Em sua terceira e última pregação do Advento à Cúria Romana
Por Inma Álvarez
Por Inma Álvarez
O Pe. Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, dedicou hoje sua terceira e última pregação de Advento diante do Papa e da Cúria Romana, a refletir sobre o significado da maternidade espiritual de Cristo, nesta sexta-feira, na capela «Redemptoris Mater» do palácio apostólico do Vaticano.
O Pe. Cantalamessa, seguindo com as duas catequeses anteriores e a propósito do Ano Paulino, propôs uma reflexão sobre uma passagem do apóstolo Paulo (Gálatas 4), que precisamente serviu à Igreja para lutar contra a heresia docetista, que negava a Encarnação.
Este dogma, junto com a pré-existência do Filho, encontra-se, ainda que em estado embrionário, no ensinamento de São Paulo, explicou o pregador, e para os cristãos tem grande importância, já que «pela fé», como manifestaram os Padres da Igreja, «cada cristão pode ser mãe de Cristo».
«Como se converter concretamente em mãe de Jesus, Ele mesmo nos indica no Evangelho: escutando a Palavra e colocando-a em prática», explicou.
Contudo, o Pe. Cantalamessa advertiu contra a possibilidade de uma «maternidade incompleta», que pode manifestar-se de duas formas: «uma fé sem obras e obras sem fé».
«Nós, como dizia São Francisco, concebemos Cristo quando o amamos com sincero coração e com consciência reta, e o damos a luz quando realizamos obras santas que o manifestam ao mundo», acrescentou.
Citando São Boaventura, o pregador explicou que «a alma devota a Deus, por graça do Espírito Santo e o poder do Altíssimo, pode conceber espiritualmente o Verbo bendito e o Filho Unigênito do Pai, dá-lo à luz, dar-lhe um nome, procurá-lo e adorá-lo com os Magos e finalmente presenteá-lo felizmente a Deus Pai em seu devido momento».
A concepção e o dar à luz Cristo supõe – explicou – a conversão e a mudança de vida pessoal do cristão.
O amém de Maria
Por último, propôs uma reflexão concreta sobre o «sim» de Maria, que durante muitos séculos se interpretou na palavra latina fiat.
«Insiste-se muito no fiat de Maria, em Maria como ‘a Virgem do fiat’. Mas Maria não falava latim e por isso não disse fiat, não disse sequer genoito, que é a palavra que encontramos, a este ponto, no texto grego de Lucas, porque ela não falava grego.»
A palavra precisa que a Virgem utilizou diante do anjo foi amém, uma palavra hebraica com a qual «se reconhece o que se disse como palavra firme, estável, válida e vinculante», e que indica «fé e obediência conjuntamente; reconhece que o que Deus diz é certo e se submete a isso».
«São Paulo diz que Deus ama quem dá com alegria, e Maria disse seu ‘sim’ a Deus com alegria. Peçamos-lhe que nos obtenha a graça de dizer a Deus um ‘sim’ alegre e renovado, e assim conceber e dar à luz, também nós neste Natal, o seu Filho Jesus Cristo», concluiu.
O Pe. Cantalamessa, seguindo com as duas catequeses anteriores e a propósito do Ano Paulino, propôs uma reflexão sobre uma passagem do apóstolo Paulo (Gálatas 4), que precisamente serviu à Igreja para lutar contra a heresia docetista, que negava a Encarnação.
Este dogma, junto com a pré-existência do Filho, encontra-se, ainda que em estado embrionário, no ensinamento de São Paulo, explicou o pregador, e para os cristãos tem grande importância, já que «pela fé», como manifestaram os Padres da Igreja, «cada cristão pode ser mãe de Cristo».
«Como se converter concretamente em mãe de Jesus, Ele mesmo nos indica no Evangelho: escutando a Palavra e colocando-a em prática», explicou.
Contudo, o Pe. Cantalamessa advertiu contra a possibilidade de uma «maternidade incompleta», que pode manifestar-se de duas formas: «uma fé sem obras e obras sem fé».
«Nós, como dizia São Francisco, concebemos Cristo quando o amamos com sincero coração e com consciência reta, e o damos a luz quando realizamos obras santas que o manifestam ao mundo», acrescentou.
Citando São Boaventura, o pregador explicou que «a alma devota a Deus, por graça do Espírito Santo e o poder do Altíssimo, pode conceber espiritualmente o Verbo bendito e o Filho Unigênito do Pai, dá-lo à luz, dar-lhe um nome, procurá-lo e adorá-lo com os Magos e finalmente presenteá-lo felizmente a Deus Pai em seu devido momento».
A concepção e o dar à luz Cristo supõe – explicou – a conversão e a mudança de vida pessoal do cristão.
O amém de Maria
Por último, propôs uma reflexão concreta sobre o «sim» de Maria, que durante muitos séculos se interpretou na palavra latina fiat.
«Insiste-se muito no fiat de Maria, em Maria como ‘a Virgem do fiat’. Mas Maria não falava latim e por isso não disse fiat, não disse sequer genoito, que é a palavra que encontramos, a este ponto, no texto grego de Lucas, porque ela não falava grego.»
A palavra precisa que a Virgem utilizou diante do anjo foi amém, uma palavra hebraica com a qual «se reconhece o que se disse como palavra firme, estável, válida e vinculante», e que indica «fé e obediência conjuntamente; reconhece que o que Deus diz é certo e se submete a isso».
«São Paulo diz que Deus ama quem dá com alegria, e Maria disse seu ‘sim’ a Deus com alegria. Peçamos-lhe que nos obtenha a graça de dizer a Deus um ‘sim’ alegre e renovado, e assim conceber e dar à luz, também nós neste Natal, o seu Filho Jesus Cristo», concluiu.
Fonte: Zenit.
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