segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sibéria: passo ecumênico histórico entre católicos e ortodoxos



Um bispo católico entrega a um bispo ortodoxo uma relíquia de São Nicolau


Entre a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica se dão, também nestes dias pré-natalinos, claros sinais de aproximação. O bispo católico da diocese da Transfiguração do Senhor de Novosibirsk, Dom Joseph Werth, entregou em 19 de dezembro, dentro de uma solene liturgia ortodoxa, ao bispo russo-ortodoxo de Kemerovo e Novokuznetsk (Sibéria), Dom Aristarco, uma relíquia de São Nicolau.
A santa missa, à qual assistiu também o núncio apostólico na Federação Russa, arcebispo Antonio Mennini, aconteceu na festividade russa de São Nicolau, na Catedral de São Nicolau de Kemerovo, que estava cheia, apesar de ser dia útil.
O bispo Aristarco disse que a entrega da relíquia era «um sinal autêntico do amor e apreço que professam mutuamente a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica».
Em repetidas ocasiões, sublinhou a alegria com a qual os crentes acolhiam a relíquia e afirmou que a cristandade oriental e ocidental veneram conjuntamente numerosos santos.
Por sua parte, o bispo Joseph Werth, que chamou o bispo Aristarco de «meu irmão no cargo episcopal», enfatizou que esse dia dava exemplo de como podia ser a relação entre as Igrejas Católica e Ortodoxa.
Disse literalmente: «Os bispos, sacerdotes e crentes ortodoxos e católicos se encontram e rezam ao único Senhor. Estou seguro de que, no futuro, também se estabelecerão algumas relações tão calorosas em outras cidades da Sibéria».
Dom Mennini, representante papal na Rússia, explicou que o ato de entrega representava «um gesto de amor fraternal» por parte do Santo Padre Bento XVI, pois era por desejo expresso seu que se entregava a relíquia ao bispo ortodoxo e aos crentes de Kemerovo.
Também assinalou que, para a Igreja Católica, era importante prosseguir o diálogo com a Igreja Ortodoxa, assim como aproveitar todas as oportunidades para aprofundar nele.
Os representantes de ambas as Igrejas coincidem em qualificar o ato de «histórico».
Peter Humeniuk, responsável pelos contatos da associação internacional Ajuda à Igreja que Sofre com a Igreja Católica na Rússia e a Igreja Ortodoxa Russa, também presente no ato de entrega da relíquia, disse: «Com freqüência, só se mencionam os mil anos de separação entre as Igrejas Ortodoxa e Católica, esquecendo que os cristãos do Oriente e do Ocidente também compartilham um milênio de união».
Segundo assinalou, em nossa sociedade moderna, os cristãos de todas as confissões enfrentam numerosos desafios comuns. Humeniuk precisou que São Nicolau, para ambas as Igrejas, é também o padroeiro dos marinheiros, e poderia ser, «nestes tempos turbulentos, nosso companheiro e guia».
A associação Ajuda à Igreja que Sofre está há mais de 10 anos mantendo bons contatos com a jovem eparquia de Kemerovo, e como precisou Humeniuk, já tinha uma estreita relação com o predecessor do bispo Aristarco.
Na Santa Missa participaram, em qualidade de convidados de honra, vários sacerdotes e crentes de Kemerovo.
A cidade de Kemerovo se encontra a 3.400 quilômetros ao leste de Moscou, na região de Kuzbas.

Fonte: Zenit.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Meus Queridos e saudosos avós paternos



José Maria da Silva, nascido na Caxaria, Distrito de Pombal- Portugal e Paschoeta Ferronato.

«que neste Natal possamos ser ‘mãe’ de Cristo»



Em sua terceira e última pregação do Advento à Cúria Romana
Por Inma Álvarez

O Pe. Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, dedicou hoje sua terceira e última pregação de Advento diante do Papa e da Cúria Romana, a refletir sobre o significado da maternidade espiritual de Cristo, nesta sexta-feira, na capela «Redemptoris Mater» do palácio apostólico do Vaticano.
O Pe. Cantalamessa, seguindo com as duas catequeses anteriores e a propósito do Ano Paulino, propôs uma reflexão sobre uma passagem do apóstolo Paulo (Gálatas 4), que precisamente serviu à Igreja para lutar contra a heresia docetista, que negava a Encarnação.
Este dogma, junto com a pré-existência do Filho, encontra-se, ainda que em estado embrionário, no ensinamento de São Paulo, explicou o pregador, e para os cristãos tem grande importância, já que «pela fé», como manifestaram os Padres da Igreja, «cada cristão pode ser mãe de Cristo».
«Como se converter concretamente em mãe de Jesus, Ele mesmo nos indica no Evangelho: escutando a Palavra e colocando-a em prática», explicou.
Contudo, o Pe. Cantalamessa advertiu contra a possibilidade de uma «maternidade incompleta», que pode manifestar-se de duas formas: «uma fé sem obras e obras sem fé».
«Nós, como dizia São Francisco, concebemos Cristo quando o amamos com sincero coração e com consciência reta, e o damos a luz quando realizamos obras santas que o manifestam ao mundo», acrescentou.
Citando São Boaventura, o pregador explicou que «a alma devota a Deus, por graça do Espírito Santo e o poder do Altíssimo, pode conceber espiritualmente o Verbo bendito e o Filho Unigênito do Pai, dá-lo à luz, dar-lhe um nome, procurá-lo e adorá-lo com os Magos e finalmente presenteá-lo felizmente a Deus Pai em seu devido momento».
A concepção e o dar à luz Cristo supõe – explicou – a conversão e a mudança de vida pessoal do cristão.
O amém de Maria
Por último, propôs uma reflexão concreta sobre o «sim» de Maria, que durante muitos séculos se interpretou na palavra latina fiat.
«Insiste-se muito no fiat de Maria, em Maria como ‘a Virgem do fiat’. Mas Maria não falava latim e por isso não disse fiat, não disse sequer genoito, que é a palavra que encontramos, a este ponto, no texto grego de Lucas, porque ela não falava grego.»
A palavra precisa que a Virgem utilizou diante do anjo foi amém, uma palavra hebraica com a qual «se reconhece o que se disse como palavra firme, estável, válida e vinculante», e que indica «fé e obediência conjuntamente; reconhece que o que Deus diz é certo e se submete a isso».
«São Paulo diz que Deus ama quem dá com alegria, e Maria disse seu ‘sim’ a Deus com alegria. Peçamos-lhe que nos obtenha a graça de dizer a Deus um ‘sim’ alegre e renovado, e assim conceber e dar à luz, também nós neste Natal, o seu Filho Jesus Cristo», concluiu.

Fonte: Zenit.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Como comunicar esperança



Entrevista com o catedrático Juan José García-Noblejas
Por Miriam Díez i Bosch
A acolhida da encíclica «Spe Salvi» entre os filósofos gerou «tristezas e alegrias», «mais desta última, certamente», destaca o professor Juan José García-Noblejas, catedrático de Teoria da Comunicação e de Roteiro na Pontifícia Universidade da Santa Cruz em Roma.
O professor García-Noblejas concedeu esta entrevista à Zenit em pleno Advento, um momento adequado para refletir sobre a esperança com a segunda encíclica papal.
García-Noblejas (blog em http://scriptor.org/) é diretor do Seminário Interdisciplinar Permanente e do Congresso bienal de «Poética & Cristianismo», da Pontifícia Universidade da Santa Cruz.
Publicou, entre outros, os seguintes livros: «Poética do texto audiovisual» (1982), «Comunicação e mundos possíveis» (1996, 2004), «Meios de conspiração social» (1998, 2006), «Comunicação manchada» (2000).
– Como foi acolhida a Spe salvi em ambientes filosóficos?
– García-Noblejas: Sendo «performativa», como é a segunda encíclica de Bento XVI, não pode ter deixado indiferente nenhum intelectual que a tenha lido. Em parte imagino e em parte vejo que os ambientes filosóficos – dito seja em poucas palavras – são como os habitantes de Éfeso: todos, antes de encontrar-se com Deus, tinham muitos deuses e «estavam sem esperança, sem Deus». Alguns acolheram com alegria o anúncio como encontro pessoal e real com Deus. Outros, imagino, continuaram tristes, sujos com seus deuses.
Estar alegre significa «posso conseguir o que hei de conseguir», enquanto estar triste significa fundir-se em um «não posso» que depois se justifica de mil maneiras. É verdade que por nós mesmos não podemos nada. Mas a esperança vem com o chegar a conhecer o Deus verdadeiro, e é – mais que uma iniciativa nossa – uma resposta à sua atitude de sair a nosso encontro.
É um assunto pessoal, não só intelectual, que – entre outras coisas – tem a ver com o reconhecer-se e saber-se filho de Deus. Não sei por que, mas ao ler a encíclica, tive quase o tempo todo na imaginação a história do filho pródigo, com o pai correndo ao seu encontro, assim como a lembrança do magnífico quadro de Rembrandt, com essa mão paterna sobre o ombro do filho.
Entre os filósofos que disseram algo sobre a «Spe Salvi», houve tristezas e alegrias. Mais desta última.
Para ser breve, não quero falar em concreto dos tristões que preferiram ficar com seus deusesinhos, e que – como bem diz o Papa – «rejeitam hoje a fé simplesmente porque a vida eterna não lhes parece algo desejável» ou porque preferem uma contra-figura do «paraíso perdido» em forma de «reino do homem» através da ciência e da tecnologia.
Entre os muitos que a receberam com alegria, por destacar só um caso entre centenas, citarei o que o filósofo Jaime Nubiola (Universidade de Navarra) menciona da professora Alejandra Carrasco (Universidade Católica do Chile), fascinada por esta encíclica, pois ilustra graficamente a diferença entre a esperança vulgar e a verdadeira esperança cristã: «A substância da fé, o já estar presente, torna o Evangelho performativo. Não é que eu espere a vida eterna, mas também que Deus está me esperando. Quando duas pessoas se amam e se olham, não se cansam de sustentar o olhar uma na outra. E esse cruzar de olhares muda o sentido de sua vida. Pensei nesta analogia: uma mulher deseja ter um filho, espera ficar grávida e essa esperança a enche de alegria. Mas não é esta a esperança cristã. A esperança cristã é mais como a da mulher que já está grávida. O filho já está nela, é uma realidade presente, que muda necessariamente seu modo de viver. A primeira pode esquecer sua esperança um dia e embebedar-se, mas causa dano a seu filho. Por isso não o faz, ou é muito mais difícil que o faça. Já grávida, esperando um filho, sua vida inteira se transforma».
A encíclica foi muito bem recebida, certamente à margem das críticas habituais de quem erroneamente se empenha em dizer que a Igreja se dedica a anatematizar a modernidade, o progresso ou a democracia.
– A esperança cristã é individualista?
– García-Noblejas: Poderia dizer-se muito acerca da necessária e imprescindível dimensão «social», e não só «individual» que todos nós temos, fazendo parte de nossa própria natureza misteriosa, sem objetivo. Inclusive se poderia dizer que pertencemos ao «reino pessoal» no qual – em uma distância ontológica infinita – estão as três Pessoas divinas. E o próprio das pessoas é relacionar-nos.
Basta advertir que o próprio Bento XVI aceita o desafio de pensar esta pergunta: «...não recaímos talvez no individualismo da salvação?» E responde: «Não. A relação com Deus se estabelece através da comunhão com Jesus, pois única e exclusivamente com nossas forças não a podemos alcançar. Ao contrário, a relação com Jesus é uma relação com Aquele que entregou a si mesmo em resgate por todos nós (cf. 1 Tm 2, 6). Estar em comunhão com Jesus Cristo nos faz participar de seu ser «para todos», faz que este seja nosso modo de ser. Compromete-nos em favor dos demais, mas só estando em comunhão com Ele podemos realmente chegar a ser para os demais, para todos».
E isso tem a ver com o sofrimento.
– E de que maneira o sofrimento se vincula à esperança?
– García-Noblejas: Para fazer justiça aos âmbitos filosóficos contemporâneos, não resta mais remédio que falar do «rosto sofredor do outro», sobre o qual nos fala E.Levinas.
Como bem diz G. Zanotti (Instituto Acton), o cristão encontra Cristo, sua salvação, no olhar de amor ao outro. Este é um ponto que pede atenção, porque muitos cristãos vivem de modo contrário à sua própria fé quando não vêem o outro com amor. E alguns, diante do sofrimento, crêem sinceramente que amam o próximo quando aderem a ideologias ou utopias políticas onde o advento de estruturas temporais implicará um Deus na Terra. Diante disso não nos deve estranhar que Gandhi – sem entender o cristianismo – tenha dito que «o cristianismo lhe parece muito bom, o problema são os cristãos». Não é por acaso que a primeira encíclica de Bento XVI se chamou «Deus caritas est».
Sendo o sofrimento, próprio e alheio, uma situação de aprendizagem da esperança, Bento XVI nos diz com clareza: «convém certamente fazer todo o possível para diminuir o sofrimento», ainda que «o que cura o homem não é o esquivar-se do sofrimento, mas a capacidade de aceitar a tribulação, amadurecer nela e encontrar nela um sentido mediante a união com Cristo, que sofreu com amor infinito». É preciso saber sofrer com os demais e pelos demais: «uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem é uma sociedade cruel e inumana».
– Como se pode comunicar melhor a esperança cristã, o próprio Deus?
– García-Noblejas: Entendo que não seria brincar com as palavras dizer que, em assuntos de comunicação interpessoal e pública, temos de ser «performativos», porque essa mesma comunicação o é. Uma «notícia», recorda o filósofo Robert A. Gahl ao falar da «Spe Salvi» com palavras do novelista Walker Percy, não é mera «informação», mas é algo que muda o mundo para as pessoas, como acontece quando a um náufrago lhe chega a notícia de que foi encontrado e logo chegarão para buscá-lo.
Sem entrar em matizes que não vêm ao caso aqui, entendo que a comunicação da esperança e do próprio Deus tem a ver, em parte, com saber dar razão do mal e de nossas deficiências em um mundo não maniqueísta, mas mostrando aquilo que São Josemaría Escrivá mencionava como tarefa especialmente cristã: a necessidade de afogar o mal em superabundância de bem. Porque, como ele diz, «nas empresas de apostolado, está bem – é um dever – que consideres teus meios terrenos (2 + 2 = 4), mas não te esqueças nunca que deves contar com outra soma: Deus + 2 + 2...».
Bento XVI fala dessa soma ao longo da «Spe salvi».

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A FIDELIDADE DE DEUS



E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? Romanos 3.3
Já percebeu o quanto cobramos de Deus e o quanto somos infiéis à Ele? É incrível como temos a petulância de chegar diante Dele e apontar o dedo! É terrível a dureza do coração humano. Mas, nosso Deus é um Deus misericordioso, benigno, compassivo. E deseja que venhamos conhecê-lo e que tenhamos intimidade com Ele.
As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. Lamentações 3.22-23
Somente pela misericórdia de Deus é que nos mantemos vivos nessa terra, por isso, todos os dias devemos ser gratos à Deus pela sua infinita bondade. Devemos ser gratos, tementes e fiéis ao Senhor Jesus. Devemos nos colocar em posição de servos e nos oferecer ao Senhor todos os dias.
Por isso, por meio de Jesus Cristo, ofereçamos sempre louvor a Deus. Esse louvor é o sacrifício que apresentamos, a oferta que é dada por lábios que confessam a sua fé nele. Hebreus 13.15 (NTLH)
Você deseja mais de Deus? Então dê ao Senhor mais de você. Derrame-se diante Dele, esvazie-se de você e seja preenchido por Deus. Ele é fiel e te recompensará, você sentirá algo que jamais sentiu antes!
“Ó SENHOR, lembra que eu tenho te servido com fidelidade e com todo o coração e sempre fiz aquilo que querias que eu fizesse. E chorou amargamente. Isaías 38.3″ Essa foi a oração do rei Ezequias, ele estava doente e quase morreu, porém, quando orou ao Senhor, Deus respondeu: “Assim diz o SENHOR, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; acrescentarei, pois, aos teus dias quinze anos. Isaías 38.5″
Sê fiel, assim como foi o rei Ezequias, Deus sempre nos mostra sua fidelidade e não nos decepciona. Todos os teus temores, anseios, desejos, devem ser colocados diante Dele e Ele a seu tempo, nos dará a resposta que precisamos. Porque só Deus sabe o que é melhor para nós e devemos aceitar com amor, pois, nós não temos condições de dizer que Deus está errado.
Em Jeremias 5.3 diz: “O que o SENHOR quer é fidelidade.” Que possamos servir ao Senhor com fidelidade e amor, que venhamos a nos doar por completo à Ele, que por amor de nós, entregou o seu filho, Jesus, para perdão de nossos pecados. Não há dinheiro que pague isso, só podemos retribuir ao Senhor com nosso amor e com nossa fidelidade. Nada mais.
Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu. Romanos 5.5 (NTLH)
Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5.8
No amor de Cristo,Michelle Martins

Possível visita do Papa impulsiona relações Israel-Santa Sé



Reunião positiva da Comissão bilateral
Por Jesús Colina

A preparação da possível visita de Bento XVI à Terra Santa, que poderá acontecer no próximo mês de maio, deu um impulso positivo às relações entre Israel e a Santa Sé.
Nesta quinta-feira, terminou a reunião da Comissão bilateral permanente entre a Santa Sé e o Estado de Israel no Ministério de Assuntos Exteriores, em Jerusalém, manifestando a clara vontade de resolver as diferenças para aplicar o Tratado Fundamental (Fundamental Agreement), assinado em 30 de dezembro de 1993, que permitiu estabelecer as mútuas relações diplomáticas.
Após a reunião, emitiu-se um comunicado no qual se anuncia que «a Comissão de trabalho terá encontros em 15 de janeiro, em 18 de fevereiro, e 6 e em 26 de março».
O anúncio é sumamente significativo, pois estas negociações haviam avançado de uma maneira bastante lenta nos últimos anos. De fato, entre 2002 e 2007 praticamente se estancaram.
O comunicado anuncia também que a próxima reunião plenária acontecerá em 23 de abril de 2009, apesar de que estava prevista para o mês de junho desse ano.
Com estas intensas reuniões, diz o comunicado, ambas as delegações querem mostrar sua vontade de «acelerar os diálogos para concluir o acordo o quanto antes».
As negociações procuram alcançar um acordo sobre todas as questões de propriedade e impostos que estão pendentes para que a Igreja possa contar a segurança jurídica e fiscal que lhe permita realizar seu trabalho.
Quando a Santa Sé estabeleceu relações diplomáticas com o Estado de Israel em 1993, como gesto de boa vontade, João Paulo II optou por propor um Tratado Fundamental e negociar mais tarde estas questões em detalhe.
Como se pode ver, estas negociações não têm nada a ver com a visita do Papa, mas como explicam fontes da Santa Sé, Israel se interessa pela boa imagem que a visita do Papa deixará, enquanto para o Santo Padre tem uma grande importância consolidar a presença da Igreja na Terra Santa.
O comunicado sublinha «a atmosfera de grande cordialidade e de boa vontade», que se constatou nesta reunião.
Por parte palestina, o prefeito de Belém, Victor Batarseh, anunciou em 17 de dezembro a visita de Bento XVI à Terra Santa, em maio, confirmando informações publicadas por órgãos de imprensa em dias passados.
Os funcionários israelenses não quiseram fazer comentários, em espera de que se dê um anúncio oficial do Vaticano. Na semana passada, uma delegação vaticana foi recebida pelo presidente Shimon Peres para analisar a possível visita.
Segundo informou em dias passados o jornal italiano «Il Foglio», a visita do Papa à Terra Santa poderá começar pela Jordânia e continuar depois por Israel e pelos Territórios da Autoridade palestina.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Papa pede a cristãos que «montem o presépio em casa»



É um sinal «não só de fé, mas também da cultura e arte cristãs», afirma



Bento XVI sublinhou a importância do presépio como símbolo do Natal nos lares, durante as saudações nas diversas línguas aos peregrinos reunidos na Sala Paulo VI para a audiência geral.
Após uma linda catequese, na qual explicou o sentido profundo do Natal, o Papa se dirigiu aos peregrinos de língua italiana e lhes explicou a importância deste tradicional símbolo natalino nos lares cristãos.
«Imagino que em vossas casas estarão terminando de preparar o presépio, que constitui uma sugestiva representação do mistério do Natal de Cristo», disse o Papa aos presentes.
Trata-se de «um elemento muito importante, não só da nossa fé, mas também da arte e da cultura cristãs», assegurou.
O bispo de Roma expressou seu desejo de que a tradição do presépio «continue fazendo parte desta grande solenidade: no fundo, é uma simples e eloqüente forma de recordar Jesus, que, fazendo-se homem, veio habitar no meio de nós».
«Com o presépio, Ele realmente está no meio de nós», acrescentou.

Fonte: Zenit.

Clima, conflitos e doenças levam fome e pobreza a África



Condições de clima adversas, fome, conflitos e doenças fazem da África a região mais pobre do planeta, apesar de petróleo, matérias-primas e bons níveis de crescimento atuais.Considerado o berço da civilização, o continente africano convive com um clima hostil, visível em secas prolongadas em alguns países e chuvas em excesso em outros, tornando muitas zonas do continente dependentes de ajuda externa.Exemplos da fome na África foram as crises na Etiópia, entre 1983 e 1985, quando milhares de pessoas morreram devido a uma seca prolongada, e, na mesma época, no Sudão, onde cerca de 250 mil pessoas morreram por falta de alimentos. Mais recentemente, a vítima foi Uganda.A fome na África não é coisa do passado. Números da ONU indicam que atualmente 200 milhões de africanos sofrem com a fome e estão na África 16 dos 18 países pior alimentados do mundo.Cheias, secas, erosão do solo, falta de meios e de técnicas (três quartos das terras são cultivadas sem fertilizantes e sementes melhoradas), mas também instabilidade política e conflitos (e a conseqüente fuga da população) levam às constantes crises humanitárias, ainda que todos os relatórios internacionais indiquem hoje um aceleramento da economia africana.Em outubro passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmava que a África Subsaariana está vivendo o melhor período de crescimento econômico sustentando desde as independências, prevendo uma aceleração das economias de 6,1% este ano e de 6,8% em 2008.Segundo o FMI, a economia de países do Chifre da África, como Etiópia e Sudão, vai crescer mais de 10% neste e no próximo ano. Na África Austral, o crescimento passará de 9,2% para 11% em 2008, com Angola na liderança do grupo.As regiões dos Grandes Lagos, Centro e Oeste e a Zona Franco CFA também devem acelerar seu crescimento, prevê o FMI.Estimativas otimistas da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento) também apontam para um crescimento na África, especialmente nos países exportadores de petróleo. Ainda assim, esse crescimento ficará abaixo do necessário para alcançar os objetivos de desenvolvimento, alerta a ONU no relatório econômico África 2007, apresentado no último mês de abril.Em maio passado, na reunião do Banco Africano de Desenvolvimento, em Pequim, o secretário-executivo da Comissão Econômica das Nações Unidas, Abdoulaye Janneh, foi muito claro ao afirmar que o atual crescimento econômico da África é insuficiente para reerguer as economias do continente.A própria ONU, aliás, através do Programa Alimentar Mundial (PAM), alertava em março para a iminente crise alimentar na África Austral, provocada pelas cheias em Angola e Moçambique e pela seca em Lesoto, Zimbábue e Suazilândia.O PAM, segundo palavras do diretor regional Amir Abdulla, assiste 4,3 milhões de pessoas na África Austral, vítimas de pobreza crônica e da epidemia de Aids.DoençasA Aids é a doença que mais causa mortes na África, onde, segundo dados divulgados pela ONU em 20 de novembro, só este ano foram registrados cerca de 1,7 milhão de novos casos.Estima-se, segundo a Unaids, que 68% dos 22,5 milhões de infectados com o vírus vivam na África Subsaariana. Só na África do Sul, em 2005, a epidemia foi responsável por 346 mil dos 737 mil óbitos no país.Em 2005, a Aids matou 2 milhões na África Subsaariana, enquanto 24,5 milhões pessoas - entre elas, 2 milhões de crianças - vivem com a doença, que já deixou 12 milhões de órfãos.Na África, o vírus atingiu proporções alarmantes, infectando 5,5 milhões na África do Sul, 2,9 milhões na Nigéria, 1,8 milhões em Moçambique, 1,7 milhões no Zimbábue, 1,4 milhões na Tanzânia e 1,3 milhões no Quênia.Alarmantes são também os números sobre a malária. A infecção que mata mais de 1 milhão de pessoas por ano, deixa 80% de suas vítimas na África Subsaariana, segundo a Unicef, que especifica que 18% das mortes na África são de crianças até 5 anos.A malária consome anualmente uma média de 40% das verbas gastas pelos serviços de saúde africanos, sendo que a África é também o continente onde os Estados investem menos em saúde, segundo dados da ONU, que exemplifica com os casos da Tanzânia e do Maláui, onde existem apenas dois médicos por cada cem mil habitantes.Além da Aids e da malária, o continente é responsável por 50% dos casos mundiais de meningite (do Senegal à Etiópia, passando por Níger, Burkina Fasso e Mali, segundo o Instituto Pasteur) e por 25% dos casos de tuberculose notificados anualmente, embora viva na África apenas 10% da população do planeta.Água e saneamentoMuitas das doenças que afligem o continente poderiam ser reduzidas com melhores condições sanitárias, já que mais de 40% dos africanos não dispõe de água potável e condições sanitárias adequadas. A água tratada representa de 3% a 5% do total da água consumida no continente.Na África, a capacidade de armazenamento de água é cem vezes inferior ao conseguido na Europa e na América, o que fragiliza os países em termos de desenvolvimento social e econômico e diante de catástrofes meteorológicas.Ainda que no continente se situem mais de 60% das bacias hidrográficas, a falta de cooperação limita o aproveitamento. A situação é agravada com a contaminação de recursos, mudanças climatéricas, desertificação, cheias e erosão.Programas para minimizar o problema da falta de água na África custarão 235 milhões de euros (R$ 618,58 milhões) nos próximos três anos, subindo para 3 bilhões de euros (R$ 7,9 bilhões) entre 2011 e 2015, estimam os especialistas da AWF (African Water Facility).Segundo a OMS e a Unicef, todos os dias morrem 4.500 crianças no mundo devido à falta de acesso a água potável e à ausência de saneamento básico, que causam diarréias e doenças infecciosas.A situação mais grave é, mais uma vez, na África Sub-Saariana, onde apenas 56% da população tem acesso a água potável e 37% a condições de saneamento, segundo as duas entidades.ConflitosA escassez de alimentos e falta de água são também agravadas pela instabilidade política em vários países do continente (que registra o maior número de conflitos no mundo). As guerras levam à fuga das populações rurais, deixando um grande número de refugiados e causando o abandono de investimentos que seriam necessários.No princípio deste ano, em fevereiro, a Unicef alertava para a crise humanitária na República Centro-Africana, por estar aumentando o conflito armado, que já dura mais de uma década. Centenas de milhares de pessoas abandonaram suas casas e as colheitas ficaram comprometidas.A crise em Darfur (Sudão), que se prolonga há quatro anos e já provocou mais de 200 mil mortos e 2,4 milhões de deslocados, levou à aprovação pelas Nações Unidas do envio de uma força de 26 mil homens para ajudar os refugiados nas fronteiras com Chade e República Centro-Africana.A guerra em Darfur começou quando dois movimentos rebeldes do Sudão se revoltaram acusando de discriminação o governo árabe de Cartum que, em resposta, teria armado milícias contra a população.Até recentemente, ainda permaneciam conflitos em Congo e Ruanda (com 1 milhão de mortos entre Tutsis e Hutus, desde 1994), Burundi, Chade, Somália, Libéria e Serra Leoa, entre outros. Também Etiópia e Eritréia, Angola, Moçambique, Costa do Marfim, Uganda, Mali e Guiné-Bissau têm um passado sangrento.O continente africano tem uma superfície de 30 milhões de quilômetros quadrados e mais de 800 milhões de habitantes, divididos em 54 países.


Fonte: UOL.

Análise e propostas de Bento XVI diante da crise econômica


Apresentadas em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz


Por Jesús Colina
A obsessão dos agentes financeiros por conseguir elevadíssimos lucros no curto prazo é algo perigoso para todos, começando pelos próprios interessados, denuncia Bento XVI.
O Papa fez uma análise do papel das finanças no atual panorama econômico na mensagem escrita por ocasião do Dia Mundial da Paz (1º de janeiro de 2009), que nesta ocasião leva por tema: «Combater a pobreza, construir a paz» e que é publicada em uma crise financeira e econômica global em precedentes.
A crise
«Uma atividade financeira confinada no breve e brevíssimo prazo torna-se perigosa para todos, inclusivamente para quem consegue beneficiar dela durante as fases de euforia financeira», adverte o Santo Padre.Bento XVI, que considera que o combate à pobreza deve levar em conta necessariamente o contexto da globalização, não condena a atividade financeira, e mais, lhe atribui um papel importante para a promoção do desenvolvimento.
«A função objetivamente mais importante do mercado financeiro, que é a de sustentar a longo prazo a possibilidade de investimentos e consequentemente de desenvolvimento, aparece hoje muito frágil: sofre as consequências negativas de um sistema de transações financeiras – a nível nacional e global – baseadas sobre uma lógica de brevíssimo prazo, que busca o incremento do valor das actividades financeiras e se concentra na gestão técnica das diversas formas de risco.
Segundo o Papa, «a recente crise demonstra como a atividade financeira seja às vezes guiada por lógicas puramente auto-referenciais e desprovidas de consideração pelo bem comum a longo prazo».
«O nivelamento dos objectivos dos operadores financeiros globais para o brevíssimo prazo reduz a capacidade de o mercado financeiro realizar a sua função de ponte entre o presente e o futuro: apoio à criação de novas oportunidades de produção e de trabalho a longo prazo».
Propostas
Neste contexto, o Papa considera que é necessário um «quadro jurídico eficaz para a economia» que permita «à comunidade internacional e especialmente aos países pobres individuarem e actuarem soluções coordenadas para enfrentar os referidos problemas».
O Santo Padre exige «estímulos para se criarem instituições eficientes e participativas, bem como apoios para lutar contra a criminalidade e promover uma cultura da legalidade».
Agora, Bento XVI alerta perante «as políticas marcadamente assistencialistas» por considerar que é inegável que «estão na origem de muitos fracassos na ajuda aos países pobres».
O Papa considera que nesta busca de soluções é importante ter em conta o justo e necessário valor do lucro, inclusive na «luta contra a fome e a pobreza absoluta».
«Deste ponto de vista, seja banida a ilusão de que uma política de pura redistribuição da riqueza existente possa resolver o problema de maneira definitiva».
Com efeito, assinala, «o valor da riqueza depende em medida determinante da capacidade de criar rendimento presente e futuro».
Por isso, assegura, «a criação de valor surge como um elo imprescindível, que se há- de ter em conta se se quer lutar contra a pobreza material de modo eficaz e duradouro».
Uma questão de valores
Na primeira jornada dos trabalhos do último Sínodo dos Bispos (Cf. Zenit, 6 de outubro de 2008), o Papa falou da crise, em particular da queda de grandes bancos.
«Sobre a areia constrói quem constrói só sobre as coisas visíveis e tangíveis, sobre o êxito, sobre a carreira, sobre o dinheiro. Aparentemente estas são as verdadeiras realidades. Mas tudo isto um dia passará», assegurou.
A mensagem de Bento XVI por ocasião do Dia Mundial da Paz foi apresentada pelo cardeal Renato R. Martino, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações, como um «aperitivo» da próxima encíclica social que deve ser publicada no início de 2009.

Fonte: Zenit.

Oração de Nossa Senhora de Lourdes


Nossa Senhora de Lourdes, quando aparecestes à menina Bernardette, disseste-lhe: "Eu sou a imaculada Conceição". Fostes concebida no ventre de Vossa Mãe, a Senhora de Sant'Ana, isenta da mancha do pecado original.Rogo-vos, pois, sede a minha advogada perante o Vosso Amado Filho. Protegei-me com o vosso manto puríssimo, mais alvo do que neve. Dá-nos que possamos viver em paz e que a concórdia reine entre todos os povos.Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós. Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós nós que recorremos a Vós. Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós.