quinta-feira, 14 de maio de 2009

Bento XVI abraça a atormentada Gaza



Em sua visita a Belém

Por Mirko Testa

No dia dedicado aos Territórios Palestinos em sua peregrinação à Terra Santa, Bento XVI manifestou nesta quarta-feira sua proximidade à cidade de Gaza, empoeirada pelas ruínas do recente conflito que terminou no dia 18 de janeiro com um balanço de mais de 1.300 mortos.
Suas palavras de solidariedade ressoaram particularmente durante a Missa celebrada em Belém, na Praça do Presépio, junto à Basílica da Natividade, coberta pelo rio humano conformado por cerca de 10 mil pessoas, que transbordou nas ruas laterais.
“De uma forma especial, meu coração se dirige aos peregrinos da martirizada Gaza”, disse o Papa, dirigindo-se ao grupo de católicos procedentes da faixa controlada desde 2007 pelos extremistas islâmicos do Hamas.
Dos 93 católicos de Gaza que haviam enviado às autoridades palestinas a petição para receber a autorização para ir a Belém, só 48, após meses de espera, incertezas e protestos, conseguiram chegar à cidade cisjordaniana. Os demais tiveram de parar no posto de controle de Eretz, e de lá foram obrigados a voltar.
“Peço-lhes que levem para suas famílias e comunidades meu abraço fraterno e minha tristeza pelas perdas, pela dificuldade e pelo sofrimento que vocês tiveram de suportar”, disse, dirigindo-se ao 1,5 milhão e meio de pessoas que moram na Faixa de Gaza, onde a comunidade local conta com cerca de 300 fiéis."Estejam certos de minha solidariedade para com vocês no imenso trabalho de reconstrução que agora levam adiante, e minhas orações para que o embargo seja logo suspenso", acrescentou, referindo-se ao bloqueio imposto a Gaza por Israel desde que o Hamas tomou o poder na Faixa, eliminando os opositores de Al Fatah, ligado ao presidente Mahmud Abas.Antes, na cerimônia de boas-vindas aos Territórios Palestinos, realizada na praça do palácio presidencial de Belém, o Papa denunciou "os graves problemas que afetam a segurança em Israel e nos Territórios Palestinos", exigindo que sejam "logo suficientemente mitigados para permitir uma maior liberdade de movimento, especialmente com relação aos contatos entre familiares e ao acesso aos lugares santos".Além disso, Bento XVI fez um convite à comunidade internacional para que se empreendam rapidamente as obras de reconstrução.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Primeira missa de um Papa ao ar livre em Jerusalém



Bento XVI pede que se evite o êxodo de cristãos da Terra Santa

A missa que Bento XVI celebrou na tarde desta terça-feira no Vale de Josafá converteu-se na manifestação de apoio da Igreja universal aos sofridos católicos da Terra Santa e em uma reivindicação perante as autoridades para que evitem seu êxodo.
Pela primeira vez na história, um Papa celebrava uma missa ao ar livre em Jerusalém, com a participação de cerca de seis mil fiéis. O lugar não podia ser mais sugestivo, pois se encontra sob o Horto das Oliveiras, no qual Jesus sofreu a agonia antes da morte.
“Desejo conhecer as dificuldades, as frustrações, a dor e o sofrimento que tantos de vocês suportam por causa dos conflitos que afligiram estas terras, e as amargas experiências de deslocamento que tantas famílias experimentaram e possam ainda experimentar”, disse o Papa detrás da muralha de Jerusalém.
O patriarca latino de Jerusalém, Sua Beatitude Fouad Twal, ao início da missa, descreveu a situação em que vivem os católicos da Terra Santa com palavras fortes.
“Assistimos por um lado à agonia do povo palestino, que sonha em viver em um Estado palestino livre e independente, mas não chega – afirmou o patriarca –; e assistimos por outro lado à agonia do povo israelense, que sonha com uma vida normal na paz e na segurança mas, apesar da força midiática e militar, esta vida não chega”.
O Papa desejou que sua presença “seja um sinal de que vocês não estão esquecidos, que sua perseverante presença e testemunho são de fato preciosos aos olhos de Deus e importantes para o futuro destas terras”.
“Precisamente por causa de sua profunda raiz nesta terra, sua antiga e forte cultura cristã, e sua inabalável confiança nas promessas de Deus, vocês, cristãos da Terra Santa, são chamados a servir não apenas como farol de fé para a Igreja universal, mas também como um fermento de harmonia, sabedoria e equilíbrio na vida de uma sociedade que tradicionalmente foi, e continua sendo, pluralista, multiétnica e multi-religiosa”.
O Papa lançou um enérgico chamado para que se evite a migração dos cristãos da Terra Santa. Segundo dados da Custódia da Terra Santa, em 1946, dois anos antes da fundação do Estado de Israel, a comunidade cristã de Jerusalém contava com 31 mil membros; 20% da população. Hoje os cristãos representam 2% da população, cerca de 14 mil, incluindo religiosos e sacerdotes estrangeiros.
O Santo Padre mencionou “a trágica realidade que não pode deixar de ser um motivo de consenso para todos que amam esta Cidade e esta terra – da partida de tantos membros da comunidade cristã nos anos recentes. Enquanto compreensíveis razões levam muitos, especialmente os jovens, a migrar, esta decisão traz consigo um empobrecimento cultural e espiritual para a cidade”, assegurou.
O Papa repetiu uma mensagem que já havia pronunciado no passado: “na Terra Santa há espaço para todos!”.
O Papa exortou “as autoridades a respeitar e apoiar a presença cristã” e assegurou a esses seguidores de Cristo em sua própria terra “a solidariedade, o amor e o apoio de toda a Igreja e da Santa Sé”.
Amnon Ramon do Instituto de Jerusalém para os Estudos de Israel, autor de amplos estudos sobre as comunidades cristãs do país, afirma que a comunidade católica em Jerusalém é a mais numerosa, com cerca de 4.500 membros; os greco-ortodoxos são 3.500, os armênios 1.500, os protestantes em suas diferentes denominações 850, os siro-coptos 250 e os etíopes 60.
A missa foi celebrada em vários idiomas, sobretudo em latim e árabe. Nas orações dos fiéis se rezou em hebraico, francês, espanhol, inglês e italiano.
A mensagem que o Papa deixou com sua homilia, aplaudida já no primeiro instante, foi antes de tudo de esperança.
“Nesta Cidade Santa onde a vida venceu a morte, onde o Espírito foi derramado como primeiros frutos da nova criação, a esperança continua a combater o desespero, a frustração e o cinismo, enquanto a paz que é dom de Deus e chamado continua a ser ameaçada pelo egoísmo, o conflito, a divisão e as cinzas de erros passados”.
Nesta quarta-feira, o Papa visitará a cidade cisjordaniana de Belém, onde celebrará a missa na Praça do Manjedoura, visitará a Gruta da Natividade, o campo de refugiados Aida, sendo recebido pela Autoridade Nacional Palestina.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Bento XVI: Maria, exemplo supremo da virtude feminina



Palavras na oração Regina Coeli


AMÃ, domingo, 10 de maio de 2009 (Ao término da Missa no Estádio Internacional de Amã, Bento XVI conduziu a oração do Regina Coeli junto dos fiéis presentes. Estas foram as palavras do Papa na introdução da oração mariana da época da Páscoa.
* * *
Caros amigos,
durante a Missa, falei do carisma profético das mulheres, como portadoras do amor, mestras da misericórdia e construtoras da paz. O supremo exemplo da virtude feminina é a Virgem Maria: Mãe da Misericórdia e Rainha da Paz. Enquanto agora nos voltamos a ela, invocamos sua intercessão materna para todas as famílias destas terras, para que possam realmente ser escolas de oração e de amor. Pedimos à Mãe da Igreja que coloque seu olhar misericordioso sobre todos os cristãos destas terras, e com a ajuda de suas orações, eles possam ser verdadeiramente unos na fé que professam e no testemunho que oferecem. A ela, que tão generosamente respondeu ao anjo e aceitou o convite para se tornar a Mãe de Deus, pedimos que dê coragem e força a todos os jovens que hoje discernem sua vocação, para que também eles possam dedicar-se generosamente a cumprir a vontade do Senhor.
Neste tempo de Páscoa, é com o título do Regina Coeli que nos voltamos à Santíssima Virgem. Como fruto da Redenção alcançada pela morte e ressurreição do seu Filho, ela foi elevada à glória eterna e coroada Rainha dos Céus. Com grande confiança no poder de sua intercessão, nos voltamos agora a ti, com alegria nos nossos corações e amor pela nossa gloriosa e sempre Virgem Mãe.


Traduzido por Zenit.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Visita do Papa à Terra Santa suscita «muitas esperanças»



Segundo uma responsável de Ajuda à Igreja que Sofre

A visita de Bento XVI à Terra Santa suscita «muitas esperanças», «talvez demasiadas», afirma Marie-Age Siebrecht, chefa de seção da instituição católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que voltou há alguns dias de uma viagem a Israel e aos Territórios Palestinos.
Em uma entrevista difundida por AIS, Siebrecht afirma que «as diferentes Igrejas estão muito ocupadas com os preparativos» da viagem papal. «Como é óbvio, a chegada do Santo Padre traz alegria entre os cristãos, e prova disso são, por exemplo, os numerosos cartazes expostos nas ruas para anunciar sua visita».
«Em Nazaré inclusive estão construindo um anfiteatro para celebrar a Missa com o Santo Padre. Também em Belém, no campo de refugiados de Aida, que será visitado pelo Papa, se tomou uma iniciativa semelhante.
Contudo, os responsáveis viram que a tribuna estava perto demais do muro que divide a Terra Santa, então a mudaram de lugar».
Ainda que «com muitos pequenos problemas», as pessoas «continuam trabalhando com a esperança de que a visita papal seja bem sucedida».
«O Papa não poderá solucionar todos os problemas», advertiu Siebrecht, pois «só pode dar mostras de boa vontade e tentar falar com os responsáveis políticos e eclesiais».
«Sua intenção primordial é viajar como peregrino à Terra Santa, e também dizer ao povo: estou convosco!», acrescentou. «Com sua visita não conseguirá que tirem aquele terrível muro. Não obstante, o simples fato de ir já é um sinal importante».
A responsável da AIS explica a situação dos cristãos na região: «na Galiléia, a situação dos cristãos é muito melhor que na Cisjordânia. Não obstante, em Israel, são considerados pessoas de segunda classe, ou seja, que não desfrutam da mesma liberdade que os demais israelenses. Por exemplo, não podem deslocar-se como fazem outros cidadãos».
«Na Galiléia ainda residem 73 mil cristãos greco-católicos, o que não é precisamente pouco. E as paróquias estão cheias de vida, porque as pessoas contribuem ativamente para sua manutenção».
A pior situação se vive em Belém, segundo declara Siebrecht. «Por causa do muro, as pessoas vivem como em uma prisão: não podem entrar nem sair. Sentem-se como prisioneiras, e realmente são!».
Esta situação afeta sobretudo os casais cristãos jovens, explica, citando o caso de um jovem que trabalha em Jerusalém, enquanto sua esposa não pode deixar Belém para viver com ele ao não dispor de permissão.
A responsável de AIS explicou que existe «a esperança de que o Papa aborde estes problemas», entre eles, «a regulação dos vistos para as congregações católicas, os sacerdotes, religiosos e religiosas».
«Também atualmente se debate a possibilidade de que o Estado de Israel cobre impostos da Igreja», lamentou.Hoje, AIS apoia vários projetos de construção na Galiléia, em suporte das Igrejas melquita e maronita. Também na Cisjordânia ajuda na reconstrução de igrejas e conventos, enquanto que em Belém assiste a população local na produção artesanal.
«Este tipo de ajuda é recebido com gratidão; graças a ela, conseguimos persuadir muitos cristãos a permanecer na Terra Santa», acrescentou.
Marie-Ange Siebrecht conclui que «o que os cristãos da Terra Santa nos pedem sobretudo são orações. Assim nos fizeram saber em todos os lugares, e também o Patriarca nos disse antes de partir».
«Também, quem viaja à Terra Santa não deverá limitar-se a ir aos Lugares Santos; deverá visitar as "pedras vivas", porque para essa gente supõe uma grande alegria comprovar que outros cristãos compartilham seu sofrimento e sua felicidade. Apesar de todas as dificuldades, as comunidades estão cheias de vida», acrescentou.

Fonte: Zenit.

Cresce número de sacerdotes diocesanos e diminui o de religiosos



Segundo a última edição do Anuário Estatístico da Igreja

Por Patricia Navas

O número de sacerdotes diocesanos evoluiu de maneira divergente ao de sacerdotes religiosos nos últimos anos, crescendo o primeiro e diminuindo o segundo. Este é um dos dados que se desprende do Annuarium Statisticum Ecclesiae, publicado nestes dias, segundo informa nesta quinta-feira a edição diária italiana de L'Osservatore Romano.
O Anuário, preparado pelo Escritório Central de Estatística da Santa Sé e editado pela Livraria Editora Vaticana, oferece dados estatísticos e gráficos que mostram os principais indicadores sobre a ação da Igreja nos cinco continentes no período 2000-2007.
O total de sacerdotes diocesanos no mundo cresceu 2,5% – passando de 265.781, em 2000, a 272.431, em 2007 – e o de sacerdotes religiosos diminuiu 2,73%, chegando a algo mais de 135 mil em 2007.
Com relação à diminuição de sacerdotes religiosos, o informe destaca a diminuição, além da Europa e na Oceania, no continente americano, onde passaram, de 45 mil em 2000, a menos de 42 mil em 2007.
Em termos percentuais, os sacerdotes só estão claramente em declive na Europa, onde em sete anos passaram de representar 51% do total mundial a menos de 48%.
Não obstante, existe um forte impulso em alguns países da Europa do Leste, sobretudo na Polônia.
Itália, França e Espanha representam ainda, apesar da diminuição, quase a metade dos sacerdotes europeus; e destes, quase a metade é só da Itália.
Continua aumentando o número de sacerdotes na Ásia e na África. Na África, quase a metade provém de quatro países: República Democrática do Congo (que em 2007 acolhia 16% dos sacerdotes africanos), Nigéria, Tanzânia e Uganda.
América e Oceania tendem a manter estável sua cota de sacerdotes. Os da América representam pouco menos de 30% de sacerdotes de todo o mundo e os da Oceania, pouco mais de 1%.
O Anuário Estatístico da Igreja 2007 mostra uma «significativa e esperançosa dinâmica evolutiva» do número de diáconos permanentes que, segundo o jornal vaticano, de 2000 a 2007, aumentou em 29% e subiu para 35.942.
Com relação aos religiosos professos não-sacerdotes, o estudo reflete uma diminuição de 55.057, em 2000, a 54.956, em 2007.
Por continentes, diminuiu o número de religiosos na Europa (13,82% em 7 anos) e na Oceania (15,8%), manteve-se na América e aumentou na Ásia (31,1%) e na África (9,16%).
De qualquer forma, os religiosos da Europa representam ainda 34% dos de todo o mundo. Concretamente, o estudo destaca uma tendência positiva na Ucrânia, Romênia, Hungria e Áustria.
O número de religiosas diminuiu de 800 mil a 750 mil em oito anos. Quase 42% delas residem na Europa e 60% destas, na França, Espanha e Itália.
Contudo, em termos evolutivos, é na Ásia e na África onde mais aumentou o número de religiosas de 2000 a 2007
Com relação aos seminaristas, o aumento de 4,83% de 2000 a 2007, passando de 110.583 a 116 mil, é atribuível também à África e à Ásia, com um ritmo de crescimento de 21,32% e 20,35%, respectivamente.
Destaca-se o número de seminaristas na Nigéria, República do Congo, Índia e Filipinas.
Pelo contrário, o número de candidatos ao sacerdócio na Europa diminuiu 17% de 2000 a 2007. Destaca-se a diminuição de seminaristas na Espanha e na Bélgica, mas também na Europa Oriental (Hungria, Lituânia, Romênia e Eslovênia).
Por isso, os sacerdotes europeus passaram de representar 24% de sacerdotes do mundo, em 2000, a pouco mais de 19%, em 2007.
O número de católicos batizados se mantém estável no mundo, em torno de 17,3% da população. Em 2007, havia 1.147 bilhão de católicos, frente a 1.045 bilhão de 2000.
A Europa acolhe quase 25% da comunidade católica mundial, mas aparece como a área menos dinâmica, com um crescimento do número de fiéis levemente superior a 1%; 40% da população da Europa é católica batizada, ainda que em alguns países como Itália, Malta, Polônia e Espanha, os batizados superem 93% da população residente.
De 2000 a 2007, os fiéis batizados na América e na Oceania cresceram menos que a população (9,5% e 10,1%, respectivamente), mas não é assim na Ásia e menos na África.

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Selos de Israel dedicados à visita do Papa à Terra Santa já estão à venda



Com imagens de lugares santos e referências bíblicas

A Sociedade do Correio de Israel vende em seu site, a partir desta semana até 15 de maio, a primeira das duas séries especiais, de 12 selos cada uma, emitidos pelo Serviço Filatélico de Israel por ocasião da próxima visita do Papa Bento XVI à Terra Santa.
Esta primeira série, da qual se emitiram 10 mil cópias, mostra fotos dos Santos Lugares e referências bíblicas.
Foi realizada pelo jornalista e escritor católico Peter Jennings, membro da Sociedade Filatélica Real de Londres.
A segunda série será emitida imediatamente depois da visita e será realizada com fotografias tiradas durante a estadia do Papa na Terra Santa e a frase «Israel dá as boas-vindas a Bento XVI».
Cada folha da série chamada «Meu próprio selo da visita Papal» é vendida em um pacote especial de recordação que inclui a tira de selos e um folheto informativo.
Este folheto assinala: «Bento XVI deu um novo impulso à esperança, à compreensão, à reconciliação e à paz entre as populações e as religiões na Terra Santa. Sua visita impulsionará as peregrinações e o turismo em Israel».
Também se vende um selo comemorativo em três séries de cinco cartões postais cada uma. Cada cartão tem o selo adesivo já colado.
Os selos adesivos da visita do Papa estarão à disposição nos caixas automáticos de Nazaré e Jerusalém até 17 de maio.
Finalmente, há quatro carimbos especiais: um de Nazaré, para a segunda-feira passada, 4 de maio; outro do primeiro dia da visita a Jerusalém, em 11 de maio; outro de Jerusalém no dia seguinte e um último de Nazaré, em 14 de maio.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Arcebispo do Rio pede continuar reflexão sobre segurança pública



Tema da Campanha da Fraternidade da Igreja no Brasil este ano

O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, pede que não se abandonem as discussões da Campanha da Fraternidade (CF) deste ano, que especialmente durante a Quaresma enfocou o tema da segurança pública, para avançar na construção de caminhos de superação da violência.
A Campanha da Fraternidade “nos traz muitos caminhos e direções para que possamos encontrar luzes para uma modificação da situação atual”, afirma o arcebispo, em artigo divulgado hoje pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
“A minha proposta é que nos debrucemos um pouco mais sobre o tema da CF, convocando os diversos segmentos que constituem o nosso tecido social, inclusive os que representam o povo em geral, para um compromisso de passos que deveríamos dar para chegarmos a uma sociedade mais justa e solidária”, convida o arcebispo.
Segundo Dom Orani, a situação de insegurança no Rio de Janeiro “não nos deixa cruzar os braços, imaginando que tudo se resolverá por si só. São necessárias ações a curto, médio e longo prazo para encontramos caminhos”.
O arcebispo considera que, além do aspecto social, a Igreja também ajuda por meio da evangelização, “que, porém, é uma proposta para quem aceita a vida nova em Cristo e passa a viver como pessoa nova nessa sociedade”.
O trabalho de evangelização “faz parte da essência da Igreja”, que, no Brasil tem enfatizado a “trabalhar ainda mais na iniciação à vida cristã, na missão continental e no aprofundamento da catequese como caminho para o discipulado”.
“Os nossos trabalhos de evangelização, além de visar a ajudar o cristão a viver melhor e mais consciente a sua fé, são também uma grande oportunidade de, como fermento no meio da sociedade, ajudar na transformação social”, destaca Dom Orani.

Fonte: Zenit.

22.308 novos católicos na China desde começo do ano



O número de batismos está em alta

Numerosos estudos indicam há anos: a China vive um «despertar das religiões» e, se a sede espiritual dos chineses «beneficia» todas as religiões e movimentos religiosos, parece que são as Igrejas cristãs, especialmente as protestantes, que atraem o maior número de novos crentes.
Um artigo recentemente publicado pelo jornal católico Xinde («A fé»), citado por Eglises d'Asie, informa que a Igreja Católica não se mantém à margem desta tendência e indica que o número de batismos está em alta, dado que a Igreja sabe mostrar-se empreendedora no campo da evangelização.
Onde as catástrofes naturais, tais como o terremoto de Sichuan, fazem estragos, o número de catecúmenos está também em crescimento.
Em um artigo publicado em 22 de abril, Xinde, que se edita em Shijiazhuang (Hebei), indica que, desde o começo deste ano, 22.308 pessoas foram batizadas na fé católica na China.
Este cálculo recolhe dados proporcionados por 90 das 97 dioceses da parte «oficial» da Igreja e, portanto, não leva em conta os batismos administrados na parte «clandestina» da Igreja.
Indica que os números comunicados por certas dioceses são incompletos e só refletem os batismos celebrados nas paróquias dos grandes centros urbanos.
Seja como for, o número de batizados aumentou este ano cerca de 40% em comparação com os números do ano passado.
Concretamente, parece estranho que uma catástrofe natural, como o terremoto que arrasou uma parte de Sichuan, em maio de 2008, contribua para levar novos fiéis à Igreja. Mas o jornal informa que, com 390 batizados, o número de novos católicos se duplicou neste ano na diocese de Chengdu.
Segundo o Pe. Peter Wu Xianliang, de Chengdu, as pessoas que viveram a provação deste terremoto experimentam uma maior necessidade de apoio espiritual e religioso.
Na diocese vizinha de Chongging, também duramente atingida pelo sismo, foram realizados 1.400 batismos na Páscoa, o que supõe um número três vezes superior ao do ano passado.

Fonte: Zenit.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Papa viaja à Terra Santa como peregrino da paz



Busca superar um conflito de mais de 60 anos

Bento XVI assegura que a peregrinação à Terra Santa que empreenderá nesta sexta-feira tem como objetivo promover a paz em uma região ensangüentada há seis décadas pela violência. Assim explicou neste sábado, ao receber em audiência os membros da Papal Foundation, instituição de apoio às obras de evangelização promovidas pelo Papa e pela Igreja em geral.
Constatando como «a humanidade anseia pela graça da paz de Deus», o Papa assegurou em seu discurso, pronunciado em inglês, que «o mundo atual precisa verdadeiramente de sua paz, especialmente ao enfrentar as tragédias da guerra, da divisão, da pobreza e da desesperança».
Ao fazer referência a sua viagem à Jordânia, Israel e aos Territórios Palestinos, que concluirá em 15 de maio, o bispo de Roma assegurou: «Vou como peregrino da paz».
«Durante mais de 60 anos, esta região – a terra que foi testemunho do nascimento, da morte e ressurreição de nosso Senhor, lugar sagrado para as três grandes religiões monoteístas – foi golpeada pela violência e pela injustiça», recordou.
«Isso levou a uma atmosfera geral de desconfiança, incerteza e medo, que frequentemente opôs vizinho contra vizinho, irmão contra irmão», continuou constatando.
«Ao preparar-me para empreender esta significativa viagem, peço-vos de maneira especial que vos unais a mim com a oração por todos os povos da Terra Santa e da região. Que recebam os dons da reconciliação, da esperança e da paz», concluiu o Santo Padre.

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

1 de maio São José Operário



A Igreja, providencialmente, nesta data civil marcada, muitas vezes, por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isto na presença de mais de 200.000 pessoas na praça de São Pedro gritava alegremente: "Viva Cristo Trabalhador, vivam os trabalhadores, via o Papa!" O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José o operário de Nazaré.O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se que ao seu lado estão Jesus e Maria. A Igreja, nesta festa do trabalho, pelo Papa Pio XII deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem: "Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da eqüitativa repartição de direitos e deveres." São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: "Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa... O Senhor é Cristo" (Col 3,23-24).


São José Operário, rogai por nós!


Fonte: Canção Nova.