaba foi assassinado em um ataque com características similares; seu irmão Thamir e seu pai Yousif, foram feridos nesse assalto.
Após os funerais, celebrados em uma catedral de Kirkuk lotada de fiéis, o arcebispo Louis Sako comunicou à associação caritativa Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) «a tristeza e as lágrimas» de uma população que chora pela morte de três entes «inocentes».
Susan David, explicou, havia se casado há apenas um ano. Seu marido é proprietário de um restaurante perto da catedral. Ela e sua sogra eram católicas caldeias. Shaba, ao contrário, era ortodoxo siríaco, há pouco tempo.
«Todos choramos – confessou o arcebispo, como assinala um comunicado enviado por AIS a Zenit. Só esperamos que o sangue dos mártires traga algum dia paz e estabilidade.»
Até agora não houve prisões por esses crimes, mas Dom Sako sustenta que está claro que se trata de homicídios premeditados e que podem ter sido motivados pela vontade de «obrigar os cristãos a ir embora».
«Não deixaremos o Iraque – declarou. Temos a missão de permanecer aqui; queremos dar testemunho de nossos valores cristãos; ainda que tentem matar-nos, permaneceremos.»
No funeral das vítimas participaram também líderes políticos de Kirkuk, como o prefeito e o xeique mais importante, que condenaram duramente o ocorrido.
Para o arcebispo Sako, os ataques poderiam ser relacionados com a incerteza do futuro político de Kirkuk. Atualmente, discute-se se deve fazer parte da região semi-autônoma curda do norte do país ou estar sob a jurisdição de Bagdá.
Os delitos deste domingo se produzem menos de um mês após uma série de homicídios de cristãos em todo o Iraque.
Em 31 de março, Sabah Aziz Salaiman, de 71 anos, faleceu em Kirkuk durante uma tentativa de assalto; e um dia depois, Nimroud Khodir Moshi foi assassinado no exterior de um restaurante de Bagdá, cidade onde também mataram duas irmãs. Em Mosul, foi assassinado o eletricista Abdul Aziz Elias Aziz.
Frente a esta situação, o arcebispo Sako alertou que a retirada das tropas americanas do país provocará um «vazio» de segurança que poderá levar à «guerra civil» e à «divisão do Iraque».
Fonte: Zenit.
terça-feira, 28 de abril de 2009
Apesar da suspensão do culto no México, fiéis rezam nas Igrejas
Missa a portas fechadas na Basílica de Guadalupe
Por Sergio Estrada
Um um fato inusitado, a arquidiocese do México suspendeu as celebrações eucarísticas deste domingo, devido à situação que prevalece no país por causa da denominada gripe suína, que está afetando a capital do país, assim como o Estado do México e alguns estados como San Luis Potosí.
Alguns templos da capital abriram, mas somente para que os fiéis rezassem pela erradicação deste mal. Outros elevaram orações para que as autoridades adotem as medidas corretas diante desta emergência. A basílica de Guadalupe não foi a exceção e se levou a cabo a missa dominical às 8h da manhã a portas fechadas.
Acompanhado de membros de Guadalupe, Dom Diego Monroy, reitor do templo mariano mais visitado no mundo, em sua homilia precisou que n«este momento que se vive em nossa nação, é vital a confiança e a esperança no Senhor, que é o único que salva».
Apontou que o Senhor Jesus nos tratou com verdadeiro amor neste momento difícil, não só deste vírus suíno, mas também da mentira, da corrupção, do narcotráfico, da violência, da mentira, da corrupção etc.
Em sua alocução, assegurou que o Senhor é nossa esperança e que se traduz no rosto doce e amável de Santa Maria de Guadalupe. Pediu à Virgem diante desta difícil situação: «Senhora, cobri-nos com vosso manto, livrai-nos deste mal».
Dom Diego Monroy pediu que sigamos pontualmente as indicações das autoridades da saúde, uma vez que também se pediu por elas, já que têm o poder de decidir, para que saibam estabelecer medidas e prioridades para prevenir e ajudar toda a população e em particular – assinalou – os mais vulneráveis.
Em sua mensagem, o reitor guadalupano pediu serenidade e prudência para atuar com muita responsabilidade e assim evitar contagiar ou ser contagiados.
Ao término da homilia se fez uma oração onde se pediu à Virgem morena sua proteção e auxílio para superar logo a epidemia que afeta a nação; também se pediu pelas autoridades, para que saibam estabelecer medidas e prioridades para prevenir e ajudar a população.
Fonte: Zenit.
Por Sergio Estrada
Um um fato inusitado, a arquidiocese do México suspendeu as celebrações eucarísticas deste domingo, devido à situação que prevalece no país por causa da denominada gripe suína, que está afetando a capital do país, assim como o Estado do México e alguns estados como San Luis Potosí.
Alguns templos da capital abriram, mas somente para que os fiéis rezassem pela erradicação deste mal. Outros elevaram orações para que as autoridades adotem as medidas corretas diante desta emergência. A basílica de Guadalupe não foi a exceção e se levou a cabo a missa dominical às 8h da manhã a portas fechadas.
Acompanhado de membros de Guadalupe, Dom Diego Monroy, reitor do templo mariano mais visitado no mundo, em sua homilia precisou que n«este momento que se vive em nossa nação, é vital a confiança e a esperança no Senhor, que é o único que salva».
Apontou que o Senhor Jesus nos tratou com verdadeiro amor neste momento difícil, não só deste vírus suíno, mas também da mentira, da corrupção, do narcotráfico, da violência, da mentira, da corrupção etc.
Em sua alocução, assegurou que o Senhor é nossa esperança e que se traduz no rosto doce e amável de Santa Maria de Guadalupe. Pediu à Virgem diante desta difícil situação: «Senhora, cobri-nos com vosso manto, livrai-nos deste mal».
Dom Diego Monroy pediu que sigamos pontualmente as indicações das autoridades da saúde, uma vez que também se pediu por elas, já que têm o poder de decidir, para que saibam estabelecer medidas e prioridades para prevenir e ajudar toda a população e em particular – assinalou – os mais vulneráveis.
Em sua mensagem, o reitor guadalupano pediu serenidade e prudência para atuar com muita responsabilidade e assim evitar contagiar ou ser contagiados.
Ao término da homilia se fez uma oração onde se pediu à Virgem morena sua proteção e auxílio para superar logo a epidemia que afeta a nação; também se pediu pelas autoridades, para que saibam estabelecer medidas e prioridades para prevenir e ajudar a população.
Fonte: Zenit.
Cardeal Martínez Sistach pede «salvar o domingo»
Elogia uma iniciativa do Parlamento Europeu para proteger esse dia de descanso
Por Patrícia Navas
O arcebispo de Barcelona, cardeal Lluís Martínez Sistach, elogiou a iniciativa em curso no Parlamento Europeu para proteger o domingo como um dia de descanso semanal na legislação dos Estados membros e comunitária da União Europeia.
Em sua carta pastoral deste domingo, titulada «Salve o domingo», adverte sobre a incidência negativa que teria sobre a família a perda do domingo como um dia festivo e a ampliação dos horários comerciais.
«O benefício econômico e o progresso técnico, frio e nem sempre um progresso autêntico da pessoa humana e do bem comum, não nos deve fazer perder o riquíssimo valor do domingo, o qual tem uma longa tradição em nossa cultura e cujas múltiplas manifestações foram criando cultura e dando sentido e alegria à vida das pessoas e das famílias», assinala.
O cardeal qualifica a iniciativa que está em curso no Parlamento Europeu como «uma moção muito importante que considero que é preciso apoiar».
Com relação à Espanha, recorda que a constituição «garante a proteção social, econômica e jurídica da família».
O cardeal destaca a importância do matrimônio e da família na sociedade: «a promoção de uma autêntica relação, encontro e comunhão dos membros da família traz uma aprendizagem fundamental e insubstituível da vida social», assinala.
Também recorda que «os membros da família precisam do tempo suficiente para conviver e crescer no amor e na ajuda mútua».
Sobre os efeitos da perda do domingo como dia festivo, assinala que «dificultaria que toda a família pudesse se reunir em alguns momentos do dia, especialmente nos dias festivos».
Também que «teria de diminuir a dedicação de muitas pessoas à sua família, especialmente durante as festas» e que dificultaria a coincidência de horários entre os membros de uma família.
Assinala que «o domingo é, para todos os cidadãos, um importante dia de descanso, de alegria e de solidariedade» e acrescenta que «para os cristãos, o domingo é também o dia do Senhor, o qual está em perfeita harmonia com o dia do homem».
A questão do «desaparecimento do domingo» ocupou há alguns meses a atenção dos bispos da França, que publicaram o documento «O domingo, em risco na vida atual» diante de um projeto de lei francês sobre o trabalho no domingo.
Naquela ocasião, os bispos explicaram as razões sociais e antropológicas da importância do dia de descanso semanal na cultura ocidental e para o bem-estar das famílias.
Fonte: Zenit.
Por Patrícia Navas
O arcebispo de Barcelona, cardeal Lluís Martínez Sistach, elogiou a iniciativa em curso no Parlamento Europeu para proteger o domingo como um dia de descanso semanal na legislação dos Estados membros e comunitária da União Europeia.
Em sua carta pastoral deste domingo, titulada «Salve o domingo», adverte sobre a incidência negativa que teria sobre a família a perda do domingo como um dia festivo e a ampliação dos horários comerciais.
«O benefício econômico e o progresso técnico, frio e nem sempre um progresso autêntico da pessoa humana e do bem comum, não nos deve fazer perder o riquíssimo valor do domingo, o qual tem uma longa tradição em nossa cultura e cujas múltiplas manifestações foram criando cultura e dando sentido e alegria à vida das pessoas e das famílias», assinala.
O cardeal qualifica a iniciativa que está em curso no Parlamento Europeu como «uma moção muito importante que considero que é preciso apoiar».
Com relação à Espanha, recorda que a constituição «garante a proteção social, econômica e jurídica da família».
O cardeal destaca a importância do matrimônio e da família na sociedade: «a promoção de uma autêntica relação, encontro e comunhão dos membros da família traz uma aprendizagem fundamental e insubstituível da vida social», assinala.
Também recorda que «os membros da família precisam do tempo suficiente para conviver e crescer no amor e na ajuda mútua».
Sobre os efeitos da perda do domingo como dia festivo, assinala que «dificultaria que toda a família pudesse se reunir em alguns momentos do dia, especialmente nos dias festivos».
Também que «teria de diminuir a dedicação de muitas pessoas à sua família, especialmente durante as festas» e que dificultaria a coincidência de horários entre os membros de uma família.
Assinala que «o domingo é, para todos os cidadãos, um importante dia de descanso, de alegria e de solidariedade» e acrescenta que «para os cristãos, o domingo é também o dia do Senhor, o qual está em perfeita harmonia com o dia do homem».
A questão do «desaparecimento do domingo» ocupou há alguns meses a atenção dos bispos da França, que publicaram o documento «O domingo, em risco na vida atual» diante de um projeto de lei francês sobre o trabalho no domingo.
Naquela ocasião, os bispos explicaram as razões sociais e antropológicas da importância do dia de descanso semanal na cultura ocidental e para o bem-estar das famílias.
Fonte: Zenit.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
A figura de Nuno Álvares Pereira
Biografia do santo português
Publicamos a biografia de Nuno Álvares Pereira difundida pela Santa Sé, no contexto da canonização, neste domingo, do herói português, na Praça de São Pedro.
* * *
Nuno Álvares Pereira nasceu em Portugal a 24 de Junho de 1360, muito provavelmente em Cernache do Bonjardim, sendo filho ilegítimo de fr. Álvaro Gonçalves Pereira, cavaleiro dos Hospitalários de S. João de Jerusalém e Prior do Crato, e de D. Iria Gonçalves do Carvalhal. Cerca de um ano após o seu nascimento o menino foi legitimado por decreto real, podendo assim receber a educação cavalheiresca típica dos filhos das famílias nobres do seu tempo. Aos treze anos torna-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser pouco depois cavaleiro. Aos dezasseis anos casa-se, por vontade de seu pai, com uma jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim. Da sua união nascem três filhos, dois do sexo masculino, que morrem em tenra idade, e uma do sexo feminino, Beatriz, a qual mais tarde viria a desposar o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança.
Quando o rei D. Fernando I morreu a 22 de Outubro de 1383 sem ter deixado filhos varões, o seu irmão D. João, Mestre de Avis, viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada pelo rei de Castela por ter desposado a filha do falecido rei. Nuno tomou o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável, isto é, Comandante supremo do exército. Nuno conduziu o exército português repetidas vezes à vitória, até se ter consagrado na batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), a qual acaba por determinar à resolução do conflito.
Os dotes militares de Nuno eram no entanto acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela eucaristia e pela Virgem Maria são a trave-mestra da sua vida interior. Assíduo à oração mariana, jejuava em honra da Virgem Maria às quartas-feiras, às sextas, aos sábados e nas vigílias das suas festas. Assistia diariamente à missa, embora só pudesse receber a eucaristia por ocasião das maiores solenidades. O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros S. Tiago e S. Jorge. Fez ainda construir às suas próprias custas numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja de S. Maria da Vitória, na Batalha.
Com a morte da esposa, em 1387, Nuno recusa contrair novas núpcias, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando finalmente se alcançou a paz, distribui grande parte dos seus bens entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acabo por se desfazer totalmente daqueles em 1423, quando decide entrar no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome de frei Nuno de Santa Maria. Impelido pelo Amor, abandona as armas e o poder para revestir-se da armadura do Espírito recomendada pela Regra do Carmo: era a opção por uma mudança radical de vida em que sela o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado. Embora tivesse preferido retirar-se para uma longínqua comunidade de Portugal, o filho do rei, D. Duarte, de tal o impediu. Mas ninguém pode proibir-lhe que se dedicasse a pedir esmola em favor do convento e sobretudo dos pobres, os quais continuou sempre a assistir e a servir. Em seu favor organiza a distribuição quotidiana de alimentos, nunca voltando as costas a um pedido. O Condestável do rei de Portugal, o Comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao entrar no convento recusa todos os privilégios e assume como própria a condição mais humilde, a de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor, de Maria —a sua terna Padroeira que sempre venerou—, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus.
Significativo foi o dia da morte de frei Nuno de Santa Maria, o domingo de Páscoa, 1 de Abril de 1431, passando imediatamente a ser reputado de “santo” pelo povo, que desde então o começa a chamar “Santo Condestável”.
Mas, embora a fama de santidade de Nuno se mantenha constante, chegando mesmo a aumentar, ao longo dos tempos, o percurso do processo de canonização será bem mais acidentado. Promovido desde logo pelos soberanos portugueses e prosseguido pela Ordem do Carmo, depara com numerosos obstáculos, de natureza exterior. Foi somente em 1894 que o Pe. Anastasio Ronci, então postulador geral dos Carmelitas, consegue introduzir o processo para o reconhecimento do culto do Beato Nuno “desde tempos imemoriais”, acabando este por ser felizmente concluído, apesar das dificuldades próprias do tempo em que decorre, no dia 23 de Dezembro de 1918 com o decreto Clementissimus Deus do Papa Bento XV.
As suas relíquias foram trasladadas numerosas vezes do sepulcro original para a Igreja do Carmo, até que, em 1961, por ocasião do sexto centenário do nascimento do Beato Nuno, se organizou uma peregrinação do precioso relicário de prata que as continha; mas pouco tempo depois é roubado, nunca mais tendo sido encontradas as relíquias que contivera, tendo sido depostos, em vez delas, alguns ossos que tinham sido conservados noutro lugar. A descoberta em 1966 do lugar do túmulo primitivo contendo alguns fragmentos de ossos compatíveis com as relíquias conhecidas reacendeu o desejo de ver o Beato Nuno proclamado em breve Santo da Igreja.
O Postulador Geral da Ordem, P. Felipe M. Amenós y Bonet, conseguiu que fosse reaberta a causa, que entretanto era corroborada graças a um possível milagre ocorrido em 2000. Tendo sido levadas a cabo as respectivas investigações, o Santo Padre, Papa Bento XVI, dispõe a 3 de Julho de 2008 a promulgação do decreto sobre o milagre em ordem à canonização e durante o Consistório de 21 de Fevereiro de 2009 determina que o Beato Nuno seja inscrito no álbum dos Santos no dia 26 de Abril de 2009.
Fonte: Zenit.
Publicamos a biografia de Nuno Álvares Pereira difundida pela Santa Sé, no contexto da canonização, neste domingo, do herói português, na Praça de São Pedro.
* * *
Nuno Álvares Pereira nasceu em Portugal a 24 de Junho de 1360, muito provavelmente em Cernache do Bonjardim, sendo filho ilegítimo de fr. Álvaro Gonçalves Pereira, cavaleiro dos Hospitalários de S. João de Jerusalém e Prior do Crato, e de D. Iria Gonçalves do Carvalhal. Cerca de um ano após o seu nascimento o menino foi legitimado por decreto real, podendo assim receber a educação cavalheiresca típica dos filhos das famílias nobres do seu tempo. Aos treze anos torna-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser pouco depois cavaleiro. Aos dezasseis anos casa-se, por vontade de seu pai, com uma jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim. Da sua união nascem três filhos, dois do sexo masculino, que morrem em tenra idade, e uma do sexo feminino, Beatriz, a qual mais tarde viria a desposar o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança.
Quando o rei D. Fernando I morreu a 22 de Outubro de 1383 sem ter deixado filhos varões, o seu irmão D. João, Mestre de Avis, viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada pelo rei de Castela por ter desposado a filha do falecido rei. Nuno tomou o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável, isto é, Comandante supremo do exército. Nuno conduziu o exército português repetidas vezes à vitória, até se ter consagrado na batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), a qual acaba por determinar à resolução do conflito.
Os dotes militares de Nuno eram no entanto acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela eucaristia e pela Virgem Maria são a trave-mestra da sua vida interior. Assíduo à oração mariana, jejuava em honra da Virgem Maria às quartas-feiras, às sextas, aos sábados e nas vigílias das suas festas. Assistia diariamente à missa, embora só pudesse receber a eucaristia por ocasião das maiores solenidades. O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros S. Tiago e S. Jorge. Fez ainda construir às suas próprias custas numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja de S. Maria da Vitória, na Batalha.
Com a morte da esposa, em 1387, Nuno recusa contrair novas núpcias, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando finalmente se alcançou a paz, distribui grande parte dos seus bens entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acabo por se desfazer totalmente daqueles em 1423, quando decide entrar no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome de frei Nuno de Santa Maria. Impelido pelo Amor, abandona as armas e o poder para revestir-se da armadura do Espírito recomendada pela Regra do Carmo: era a opção por uma mudança radical de vida em que sela o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado. Embora tivesse preferido retirar-se para uma longínqua comunidade de Portugal, o filho do rei, D. Duarte, de tal o impediu. Mas ninguém pode proibir-lhe que se dedicasse a pedir esmola em favor do convento e sobretudo dos pobres, os quais continuou sempre a assistir e a servir. Em seu favor organiza a distribuição quotidiana de alimentos, nunca voltando as costas a um pedido. O Condestável do rei de Portugal, o Comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao entrar no convento recusa todos os privilégios e assume como própria a condição mais humilde, a de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor, de Maria —a sua terna Padroeira que sempre venerou—, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus.
Significativo foi o dia da morte de frei Nuno de Santa Maria, o domingo de Páscoa, 1 de Abril de 1431, passando imediatamente a ser reputado de “santo” pelo povo, que desde então o começa a chamar “Santo Condestável”.
Mas, embora a fama de santidade de Nuno se mantenha constante, chegando mesmo a aumentar, ao longo dos tempos, o percurso do processo de canonização será bem mais acidentado. Promovido desde logo pelos soberanos portugueses e prosseguido pela Ordem do Carmo, depara com numerosos obstáculos, de natureza exterior. Foi somente em 1894 que o Pe. Anastasio Ronci, então postulador geral dos Carmelitas, consegue introduzir o processo para o reconhecimento do culto do Beato Nuno “desde tempos imemoriais”, acabando este por ser felizmente concluído, apesar das dificuldades próprias do tempo em que decorre, no dia 23 de Dezembro de 1918 com o decreto Clementissimus Deus do Papa Bento XV.
As suas relíquias foram trasladadas numerosas vezes do sepulcro original para a Igreja do Carmo, até que, em 1961, por ocasião do sexto centenário do nascimento do Beato Nuno, se organizou uma peregrinação do precioso relicário de prata que as continha; mas pouco tempo depois é roubado, nunca mais tendo sido encontradas as relíquias que contivera, tendo sido depostos, em vez delas, alguns ossos que tinham sido conservados noutro lugar. A descoberta em 1966 do lugar do túmulo primitivo contendo alguns fragmentos de ossos compatíveis com as relíquias conhecidas reacendeu o desejo de ver o Beato Nuno proclamado em breve Santo da Igreja.
O Postulador Geral da Ordem, P. Felipe M. Amenós y Bonet, conseguiu que fosse reaberta a causa, que entretanto era corroborada graças a um possível milagre ocorrido em 2000. Tendo sido levadas a cabo as respectivas investigações, o Santo Padre, Papa Bento XVI, dispõe a 3 de Julho de 2008 a promulgação do decreto sobre o milagre em ordem à canonização e durante o Consistório de 21 de Fevereiro de 2009 determina que o Beato Nuno seja inscrito no álbum dos Santos no dia 26 de Abril de 2009.
Fonte: Zenit.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Catequese deve-se perguntar que Jesus ela transmite, afirma bispo
D. Eugênio Rixen presidiu à missa de hoje na Assembleia da CNBB
O “grande desafio” da catequese hoje é fazer com que os fiéis “se apaixonem” por Jesus, mas não “o Jesus do mercado religioso moderno”, disse o bispo responsável na CNBB pela Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética.
Dom Eugênio Rixen, que é bispo de Goiás, presidiu à missa da manhã de hoje na 47ª Assembleia Geral do episcopado, que acontece em Itaici (Indaiatuba, São Paulo).
O bispo recordou inicialmente em sua homilia que a catequese prepara para viver os sacramentos de iniciação: Batismo, Crisma e Eucaristia. “Não para celebrar ritos sem compromisso, mas para reviver os mistérios pascais da morte e ressurreição de Jesus”, sublinhou.
“Mergulhados com Cristo na sua morte, viveremos também junto com ele para uma vida nova.”
Dom Eugênio destacou a ligação entre a Eucaristia e a partilha do pão: “a partilha do pão leva a entender melhor a eucaristia, e esta leva a partilhar o pão”.
“Uma catequese que não leva a transformar a vida e a sociedade não pode ser uma verdadeira catequese”, explicou.
O bispo de Goiás destacou que o lugar da catequese é a comunidade, “uma comunidade que sabe partilhar”.
Para Dom Eugênio Rixen, o “grande desafio” da catequese hoje é: “que Jesus nós transmitimos?”
“No mercado religioso moderno muitos falam de Jesus, mas de quem se trata de verdade? O Jesus milagreiro? O Jesus resposta a todos os meus problemas? O Jesus que traz prosperidade material? O Jesus mítico? O Jesus para mim?”
Segundo o bispo, “mais que nunca”, os catequistas “são convidados a conhecer o Jesus da História, que se fez igual a nós em tudo, menos no pecado”.
“O Jesus que carregou nossas dores e alegrias, sofrimentos e esperanças. O Jesus revelação plena do Pai, do amor do Pai, que através da sua fraqueza na cruz revela a força de Deus. Um Jesus ressuscitado.”
“A catequese procura que os catequizandos se apaixonem por esse Jesus. Todo o resto é consequência”, disse.
Dom Eugênio Rixen, que é bispo de Goiás, presidiu à missa da manhã de hoje na 47ª Assembleia Geral do episcopado, que acontece em Itaici (Indaiatuba, São Paulo).
O bispo recordou inicialmente em sua homilia que a catequese prepara para viver os sacramentos de iniciação: Batismo, Crisma e Eucaristia. “Não para celebrar ritos sem compromisso, mas para reviver os mistérios pascais da morte e ressurreição de Jesus”, sublinhou.
“Mergulhados com Cristo na sua morte, viveremos também junto com ele para uma vida nova.”
Dom Eugênio destacou a ligação entre a Eucaristia e a partilha do pão: “a partilha do pão leva a entender melhor a eucaristia, e esta leva a partilhar o pão”.
“Uma catequese que não leva a transformar a vida e a sociedade não pode ser uma verdadeira catequese”, explicou.
O bispo de Goiás destacou que o lugar da catequese é a comunidade, “uma comunidade que sabe partilhar”.
Para Dom Eugênio Rixen, o “grande desafio” da catequese hoje é: “que Jesus nós transmitimos?”
“No mercado religioso moderno muitos falam de Jesus, mas de quem se trata de verdade? O Jesus milagreiro? O Jesus resposta a todos os meus problemas? O Jesus que traz prosperidade material? O Jesus mítico? O Jesus para mim?”
Segundo o bispo, “mais que nunca”, os catequistas “são convidados a conhecer o Jesus da História, que se fez igual a nós em tudo, menos no pecado”.
“O Jesus que carregou nossas dores e alegrias, sofrimentos e esperanças. O Jesus revelação plena do Pai, do amor do Pai, que através da sua fraqueza na cruz revela a força de Deus. Um Jesus ressuscitado.”
“A catequese procura que os catequizandos se apaixonem por esse Jesus. Todo o resto é consequência”, disse.
Fonte: Zenit.
Semana internacional por um mundo unido
Organizada pelos Jovens do Movimento dos Focolares
Entre os dias 1º a 10 de maio acontecerá a Semana Internacional por um Mundo Unido, uma ação mundial pela paz e a solidariedade, promovida pelos Jovens por um Mundo Unido, do Movimento dos Focolares, que acontece em numerosos países.
Esta iniciativa – informa a Zenit Florencia Schiafino, responsável de imprensa da Semana na Argentina – tem sua origem em 1995 em Roma, fruto conclusivo de um encontro de trabalho de mais de 12 mil jovens de 106 países, onde propuseram este encontro anual, com o objetivo de dar luz e importância às iniciativas que promovem a unidade em qualquer âmbito.
Desde então, desenvolve-se esta iniciativa mundial pela paz e a solidariedade, onde, a partir de debates, festivais, marchas, vigílias de oração, competições esportivas, ações de solidariedade com os mais necessitados, transmissões radiofônicas e televisivas e demais atividades, tenta-se dar a conhecer ao mundo este ideal de fraternidade e unidade.
Os objetivos da iniciativa, segundo expressam seus organizadores, são «contribuir para criar relações de convivência pacífica, uma mentalidade de ajuda recíproca entre os povos e culturas diferentes, no respeito da dignidade de cada homem e da identidade de cada comunidade ou povo».
Durante a Semana se fazem as propostas de: uma estratégia de paz; uma cultura da acolhida; uma cultura do dar e uma cultura ecológica.
A estratégia de paz inclui a proposta de «um estilo de vida que tenda a construir a paz na vida cotidiana com todos, sem excluir ninguém. Uma linha de ação coerente que inclua a denúncia da violência nos meios de comunicação, o boicote às armas de brincadeira e aos produtos publicitários com imagens violentas. Um compromisso pessoal baseado na honestidade, começando pela rejeição das recomendações e dos subornos. Organizar manifestações locais para sensibilizar a opinião pública à paz e rejeitar a guerra como método para solucionar as controversas».
A proposta de uma cultura da acolhida afirma: «Nossas cidades são e serão sempre mais ricas de cores pela presença de pessoas de outras etnias, culturas e religiões. É o desafio que a história nos propõe, em particular aos jovens: superar cada temor e transformar esta realidade em uma oportunidade para a unidade dos povos».
Por ocasião da Semana Internacional por um Mundo Unido, realizar-se-ão numerosas iniciativas em todo o mundo. Em Buenos Aires acontecerão diversas atividades e iniciativas que podem ser vistas em: http://www.semanamundounido.com.ar/
Esta iniciativa – informa a Zenit Florencia Schiafino, responsável de imprensa da Semana na Argentina – tem sua origem em 1995 em Roma, fruto conclusivo de um encontro de trabalho de mais de 12 mil jovens de 106 países, onde propuseram este encontro anual, com o objetivo de dar luz e importância às iniciativas que promovem a unidade em qualquer âmbito.
Desde então, desenvolve-se esta iniciativa mundial pela paz e a solidariedade, onde, a partir de debates, festivais, marchas, vigílias de oração, competições esportivas, ações de solidariedade com os mais necessitados, transmissões radiofônicas e televisivas e demais atividades, tenta-se dar a conhecer ao mundo este ideal de fraternidade e unidade.
Os objetivos da iniciativa, segundo expressam seus organizadores, são «contribuir para criar relações de convivência pacífica, uma mentalidade de ajuda recíproca entre os povos e culturas diferentes, no respeito da dignidade de cada homem e da identidade de cada comunidade ou povo».
Durante a Semana se fazem as propostas de: uma estratégia de paz; uma cultura da acolhida; uma cultura do dar e uma cultura ecológica.
A estratégia de paz inclui a proposta de «um estilo de vida que tenda a construir a paz na vida cotidiana com todos, sem excluir ninguém. Uma linha de ação coerente que inclua a denúncia da violência nos meios de comunicação, o boicote às armas de brincadeira e aos produtos publicitários com imagens violentas. Um compromisso pessoal baseado na honestidade, começando pela rejeição das recomendações e dos subornos. Organizar manifestações locais para sensibilizar a opinião pública à paz e rejeitar a guerra como método para solucionar as controversas».
A proposta de uma cultura da acolhida afirma: «Nossas cidades são e serão sempre mais ricas de cores pela presença de pessoas de outras etnias, culturas e religiões. É o desafio que a história nos propõe, em particular aos jovens: superar cada temor e transformar esta realidade em uma oportunidade para a unidade dos povos».
Por ocasião da Semana Internacional por um Mundo Unido, realizar-se-ão numerosas iniciativas em todo o mundo. Em Buenos Aires acontecerão diversas atividades e iniciativas que podem ser vistas em: http://www.semanamundounido.com.ar/
Fonte: Zenit.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Bispos dos Estados Unidos apoiam mudança de política com Cuba
Pedem também uma mudança na política migratória com o México
Os bispos dos Estados Unidos acolheram a intenção de Barack Obama de uma mudança da política com Cuba que comportaria uma diminuição das sanções, anunciado pelo presidente norte-americano por ocasião da reunião que aconteceu recentemente em Trinidad e Tobago.
Em uma carta, o bispo Howard Hubbard, de Albany, Nova York, presidente da comissão episcopal sobre Justiça Internacional e Paz, assinalou que o conselho que preside «pediu durante muitos anos uma flexibilização das sanções contra Cuba».
«Estas políticas fracassaram em grande parte na hora de promover uma maior liberdade, a democracia e o respeito dos direitos humanos em Cuba», escreve Dom Hubbard na carta de 15 de abril. «Ao mesmo tempo, as políticas contraprodutivas de nossa nação alienaram desnecessariamente muitos no hemisfério. A melhoria da vida do povo cubano e o fomento dos direitos humanos em Cuba avançarão mais através de um maior, e não de um menor, contato entre os povos norte-americano e cubano.»
Obama anunciou sua intenção de garantir aos cubanos residentes nos Estados Unidos o direito de viajar livremente à Ilha e de enviar dinheiro a seus familiares, assim como de levantar as restrições às companhias de telecomunicações norte-americanas, com o fim de ajudar uma futura mudança em Cuba.
Migrações
Outra das questões sobre as quais os bispos consideram necessária uma mudança é a política migratória, e para isso pedem ao presidente um maior diálogo com as autoridades mexicanas.
Dom John Wester, bispo de Salt Lake City (Utah) e presidente do Comitê episcopal sobre Migração, mostrou a preocupação dos bispos sobre a situação da migração entre o México e os Estados Unidos, pouco antes da visita de Obama ao presidente Felipe Calderón, durante a qual se tratou deste tema, entre outros.
Segundo explicou Dom Wester em uma nota de imprensa nesse mesmo dia, ambas as nações se beneficiam da situação atual, enquanto os explorados são os próprios imigrantes.
Os Estados Unidos, afirmou, «recebem o benefício dos imigrantes e dos impostos sobre seu trabalho sem ter de preocupar-se pela proteção de seus direitos, nem nos tribunais nem nos lugares de trabalho. Quando convém, são convertidos em bodes políticos expiatórios – tanto retoricamente como de forma efetiva, através de redes em seus lugares de trabalho».
Mas também o México ganha, acrescentou Dom Wester, referindo-se aos 20 bilhões de dólares em remessas anuais, sem a necessidade de resolver a situação dos mexicanos nos âmbitos mais baixos da escala econômica.
«O que lhes resta é uma política de ‘ir para o norte’, que expõe os cidadãos mexicanos aos estragos dos traficantes, dos agentes da lei corruptos, e à possibilidade de morrer no deserto», lamentou Dom Wester.
«Os perdedores neste jogo da globalização são os próprios migrantes, que não têm o poder político e são incapazes de defender-se dos inevitáveis abusos e exploração, em um sistema que se aproveita de seu desespero e lhes expropria da ética no trabalho.»
Em uma carta, o bispo Howard Hubbard, de Albany, Nova York, presidente da comissão episcopal sobre Justiça Internacional e Paz, assinalou que o conselho que preside «pediu durante muitos anos uma flexibilização das sanções contra Cuba».
«Estas políticas fracassaram em grande parte na hora de promover uma maior liberdade, a democracia e o respeito dos direitos humanos em Cuba», escreve Dom Hubbard na carta de 15 de abril. «Ao mesmo tempo, as políticas contraprodutivas de nossa nação alienaram desnecessariamente muitos no hemisfério. A melhoria da vida do povo cubano e o fomento dos direitos humanos em Cuba avançarão mais através de um maior, e não de um menor, contato entre os povos norte-americano e cubano.»
Obama anunciou sua intenção de garantir aos cubanos residentes nos Estados Unidos o direito de viajar livremente à Ilha e de enviar dinheiro a seus familiares, assim como de levantar as restrições às companhias de telecomunicações norte-americanas, com o fim de ajudar uma futura mudança em Cuba.
Migrações
Outra das questões sobre as quais os bispos consideram necessária uma mudança é a política migratória, e para isso pedem ao presidente um maior diálogo com as autoridades mexicanas.
Dom John Wester, bispo de Salt Lake City (Utah) e presidente do Comitê episcopal sobre Migração, mostrou a preocupação dos bispos sobre a situação da migração entre o México e os Estados Unidos, pouco antes da visita de Obama ao presidente Felipe Calderón, durante a qual se tratou deste tema, entre outros.
Segundo explicou Dom Wester em uma nota de imprensa nesse mesmo dia, ambas as nações se beneficiam da situação atual, enquanto os explorados são os próprios imigrantes.
Os Estados Unidos, afirmou, «recebem o benefício dos imigrantes e dos impostos sobre seu trabalho sem ter de preocupar-se pela proteção de seus direitos, nem nos tribunais nem nos lugares de trabalho. Quando convém, são convertidos em bodes políticos expiatórios – tanto retoricamente como de forma efetiva, através de redes em seus lugares de trabalho».
Mas também o México ganha, acrescentou Dom Wester, referindo-se aos 20 bilhões de dólares em remessas anuais, sem a necessidade de resolver a situação dos mexicanos nos âmbitos mais baixos da escala econômica.
«O que lhes resta é uma política de ‘ir para o norte’, que expõe os cidadãos mexicanos aos estragos dos traficantes, dos agentes da lei corruptos, e à possibilidade de morrer no deserto», lamentou Dom Wester.
«Os perdedores neste jogo da globalização são os próprios migrantes, que não têm o poder político e são incapazes de defender-se dos inevitáveis abusos e exploração, em um sistema que se aproveita de seu desespero e lhes expropria da ética no trabalho.»
Fonte: Zenit.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Santa Sé participa da Conferência de Durban contra o racismo
Porta-voz considera declarações do presidente do Irã como “inaceitáveis”
A Santa Sé participa da Conferência “Durban II” da ONU contra o racismo, que começou hoje em Genebra.
Nesse contexto, o Pe. Federico Lombardi, S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, classificou de “inaceitáveis” as declarações lançadas contra Israel pelo presidente do Irã, Mahmud Ahmadineyad.
Segundo o porta-voz vaticano, “a Conferência é em si uma ocasião importante para promover a luta contra o racismo e a intolerância”.
“Com estas intenções, a Santa Sé participa e pretende apoiar o esforço das instituições internacionais para dar passos adiante nesta direção.”
O Pe. Lombardi criticou a intervenção do presidente do Irã, “pois se bem que não negou o Holocausto ou o direito à existência de Israel, deu manifestações extremistas e inaceitáveis”.
“Por esse motivo, é importante seguir afirmando com clareza o respeito da dignidade da pessoa humana contra todo racismo e intolerância”, assegurou o porta-voz.
“Desejamos que a Conferência possa servir ainda para alcançar este objetivo. Este é certamente o sentido do compromisso da delegação da Santa Sé ao continuar em suas sessões de trabalho”, concluiu.
Nesse contexto, o Pe. Federico Lombardi, S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, classificou de “inaceitáveis” as declarações lançadas contra Israel pelo presidente do Irã, Mahmud Ahmadineyad.
Segundo o porta-voz vaticano, “a Conferência é em si uma ocasião importante para promover a luta contra o racismo e a intolerância”.
“Com estas intenções, a Santa Sé participa e pretende apoiar o esforço das instituições internacionais para dar passos adiante nesta direção.”
O Pe. Lombardi criticou a intervenção do presidente do Irã, “pois se bem que não negou o Holocausto ou o direito à existência de Israel, deu manifestações extremistas e inaceitáveis”.
“Por esse motivo, é importante seguir afirmando com clareza o respeito da dignidade da pessoa humana contra todo racismo e intolerância”, assegurou o porta-voz.
“Desejamos que a Conferência possa servir ainda para alcançar este objetivo. Este é certamente o sentido do compromisso da delegação da Santa Sé ao continuar em suas sessões de trabalho”, concluiu.
Fonte: Zenit.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
2009 - Ano Catequético
Neste ano de 2009 iremos refletir, rezar e realizar muitas obras, iniciativas, decisões no âmbito da catequese. Por quê um ano catequético? Porque precisamos aprofundar nossa fé e crescer no seguimento de Jesus Cristo. Falar em catequese é tocar assuntos vitais, decisivos, urgentes a saber: a fé, o conhecimento religioso, a vida na Igreja, a transformação da realidade.
Através da catequese, as famílias recebem precioso e inestimável auxilio na educação dos filhos, as pessoas adultas descobrem os tesouros da vida cristã, as comunidades se robustecem na missão e na ação transformadora do mundo. A catequese nos ajuda a ser verdadeiramente humanos, civilizados, cristianizados santificados. Sem catequese as pessoas vivem uma fé superficial, mágica, infantil e podem regredir a degraus infra-humanos. Sem catequese, quem deveria ser santo, cai na desumanidade porque estas duas potencialidades estão em nós: santidade ou animalidade.
Se catequizar é aprofundar a fé, os profetas, os santos, os apóstolos, os teólogos foram e são grandes catequistas. Ninguém, porem, ultrapassa Jesus em assunto de catequese. Ele falava o que vivia, encantado e fascinado pelo amor do Pai, sabia tratar as pessoas com a mais fina pedagogia. Ele mesmo prometeu aos catequistas que seus nomes estão escritos no céu. O centro da catequese de Jesus é o Pai e o reino.
Quantos catequistas homens e mulheres são verdadeiros anjos de Deus. São mães e pais que geram novos filhos para Igreja. São forjadores de uma nova sociedade que brota ação catequética. São verdadeiras portas pelas quais as pessoas podem entrar em relação profunda com Deus, autênticos sacerdotes, sacerdotizas e profetas do evangelho, parteiros e parteiras de uma nova sociedade.
Quem ama, ensina. Se a missão de professor e educador já é de elevado quilate, forçosamente a missão de ser catequista é sublime, nobre, transcendente. Catequizar é ajudar as pessoas descobrir que são amadas por Deus, que a vida tem sentido, que a eternidade é o melhor que podemos esperar. É abrir os olhos do coração e da consciência para horizontes mais amplos, para verdades mais profundas, para esperanças que não enganam.
A catequese nos leva a descobrir a onipotência do amor, a invencibilidade do bem, a irrevogabilidade do evangelho, a confiabilidade da Igreja, a eternidade das boas obras, a universalidade da salvação. Um ano catequético quer ser um ano de restauração da fé, da vida cristã, da missão em favor da salvação. Precisamos ver coisas maiores e realizar obras maiores como nos disse Jesus. Eis aí o ano catequético
As gestantes, os portadores de deficiência, os afastados de Deus e das comunidades de fé, os pobres, os que vivem nos centros urbanos e nas selvas amazônicas, os que habitam os confins da terra no além-fronteiras, os que exercem influência na sociedade, são os primeiros a serem contemplados pelo ano catequético. Portanto, haja fôlego, criatividade e coragem. A batalha pela fé nos chama à generosidade, à dádiva, à disponibilidade. “Avante sempre, mesmo que os ventos sejam contrários”, dizia a grande catequista Santa Madre Paulina. Assim são nossos gigantes na catequese: Santo Frei Galvão, o bem-aventurado Anchieta, Padre Antonio Vieira, Dom Helder e tantos outros cujos nomes estão no Livro da Vida.
Com o ano catequético esperamos mais homens e pais de família assumindo o ministério de catequista. Feliz a comunidade que tem casais catequistas. Junto com o bispo, os padres são chamados a ser os primeiros animadores da catequese, numa grande aliança com as famílias, a comunidade cristã, as pastorais e movimentos. Catequese, não é uma gaveta, um quintal, um grupo de pessoas, mas, uma obrigação de todos os cristãos. Os cristãos, pela catequese, são “alma do mundo”.
Dom Orlando Blandes.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Província Eclesiástica de Maringá se prepara para o 12º Intereclesial das CEBs
No domingo, 19, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Província Eclesiástica de Maringá (PR), que compreende as dioceses de Maringá, Umuarama, Paranavaí e Campo Mourão, promovem formação para os coordenadores das regiões pastorais e para os 40 delegados que participarão do 12º Intereclesial das CEBs Nacional.
A formação tem início às 8h na paróquia Divino Espírito Santo, com missa presidida pelo arcebispo, dom Anuar Battisti. Segundo a coordenadora das CEBs na Província Eclesiástica, Lucimar Moreira Bueno, o objetivo da formação é conscientizar para a importância da Amazônia no cenário das mudanças climáticas que afeta o mundo inteiro.
“É preciso construir uma nova mentalidade, os povos da Amazônia, os povos do mundo inteiro querem apenas a construção de uma proposta de desenvolvimento que evite a destruição da floresta, da biodiversidade e a poluição das águas. Querem a construção de uma sociedade justa e solidária, a serviço da vida”, explica a coordenadora.
O 12º Intereclesial será realizado entre os dias 21 e 25 de julho, na cidade de Porto Velho (RO), e terá como tema: “CEBs, Ecologia e Missão” e lema: “Do Ventre da Terra o Grito que vem da Amazônia”.
A formação tem início às 8h na paróquia Divino Espírito Santo, com missa presidida pelo arcebispo, dom Anuar Battisti. Segundo a coordenadora das CEBs na Província Eclesiástica, Lucimar Moreira Bueno, o objetivo da formação é conscientizar para a importância da Amazônia no cenário das mudanças climáticas que afeta o mundo inteiro.
“É preciso construir uma nova mentalidade, os povos da Amazônia, os povos do mundo inteiro querem apenas a construção de uma proposta de desenvolvimento que evite a destruição da floresta, da biodiversidade e a poluição das águas. Querem a construção de uma sociedade justa e solidária, a serviço da vida”, explica a coordenadora.
O 12º Intereclesial será realizado entre os dias 21 e 25 de julho, na cidade de Porto Velho (RO), e terá como tema: “CEBs, Ecologia e Missão” e lema: “Do Ventre da Terra o Grito que vem da Amazônia”.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Ano Catequético Nacional será aberto no domingo
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre no próximo domingo, 19, o Ano Catequético Nacional. Em nível nacional, a abertura será marcada com uma missa presidida pelo bispo auxiliar de São Paulo, dom Tarcisio Scaramussa, na catedral da Sé, em São Paulo, às 11h. Estarão presentes as assessoras da Comissão Bíblico-Catequética, da CNBB, irmã Zélia Maria Batista, e Maria Cecília Rover. Faz parte da programação, ainda, o lançamento do CD “Catequese, caminho para o discipulado”, que contém 13 canções para animação do Ano Catequético.“Este dia será marcado por celebrações eucarísticas e celebrações da Palavra. Ao redor do pão da palavra e da eucaristia mais de 800 mil catequistas estarão reunidos para celebrar a presença do Ressuscitado na comunidade, na Palavra e na Eucaristia”, explica a assessora da CNBB, Irmã Zélia Batista.Na Assembleia Geral dos Bispos, que acontece no próximo dia 22, o Ano Catequético será celebrado na missa do dia 24 de abril, às 7h, em Itaici. “O Ano Catequético tem como objetivo geral dar novo impulso à catequese como serviço eclesial e como caminho para o discipulado”, explica o presidente da Comissão, dom Eugênio Rixen.Sob a coordenação da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-catequética da CNBB, o Ano Catequético quer envolver todas as pastorais, movimentos e organismos da Igreja. Vários materiais de divulgação foram produzidos pela Comissão, inclusive um texto-base que descreve o conteúdo do Ano Catequético que se encerra no dia 22 de novembro, na festa de Cristo Rei.Leia, abaixo, a carta de dom Eugênio Rixen aos catequistas e a celebração de abertura do Ano Catequético. Confira as vinhetas para veiculação nas emissoras de rádio, é uma maneira de divulgar e animar o Ano Catequético: vinheta 01 e vinheta 02.
Fonte: CNBB.org.br
quarta-feira, 15 de abril de 2009
O Papa visitará norte da Itália em 8 de novembro para recordar a Paulo VI
O Papa Bento XVI viajará no próximo 8 de novembro à cidade de Bréscia, no norte da Itália, para presidir as celebrações pelo 30 aniversário da morte de Papa Paulo VI.
O Pontífice inaugurará em Bréscia o "Centro Paulo VI", dedicado a manter seus escritos e a promoção da autêntica interpretação do Concílio Vaticano II em um conjunto arquitetônico que inclui a casa natal de Giovanni Montini.
"A visita é um grande motivo de gozo para nosso presbitério e para toda a Igreja em Bréscia", disse o Bispo, Dom Luciano Monari.
O Papa Paulo VI nomeou ao então Professor Joseph Ratzinger Arcebispo de Munique (Alemanha) em 24 de março de 1977, e o criou cardeal em 28 de maio do mesmo ano.
O Papa Paulo VI morreu em 6 de agosto de 1978.
O Pontífice inaugurará em Bréscia o "Centro Paulo VI", dedicado a manter seus escritos e a promoção da autêntica interpretação do Concílio Vaticano II em um conjunto arquitetônico que inclui a casa natal de Giovanni Montini.
"A visita é um grande motivo de gozo para nosso presbitério e para toda a Igreja em Bréscia", disse o Bispo, Dom Luciano Monari.
O Papa Paulo VI nomeou ao então Professor Joseph Ratzinger Arcebispo de Munique (Alemanha) em 24 de março de 1977, e o criou cardeal em 28 de maio do mesmo ano.
O Papa Paulo VI morreu em 6 de agosto de 1978.
Fonte: ACI DIGITAL.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Igreja não sucumbirá, garante Papa na vigília pascal
Batiza 5 adultos em uma celebração dominada pela força da Ressurreição
Apesar das dificuldades que a Igreja vive, nas que alguns anunciam seu afundamento, Bento XVI garantiu, na vigília pascal, que graças à Ressurreição de Jesus, está fora a gravidade da morte.
Na «mãe de todas as vigílias» para os cristãos, o Papa batizou 5 adultos na basílica vaticana: 2 homens italianos e 3 mulheres da China, Itália e Estados Unidos.
Na homilia da celebração, que começou às 21h do Sábado Santo, o pontífice constatou como, enquanto «na realidade deveria afundar, a Igreja entoa o cântico de agradecimento dos redimidos».
«Está sobre as águas de morte da história e todavia já está ressuscitada», sublinhou em uma Basílica de São Pedro totalmente lotada.
«Cantando, ela agarra-se à mão do Senhor, que a sustenta por cima das águas. E sabe que deste modo é guindada fora da força de gravidade da morte e do mal – uma força da qual, sem tal intervenção, não haveria caminho algum de fuga – guindada e atraída para dentro da nova força de gravidade de Deus, da verdade e do amor.»
«De momento, ela encontra-se ainda entre os dois campos gravitacionais. Mas desde que Jesus ressuscitou, a gravitação do amor é mais forte que a do ódio; a força de gravidade da vida é mais forte que a da morte», explicou.
Citando São Paulo, reconheceu: «Somos considerados (…) como agonizantes, embora estejamos com vida». E acrescentou: «a mão salvadora do Senhor nos sustenta e assim podemos cantar já agora o cântico dos redimidos, o cântico novo dos ressuscitados: Aleluia!».
A celebração começou no átrio da basílica vaticana, com o silêncio mais profundo, com a bênção do fogo novo e o acendimento da círio pascal, símbolo de Cristo, Luz do mundo.
Depois começou a procissão até o altar maior, no meio de uma escuridão total no templo, iluminado pouco a pouco com as velas das milhares de pessoas que o enchiam, velas que foram acesas uma a uma, com a chama procedente do círio pascal.
Quando chegou ao altar maior, acenderam todas as luzes, deixando descobertas as maravilhas do templo vaticano, e começou o canto do Exultet, ou pregão pascal, um percorrido sintético da história da salvação.
Precisamente o símbolo da luz de Jesus levou o Papa a reconhecer, durante a homilia, «quanta compaixão deve Ele sentir também do nosso tempo, por causa de todos os grandes discursos por trás dos quais, na realidade, se esconde uma grande desorientação!».
«Para onde devemos ir? Quais são os valores, segundo os quais podemos regular-nos? Os valores segundo os quais podemos educar os jovens, sem lhes dar normas que talvez não subsistam nem exigir coisas que talvez não lhes devam ser impostas?», perguntou-se, recolhendo interrogantes em voga.
A resposta é Cristo, «Ele é a Luz», concluiu.
Na «mãe de todas as vigílias» para os cristãos, o Papa batizou 5 adultos na basílica vaticana: 2 homens italianos e 3 mulheres da China, Itália e Estados Unidos.
Na homilia da celebração, que começou às 21h do Sábado Santo, o pontífice constatou como, enquanto «na realidade deveria afundar, a Igreja entoa o cântico de agradecimento dos redimidos».
«Está sobre as águas de morte da história e todavia já está ressuscitada», sublinhou em uma Basílica de São Pedro totalmente lotada.
«Cantando, ela agarra-se à mão do Senhor, que a sustenta por cima das águas. E sabe que deste modo é guindada fora da força de gravidade da morte e do mal – uma força da qual, sem tal intervenção, não haveria caminho algum de fuga – guindada e atraída para dentro da nova força de gravidade de Deus, da verdade e do amor.»
«De momento, ela encontra-se ainda entre os dois campos gravitacionais. Mas desde que Jesus ressuscitou, a gravitação do amor é mais forte que a do ódio; a força de gravidade da vida é mais forte que a da morte», explicou.
Citando São Paulo, reconheceu: «Somos considerados (…) como agonizantes, embora estejamos com vida». E acrescentou: «a mão salvadora do Senhor nos sustenta e assim podemos cantar já agora o cântico dos redimidos, o cântico novo dos ressuscitados: Aleluia!».
A celebração começou no átrio da basílica vaticana, com o silêncio mais profundo, com a bênção do fogo novo e o acendimento da círio pascal, símbolo de Cristo, Luz do mundo.
Depois começou a procissão até o altar maior, no meio de uma escuridão total no templo, iluminado pouco a pouco com as velas das milhares de pessoas que o enchiam, velas que foram acesas uma a uma, com a chama procedente do círio pascal.
Quando chegou ao altar maior, acenderam todas as luzes, deixando descobertas as maravilhas do templo vaticano, e começou o canto do Exultet, ou pregão pascal, um percorrido sintético da história da salvação.
Precisamente o símbolo da luz de Jesus levou o Papa a reconhecer, durante a homilia, «quanta compaixão deve Ele sentir também do nosso tempo, por causa de todos os grandes discursos por trás dos quais, na realidade, se esconde uma grande desorientação!».
«Para onde devemos ir? Quais são os valores, segundo os quais podemos regular-nos? Os valores segundo os quais podemos educar os jovens, sem lhes dar normas que talvez não subsistam nem exigir coisas que talvez não lhes devam ser impostas?», perguntou-se, recolhendo interrogantes em voga.
A resposta é Cristo, «Ele é a Luz», concluiu.
Fonte: Zenit.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Iraque: outros 5 cristãos assassinados
O arcebispo de Kirkuk alerta sobre uma próxima «escalada de violência»
Cinco cristãos foram assassinados em várias cidades iraquianas nas últimas duas semanas. Assim confirmou o arcebispo de Kirkuk, Dom Louis Sako, nesta segunda-feira, à agência italiana AsiaNews.
Um idoso de 71 anos, a primeira vítima, foi assassinado por alguns desconhecidos que assaltaram sua casa em Kirkuk. As outras vítimas são duas irmãs de meia idade, o proprietário de um restaurante em Bagdá e um mecânico eletricista, assassinado a tiros em sua oficina de Mosul.
Mas a maior preocupação neste momento, explica Dom Sako, é que a retirada das tropas americanas pode gerar um vazio de segurança que poderia conduzir o país a uma guerra civil.
«Ainda não se viu uma verdadeira reconciliação entre os diversos grupos étnicos e religiosos. O exército e a polícia não são capazes ainda de manter a ordem e a segurança no país», explica o prelado, que teme que, nestas circunstâncias, a retirada anunciada das tropas americanas provoque uma desestabilização ainda maior.
«Nesta Semana Santa, oremos pela paz e pela estabilidade do Iraque, e para que o sangue dos mártires possa voltar a trazer a paz. Cristo crucificado e ressuscitado nos pede perseverar e manter nossa presença e testemunho», acrescenta Dom Sako.
Segundo revela esta agência, fontes eclesiásticas no país já haviam advertido há dias que os cristãos continuavam sendo alvo de «organizações criminosas», que antes se amparavam na Al Qaeda para cometer seus ataques contra os cristãos, basicamente para roubar seus bens.
Para Dom Sako, o problema é que esta violência continua impulsionando os cristãos a fugirem do país, «em um êxodo que parece não terminar nunca», o que aumenta ainda mais a insegurança dos que decidem ficar.
Um idoso de 71 anos, a primeira vítima, foi assassinado por alguns desconhecidos que assaltaram sua casa em Kirkuk. As outras vítimas são duas irmãs de meia idade, o proprietário de um restaurante em Bagdá e um mecânico eletricista, assassinado a tiros em sua oficina de Mosul.
Mas a maior preocupação neste momento, explica Dom Sako, é que a retirada das tropas americanas pode gerar um vazio de segurança que poderia conduzir o país a uma guerra civil.
«Ainda não se viu uma verdadeira reconciliação entre os diversos grupos étnicos e religiosos. O exército e a polícia não são capazes ainda de manter a ordem e a segurança no país», explica o prelado, que teme que, nestas circunstâncias, a retirada anunciada das tropas americanas provoque uma desestabilização ainda maior.
«Nesta Semana Santa, oremos pela paz e pela estabilidade do Iraque, e para que o sangue dos mártires possa voltar a trazer a paz. Cristo crucificado e ressuscitado nos pede perseverar e manter nossa presença e testemunho», acrescenta Dom Sako.
Segundo revela esta agência, fontes eclesiásticas no país já haviam advertido há dias que os cristãos continuavam sendo alvo de «organizações criminosas», que antes se amparavam na Al Qaeda para cometer seus ataques contra os cristãos, basicamente para roubar seus bens.
Para Dom Sako, o problema é que esta violência continua impulsionando os cristãos a fugirem do país, «em um êxodo que parece não terminar nunca», o que aumenta ainda mais a insegurança dos que decidem ficar.
Fonte: Zenit.
terça-feira, 7 de abril de 2009
Papa aprova milagre e 10 decretos de virtudes heróicas
Bento XVI aprovou na sexta-feira passada o decreto de um milagre e outros 10 de reconhecimento de virtudes heroicas, a partir da proposta da Congregação para as Causas dos Santos.
O milagre é atribuído a:
– Maria Pierina de Micheli (1890-1945), italiana, religiosa do Instituto das Filhas da Imaculada Conceição de Buenos Aires.
As virtudes heroicas de:
– Francisco José Rudigier (1811-1884), austríaco, bispo de Linz.
– João Evangelista Wagner (1807-1886), alemão, sacerdote diocesano.
– Innocenzo da Caltagirone Marcinno (1589-1655), italiano, ministro geral da Ordem dos Frades Menores.
– Teresa da Cruz Candamo Álvarez (1875-1953), peruana, fundadora da Congregação das Canonesas da Cruz.
– Maria Inês – Teresa do Santíssimo Sacramento Arias Espinosa (1904-1981), mexicana, fundadora das Congregações das Irmãs Missionárias Clarissas do Santíssimo Sacramento e dos Missionários de Cristo para a Igreja Universal.
– Maria de la Ferre (1589-1652), francesa, cofundadora do Instituto das Filhas de São José de La Fleche, agora Religiosas Hospitalárias de São José.
– Teresinha do Menino Jesus Pérez de Iriarte Casado (1904-1954), espanhola, religiosa da Ordem de Santo Domingo.
– Dulce Lopes Pontes (1914-1992), brasileira, religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Madre de Deus.
– Giacomo Gaglione (1896-1962), italiano, leigo.
– Benedicta Rencurel (1647-1718), francesa, leiga da Ordem Terciária de Santo Domingo.
O milagre é atribuído a:
– Maria Pierina de Micheli (1890-1945), italiana, religiosa do Instituto das Filhas da Imaculada Conceição de Buenos Aires.
As virtudes heroicas de:
– Francisco José Rudigier (1811-1884), austríaco, bispo de Linz.
– João Evangelista Wagner (1807-1886), alemão, sacerdote diocesano.
– Innocenzo da Caltagirone Marcinno (1589-1655), italiano, ministro geral da Ordem dos Frades Menores.
– Teresa da Cruz Candamo Álvarez (1875-1953), peruana, fundadora da Congregação das Canonesas da Cruz.
– Maria Inês – Teresa do Santíssimo Sacramento Arias Espinosa (1904-1981), mexicana, fundadora das Congregações das Irmãs Missionárias Clarissas do Santíssimo Sacramento e dos Missionários de Cristo para a Igreja Universal.
– Maria de la Ferre (1589-1652), francesa, cofundadora do Instituto das Filhas de São José de La Fleche, agora Religiosas Hospitalárias de São José.
– Teresinha do Menino Jesus Pérez de Iriarte Casado (1904-1954), espanhola, religiosa da Ordem de Santo Domingo.
– Dulce Lopes Pontes (1914-1992), brasileira, religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Madre de Deus.
– Giacomo Gaglione (1896-1962), italiano, leigo.
– Benedicta Rencurel (1647-1718), francesa, leiga da Ordem Terciária de Santo Domingo.
Fonte: Zenit.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Para sair da crise, porta-voz vaticano pede confiar nos pobres
Comentário do Pe. Lombardi à reunião do G20
O porta-voz da Santa Sé, ao concluir a reunião do G20 em Londres, considera que para sair da crise econômica a comunidade internacional deve dar confiança aos pobres.
Assim explicou o Pe. Federico Lombardi, S.J., diretor da Sala de Informação da Santa Sé, no editorial do jornal «Octava Dies» produzido pelo Centro Televisivo Vaticano, que leva por título «Construir sobre a confiança».
Com esta expresão, o sacerdote recorda a exortação de Bento XVI ao G20, a coordenar com urgência medidas para superar a crise atual, com o anseio de que nunca mais se volte a repetir, tendo em conta em especial os mais pobres e os que não têm voz.
«A ativa confiança no homem, sobretudo a confiança nos homens e nas mulheres mais pobres, será a prova de que verdadeiramente se quer sair da crise, sem exclusões, e de que se quer evitar decididamente que se repitam situações semelhantes às que hoje nos cabe viver», explica o Pe. Lombardi, citando a carta enviada pelo Papa ao primeiro-ministro inglês Gordon Brown.
O porta-voz vaticano constata que, «em seu regresso da África, Bento XVI continua levando em seus olhos e em seu coração os problemas dramáticos e a pobreza deste continente, mas também a vontade de viver e a esperança de resgatar-se que têm seus habitantes. Adverte aos ricos que não devem e não podem construir o futuro sem ter em conta aos pobres».
«Mas o ponto crucial é o de encontrar o fundamento desde o qual voltar a começar a edificar uma ordem mundial justa, solidária e estável». «O único fundamento verdadeiro e sólido é a confiança no homem», continua dizendo o sacerdote citando o Papa.
«Não uma confiança cega nas finanças – declara –, no comércio ou nos sistemas de produção, privada de sólidas referências éticas, mas uma economia que leva justo "dentro" de si mesma a consciência da dignidade de todas as pessoas humanas e de sua responsabilidade de servir a seu desenvolvimento integral».
«Todos queremos sair da crise atual, mas seria ilusório pensar que é possível sair deixando à margem quem sofre mais e que hoje tem uma voz mais frágil e que, contudo, pode oferecer muitíssimo pelo futuro da família humana.
Lutar para eliminar a pobreza extrema e assim libertar a verdadeira riqueza do mundo: as criaturas de Deus, feitas a sua imagem. Esta é a prioridade mais digna de ser perseguida por quem guia hoje o futuro de nosso mundo», conclui o porta-voz.
Assim explicou o Pe. Federico Lombardi, S.J., diretor da Sala de Informação da Santa Sé, no editorial do jornal «Octava Dies» produzido pelo Centro Televisivo Vaticano, que leva por título «Construir sobre a confiança».
Com esta expresão, o sacerdote recorda a exortação de Bento XVI ao G20, a coordenar com urgência medidas para superar a crise atual, com o anseio de que nunca mais se volte a repetir, tendo em conta em especial os mais pobres e os que não têm voz.
«A ativa confiança no homem, sobretudo a confiança nos homens e nas mulheres mais pobres, será a prova de que verdadeiramente se quer sair da crise, sem exclusões, e de que se quer evitar decididamente que se repitam situações semelhantes às que hoje nos cabe viver», explica o Pe. Lombardi, citando a carta enviada pelo Papa ao primeiro-ministro inglês Gordon Brown.
O porta-voz vaticano constata que, «em seu regresso da África, Bento XVI continua levando em seus olhos e em seu coração os problemas dramáticos e a pobreza deste continente, mas também a vontade de viver e a esperança de resgatar-se que têm seus habitantes. Adverte aos ricos que não devem e não podem construir o futuro sem ter em conta aos pobres».
«Mas o ponto crucial é o de encontrar o fundamento desde o qual voltar a começar a edificar uma ordem mundial justa, solidária e estável». «O único fundamento verdadeiro e sólido é a confiança no homem», continua dizendo o sacerdote citando o Papa.
«Não uma confiança cega nas finanças – declara –, no comércio ou nos sistemas de produção, privada de sólidas referências éticas, mas uma economia que leva justo "dentro" de si mesma a consciência da dignidade de todas as pessoas humanas e de sua responsabilidade de servir a seu desenvolvimento integral».
«Todos queremos sair da crise atual, mas seria ilusório pensar que é possível sair deixando à margem quem sofre mais e que hoje tem uma voz mais frágil e que, contudo, pode oferecer muitíssimo pelo futuro da família humana.
Lutar para eliminar a pobreza extrema e assim libertar a verdadeira riqueza do mundo: as criaturas de Deus, feitas a sua imagem. Esta é a prioridade mais digna de ser perseguida por quem guia hoje o futuro de nosso mundo», conclui o porta-voz.
Fonte: Zenit.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Polícia chinesa prende bispo da Igreja não-oficial
Coincidindo com a reunião da Comissão vaticana sobre a situação da Igreja no país
A política chinesa prendeu nas últimas horas Dom Jia Zhiguo, bispo de Zhengding, segundo deu a conhecer hoje a agência Asianews. A detenção coincide com a reunião, nestes dias no Vaticano, da Comissão plenária sobre a Igreja na China.
Segundo revelou a mesma agência, em um artigo assinado pelo seu diretor, Bernardo Cervellera, ontem, às 16h (hora local), cinco policiais entraram na casa do prelado e o levaram a um lugar desconhecido.
Este fato, segundo Cervellera, supõe um golpe contra o intento da Santa Sé de promover a reconciliação entre ambas as comunidades católicas, a oficial e a não-oficial. Há alguns meses, Dom Jia teria se reconciliado com o bispo oficial de Shijiazhuang, Dom Jang Taoran (que há pouco retornou à comunhão com Roma), convertendo-se em seu bispo auxiliar, a pedido da Santa Sé.
Desde então, os dois prelados haviam tido encontros pastorais para trabalhar juntos. Tendo sido isso descoberto pela Associação Patriótica, ambos haviam sofrido prisões domiciliares para impedir estes encontros.
Os católicos locais temem pela saúde do bispo Jia (74 anos), muito enfraquecido por prisões anteriores, devidas à negativa de fazer parte da Associação Patriótica.
Precisamente esta detenção aconteceu durante a reunião da Comissão sobre a Igreja na China, que estuda a aplicação da carta do Papa aos católicos chineses, na qual, por um lado, o Santo Padre pedia a reconciliação entre as Igrejas oficial e não-oficial e, por outro, definia os objetivos e a estrutura da Associação Patriótica como «incompatíveis com a fé católica».
Segundo revelou a mesma agência, em um artigo assinado pelo seu diretor, Bernardo Cervellera, ontem, às 16h (hora local), cinco policiais entraram na casa do prelado e o levaram a um lugar desconhecido.
Este fato, segundo Cervellera, supõe um golpe contra o intento da Santa Sé de promover a reconciliação entre ambas as comunidades católicas, a oficial e a não-oficial. Há alguns meses, Dom Jia teria se reconciliado com o bispo oficial de Shijiazhuang, Dom Jang Taoran (que há pouco retornou à comunhão com Roma), convertendo-se em seu bispo auxiliar, a pedido da Santa Sé.
Desde então, os dois prelados haviam tido encontros pastorais para trabalhar juntos. Tendo sido isso descoberto pela Associação Patriótica, ambos haviam sofrido prisões domiciliares para impedir estes encontros.
Os católicos locais temem pela saúde do bispo Jia (74 anos), muito enfraquecido por prisões anteriores, devidas à negativa de fazer parte da Associação Patriótica.
Precisamente esta detenção aconteceu durante a reunião da Comissão sobre a Igreja na China, que estuda a aplicação da carta do Papa aos católicos chineses, na qual, por um lado, o Santo Padre pedia a reconciliação entre as Igrejas oficial e não-oficial e, por outro, definia os objetivos e a estrutura da Associação Patriótica como «incompatíveis com a fé católica».
Fonte: Zenit.
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